OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sábado, 23 de maio de 2015

O ENSINO FUNDAMENTAL (1ª PARTE)

"Depois que a criança tiver obtido, no Jardim de Infância, certo domínio sobre os seus veículos, deve desenvolver, na seguinte etapa educacional, as capacidades necessárias para compreender o sentido da Lei. Será pois necessário, que suas emoções sejam então trabalhadas mais a fundo. Pois bem, este ser nasceu com uma natureza emocional que foi desenvolvida durante numerosas vidas: por conseguinte, o mestre não tem que modelar uma natureza emocional totalmente elástica e informe. Ele pode apenas modificá-la, tirando-lhe as rugosidades ou os desvios que possa apresentar e fortalecendo o que nessa alma houver de nobre e elevado. O que é preciso dar à criança, ou melhor, na maioria dos casos tornar a despertar nela, é a capacidade profunda de sentir e, ao mesmo tempo, conservar a serenidade.

Obtém-se isso em grande parte, atuando sobre o corpo físico da criança. Surge aqui o valor da ginástica, especialmente os exercícios de conjunto, que tenham algum sentido de ritmo. Porque quando o ritmo pode ser desenvolvido numa ação física, como por exemplo, na dança ou nos movimentos eurrítmicos, haverá indubitavelmente uma bem definida reação emotiva, que fortalece o corpo emocional invisível da criança e a impele a adquirir a noção da lei e da ordem; e isso, por sua vez, atua de tal maneira sobre sua natureza mental, que a põe em harmonia com a ideia da lei. Este efeito é grandemente aumentado quando tais exercícios rítmicos são executados e simultaneamente por um grande número de crianças; pois, enquanto trabalham todos juntos é como se fossem unidades de um movimento rítmico invisível, que os submete à grande lei da ordem e da beleza na ação.

O sentimento da Lei e da Beleza também se desenvolve muito exercitando a criança na poesia e na música; é claro que esta preparação não é para capacitá-la a escrever versos ou compor obras musicais - a não ser que já tenha realmente aptidão específica para tal - mas ela deve receber a poesia e a música como seu alimento emocional. Desde a mais tenra idade, a criança deveria aprender cantos e versos compatíveis com sua capacidade; porém precisamos ter o cuidado para que sejam realmente apropriados a seu desenvolvimento. Da mesma maneira como a sujeira física poderia infectar seu corpo, igualmente sua natureza emocional e mental poderia ser pervertida por poesias impuras ou músicas de baixo nível. As pequenas músicas de ninar, com sua usual confusão de pensamentos e imagens sem nenhuma relação com a vida real, são, sob este ponto de vista, especialmente prejudiciais. Talvez atualmente nossos poetas nos brindem com grandes composições para substituírem aquelas canções de ninar que, ainda hoje, adormecem as crianças. Se na nossa moderna civilização, pudéssemos eliminar os ruídos dissonantes das ruas, os horríveis cartazes de publicidade e abandonar o uso de frases com significado distorcido, então não teríamos de lamentar o fato das crianças serem turbulentas. A turbulência é uma enfermidade de natureza emocional, mas seus germens não estão tanto na criança, quanto no mundo externo que a rodeia em nossa atual civilização. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosófica Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 32/34)


quarta-feira, 20 de maio de 2015

A TEOSOFIA NA ESCOLA E NA UNIVERSIDADE (PARTE FINAL)

"(...) O verdadeiro objetivo da educação, portanto, é duplo. Em primeiro lugar, deve procurar despertar o conhecimento latente na criança; ela deve ser levada rapidamente a redescobrir os princípios de conduta que em vidas anteriores testou e considerou válidos; de maneira que a melhor educação será aquela que permite à alma, atuando através do cérebro da criança, recordar-se, por assim dizer, o mais depressa possível, dos fracassos e êxitos obtidos nas encarnações anteriores. Em segundo lugar, a educação deve fazer o possível para que a criança tenha prontamente uma ideia sintética da vida; porque a verdadeira educação do indivíduo não começa senão quando este vê a vida de um ponto de vista central. Nas atividades gerais da vida, algumas vezes nos perdemos, porque permitimos divisões entre o nosso mundo mental e emocional e o mundo moral; e quando vivemos, por assim dizer, em compartimentos, a resultante de nossas energias será sempre menos forte do que seria se vivêssemos como um todo indivisível. Portanto, a educação deve, desde o início, inculcar na criança o sentido da unidade na vida; e como ela já tinha atingido, anteriormente, algum nível de síntese através das experiências de vidas passadas, o educador deveria tentar levá-la a recuperar rapidamente a lembrança dessa síntese e a ampliá-la para abarcar horizontes ainda mais amplos. 

