OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

A MORTE

"Depois de passar por várias espécies de vegetais, a vida manifesta-se em uma árvore preciosa como a Paineira, e, assim, transmite-nos o que plantas mais primárias não nos poderiam transmitir. Na linha da evolução humana, a vida também passa de encarnação em encarnação, liberando cada vez mais luz até que esta, no homem evoluído, se expresse através do surgimento de maior capacidade de compreender os fatos e as leis do universo.

Se os seres humanos tivessem já a visão etérica, assistiriam, por ocasião da 'morte', à grande atividade que se desencadeia naqueles corpos dos quais a vida se retira, quando todos os átomos que compõem suas células retornam à fonte de origem. Com isso, muito substância-luz é liberada no plano astral, para que, com a destruição da forma, profundas transformações possam acontecer nos níveis psíquicos. Nesse processo, dentro do possível, os apegos do indivíduo e sua ilusão sobre a imutabilidade da matéria são desfeitos. A chamada 'morte' facilita também o seu contato com novas ideias, que lhe trazem outras perspectivas, porque vêm de um estado de consciência mais elevado do que o mental pensante.

A retirada da energia vital dos corpos materiais é um ritual necessário, que rege toda a vida planetária. Produz transformações em todos os reinos da Natureza, e eles, com o tempo, apresentam cada vez menor oposição à influência de novos tipos de energia que vêm para aperfeiçoá-los. A Paineira não tem medo de morrer. Só no reino humano e, em parte, no reino animal, existe esse temor. Os outros reinos não o conhecem, e restituem com naturalidade o que pertence ao reservatório geral essencial do planeta, para que essa substância vá formar novos corpos e novas formas de vida, levando consigo as experiências que já fez.

Vidas maiores emanam ordens para que vidas menores se retirem da forma, liberando substâncias que são necessárias para futuras expressões. Abrindo-nos para uma visão mais ampla, tomamos conhecimento de que os sete sistemas planetários envolvidos nesse processo, quanto mais conscientes forem da vida total, mais se movimentarão de acordo com ela, observando com exata precisão os momentos em que a restituição é necessária. O medo da morte é contrário ao ritmo cósmico e, portanto, precisa ser eliminado. Como se sabe, baseia-se no terror que sentimos pelo processo final de rompimento com o corpo físico, no horror pelo desconhecido, na dúvida quanto à imortalidade de nosso ser, na dificuldade de deixar para trás coisas e pessoas queridas, na memória subconsciente de experiências anteriores de mortes dolorosas ou difíceis. Essas causas são conhecidas pela medicina esotérica.

Entretanto, a causa principal do medo da morte reside em nosso apego à forma, e no pouco contato que temos com a alma, o núcleo imortal-reencarnante. O temor básico que o homem, bem como alguns animais, apresenta, é de não sobreviver a essa experiência tão necessária. Isso, porém, ainda é assim, devido à falta de conhecimentos com relação ao processo de desencarnar."

(Trigueirinho - A morte sem medo e sem culpa - Ed. Pensamento, São Paulo - p. 45/46)


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

SÊ CALMO E PROCURA A VERDADE

"A calma é a essência da meditação e a antítese do medo. Não podemos relaxar e ficar em paz em nosso coração - não podemos nos abrir para o influxo do amor - quando nossa mente está perturbada e irrequieta. No âmago da tradição judeu-cristã encontramos a clara expressão do valor e necessidade da calma. Reza o Salmo 4: 'Falai com o vosso coração sobre a vossa calma e aquietai-vos'. E o Salmo 46 nos dá esta firme instrução: 'Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus'.

No Salmo 107, ouvimos: 'Então se alegram com a bonaça; e ele assim os leva ao porto desejado'. Em Isaías, aprendemos: 'Pelo arrependimento e o repouso sereis salvos; na quietude e confiança reside a vossa força. ... Até quando vos dominará a tribulação? Recuai... descansai, ficai serenos'. Eis a tradição meditativa que alimentou Jesus em sua meninice e, seguramente, ao longo de todo o seu despertar espiritual.

Em plena quietude meditativa, começamos a perceber diretamente a verdade da vida e a realizar o que Jesus nos ensinou como seu mais vigoroso imperativo em termos de meditação: 'Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará'. Obviamente, a verdade que encontramos no ato de meditar é que Deus é amor - que existe uma presença espiritual nuclear em nossa vida passível de conhecimento direto quando focalizamos o coração e nos abrimos para o influxo amoroso.

Saímos do estado de medo ao aprender a estar serenos; uma vez serenos, acabamos por conhecer a verdade; e harmonizados com a realidade profunda da vida, descobrimos a força original do amor que nos anima e nos vincula diretamente ao Inominável infinito."

(John Selby - Sete Mestres, Um Caminho - Ed. Pensamento-Cultrix Ltda., São Paulo, 2004 - p. 116/117)


domingo, 11 de fevereiro de 2018

FINQUE RAÍZES PROFUNDAS NO SEU EU INTERIOR

"A chave é estar em um estado de conexão permanente com o nosso corpo interior, em senti-lo em todos os momentos. Essa prática vai se intensificar rapidamente e transformar sua vida. Quanto mais consciência direcionamos para o nosso corpo interior, mais cresce a frequência vibracional, tal qual a luz que vai ficando mais forte quando giramos o botão do dimmer, aumentando o fluxo de eletricidade. Nesse nível de energia mais elevado, a negatividade deixa de nos afetar e tendemos a atrair novas circunstâncias que refletem essa alta frequência. 

