OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 29 de dezembro de 2013

POR QUE NÃO NOS LEMBRAMOS DE VIDAS PASSADAS? (PARTE FINAL)

"(...) Lethe – o rio do esquecimento

No processo pós-morte as experiências da vida recém-vivida são digeridas, internalizadas e por fim absorvidas na corrente de consciência que é a individualidade reencarnante. Quando o indivíduo volta a nascer para obter novas experiências, todas as memórias específicas da velha personalidade foram descartadas. Assim, não existe elo consciente entre as personalidades velha e nova. Na mitologia grega esta retenção da memória é chamada de o rio Lethe do submundo, que causa o esquecimento do passado. H. P. Blavatsky cita o pensador neoplatônico Plotino, que diz que o corpo é o verdadeiro rio Lethe, pois ‘as almas que nele mergulham tudo esquecem’. Ela diz também que a consciência que preserva na individualidade encarnante o senso do ‘ru’ pessoal da última encarnação dura somente ao longo da fase final do processo pós-morte – o tempo bem-aventuroso de repouso no verdadeiro mundo céu. Depois disto ela é absorvida, primeiramente no indivíduo e depois na consciência universal. (...)

Experienciando vidas passadas

Enquanto é fato aceito que a consciência deve estar focada no nível da ‘mente superior’ para experienciar vidas passadas, existe uma evidência crescente de que sob certas condições a lembrança fragmentária de vidas passadas pode ocorrer pelo contato com a Mente Universal do que parece ser um nível inferior – talvez por meio das emoções. No entanto, alguns investigadores descobriram que esta experiência é acompanhada de um sentimento de se flutuar para fora do corpo e de se estar numa estrutura diferente de tempo-espaço. (...) A experiência está geralmente associada a uma forte emoção e é muitas vezes acompanhada pelo senso de se ter conhecido a situação anteriormente – chama déjà vue. A memória pode ser deflagrada ao se encontrar uma pessoa, ao se visitar um local particular, ou ao se ouvir uma peça musical. A memória pode também surgir durante um sonho de extraordinária  nitidez, ou enquanto se medita profundamente. Após um breve sentimento de foco alterado de consciência, a pessoa encontra-se num tempo diferente e num local diferente, experienciando o que parece ser um momento de uma vida passada. (...)” 

(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 44/45)

sábado, 28 de dezembro de 2013

A PRESENÇA FLAMEJANTE DE DEUS

"Porei um fim à simulação da prece mecânica. Orarei profundamente, até que as trevas da meditação se incendeiem com Tua flamejante presença.

Pai Celestial, não posso esperar até amanhã para ouvir a Tua canção. Hoje mesmo, enviarei pelo éter o apelo de minha alma, com tão amorosa concentração, que terás de responder, através do receptor de meu silêncio.

Ó Espírito, Bem-aventurança sempre-existente, sempre-consciente, sempre nova! Afasta de minha mente o peso da indiferença e do esquecimento. Possa eu beber o néctar de Tua presença sempre bem-aventurada.

Ao aprofundar-se o silêncio interior e exterior, Tua paz vem a mim. Tentarei sempre ouvir o eco de Teus passos.

Tendo a Ti como a suprema alegria da mais profunda meditação, sei que todas as coisas – prosperidade, saúde e sabedoria – me serão acrescentadas.

Ensina-me a pescar-Te nas mais profundas águas de minha alma." 

(Paramahansa Yogananda – Meditações Metafísicas – Self-Realization Fellowship – p. 78/79)


POR QUE NÃO NOS LEMBRAMOS DE VIDAS PASSADAS? (2ª PARTE

"(...) O passado ainda está conosco

Em nossos estudos aprendemos como a nova personalidade é construída em torno do novo corpo e do novo cérebro. Evidentemente o cérebro desempenha a dupla função de lembrar e esquecer. Sem nossa habilidade para esquecer a vida seria muito difícil – talvez até mesmo impossível. O cérebro age como um filtro que deixa passar apenas aquilo que, num dado momento, é essencial para a vida. Quando éramos criança aprendemos a caminhar, a falar, a escrever e a andar de bicicleta, mas a memória detalhada de como aprendemos estas habilidades não mais está conosco. Ainda temos as habilidades, mas o que foi certa vez conscientemente adquirido é agora uma função automática. Da mesma maneira aquilo que foi apreendido em vidas passadas está embutido no nosso presente sob a forma de habilidades e tendências, e não como memória consciente.

