OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

ALÉM DA MENTE PENSANTE (PARTE FINAL)

"(...) Existe uma energia vital que você pode sentir em todo o seu Ser, em cada célula do seu corpo, independentemente dos seus pensamentos. Nesse estado de consciência, se você precisar usar a mente para algum fim prático, ela estará presente. E a mente funciona muito bem quando a inteligência maior que é você se expressa através dela.

Talvez você não tenha se dado conta, mas aqueles breves períodos em que fica ‘consciente sem pensar’ já estão ocorrendo natural e espontaneamente em sua vida. Você pode estar fazendo algum trabalho manual, andando pela casa, aguardando o embarque num aeroporto e estar tão presente que a estática habitual do pensamento se interrompe e é substituída por um estado de alerta. (...)

Sinta-se à vontade com o ‘não saber’. Isso leva você para além da mente, pois ela está sempre querendo tirar conclusões e interpretar. A mente teme não saber. Assim, quando consegue ficar à vontade com o ‘não saber’, você já foi além da mente. Um conhecimento mais profundo que não é baseado em qualquer conceito vai emergir desse estado.

Quando há um domínio completo da criação artística, dos esportes, da dança, do ensino, do aconselhamento, é sinal de que a mente pensante não está mais envolvida ou, no mínimo, está em segundo plano. Nessas áreas predominam uma força e uma inteligência que são maiores do que você e, ao mesmo tempo, fazem parte de você. Não existe mais um processo de decisão. As ações corretas acontecem espontaneamente, e não é ‘você’ quem as faz. Ter o domínio completo da vida é o contrário de condicioná-la. Você entra em sintonia com a consciência maior. É ela quem age, fala e faz o que é necessário. (...)

A Verdade nos leva muito além do que a mente é capaz de compreender. Nenhum pensamento pode conter toda a Verdade. No máximo, pode apontar para a Verdade dizendo, por exemplo: ‘Todas as coisas são intrinsecamente uma só.’ Essa é uma indicação, não uma explicação. Compreender essas palavras é sentir profundamente dentro de si mesmo a Verdade para a qual elas apontam."

(Eckhart Tolle – O Poder do Silêncio – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 – p. 21/23)


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

POR QUE O MAL FAZ PARTE DA CRIAÇÃO DIVINA

"Alguns dizem que Deus não conhece o mal, pois não sabem explicar como um Deus bom pode permitir roubos, assassinatos doenças, pobreza e outras coisas horríveis que sempre acontecem na Terra. Esses infortúnios são certamente negativos para nós, mas será que Deus os considera maus? Se for o caso, por que permitiria tanta maldade? E, se o mal não veio de Deus, que é o Criador Supremo de todas as coisas, de onde veio, então? Quem criou a ganância? E o ódio? Quem criou a inveja e a raiva? Quem criou as bactérias nocivas? Quem criou a tentação do sexo e da cobiça? Isto tudo não foi inventado pelos seres humanos. O homem jamais poderia ter experimentado essas coisas se não tivessem sido previamente criadas.

Algumas pessoas tentam explicar que o mal não existe, ou que nada mais é do que um fator psicológico. Mas não é verdade. As evidências do mal estão no mundo e são inegáveis. Se o mal não existe, por que Jesus oraria: ‘E não nos deixe cair em tentação; mas livra-nos do mal’?¹ Ele está dizendo, claramente, que o mal existe.

Portanto, a verdade é esta: o mal está presente no mundo. E de onde terá vindo? De Deus.² A maldade proporciona o contraste que nos permite reconhecer e experimentar a bondade. Para existir a criação, o mal tinha que existir também. Se você escrevesse uma mensagem com giz branco num quadro branco, ninguém a veria. Portanto, sem o quadro-negro do mal, as coisas boas do mundo não poderiam se sobressair. Por exemplo: Judas foi o melhor agente de publicidade que Jesus podia ter. Com seu ato maligno, Judas tornou Cristo eternamente famoso. Jesus sabia do papel que devia representar e tudo o que ia acontecer para que pudesse demonstrar o amor e a grandeza de Deus; e era necessário um vilão para essa representação. No entanto, para Judas não foi bom escolher ser aquele cujo ato maldoso exaltou, por contraste, a glória do triunfo de Cristo sobre o mal."

¹ Mateus 6:13.
² “Eu sou o Senhor, e não há outro. Eu formo a luz, e crio as trevas; eu faço a paz, e crio o mal; eu sou o Senhor, que faço todas estas coisas” (Isaias 45:6-7).

(Paramahansa Yogananda – O Romance com Deus – Self-Realization Fellowship – p. 110/111)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/romance-com-deus.html


ALÉM DA MENTE PENSANTE (4ª PARTE)

"(...) Qualquer tipo de preconceito mostra que você está identificado com a mente pensante. Mostra que você não está vendo o outro ser humano, está vendo apenas seu conceito sobre aquele ser humano. Reduzir essa pessoa a um conceito já é uma forma de violência.

