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Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 2 de setembro de 2025

CHORADEIRA E DOR (MORTE)

"Choradeira e dor. Eliminadas estas errôneas concepções preliminares a respeito da morte, e conhecidos os fatos reais inerentes a ela, logo se verifica quão insensata e indesejável é a choradeira que geralmente a envolve. Todos os grotescos e pesados lutos, variáveis como o figurino da moda, não são apenas os concomitantes de um absurdo anacronismo, mas um ignóbil legado das superstições medievais, e com o exagerado pesar que tão infantilmente visam tipificar, constituem um erro fatal, nascido da mais grosseira ignorância e incredulidade. Se um cristão crê firmemente que seu amado morto está gozando da presença de Deus, não deveria vestir-se de luto, e sim, de gala, como faz o verdadeiro teósofo, consciente de que o morto passou para uma vida superior e mais feliz no plano astral, e está a caminho de outra ainda mais gloriosa no mundo celeste.

Todavia, não apenas o pesar inconsiderado pela morte de um parente é filho da ignorância e acumula grandes e desnecessários sofrimentos, mas, também, os bruscos arrebatos de dor e as contínuas lamentações que deles derivam, em vez de favorecerem, prejudicam o falecido por quem sentimos tão grande afeto. Porque, quando pacífica e naturalmente mergulha na inconsciência que precede o seu despertar na glória do mundo celeste, o tiram violentamente de seu ditoso sono os lamentos e aflições dos que deixou na terra, e que lhe representam uma lúcida recordação da vida que acaba de passar, com as correspondentes vibrações em seu corpo astral, cujo efeito nocivo é deprimi-lo e retardar notavelmente seu progresso espiritual. Esta falta de resignação por parte dos sobreviventes é um dos maiores obstáculos em que tropeçam os auxiliares invisíveis, podendo mesmo inutilizar longas horas de paciente trabalho neste sentido. Mesmo os mortos percebem, às vezes, o prejuízo que lhes causa a aflição de seus parentes ignorantes, embora bem intencionados, segundo se pode deduzir de algumas lendas tradicionais entre os aldeães da Bretanha.

Nem de leve se deve inferir disto que os ocultistas tenham predileção pelos parentes ou amigos aos quais mais amaram, ou que a sua doutrina lhes ordene esquecerem os mortos. Ao contrário, a recordação deve ser de tal forma que os auxilie em seus prejuízos e que os egoístas e inúteis lamentos sejam substituídos por ardentes e amorosos desejos, segundo o que já aconselhamos. O sobrevivente deve erguer seu pensamento ao alto, e esquecer-se de si mesmo e da ilusão da perda aparentemente sofrida, a fim de melhorar a situação do falecido.

Outra ideia muito generalizada sobre a morte, é a de que forçosamente há de implicar dor; e concorrem para aumentar este erro grotescos relatos de mortes desastrosamente angustiosas. No entanto, não se deve levar em conta estas tradições provindas de erros ainda subsistentes, porque os horríveis estertores da agonia são quase sempre os últimos movimentos do corpo físico quando o Ego já está fora dele. Na maioria dos casos, efetua-se a passagem sem dor alguma, embora a enfermidade tenha sido longa e penosa. Prova-o a serena expressão do rosto do morto, além do direto testemunho dos que foram interrogados sobre este particular, imediatamente depois de morrerem, quando ainda eram recentes em sua memória as circunstâncias da morte."

C. W. Leadbeater, O Que Há Além da Morte, Ed. Pensamento, São Paulo, SP, p. 37/38.
Imagem: Pinterest