OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

ORGULHO

"Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada um saber o que é preciso para se desenvolver.

Desprezar é sentir ou manifestar desconsideração por alguém ou por alguma coisa; portanto, é uma atitude sempre inadequada nas estradas de nossa existência evolutiva. Menosprezar é um sentimento pelo qual nos colocamos acima de tudo e de todos, avaliando com arrogância os acontecimentos e os fatos do alto da "torre do castelo" de nosso orgulho.

A nenhuma coisa ou criatura deve-se atribuir o termo 'desprezível', pois tudo o que existe sobre a Terra é criação divina; logo, útil e proveitosa, mesmo que agora não possamos compreender seu real significado.

Talvez não entendamos de imediato nosso papel na vida, mas podemos ter a certeza de que todos somos importantes e todos fomos convocados a dar nossa contribuição ao Universo.

A cada instante, estamos criando impressões muito fortes na atmosfera espiritual, emocional, mental e física da comunidade onde vivemos. Todo envolvimento na vida tem um propósito determinado cujo entendimento, além de esclarecer nosso valor pessoal, favorecerá o amor, o respeito e a aceitação de cada um de nossos semelhantes.

Frequentemente, dizemos que certas pessoas são indispensáveis e que muitos indivíduos são improdutivos, e perguntamos mais além: qual o propósito da vida para com estas criaturas ociosas?

Não julguemos, com nossos conceitos apressados, os acontecimentos em nosso derredor, antes, aguardemos com calma e façamos uma análise mais profunda da situação. Assim agindo, poderemos avaliar melhor todo o contexto vivencial.

'Desempenham função útil no Universo os Espíritos inferiores e imperfeitos. Todos têm deveres a cumprir. Para a construção de um edifício, não concorre tanto o último dos serventes de pedreiro, como o arquiteto?' 

Nenhuma ocorrência, fato ou pensamento deverá ser sentido ou analisado separadamente, pois o 'Grande Sistema', que nos rege. age de forma interdependente.

Apesar de sermos únicos, todos fomos criados para contribuir coletivamente no mundo e para usar as possibilidades de nossa singularidade.

Para tudo há um sentido e uma explicação no Universo. Sempre estará implícita uma mensagem proveitosa para nosso progresso espiritual, muitas vezes, porém, de forma inarticulada e silenciosa.

Nunca nos esqueçamos de que a vida sempre agirá em nosso benefício, quer nos setores da solidão, quer nos de muitas companhias, ou seja, entre encontros, desencontros e reencontros. A aflição também é um beneficio: 'Todo sofrimento é um ato importantíssimo de conhecimento e aprendizagem.'

Se bem entendermos, no entanto, as verdadeiras intenções das lições a nós apresentadas, retiraremos tesouros imensos de progresso e amadurecimento espiritual.int

As dificuldades que a vida nos apresenta têm sempre um caráter educativo. Mesmo que as vejamos agora como castigo ou punição, mais tarde tomaremos consciência de que eram unicamente produtos de nosso limitado estado de compreensão e discernimento evolutivo.

Descobrir a vida como um todo será sempre um constante processo de trabalho dos homens. Efetivamente, a vida é trabalho e movimento, e para fazermos nosso aprendizado evolutivo há um certo 'tempo de gestação', se assim podemos dizer. Na vida nada está perdido; aliás, existe a época certa para cada um saber o que é preciso para se desenvolver.

Nosso orgulho quer transformar-nos em super-homens, fazendo-nos sentir 'heroicamente estressados', induzindo-nos a ser cuidadores e juízes dos métodos de evolução da Vida Excelsa e, com arrogância, nomear os outros como desprezíveis, ociosos, improdutivos e inúteis.

Poderemos 'agir no processo' de formação e progresso das criaturas, nunca 'forçar o processo' ou criticar o seu andamento.

A pretensão do orgulhoso leva-o a acreditar que existe uma 'santidade desvinculada da realidade humana', ou seja, organizada e estruturada de forma diferente dos princípios pertencentes à Natureza; portanto, não é de ordem divina, mas é da mentalidade deturpada de alguns místicos do passado.

Nada é inútil no Universo. A Divindade age sem cessar em solicitude e consideração a cada uma de suas criaturas e criações. O progresso da humanidade é inevitável. Todos estamos progredindo e crescendo, ainda que, algumas vezes, não nos apercebamos disso."

