OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

SINFONIA DO SILÊNCIO

"Sabes, meu amigo, que eterno silêncio envolve as grandes alturas - e os grandes abismos?

Sabes que nos cumes supremos do Himalaia reina solidão imensa?

Sabes que nas ínfimas profundezas do oceano impera quietude integral?

Sabes que taciturnas são as grandes altitudes e as grandes profundidades da alma?

O meio-dia do amor - e a meia-noite da dor?

O zênite do querer - e o nadir do sofrer?...

Podem parentes e amigos seguir-te até ao "átrio dos gentios" ou ao "santuário dos homens" - mas no "sancta sanctorum" de Deus há de entrar sozinho...

Só com Deus e tua alma...

Nem pai nem filho, nem esposo nem esposa, nem irmão nem amigo - ninguém te pode acompanhar...

Ninguém vigiará contigo, por entre as agonias noturnas do Getsêmani...

Todos os teus ficarão a "olhar de longe" - como no Gólgota os amigos de Jesus...

Nos momentos mais humanos e mais divinos de tua vida, serás sumo sacerdote - nem levita nem acólito...

Sozinho subirás ao altar dos holocaustos...

Sozinho imolarás a vítima da expiação...

Sozinho queimarás sobre as brasas o incenso do teu coração...

Em torno de ti - deserto imenso...

Em volta de ti - solidão absoluta...

Nenhum eco responderá aos gemidos do teu coração...

Nenhuma Verônica enxugará as lágrimas dos teus olhos...

Nenhum Cirineu ajudará a carregar tua cruz...

Nenhum samaritano pensará as chagas de tua alma...

Nenhum discípulo predileto receberá a tua última vontade...

Nenhum Arimatéia acolherá o teu corpo exangue...

Maria alguma te fechará os olhos extintos...

Madalena alguma te pranteará no túmulo fechado...

É necessário que atravesses, a sós, o grande deserto...

Arma-te amigo, para o grande saara da vida... 

Quanto mais te distanciares de ti mesmo e te aproximares de Deus - tanto mais vasto será o silêncio, tanto mais profunda a solidão.

Deus habita no deserto imenso - da sua infinita plenitude.

Como suportarás o silêncio do Creador - tu, que vives do ruído das creaturas?

Como suportarás estar a sós com Deus - tu, que nem a sós contigo queres estar?

Não te iludas, amigo! - é necessário submergires nesse abismo para encontrares as alturas eternas...

O deserto da Divindade é a mais rica das plenitudes...

O silêncio de Deus - é a mais estupenda das sinfonias do Universo...

O silêncio da dor...

O silêncio do amor..."

(Huberto Rohdem - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 85/86)


quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

QUANDO NENHUM AUXÍLIO HUMANO SURTE EFEITO


“Há dois modos pelos quais nossas necessidades podem ser atendidas. Um é o modo material. Por exemplo, quando estamos doentes podemos ir a um médico em busca de tratamento. Chega, porém, uma hora em que nenhum auxílio humano surte efeito. Aí, então, buscamos a alternativa: O Poder Espiritual. Aquele que fez nosso corpo, mente e alma. O poder material é limitado e, quando falha, recorremos ao ilimitado Poder Divino. Analogamente, no que se refere às nossas necessidades financeiras, quando já fizemos o melhor possível e ainda assim não foi suficiente, voltamo-nos para esse outro Poder. (...)

Nosso empenho deve ser não apenas adquirir segurança financeira e boa saúde, mas procurar o significado da vida. A vida: de que se trata? Quando as dificuldades nos atingem, reagimos primeiro a nosso ambiente, efetuando os ajustes materiais que imaginamos possam surtir efeitos. Quando, porém, chegamos ao ponto de dizer: “Tudo o que tentei não deu certo: que fazer, agora?” começamos a pensar seriamente em uma solução. Quando pensar com suficiente profundidade, encontramos uma resposta em nosso interior. Essa é uma forma de oração respondida.

Quando moléstias e sofrimentos crônicos estão além do controle humano, quando o poder dos métodos humanos, revelando suas limitações, não consegue curar as doenças, físicas ou mentais, precisamos pedir auxílio a Deus – a Ele, cujo poder é ilimitado.

Expulse o pensamento de que o Senhor, com seu maravilhoso poder, está longe, no céu, e que você é um vermezinho desamparado, enterrado em dificuldades aqui na terra. Lembre-se de que por trás de sua vontade está a grande Vontade Divina. Esse Poder oceânico, porém, não poderá vir em seu auxílio se você não for receptivo.”

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro – p. 06/07)


VIVA BEM O PRESENTE


“Em vez de perder tempo preocupando-se, pense positivamente a respeito de como a causa do problema pode ser afastada. Se você quiser livrar-se de um problema, analise tranquilamente sua dificuldade, estabelecendo ponto por ponto os prós e os contras do assunto. Em seguida, avalie quais seriam os melhores passos para realizar seus objetivos.

