OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 31 de dezembro de 2013

LAPIDAÇÃO DO CARÁTER

"Aquele que já coloca um ideal de virtude diante de si como meta a ser alcançada, compreenderá o que é chamado de natureza inferior e que deverá ser dominada. Em linguagem comum, pessoa controlada é aquela que sua mente controla os seus desejos. Essa é uma pessoa que possui um forte desejo de evoluir. Já tem na sua memória as experiências do passado e as atrações do exterior já não o iludem e nem o atraem mais. O resultado dessas experiências é a firme convicção do objetivo a ser alcançado.

Esse resultado transforma-se em regra de conduta, a qual não lhe permite afastar-se do seu caminho pelas atrações ou pelos impulsos do momento. Uma pessoa assim dará confiança aos demais, pois saberão o que ele irá fazer. Os demais têm certeza de que não estarão tratando com uma pessoa desatinada, pois ele agirá sempre de maneira nobre, levado pelos momentos de calma e reflexão. Esse é um homem autocontrolado.

Esse homem que por si só, já traz de outras vidas esse tipo de caráter, poderá melhorar e entendê-lo melhor, caso encontre um local no qual possa ter acesso a uma literatura que poderá ajudá-lo a melhorar-se ainda mais, expandindo a sua mente e entendendo que faz parte de um grande Plano Divino e que esse fato, por si só, já o torna responsável pelos seus atos e em colaborar com esse plano. Vai compreender também que atrairá para si exatamente aquilo que ele está emanando. Reconhecerá quando enviou um pensamento mau e que criou em sua mente um centro similar, atraindo pensamentos baixos, aumentando a sua tendência para o mal. Compreendendo essas atitudes, sentirá necessidade de exercer a fraternidade mental que liga todos os homens. Procurará na sua vida cotidiana a controlar mais seus pensamentos, pois entendeu que na região do invisível são geradas todas as forças que descem para a vida psíquica e física."

(Annie Besant - Do Recinto Interno ao Santuário Externo - p. 06)


O AGORA (2ª PARTE)

"(...) Enquanto não se responsabilizar por este exato momento - o Agora -, você não estará assumindo qualquer responsabilidade por sua vida. É por isso que o Agora é o único lugar onde a vida pode ser encontrada. Assumir responsabilidade por este momento presente é estar em harmonia com a vida.

O Agora é como é porque não pode ser de outro jeito. Os budistas sempre souberam e os cientistas hoje confirmam: não existem coisas ou fatos isolados. Por baixo da aparência superficial, todas as coisas estão ligadas, todas fazem parte da totalidade do cosmos que deu origem à forma do momento presente.

Quando diz 'sim' às coisas tal como são, você entra em harmonia com o poder e a inteligência da própria Vida. Só então pode se tornar agente de uma mudança positiva do mundo. Um exercício espiritual simples mas radical consiste em aceitar o que surge no Agora - interna e externamente.

Quando você passa a dar atenção ao Agora, cria-se um estado de alerta. É como se você acordasse de um sonho, o sonho do pensamento, o sonho do passado e do futuro. É tão claro e tão simples. Não sobra lugar para criar problemas. Só esse momento, tal como ele é.

Quando concentra sua atenção no Agora, você se dá conta de que a vida é sagrada. Existe algo de sagrado em tudo que você percebe quando se concentra no presente. Quanto mais você viver no Agora, mais vai sentir a simples e profunda alegria de Ser e do caráter sagrado da vida. (...)"

(Eckhart Toole - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 33/34)


segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

COMO UM POMBO CORREIO

"Levaram minh’alma para longe da pátria querida – e soltaram-na em terra estranha...

E ela, qual pombo correio, norteando-se, ergueu voo, rumo à querência...

De sol a sol, até ao cair da noite pressaga, voa a avezinha por espaços ignotos, cheia de saudades...

De quando em quando, exausta, abate o voo e pousa no alto dum rochedo, numa cerca, ou cai no meio de um canteiro em flor...

E dizem então os homens, esses ingênuos, que minha’alma se esqueceu da pátria e se enamorou de terra estranha...

Dizem que a pobre avezinha deixou de ser o que era - para ser o que não era.

Não sabem eles, esses ingênuos, que não é por amor aos rochedos, às cercas ou às flores da terra que minh’alma desceu das alturas...

Retorne ao meu coração a energia normal do meu ser – e vereis, ó ingênuos, que não me sofrem aqui as saudades de minh’alma...

Expandirei nos mares azuis do espaço a potência das asas levíssimas – e adeus, rochedos, cercas e flores da terra!...

Quanto mais forte e normal é o meu ser – tanto mais cruciante me dilacera a saudade de Deus...

Quando me cerca universal abundância – mais do que nunca sinto a minha indigência...

Quando me enche a mais farta plenitude material – então me atormenta a mais faminta vacuidade espiritual...

Quando nada me falta das coisas tangíveis - mais do que nunca sofro a sede do intangível...