Extraído do livro "As dores da alma", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova, editora e distribuidora de livros espíritas, 1998, p. 29/31.                                                              Imagem: Pinterest 


terça-feira, 2 de setembro de 2025

CHORADEIRA E DOR (MORTE)

"Choradeira e dor. Eliminadas estas errôneas concepções preliminares a respeito da morte, e conhecidos os fatos reais inerentes a ela, logo se verifica quão insensata e indesejável é a choradeira que geralmente a envolve. Todos os grotescos e pesados lutos, variáveis como o figurino da moda, não são apenas os concomitantes de um absurdo anacronismo, mas um ignóbil legado das superstições medievais, e com o exagerado pesar que tão infantilmente visam tipificar, constituem um erro fatal, nascido da mais grosseira ignorância e incredulidade. Se um cristão crê firmemente que seu amado morto está gozando da presença de Deus, não deveria vestir-se de luto, e sim, de gala, como faz o verdadeiro teósofo, consciente de que o morto passou para uma vida superior e mais feliz no plano astral, e está a caminho de outra ainda mais gloriosa no mundo celeste.

Todavia, não apenas o pesar inconsiderado pela morte de um parente é filho da ignorância e acumula grandes e desnecessários sofrimentos, mas, também, os bruscos arrebatos de dor e as contínuas lamentações que deles derivam, em vez de favorecerem, prejudicam o falecido por quem sentimos tão grande afeto. Porque, quando pacífica e naturalmente mergulha na inconsciência que precede o seu despertar na glória do mundo celeste, o tiram violentamente de seu ditoso sono os lamentos e aflições dos que deixou na terra, e que lhe representam uma lúcida recordação da vida que acaba de passar, com as correspondentes vibrações em seu corpo astral, cujo efeito nocivo é deprimi-lo e retardar notavelmente seu progresso espiritual. Esta falta de resignação por parte dos sobreviventes é um dos maiores obstáculos em que tropeçam os auxiliares invisíveis, podendo mesmo inutilizar longas horas de paciente trabalho neste sentido. Mesmo os mortos percebem, às vezes, o prejuízo que lhes causa a aflição de seus parentes ignorantes, embora bem intencionados, segundo se pode deduzir de algumas lendas tradicionais entre os aldeães da Bretanha.

Nem de leve se deve inferir disto que os ocultistas tenham predileção pelos parentes ou amigos aos quais mais amaram, ou que a sua doutrina lhes ordene esquecerem os mortos. Ao contrário, a recordação deve ser de tal forma que os auxilie em seus prejuízos e que os egoístas e inúteis lamentos sejam substituídos por ardentes e amorosos desejos, segundo o que já aconselhamos. O sobrevivente deve erguer seu pensamento ao alto, e esquecer-se de si mesmo e da ilusão da perda aparentemente sofrida, a fim de melhorar a situação do falecido.

Outra ideia muito generalizada sobre a morte, é a de que forçosamente há de implicar dor; e concorrem para aumentar este erro grotescos relatos de mortes desastrosamente angustiosas. No entanto, não se deve levar em conta estas tradições provindas de erros ainda subsistentes, porque os horríveis estertores da agonia são quase sempre os últimos movimentos do corpo físico quando o Ego já está fora dele. Na maioria dos casos, efetua-se a passagem sem dor alguma, embora a enfermidade tenha sido longa e penosa. Prova-o a serena expressão do rosto do morto, além do direto testemunho dos que foram interrogados sobre este particular, imediatamente depois de morrerem, quando ainda eram recentes em sua memória as circunstâncias da morte."

C. W. Leadbeater, O Que Há Além da Morte, Ed. Pensamento, São Paulo, SP, p. 37/38.
Imagem: Pinterest 

quinta-feira, 11 de julho de 2024

AS AFLIÇÕES

"A aflição do vício chama-se delinquência. A criatura começa experimentando pequena porção de droga, aumentando gradativamente. Em pouco tempo, pode estar roubando para sustentar o vício. É um sofrimento.

A aflição da agressividade chama-se cólera, e a cólera faz mal para a pessoa que a produz - prejudica o fígado, ataca o estômago e afeta o sistema nervoso. A aflição do crime chama-se remorso, porque ninguém foge da própria consciência. A aflição do fanatismo chama-se intolerância. A aflição da fuga, chama-se covardia. A aflição da leviandade chama-se insensatez. A aflição da inveja chama-se despeito, pois o invejoso sofre tanto que, antes de tudo, não consegue mais reconhecer valor no que ele tem, ou seja, não consegue ser feliz com aquilo que já conquistou, o que representa sofrimento.

A aflição da indisciplina chama-se desordem Há criaturas que são tão indisciplinadas que a vida delas é uma total desordem. Elas não conseguem sequer chegar no horário de um compromisso. Nunca encontram seus pertences, porque jamais põem no lugar adequado. Estão sempre afoitas. Tudo para elas é difícil. E quem sofre mais é a própria pessoa. por isso Chico Xavier dizia:

A disciplina não é uma cela trancada. É a chave da porta que lhe permite sair e voltar. 

