OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

O AGORA (1ª PARTE)

"À primeira vista, o momento presente é apenas um entre os inúmeros momentos da sua vida. Cada dia parece se constituir de milhares de momentos em que ocorrem os mais diversos fatos. Mas, se você olhar mais profundamente, irá descobrir que existe apenas um momento. A vida é sempre "este momento"?

Este exato momento - Agora - é a única coisa da qual você jamais conseguirá escapar, o único fator constante em sua vida. Aconteça o que acontecer, e por mais que sua vida mude, uma coisa é certa: é sempre Agora. Se não é possível fugir do Agora, por que não acolhê-lo e tratá-lo bem?

Quando você se torna amigo do momento presente, quando estabelece uma boa relação com ele, fica sempre à vontade em qualquer situação. Mas, quando não se sente à vontade no Agora, você leva o desconforto para qualquer lugar aonde for.

A divisão da vida em passado, presente e futuro é uma construção da mente, em última análise ilusória. Passado e futuro são formas de pensamento, abstrações mentais. O passado só pode ser lembrado Agora. O que você lembra é um fato que aconteceu no Agora e do qual você se lembra Agora. O futuro, quando chega, é o Agora. Portanto, a única coisa real, a única soisa que sempre existe, é o Agora. 

Concentrar sua atenção no Agora não é negar o que é necessário em sua vida. É reconhecer o que é prioritário. Depois, você poderá lidar mais facilmente com o que é secundário. Concentrar-se no Agora não é dizer 'Não vou me preocupar mais com as coisas, pois só existe o Agora'. Não é isso. Veja o que é prioritário e faça do Agora seu amigo, não seu inimigo. Reconheça-o, respeite-o. Quando o Agora é a base e o foco principal de sua vida, ela flui com facilidade. 

Guardar os pratos no armário, criar uma estratégia de trabalho, planejar uma viagem - o que é mais importante: o ato de fazer ou o resultado que você quer atingir com o que está fazendo? Este momento ou algum momento futuro? Você trata o momento atual como um obstáculo que precisa ser ultrapassado? Você considera mais importante o momento futuro que quer atingir?

A maioria das pessoas vive assim. Como o futuro nunca chega - a não ser como presente -, essa forma de viver é inútil. Causa uma constante sensação de desconforto, tensão e insatisfação. Não respeita a vida, que é o Agora. Sinta a sua vida em seu corpo. Isso enraíza você no Agora. (...)"

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 31/33)


domingo, 29 de dezembro de 2013

COMO DEVEMOS VIVER?

"Devemos pensar com muito cuidado nesta questão. Observem cuidadosamente como a mente age, vejam como as correntes se movem, observem como elas condicionam nossas ações na vida diária e como afetam nossa percepção do mundo que nos cerca. Como devemos olhar para os outros? Qual é o nosso relacionamento com eles? Como reagimos ao que nos acontece? Avaliamos tudo conforme nossos desejos, procurando apenas os objetos que contribuem para nosso prazer e rejeitamos veementemente os que nos parecem obstáculos? Fazemos julgamentos, temos preconceitos, atribuímos valores? Sem uma reflexão ponderada sobre como levamos nossas vidas, sem observar honesta e objetivamente como operam nossas mentes, sem  compreender a relação de nossa vida interna com o mundo externo, não haverá nem mesmo o primeiro vislumbre de iluminação.

Assim, nossa preparação deve começar por aí – com vichara, isto é, com o pensamento profundo: ver todas as implicações. Não é suficiente reconhecer que talvez alimentemos um ou dois desejos e, depois, calmamente mandemos todos eles embora. Se houver determinada atitude na mente, devemos examinar todas suas implicações. Elas afetam o que vemos; afetam nossos relacionamentos?

Quanto mais observamos, quanto mais pensamos cuidadosamente, mais a mente se torna capaz de ver. E ver que temos vivido neste tipo de escuridão marca o nascimento da luz.(...)"