Esqueça o passado porque ele já não está sob seu domínio! Esqueça o futuro porque ele está fora do seu alcance! Domine o presente! Viva supremamente bem agora! Isso levará o passado, para deixá-lo imaculado, e obrigará o futuro a ser brilhante. Esse é o modo de ser dos sábios.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 88/89)


SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - VII

"Não há nada mais valioso para um indivíduo do que possuir um ideal elevado ao qual ele aspire continuamente, modelando por ele seus pensamentos e sentimentos, e construindo, assim, da melhor forma que possa, a sua vida. Desta forma, se ele esforça-se por tornar-se ao invés de apenas parecer, não cessará de aproximar-se continuamente a cada vez mais de seu objetivo. Ele, porém, não alcançará este ponto sem uma batalha, nem deverá o verdadeiro progresso do qual é consciente, enchê-lo de presunção e farisaísmo; pois se elevado for o seu ideal, e o seu progresso em sua direção for real, ele preferirá mais ser humilhado a ensoberbecer-se. As possibilidades de posterior progresso, e a concepção de planos ainda mais elevados de existência que se abrem ante ele, não refrearão o seu ardor, embora certamente eliminarão a sua presunção. É precisamente esta concepção das vastas possibilidades da vida humana que é necessária para aniquilar l'ennui (o tédio), e para transformar a apatia em alegria de viver. Assim, vale a pena viver-se a vida pelo que ela é quando sua missão torna-se clara, e suas esplêndidas oportunidades são uma vez apreciadas. O modo mais direto e certo de alcançar este plano mais elevado é o cultivo do princípio do altruísmo, tanto em pensamento quanto na vida. Verdadeiramente estreita é a abrangência da visão que é limitada ao eu, e que mede todas as coisas pelo princípio do interesse próprio, pois enquanto a alma estiver assim autolimitada lhe é impossível conceber qualquer ideal elevado, ou aproximar-se de qualquer plano mais elevado da vida. As condições para tal elevação encontram-se mais no interior do que no exterior, e felizmente são independentes das circunstâncias e condições da vida. A oportunidade, assim, é oferecida a todos para avançarem em direção a planos cada vez mais elevados de existência, desse modo trabalhando com a Natureza na realização do evidente propósito da vida. 

Se acreditamos que o objetivo da vida é meramente satisfazer nosso eu material, e mantê-lo em conforto, e que o conforto material confere o mais elevado estado de felicidade possível, nós tomamos erroneamente o inferior pelo superior, e uma ilusão pela verdade. O nosso modo de vida material é uma consequência da constituição material de nossos corpos. Nós somos "vermes da terra", porque nos apegamos a ela com todas as nossas aspirações. Se pudéssemos entrar num caminho de evolução, no qual nos tornássemos menos materiais e mais etéreos, um tipo muito diferente de civilização se estabeleceria. Coisas que agora parecem ser indispensáveis e necessárias deixariam de ser úteis; se pudéssemos transferir nossa consciência com a velocidade do pensamento de uma parte do globo à outra, os atuais meios de comunicação não mais seriam necessários. Quanto mais nos afundamos na matéria, tanto mais serão necessários meios materiais para nosso conforto; o essencial e poderoso deus no homem não é material, e é independente das restrições que pesam sobre a matéria. Quais são as reais necessidades da vida? A resposta a esta pergunta depende inteiramente do que imaginamos ser necessário. Estradas-de-ferro, navios a vapor, etc., são agora uma necessidade para nós, e ainda assim, em outras épocas, milhões de pessoas viveram felizes e longamente, nada sabendo a respeito destas coisas. Para um certo homem uma dúzia de castelos pode parecer uma necessidade indispensável, para outro um carro, para outro ainda um cachimbo, etc. Mas todas essas necessidades são somente consideradas como tais na medida em que o próprio homem as criou.Elas tornam o estado no qual o homem agora se encontra agradável para ele, e o tentam a permanecer naquele estado, e não desejar nada mais elevado. Elas podem até mesmo obstruir o seu desenvolvimento em vez de o fazer avançar. Todas as coisas materiais têm de cessar de tornar-se uma necessidade se nós verdadeiramente quisermos avançar espiritualmente. É o ardente desejo e o desperdício de pensamento visando o aumento dos prazeres da vida inferior que impedem o homem de entrar na vida superior."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Pático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 80/89 


quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O VERDADEIRO AMOR NÃO CAUSA SOFRIMENTO


"Amor é uma palavra difícil de entender. O amor jamais acontece enquanto não houver liberdade. Não é possível que um escravo sinta o verdadeiro amor. Se você compra um escravo, prende-o em grilhões e obriga-o a trabalhar, ele trabalhará como um burro de carga, porém sem nenhum amor. Nós mesmos quando agimos no mundo como escravos, não o fazemos com amor, e nossa ação não pode ser considerada correta. Isso é verdade quando servimos nossos parentes e amigos, ou quando agimos para nós mesmos. O trabalho egoísta é trabalho escravo. Você pode fazer uma verificação: todo ato de amor traz felicidade, não há ato de amor que não traga como resultado paz e felicidade. Por isso o verdadeiro amor nunca pode causar sofrimento, nem a quem ama, nem a quem é amado. Suponha que um homem ame uma mulher. Quer tê-la toda para si mesmo e tem ciúmes de cada movimento seu. Quer que ela sente a seu lado, fique perto dele, coma e aja sob seu comando. É escravo dela e deseja que ela seja sua escrava. Isso não é amor, é um tipo de afeição mórbida, opressora, que se faz passar por amor, não pode ser amor, porque é doloroso. Se ela não faz o que ele quer, ele sofre. Amor não produz dor; amor só traz felicidade. Se não é esse caso, não se trata de amor. Alguma outra coisa está sendo confundida com amor. Quando você conseguir amar seu marido, esposa, filhos, o mundo inteiro e o universo de tal modo que não haja nenhuma reação de dor ou ciúme, nenhum sentimento egoísta, você está pronto para o desprendimento." 

(Swami Vivekananda - O Que é Religião – Ed. Lótus do Saber,Rio de Janeiro - p. 211/212)