O pensamento que não tem raízes na consciência passa a servir apenas aos interesses daquele que pensa e deixa de ter função. A inteligência desprovida de sabedoria torna-se muito perigosa e destrutiva. É nesse estado que se encontra a maior parte da humanidade. O predomínio do pensamento na ciência e na tecnologia – embora intrinsecamente não seja um fato ruim nem bom – tornou-se algo destrutivo, porque frequentemente esse pensamento não está enraizado na consciência.

O próximo passo na evolução humana é transcender o pensamento. Hoje é a nossa tarefa mais premente. Isso não significa que não devemos mais pensar, mas simplesmente que não devemos nos identificar com o pensamento nem ser dominados por ele.

Sinta a energia no interior do seu corpo. Imediatamente, o ruído mental diminui ou cessa. Sinta essa energia nas mãos, nos pés, no ventre, no peito. Sinta a vida que você é, a vida que movimenta seu corpo.

O corpo então se torna uma porta aberta para uma noção mais profunda da vida que existe debaixo das nossas emoções flutuantes e de nossos pensamentos. (...)"

(Eckhart Tolle – O Poder do Silêncio – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 – p. 20/21)


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

VIVENDO A VIDA DA IOGA – COMPAIXÃO

"A base fundamental da espiritualidade é a compaixão. Mesmo que num sentido impessoal, devemos naturalmente ter compaixão por aqueles que estão passando por necessidades. Devemos ser solidários com suas condições de infelicidade espiritual, mental e emocional; pois a vida espiritual tem suas fundações no coração, que deve ser sensível ao sofrimento – subumano e humano – sempre que ele possa existir, respondendo a ele e sentindo um forte ímpeto para oferecer alívio. Este é o grande segredo. O ideal é que o iogue seja capaz de amar e demonstrar um profundo interesse altruísta e compassivo. Estes devem ser sabiamente colocados em ação, à medida que a liberdade pessoal venha a permitir. Devemos visitar e escrever àqueles que sofrem, procurando dar apoio, ajuda e cura, e até mesmo ajuda-los fisicamente, dentro dos ditames de nossas próprias responsabilidades. Isto é o amor puro em ação – o grande ideal. Animais, crianças e adultos tornam-se então o campo de serviço em qualquer nível que a pessoa possa estar livre para alcançar e ajuda-los. O idealismo precisa ser aplicado de forma prática. Devemos lembrar sempre que o ioga inclui o esquecimento de si mesmo e o serviço amoroso expresso de forma criteriosa."

(Geoffrey Hodson – A Suprema Realização através da Ioga – Ed. Teosófica, Brasília, 2001 – p. 96)


ALÉM DA MENTE PENSANTE (3ª PARTE)

"(...) Os dogmas – religiosos, políticos, científicos – vêm da crença equivocada de que o pensamento pode encapsular a realidade ou a verdade. Os dogmas são prisões formadas por conceitos coletivos. O que parece estranho é que as pessoas gostam de suas prisões, pois elas lhe dão um sensação de segurança e uma fala impressão de que ‘sabem das coisas’.

Nada causou mais sofrimento à humanidade do que os dogmas. É verdade que, cedo ou tarde, todo dogma é derrubado, porque a realidade acaba mostrando que ele é falso. Mas, a menos que se descubra a ilusão básica das verdades absolutas, logo surge outro dogma para substituir o antigo. Qual é essa ilusão básica? É a identificação com o pensamento. Despertar espiritualmente é despertar do sonho do pensamento.

O reino da consciência é muito mais vasto do que aquilo que o pensamento é capaz de abranger. Quando você deixa de acreditar em tudo o que pensa, você sai do pensamento e vê claramente que quem está pensando não é quem você é essencialmente.

A mente funciona com ‘voracidade' e por isso está sempre querendo mais. Quando você se identifica com a sua mente, fica facilmente entediado e ansioso. O tédio demonstra que a mente deseja avidamente mais estímulo, mais o que pensar, e que essa fome não está sendo saciada. Quando você fica entediado, pode querer satisfazer a fome da mente lendo uma revista, dando um telefonema, assistindo à tevê, navegando na Internet, fazendo compras ou – o que é bem comum – transferindo a sensação mental de carência e sua necessidade de quero mais para o corpo e se satisfazendo temporariamente comendo mais.

A alternativa é aceitar o tédio e a ansiedade e observar como é sentir-se ansioso. À medida que você se dá conta dessa sensação, surge de repente um espaço e uma calma em volta dela. Primeiro é um pequeno espaço interno, mas, à medida que esse espaço aumenta, o tédio começa a diminuir de intensidade e de significado. Dessa forma, até o tédio pode ensinar quem você é e quem não é. Você descobre que não é uma ‘pessoa entediada’. O tédio é simplesmente um movimento de energia condicionada dentro de você. Da mesma forma, você não é uma pessoa irritada, rancorosa, triste ou medrosa. O tédio, a raiva, a tristeza e o medo não são ‘seus’, não fazem parte de sua pessoa. Eles são estados da mente humana. E, por isso, vão e voltam. (...)"

(Eckhart Tolle – O Poder do Silêncio – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 – p. 18/20)