Quando a consciência do eu atinge o zênite do seu poder – então a inteligência ilumina o nadir da minha inquietude metafísica...

Quanto mais forte e mais ‘ela mesma’ é minh’alma – tanto menos prazer encontra em repousar em rochedos, cercas e canteiros...

Só em transes de fadiga e desânimo, quando ao pleni-Eu sucede um semi-Eu ou um pseudo-Eu – deixa meu espírito de voar em demanda da pátria longínqua...

Ergue-te, pois aos espaços, pombo correio de minh’alma!

Divina é a mensagem que tens de levar à humanidade!

A mensagem da verdade e da vida...

A mensagem da justiça e da paz...

A mensagem do amor e da graça...

O aleluia da Páscoa e o hosana de infinita beatitude..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª Edição - p. 45/46)
http://www.editoraalvorada.com.br/


O AGORA (1ª PARTE)

"À primeira vista, o momento presente é apenas um entre os inúmeros momentos da sua vida. Cada dia parece se constituir de milhares de momentos em que ocorrem os mais diversos fatos. Mas, se você olhar mais profundamente, irá descobrir que existe apenas um momento. A vida é sempre "este momento"?

Este exato momento - Agora - é a única coisa da qual você jamais conseguirá escapar, o único fator constante em sua vida. Aconteça o que acontecer, e por mais que sua vida mude, uma coisa é certa: é sempre Agora. Se não é possível fugir do Agora, por que não acolhê-lo e tratá-lo bem?

Quando você se torna amigo do momento presente, quando estabelece uma boa relação com ele, fica sempre à vontade em qualquer situação. Mas, quando não se sente à vontade no Agora, você leva o desconforto para qualquer lugar aonde for.

A divisão da vida em passado, presente e futuro é uma construção da mente, em última análise ilusória. Passado e futuro são formas de pensamento, abstrações mentais. O passado só pode ser lembrado Agora. O que você lembra é um fato que aconteceu no Agora e do qual você se lembra Agora. O futuro, quando chega, é o Agora. Portanto, a única coisa real, a única soisa que sempre existe, é o Agora. 

Concentrar sua atenção no Agora não é negar o que é necessário em sua vida. É reconhecer o que é prioritário. Depois, você poderá lidar mais facilmente com o que é secundário. Concentrar-se no Agora não é dizer 'Não vou me preocupar mais com as coisas, pois só existe o Agora'. Não é isso. Veja o que é prioritário e faça do Agora seu amigo, não seu inimigo. Reconheça-o, respeite-o. Quando o Agora é a base e o foco principal de sua vida, ela flui com facilidade. 

Guardar os pratos no armário, criar uma estratégia de trabalho, planejar uma viagem - o que é mais importante: o ato de fazer ou o resultado que você quer atingir com o que está fazendo? Este momento ou algum momento futuro? Você trata o momento atual como um obstáculo que precisa ser ultrapassado? Você considera mais importante o momento futuro que quer atingir?

A maioria das pessoas vive assim. Como o futuro nunca chega - a não ser como presente -, essa forma de viver é inútil. Causa uma constante sensação de desconforto, tensão e insatisfação. Não respeita a vida, que é o Agora. Sinta a sua vida em seu corpo. Isso enraíza você no Agora. (...)"

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 31/33)


domingo, 29 de dezembro de 2013

COMO DEVEMOS VIVER?

"Devemos pensar com muito cuidado nesta questão. Observem cuidadosamente como a mente age, vejam como as correntes se movem, observem como elas condicionam nossas ações na vida diária e como afetam nossa percepção do mundo que nos cerca. Como devemos olhar para os outros? Qual é o nosso relacionamento com eles? Como reagimos ao que nos acontece? Avaliamos tudo conforme nossos desejos, procurando apenas os objetos que contribuem para nosso prazer e rejeitamos veementemente os que nos parecem obstáculos? Fazemos julgamentos, temos preconceitos, atribuímos valores? Sem uma reflexão ponderada sobre como levamos nossas vidas, sem observar honesta e objetivamente como operam nossas mentes, sem  compreender a relação de nossa vida interna com o mundo externo, não haverá nem mesmo o primeiro vislumbre de iluminação.

Assim, nossa preparação deve começar por aí – com vichara, isto é, com o pensamento profundo: ver todas as implicações. Não é suficiente reconhecer que talvez alimentemos um ou dois desejos e, depois, calmamente mandemos todos eles embora. Se houver determinada atitude na mente, devemos examinar todas suas implicações. Elas afetam o que vemos; afetam nossos relacionamentos?

Quanto mais observamos, quanto mais pensamos cuidadosamente, mais a mente se torna capaz de ver. E ver que temos vivido neste tipo de escuridão marca o nascimento da luz.(...)"

(Radha Burnier - Como devemos viver? - Revista TheoSophia - Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 102, Outubro/Novembro/Dezembro 2013 - p. 08)