A aflição da brutalidade chama-se violência. A aflição da preguiça chama-se rebeldia. A aflição da vaidade chama-se loucura. A aflição do relaxamento chama-se evasiva. A aflição da indiferença chama-se desânimo. A criatura indiferente não se motiva com nada e é tomada por tédio insuportável, porque não consegue se importar com as coisas, e nós precisamos gostar das coisas. Você precisa ter algo de que goste ou gostar de fazer algo, caso contrário sofrerá de tédio, sua vida perderá sentido, você perderá o rumo e entrará em sofrimento, em aflição.

A aflição da inutilidade chama-se queixa. Ainda em Religiões dos Espíritos, o benfeitor Emmanuel é incisivo ao afirmar que, quanto mais inútil uma criatura, mais ela reclama. Quem mais reclama é quem menos faz. Quem mais faz não tem tempo de reclamar.

A aflição do ciúme chama-se desespero. Quantas criaturas chegam até mesmo a se suicidar pelo ciúme, é um sofrimento terrível. A aflição da impaciência chama-se intemperança. Porque quem é impaciente perde a medida, exagera em tudo.

A aflição das sovinices chama-se miséria. De acordo com Emmanuel, 'o sovina é pão-duro', pois quanto mais sovinice ele tem, mais se impõe uma vida de restrição, porque não sabe aproveitar o que já tem.

A aflição da injustiça chama-se crueldade."

Haroldo Dutra Dias, Despertar, O Segredo da reforma íntima, Ed. Intelítera, São Paulo, 2024, p. 14/16.
Imagem: Pinterest. 



   

terça-feira, 25 de junho de 2024

CAUSAS ATUAIS DA AFLIÇÃO (PARTE FINAL)

"5. A lei humana atinge certas faltas e as pune. O condenado pode então dizer que sofre a consequência do que fez. Mas a lei não alcança, nem pode alcançar todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade, e não sobre as que só prejudicam os que as cometem. Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há uma só falta, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete consequências forçosas e inevitáveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar, a fim de evitar, futuramente, o que redundou para ele numa fonte de amarguras; se não fosse assim, não haveria motivo algum para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria o seu adiantamento e, por conseguinte, a sua felicidade futura.

Algumas vezes, porém, a experiência chega um pouco tarde. Quando a vida já foi desperdiçada e turbada, quando as forças já estão gastas e o mal é irremediável, o homem põe-se a dizer: 'Se no começo da vida eu soubesse o que sei agora, quantos passos em falso teria evitado! Se tivesse que recomeçar, eu me portaria de maneira inteiramente diversa. No entanto, já não há mais tempo!' Como o operário preguiçoso, que diz: 'Perdi o meu dia', também ele diz: 'Perdi a minha vida'. Mas assim como para o operário o Sol se levanta no dia seguinte, dando início a uma nova jornada que lhe permite reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro."

Allan Kardec, O Evangelho segundo o Espiritismo, Ed. FEB, 2018, p. 75/76.
Imagem: Pinterest. 


 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

CAUSAS ATUAIS DAS AFLIÇÕES (1ª PARTE)

"4. As vicissitudes da vida são de duas espécies, ou se quisermos, têm duas fontes bem diferentes que importa distinguir. Uma têm sua causa na vida presente: outras fora desta vida. 

 Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são consequência natural do caráter e da conduta dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição!

Quantos se arruínam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder ou por não terem sabido limitar seus desejos!

Quantas uniões infelizes, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade, e nas quais o coração não tomou parte alguma! 

Quantas dissensões e disputas funestas se teriam evitado com mais moderação e menos suscetibilidade!

Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero!

Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram as más tendências desde o princípio! Por fraqueza ou indiferença deixaram que neles se desenvolvessem os germes do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem com a sua falta de respeito e a sua ingratidão. 

Que todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida interroguem friamente suas consciências; que remontem passo a passo à origem dos males que os afligem e verifiquem se, na maior parte das vezes, não poderão dizer: Se eu tivesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante situação.

A que, portanto, deve o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios, mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a chance desfavorável, a má estrela, quando sua má estrela está na sua própria incúria. 

Os males dessa natureza fornecem, seguramente, um notável contingente nas vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar pelo seu aprimoramento moral, tanto quanto o faz pelo seu melhoramento intelectual."

Texto extraído do livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, Ed. FEB, Brasília, 2018, p. 74/75.
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