Este trabalho de capacitar a alma, através de seu corpo de criança, a alcançar sua síntese precedente, deve ser feito em três etapas: o Jardim de Infância, a Escola de Ensino Fundamental e a Universidade. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 27/28)

terça-feira, 28 de abril de 2015

O MOVIMENTO PARA DENTRO

"Ao mover-se para dentro de si e meditar sobre o EU SOU ou Deus, o místico finalmente encontra o Real. Ao entrar em si, ele constata primeiro que essa coisa chamada de corpo é simplesmente ondas de luz e que esta terra na qual estamos torna-se flamas de luz. A vida exterior torna-se o sonho e desperta a vida interior. À medida que se move mais e mais para dentro de si, ele finalmente se funde com o Infinito. Subitamente, o homem que medita percebe que, ao mergulhar em si, encontrou o universo; que o sol, a lua, as estrelas e os planetas estão dentro de si. Pela primeira vez, ele compreende que os planetas são pensamentos; que os sóis e luas são pensamentos; que a sua própria consciência é a compreensão que os mantém; que estão se movendo temporariamente no espaço os sonhos do sonhador; e os mundos, sóis, luas e estrelas são pensamentos do Pensador. Deus é meditar e nós somos Sua meditação. É a meditação de Deus sobre os mistérios de Si Mesmo.

Essa jornada para dentro, portanto, ao final leva o homem ao Nirvana - ao Real; leva o homem para longe do senso do ínfimo 'Eu' e para a compreensão do Deus Que Habita, o Eu Eterno. A mente do místico, através da meditação, encontra paz, força e fortaleza para etapas adicionais. A prática da disciplina da meditação confere beleza, amor, paz, graça e dignidade a cada impulso, atitude e ato.

Vamos meditar nos termos das palavras seguintes, escritas pelo dedo de Deus e que chegaram até nós através dos tempos, resumindo a Sabedoria Eterna: 'De toda a existência EU SOU a Fonte, a continuação e o término. EU SOU o germe, EU SOU o crescimento, EU SOU a deterioração. Crio todas as coisas e criaturas. Sustento-as enquanto permanecem por si mesmas e, quando termina o sonho da separação, faço com que voltem a mim. EU SOU a Vida, o caminho que leva ao além. E não há mais nada.'"

(Joseph Murphy - Sua Força Interior -Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 83/84


quarta-feira, 8 de abril de 2015

CRÍTICA DESTRUTIVA

"Há dois tipos de crítica: a construtiva e a destrutiva. Quando feita a pessoas que não gostam de ser censuradas, é destrutiva. A crítica construtiva limita-se a dar conselhos para o despertar da alma de amigos que querem e pediram sua ajuda. A crítica construtiva deve ser feita em tom amigável. 

Não será fácil para você criticar os outros de maneira correta e gentil antes de criticar-se a si mesmo com severidade. Se conseguir visualizar claramente as faltas alheias com simpatia, como se fossem as suas, então estará tomando uma atitude correta. A crítica tácita é pior que a crítica em palavras. Nada mais tolo do que censurar os outros no íntimo, em silêncio. Elimine da mente toda crítica adversa a seus semelhantes.

Critique os outros amavelmente com um olhar ou com uma ligeira sugestão, usando um mínimo de palavras quando a pessoa houver solicitado seu parecer. Não faça a mesma crítica mais de duas vezes. Lance suas observações amáveis como sementes que irão germinar no solo das almas receptivas. Se essas almas quiserem cultivá-las, tanto melhor para elas. Você não pode forçar ninguém a fazer o que não quer. Com a crítica certa na hora certa, ajudará em muito as pessoas. 

