OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 28 de setembro de 2014

O APEGO AOS OBJETOS DOS SENTIDOS


"(2:62, 63) Fixar mentalmente objetos dos sentidos faz com que nos apeguemos a eles. Do apego brota o desejo. Do desejo (quando insatisfeito) brota a cólera. A cólera gera a ilusão. A ilusão produz o esquecimento (do Eu). A perda da memória (memória de quem a pessoa é verdadeiramente) faz decair o poder do discernimento. À perda do discernimento segue-se à aniquilação do reto pensar.

Cada passo nessa descida tem um único responsável: o ego. Para guindar-se de novo à sabedoria, o ego iludido precisa atingir o ponto onde chegue a compreender que sua compreensão da vida até o momento só lhe trouxe sofrimento. Sua primeira pergunta, então, será: 'Acaso gosto de sofrer?' (Não, é claro!) E em seguida: 'O que aumenta o sofrimento e o que, ao contrário, o diminui?' A resposta é que a dor diminui quando diminui também o interesse exagerado por si mesmo. A apreensão dessa verdade leva aos primeiros lampejos de reconhecimento de uma realidade maior que o ego e o corpo. A névoa da ilusão começa a dissipar-se na mente e já ninguém se insurge contra o mundo por ele não lhe ter dado o que queria. Da aceitação do que é vem o afrouxamento dos laços do apego mundano. Do desapego vem a diminuição do interesse pelos objetos dos sentidos e o aumento do anseio pela sabedoria autêntica - anseio que desperta a devoção no coração, o amor à verdade e o desejo intenso de conhecer a bem-aventurança verdadeira e duradoura."

(A Essência do Bhagavad Gita - Explicado por Paramahansa Yogananda - Evocado por seu discípulo Swami Kriyananda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 125/126)


CHAVES PARA A VIDA MAIOR (PARTE FINAL)

"(...) RISOS E ALEGRIA - Corre-se o risco de confundir espiritualidade com severidade. Mas constato que as pessoas providas de senso de humor têm mais alegria e trazem mais alegria para os outros. Ver o lado melhor e mais leve em todas as coisas ajuda a manter a criança interior viva e feliz. Se sentimos em nós a presença de Deus, é natural que expressemos essa consciência com alegria, risos entusiasmo e felicidade.

AMOR - O amor é o principal componente da vida. Ele unifica tudo e atrai para nós todo o bem. Através do amor, ficamos mais conscientes e sensíveis às necessidades dos seres humanos. Vemos a fagulha divina em cada pessoa. Podemos amá-las, mesmo se acharmos que fizeram algo errado. Estaremos presentes e disponíveis para elas. É assim que demonstramos nosso amor.

O caminho espiritual nem sempre é fácil; ele estará inevitavelmente cheio de desvios ou becos sem saída. Mas, lembre-se, nele você nunca viaja sozinho. Sua família iluminada e os guias do mundo espiritual estão sempre com você, oferecendo segurança e orientação.

Estamos aqui para manifestar o amor divino em tudo o que fazemos. Muitas vezes parecerá mais fácil seguir os desejos da personalidade inferior. Mas resista. Procure a verdade, mesmo quando muitos tentarem encher sua cabeça e seu coração com falsidades. Nunca comprometa seus ideais espiritual, porque isso atrasa o seu progresso. Nunca esqueça que somos todos eternos filhos de Deus.

Acima de tudo siga seu coração e seja fiel a si mesmo. Lembre-se que você tem a responsabilidade de ser melhor que puder, e para isso mantenha sua mente e seu coração abertos para os aspectos superiores do seu ser. Use a consciência espiritual para encorajar e confortar todos os que estão no seu caminho. Quando iluminamos e amamos os outros, mostramos a eles as chaves para que descubram sua prórpria luz interior e reforçamos ao mesmo tempo a nossa.

Que a sua luz brilhe até os confins da Terra para que todos possam vê-la. Quando o fizer, a sua jornada aqui terá valido a pena. Então, você poderá voltar ao Céu com a certeza de ter feito a sua parte para trazer a energia de Deus para a Terra. Vai saber que fez do mundo um lugar melhor."

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 92/93)

sábado, 27 de setembro de 2014

O DEUS SUPREMO

"Essa força é benevolente ou malevolente? Vejo-a como puramente benevolente. Pois posso perceber que em meio à morte, a vida persiste; em meio à inverdade, a verdade persevera. Em meio à escuridão, a luz impera. Desse modo, entendo que Deus seja a vida, a verdade e a luz. Ele é o amor. Ele é o bem supremo.

Deus é totalmente bom. Não há mal dentro dele. Deus fez o homem à própria imagem. Infelizmente para nós o homem se amoldou a partir de si mesmo. E essa arrogância levou a humanidade a um mar de problemas. Deus é o perfeito alquimista. Em sua presença todo o ferro e todo o lixo se transformam em ouro puro. Similarmente, todo o mal se transfigura no bem.