Quanto mais concentramos a atenção no corpo, mais nos fixamos no Agora. Não nos perdemos no mundo exterior nem na mente. Pensamentos e emoções, medos e desejos podem até estar presentes, mas não vão mais nos dominar.

VERIFIQUE ONDE ESTÁ a sua atenção neste momento. Ou você está me ouvindo ou está lendo minhas palavras em um livro. Aqui está o foco da sua atenção. Você também está percebendo o que está ao redor, as outras pessoas, etc. Além disso, pode haver alguma atividade mental em volta do que você está ouvindo ou lendo, algum comentário mental, embora não haja necessidade de nada disso absorver toda a sua atenção. 

Verifique se você consegue estar em contato com o seu corpo interior ao mesmo tempo. Mantenha parte de sua atenção no interior. Não permita que ela se disperse. Sinta todo o seu corpo, lá no fundo, como um só campo de energia. É quase como se você estivesse ouvindo ou lendo com todo o seu corpo. Pratique nos próximos dias e semanas.

Não desvie toda a sua atenção da mente nem do mundo exterior. Procure, por todos os meios, se concentrar naquilo que você está fazendo, mas sinta o corpo interior ao mesmo tempo, sempre que possível. Tenha as raízes fincadas dentro de você. Observe, então, como isso altera o seu estado de consciência e a qualidade do que você está fazendo. Não aceite ou rejeite simplesmente essas minhas palavras. Pratique-as."

(Eckhart Tolle - Praticando o Poder do Agora - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 62/64


sábado, 10 de fevereiro de 2018

DEVEMOS IR FUNDO PARA CONHECER O PRAZER

"São poucos os que desfrutam de alguma coisa. Sentimos pouquíssima alegria ao ver um pôr do sol, uma lua cheia, uma pessoa bonita, uma árvore encantadora, um pássaro voando ou uma dança. Na verdade, não desfrutamos de nada. Olhamos para uma coisa, ficamos superficialmente entretidos por ela e temos a sensação do que chamamos de alegria. Mas o prazer é algo muito mais profundo, que deve ser entendido e profundamente desfrutado.

Quando ficamos mais velhos, embora queiramos sentir prazer nas coisas, as melhores já estão fora do nosso alcance. Queremos desfrutar de outros tipos de sensações - paixões, desejo sexual, poder, status. Todas essas são coisas normais da vida. Embora superficiais, não devem ser condenadas, justificadas, mas entendidas e colocadas em seu devido lugar. Se as condenarmos como sem importancia, sensacionalistas, tolas ou não espirituais, destruiremos todo o processo da vida. 

Para conhecer a alegria devemos ir muito mais fundo: a alegria não é a mera sensação. Ela requer um refinamento extraordinário da mente, mas não o refinamento do self, que colhe cada vez mais para si. Esse self, esse homem, nunca poderá entender o estado de alegria em que o apreciador não está presente. É preciso entender essa coisa extraordinária. Do contrário, a vida se torna muito pequena, insignificante, superficial - torna-se apenas nascer, aprender algumas coisas, sofrer, gerar filhos, ter responsabilidades, ganhar dinheiro, ter um pouco de diversão intelectual e morrer."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 213)


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

DESAFIOS DA VIDA (PARTE FINAL)

"(...) A limitação material é como o leito de um rio, forçando as águas numa certa direção. Ele pode dar muitas voltas, mas o destino final é sempre o mar. Quanto mais próximo desse destino, menos curvas aparecem no caminho, porque já aprendemos algo, não nos preocupando mais em fugir e desviar do problema.

Benditos desafios! Cada limitação é uma oportunidade nova. Sofrimento? Depende de como olhamos o desafio. Quando um alpinista se defronta com um pico escarpado, enfiado nas nuvens, ele sorri ou empalidece? Encoraja-se ou desanima?

A vida em si é um desafio de alpinista. Chegar ao topo requer equilibrar-se junto às ladeiras, onde tentações diárias - como preguiça, inveja, gula, desonestidade, raiva, mentira - querem nos atrair para a energia antiga, o comportamento antigo. Repetir no mínimo é estagnar, aprofundando a inconsciência, a não ser que coloquemos atenção no ato.

Ainda que repetindo, atenção na ação é crescimento. Da próxima vez será possível um rumo diferente. Ir adiante, porém, é suspender o pé para o degrau seguinte. Por essa razão o autodomínio é tão importante no caminho espiritual - o que não significa reprimir. O trabalho é sempre por meio da consciência. Domar nossa natureza inferior é estabelecer quem manda no corpo, modificando sua energia pela combinação da vontade com pensamentos elevados e amor - o que é impossível na mente entulhada. 

Requer-se esvaziar esse copo, transformando-o em divina taça pela meditação, sons iluminados, trabalho altruísta e alimentação sutil, preferindo também companhias que buscam crescer como você. Essa é uma dieta para a mente e para a alma, elevando também o vaso físico que nos sustenta no mundo. Vibracionalmente, tudo cresce ou se rebaixa ao mesmo tempo em nós, expandindo ou embotando a consciência."

(Walter S. Barbosa - Desafios da vida - Revista Sophia, Ano 15, nº 65 - p. 12/13)