(Radha Burnier - Como devemos viver? - Revista TheoSophia - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 102, Outubro/Novembro/Dezembro 2013 - p. 08)


POR QUE NÃO NOS LEMBRAMOS DE VIDAS PASSADAS? (PARTE FINAL)

"(...) Lethe – o rio do esquecimento

No processo pós-morte as experiências da vida recém-vivida são digeridas, internalizadas e por fim absorvidas na corrente de consciência que é a individualidade reencarnante. Quando o indivíduo volta a nascer para obter novas experiências, todas as memórias específicas da velha personalidade foram descartadas. Assim, não existe elo consciente entre as personalidades velha e nova. Na mitologia grega esta retenção da memória é chamada de o rio Lethe do submundo, que causa o esquecimento do passado. H. P. Blavatsky cita o pensador neoplatônico Plotino, que diz que o corpo é o verdadeiro rio Lethe, pois ‘as almas que nele mergulham tudo esquecem’. Ela diz também que a consciência que preserva na individualidade encarnante o senso do ‘ru’ pessoal da última encarnação dura somente ao longo da fase final do processo pós-morte – o tempo bem-aventuroso de repouso no verdadeiro mundo céu. Depois disto ela é absorvida, primeiramente no indivíduo e depois na consciência universal. (...)

Experienciando vidas passadas

Enquanto é fato aceito que a consciência deve estar focada no nível da ‘mente superior’ para experienciar vidas passadas, existe uma evidência crescente de que sob certas condições a lembrança fragmentária de vidas passadas pode ocorrer pelo contato com a Mente Universal do que parece ser um nível inferior – talvez por meio das emoções. No entanto, alguns investigadores descobriram que esta experiência é acompanhada de um sentimento de se flutuar para fora do corpo e de se estar numa estrutura diferente de tempo-espaço. (...) A experiência está geralmente associada a uma forte emoção e é muitas vezes acompanhada pelo senso de se ter conhecido a situação anteriormente – chama déjà vue. A memória pode ser deflagrada ao se encontrar uma pessoa, ao se visitar um local particular, ou ao se ouvir uma peça musical. A memória pode também surgir durante um sonho de extraordinária  nitidez, ou enquanto se medita profundamente. Após um breve sentimento de foco alterado de consciência, a pessoa encontra-se num tempo diferente e num local diferente, experienciando o que parece ser um momento de uma vida passada. (...)” 

(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 44/45)

sábado, 28 de dezembro de 2013

A PRESENÇA FLAMEJANTE DE DEUS

"Porei um fim à simulação da prece mecânica. Orarei profundamente, até que as trevas da meditação se incendeiem com Tua flamejante presença.

Pai Celestial, não posso esperar até amanhã para ouvir a Tua canção. Hoje mesmo, enviarei pelo éter o apelo de minha alma, com tão amorosa concentração, que terás de responder, através do receptor de meu silêncio.

Ó Espírito, Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente, sempre nova! Afasta de minha mente o peso da indiferença e do esquecimento. Possa eu beber o néctar de Tua presença sempre bem-aventurada.

Ao aprofundar-se o silêncio interior e exterior, Tua paz vem a mim. Tentarei sempre ouvir o eco de Teus passos.

Tendo a Ti como a suprema alegria da mais profunda meditação, sei que todas as coisas – prosperidade, saúde e sabedoria – me serão acrescentadas.

Ensina-me a pescar-Te nas mais profundas águas de minha alma." 

(Paramahansa Yogananda – Meditações Metafísicas – Self-Realization Fellowship – p. 78/79)


POR QUE NÃO NOS LEMBRAMOS DE VIDAS PASSADAS? (2ª PARTE

"(...) O passado ainda está conosco

Em nossos estudos aprendemos como a nova personalidade é construída em torno do novo corpo e do novo cérebro. Evidentemente o cérebro desempenha a dupla função de lembrar e esquecer. Sem nossa habilidade para esquecer a vida seria muito difícil – talvez até mesmo impossível. O cérebro age como um filtro que deixa passar apenas aquilo que, num dado momento, é essencial para a vida. Quando éramos criança aprendemos a caminhar, a falar, a escrever e a andar de bicicleta, mas a memória detalhada de como aprendemos estas habilidades não mais está conosco. Ainda temos as habilidades, mas o que foi certa vez conscientemente adquirido é agora uma função automática. Da mesma maneira aquilo que foi apreendido em vidas passadas está embutido no nosso presente sob a forma de habilidades e tendências, e não como memória consciente.

O escritor teosófico C. Jinarajadasa diz que com nossas mentes podemos lembrar apenas uma pequena parte do passado. Mas por outro lado, o modo como sentimos e agimos é a resultante de todas as forças do passado convergindo sobre nossa individualidade.

As nossas únicas memórias do período em que estamos dormindo são sonhos que frequentemente são confusos e sem significado. Apesar disto, os investigadores teosóficos asseguram-nos que durante o sono um campo muito mais amplo de consciência está aberto a nós. Mas,  como no processo da reencarnação, essas experiências não podem ser facilmente lembradas pela consciência do cérebro desperto. (...)"

(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 43)