Mais uma vez, Deus vive, mas não como nós. Suas criaturas só existem para morrer. Deus é vida, portanto, a bondade e tudo o que ela significa não é um atributo. A bondade é Deus. A bondade expressa fora de Deus é algo sem vida. [...] O mesmo ocorre com todos os padrões de conduta. Se eles devem habitar o nosso interior, precisam ser considerados e cultivados em sua relação com Deus. Tentamos nos tornar bons, pois queremos alcançar e realizar Deus. Contudo, todas as éticas materiais do mundo se tornam pó, uma vez que fora de Deus elas não têm vida. Vindo de Deus elas celebram a vida. Elas se transformam em parte de nós e nos tornam nobres."

(Mahatma Gandhi - O Caminho da Paz - Ed. Gente, São Paulo, 2014 - p.28)


CHAVES PARA A VIDA MAIOR (3ª PARTE)

"(...) EQUILÍBRIO - Temos a impressão de que o equilíbrio é outra qualidade ausente no ritmo acelerado do mundo atual. Parece muito mais fácil deixar as partes inferiores da nossa natureza dominarem e prevalecerem. Para trazer o equilíbrio às nossas vidas, precisamos harmonizar a personalidade material ou terrena com a personalidade espiritual. A ênfase excessiva em qualquer parte do nosso ser tende a nos enfraquecer, em vez de nos fortalecer. Quando estamos desequilibrados tendemos a agir a partir do medo, em vez de seguir o amor.

DISCERNIMENTO - Atualmente é preciso muito discernimento para descobrir a verdade nas coisas. Muitos ficam presos a detalhes e tornam-se incapazes de perceber o todo. Quando você se apressa em criticar e julgar, sem dispor de todos os dados de uma situação, aprende muito pouco. Sugiro que você sempre questione o que está por trás de qualquer pessoa ou situação para certificar-se de que há uma verdade espiritual no núcleo de tudo.

FÉ - A fé é a consciência de que sempre recebemos tudo o que desejamos e de que precisamos. A fé é uma crença na natureza invisível do universo. Ela segue de mãos dadas com a confiança. Quando temos fé em nós mesmos e em Deus, sabemos que estamos seguros, que somos amados e que nunca estaremos sozinhos.

CRIATIVIDADE - A criatividade é a capacidade de formar ideias, sentimentos e expressões capazes de transformar o mundo físico. Ela não se limita a artistas, músicos ou escritores. Todos nós somos criativos e podemos usar essa energia divina em tudo para tornar a vida mais fácil. Sempre que existe um problema nos relacionamentos, na família, na carreira, nas finanças ou em qualquer parte da vida cotidiana, temos a capacidade de resolver a situação através da nossa fagulha criativa. Quando usamos a criatividade, usamos a energia da Força Divina na sua mais elevada manifestação, especialmente quando empregamos a criatividade para o bem maior da humanidade. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 91/92)

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A VIDA É UM SONHO QUE NÃO VALE NOSSAS LÁGRIMAS

"Quanto  mais vejo a vida, mais percebo que é um sonho. Encontrei segurança superior na filosofia que agora lhes transmito. Compreendam que vocês vivem única e exclusivamente pela graça de Deus. Se Ele retirasse Seu pensamento, a manifestação física deixaria de existir. Este mundo é um lugar de sonhos, e aqui estamos todos sonhando. A vida não é real; rimos e choramos na maior das ilusões, e não vale a pena derramar lágrimas por isso. Dar realidade às experiências terrenas é fazer um convite ao sofrimento indizível. Identificando nossa consciência com o mundo, só veremos um lugar de padecimento. O que nos livrará disso? Dinheiro? Não, nada material. O único caminho para a libertação é conhecer Deus e perceber que Ele e nós somos uma só coisa, para sempre. Lembre-se disso. Deus seria realmente muito cruel se este mundo fosse real. Mas Ele sabe que, quando tivermos passado um número suficiente de vezes pela fornalha do sofrimento e da morte, despertaremos e venceremos a ilusão: perceberemos a Terra como um sonho divino, e não reencarnaremos mais. No Bhagavad Gita, Deus fala por intermédio de Krishna, prometendo: 'Meus nobres devotos, tendo chegado a Mim (o Espírito), alcançaram o êxito supremo; eles já não estão sujeitos a outros renascimentos nesta moradia do sofrimento e da transitoriedade'.

Suponhamos que um homem seja atingido por uma bomba, morrendo instantaneamente. No campo de batalha, ele estava paralisado pelo medo mas, após a morte, percebe alegremente que está livre do medo e do túmulo corporal. Mas não é necessário sofrer provações para chegar a esse conhecimento. É melhor obter sabedoria pelo esforço espiritual consciente. E, se temos de suportar testes. que seja com a atitude correta. Vejam o exemplo de Jesus: foi pregado na cruz e teve de suportar aquele sonho de sofrimento. Mesmo assim, antes de ser crucificado, disse: 'Derrubai este  templo, e em três dias o levantarei'. Ele sabia que o corpo, os pregos com que seria pregado na cruz e até o processo da morte eram apenas sonhos. Por compreender isso, sabia que podia recriar a vida em seu corpo-sonho. Não é um modo maravilhoso de encarar a ilusão de vida e morte? É o único modo. Krishna iniciou sua revelação a Arjuna, no Bhagavad Gita, exortando-o a lembrar a natureza transitória da matéria e a natureza eterna Daquele que nela habita."

(Paramahansa Yogananda - O Romance Com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 24/25)