Quando as escamas da ignorância caírem de seus olhos interiores, você conseguirá avaliar exatamente os pontos fortes e fracos dos outros. Aprenderá não apenas a ser tolerante, mas também a reverenciar somente o que é bom e a ignorar o que é psicologicamente nocivo.

Nós nos perdoamos em toda e qualquer circunstância. Por que então não perdoar os outros em toda e qualquer circunstância? Quando estamos errados, não gostamos de alardear nossos erros; mas, quando os outros erram, apressamo-nos a desmascará-los imediatamente. Possuídos pelo amor de Deus, tornamo-nos críticos divinos. Um crítico divino é um curador que tem a coragem de assumir a desagradável responsabilidade de corrigir seus próprios filhos com um único objetivo em mente: melhorá-los."

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda,  A Espiritualidade nos Relacionamentos - Ed. Pensamento, São Paulo, 2011 - p. 28/29)
www.editorapensamento.com.br


sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

SAMKALPAYAMA (PARTE FINAL)

"(...) Conquiste sua imaginação. Não lute. Não tente reprimi-la. No entanto, oriente-a. Leve-a para uma direção construtiva. Quando se surpreender 'sonhando acordado' - realizando na imaginação tudo aquilo que por isso ou por aquilo não consegue realizar 'de verdade' -, desperte. Recuse-se a deixar-se enovelar nos caprichos desse hábito pouco sadio. Aprenda a perceber os momentos em que sua imaginação é quem está dirigindo você não você a ela. Sua imaginação é um instrumento precioso quando você direciona no rumo certo - o de sua libertação, levando-o a integrar-se em si mesmo e integrar-se em Deus. Use o ilimitado poder da imaginação para fazer de si mesmo um retrato mental positivo. Imagine-se cada dia mais vitorioso, sereno, iluminado, forte, equânime, senhor da sua mente, cheio de saúde, de alegria, de amor universal, um homem redimido. Faça isso daqui para o resto de sua existência. A força imensa que a imaginação do hipocondríaco demonstra ao fazê-lo padecer é igual à que você tem a seu dispor para melhorar-lhe a saúde. A imaginação, que tem força para desgraçar, tem o poder de salvar. Nunca a deixe arrastá-lo na direção errada. Mantenha-a sempre firme no rumo de sua redenção."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 178)

domingo, 28 de dezembro de 2014

COMO APRENDER COM UM GURU

"'Devemos também aprender a não nos aproximarmos apenas das pessoas cujas vibrações sejam iguais às nossas. É normal sentir-se atraído por alguém do mesmo nível. Mas está errado. Você deve também se aproximar de pessoas cujas vibrações sejam contrárias... às suas. Esta é a importância... de ajudar... essas pessoas. O nosso caminho é interno. Esse é o caminho mais difícil, a jornada mais dolorosa. Somos responsáveis por nosso próprio aprendizado. Esta responsabilidade não pode ser delegada a outra pessoa, não pode ser jogada em cima de algum guru.'

Há muitos mestres extremamente sábios entre nós, capazes de nos mostrar a direção e de aliviar nossos fardos durante a jornada espiritual. Infelizmente, há também muitos impostores que, levados pelo orgulho, ganância ou por suas próprias inseguranças, se apresentam como mestres ou gurus. Dizem o que devemos fazer, quando eles mesmos não fazem. Obviamente é perigoso seguir tais pessoas.

O segredo para distinguir um verdadeiro mestre de um impostor é seguir a sua própria sabedoria intuitiva. Os ensinamentos parecem corretos para você? Eles são pessoas amorosas, compassivas, não violentas e contribuem para diminuir seu medo e sua culpa? Incluem todos os outros grupos humanos como iguais, como almas divinas na mesma trilha do destino? Ensinam que ninguém é melhor do que ninguém, que estamos todos no mesmo barco? E afirmam que podem apenas apontar a direção, mas não podem levar-nos até lá? Tenha certeza de uma coisa: só você pode atingir seu objetivo. Só você pode experimentar o amor, a felicidade, o equilíbrio e a harmonia, porque a sua viagem para casa é uma jornada interior, um retorno para si. (...)

Como o reino dos céus realmente existe dentro de nós, toda a alegria e felicidade vêm do nosso interior. Não seremos resgatados por outra pessoa. Em vez disso, teremos a sensação de despertar, como se estivéssemos acordando de um longo sono. Iremos nos 'salvar' quando experimentarmos o amor verdadeiro e nos tornarmos iluminados. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 156/157)


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A BUSCA ESPIRITUAL

“Quem sou eu? Sou Judas, sou Jesus? Por medo, por desejo, traio a mim mesmo. Sou quem eu não sou. Cubro minha face com muitas máscaras e até mesmo torno-me máscaras. Estou demasiado ocupado representando quem eu penso ser para conhecer quem realmente sou. Tenho medo: posso ser nada mais do que pareço ser; pode não haver face alguma por detrás da máscara. Eu decoro e protejo minha máscara, preferindo algo fantasioso a um nada real.

Apego-me ao rebanho por conforto. Junto nós tecemos variadas vestimentas para cobrir nossa nudez. Guardamos o segredo de nosso nada com uma agilidade ansiosa para que não sejamos descobertos. (...)

‘Quem sou eu?’ não pede por uma enumeração de fatos científicos: expressa uma certa inquietude, um tatear e uma exploração. É o começo de um movimento em direção à luz, em direção a ver as coisas claramente, como um todo. É a recusa de permanecer no escuro - fragmentado e na superfície de mim mesmo. É um estado de busca de significado, amplidão e profundidade. É o desejo de despertar.

Logo traio este impulso e sou levado a dormir novamente por afagos confortantes e contos de fada. Eu durmo, sonhando com grandes aventuras e procurando os tesouros ocultos. Muitas jornadas, muitos picos e os leões guardando as passagens da montanha. Por um momento acordo, para descobrir-me prisioneiro do que sei e do que sou. Mesmo encontrando a porta de minha pequena prisão aberta, eu permaneço nela, com medo de partir, contando e recontando minhas posses e demonstrações de apreço.

Eu compartilho muitos muros com outros. Com vigor e imaginação colaboro com outros na construção dos castelos da ciência, arte, filosofia e religião, nos quais podemos descansar em segurança, esquecidos de nossa ignorância acerca de quem somos, por que estamos aqui e por que fazemos o que fazemos. A testemunha silenciosa dentro de mim pergunta: O que você busca?”

(Ravi Ravindra, Sussurros da Outra Margem, Ed. Teosófica, Brasília - p.25/27)


sábado, 22 de novembro de 2014

MUDANÇA NA CONSCIÊNCIA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) Dizem que quando as pessoas viram Buda logo após sua iluminação, ficaram tão perplexas pela extraordinária quietude de sua presença que pararam para perguntar: 'O que sois? Sois um deus, um mago ou um feiticeiro?' A resposta foi surpreendente. Buda disse, simplesmente: 'Eu estou desperto.' Sua resposta tornou-se o seu título, pois é isso o que significa a palavra Buda em sânscrito: aquele que está desperto. Enquanto o restante do mundo estava em sono profundo, sonhando um sonho conhecido como o estado de vigília, Buda livrou-se do sono e despertou.

Embora o chamado para o despertar de Buda tenha ocorrido há muito tempo, tendo desde então se repetido inúmeras vezes por quase todos os sistemas espirituais conhecidos, é desastroso que uma metafísica mal compreendida nos tenha levado à alienação entre nós e a Terra, e entre nós e os outros seres vivos. É imperativo que restauremos a percepção dessa interdependência. Naturalmente, uma transformação assim requer profunda reeducação a cada passo de nossas vidas. As fundações particulares, organizações não governamentais, empresas, instituições acadêmicas e organizações religiosas têm igual interesse em estabelecer prioridades nesse esforço.

É importante que perdoemos a destruição do passado e reconheçamos que ela foi produzida pela ignorância. Ao mesmo tempo, devemos reexaminar, do ponto de vista ético, que tipo de mundo herdamos, tudo aquilo por que somos responsáveis, e tudo o que legaremos às gerações futuras."

(C. Jotin Khisty - Mudança na Consciência Humana - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 27)