O escritor teosófico C. Jinarajadasa diz que com nossas mentes podemos lembrar apenas uma pequena parte do passado. Mas por outro lado, o modo como sentimos e agimos é a resultante de todas as forças do passado convergindo sobre nossa individualidade.

As nossas únicas memórias do período em que estamos dormindo são sonhos que frequentemente são confusos e sem significado. Apesar disto, os investigadores teosóficos asseguram-nos que durante o sono um campo muito mais amplo de consciência está aberto a nós. Mas,  como no processo da reencarnação, essas experiências não podem ser facilmente lembradas pela consciência do cérebro desperto. (...)"

(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 43)


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

SUBMETA À PROVA O PODER DE SUAS ORAÇÕES

"Algumas pessoas talvez protestem, dizendo: ‘Sei que minhas orações são respondidas, porque ouço Deus falando comigo. A resposta Dele a minhas orações me foi demonstrada.’ A questão é: tem certeza de que suas orações realmente chegaram a Deus e de que Ele respondeu a elas conscientemente? Qual é a prova disso? Imagine que você tenha orado para ser curado e ficou bom. Sabe você se a cura se deveu a causas naturais, ou aos remédios, ou à orações, suas e dos outros, que atraíram o auxílio de Deus? Às vezes não há relação causal entre a oração e a cura. Você poderia ter sido curado mesmo que não orasse. Eis a razão por que deveríamos descobrir se podemos empregar a lei de causa e efeito cientificamente por meio da oração. Os sábios da Índia descobriram que Deus responde à lei. Os que experimentaram essa resposta disseram que ela pode ser posta à prova e experimentada por todos aqueles que se ajustem à lei.

Se os cientistas se reunissem e apenas orassem por invenções, será que eles as obteriam? Não. Eles têm de aplicar as leis de Deus. Assim, como pode um templo ou uma igreja lhe trazer Deus apenas pela oração cega ou pelo cerimonial?

Deus não pode ser ‘subornado’ por oferendas ou penitências ou cerimônias especiais para mudar Sua lei arbitrariamente; tampouco reage Ele à oração cega, ou age com parcialidade. Ele só pode ser movido pela cooperação do homem com a lei e pelo amor: o amor é lei. Se foi o homem quem, indefinidamente, fechou as janelas da vida aos raios de saúde, poder e sabedoria de Deus, é o homem quem precisa fazer o esforço para reabrir essas janelas e deixar que entre a luz curativa do Senhor, que é dada livremente e está esperando para ser admitida.

Precisamos pensar, meditar, afirmar, crer e perceber todos os dias que somos filhos de Deus... e agir de acordo com isso! Pode levar tempo para alcançarmos essa percepção, mas precisamos começar com o método correto, em vez de fazermos apostas na mendicância anticientífica das preces e, em consequência, ficarmos sujeitos à descrença, às dúvidas ou à trapaça da superstição. Só quando o sonolento ego se percebe não como um corpo, mas como uma alma livre, ou filho de Deus, que reside no corpo e opera por meio dele, é que pode, de acordo com a lei e com o que é correto, exigir seus direitos divinos."

(Paramahansa Yogananda – No Santuário da Alma – Self-Realization Fellowship – p. 31/33)


POR QUE NÃO NOS LEMBRAMOS DE VIDAS PASSADAS? (1ª PARTE)

"A curta resposta para a pergunta ‘Por que não nos lembramos de vidas passadas?’ é que em cada vida adquirimos uma nova personalidade. Esta resposta parece ser correta para a maioria das pessoas e para a maioria das encarnações, mas não deve ser aceita como a resposta completa porque existem exceções que iremos considerar a seguir.

Em cada caso, quando se faz a pergunta ‘Por que não nos lembramos de vidas passadas?”, aquele que faz a pergunta é o ‘eu’, centrado na personalidade. Este ‘eu’ é a individualidade (Alma ou Eu superior) que existe ininterruptamente ao longo de todo o processo de reencarnação. A personalidade não reencarna; está intimamente ligada ao corpo e é na verdade, construída pelas impressões sensoriais, os pensamentos e sentimentos experienciados naquele corpo; portanto, ela se desenvolve com o novo corpo. Esta nova personalidade não experienciou nenhuma vida passada e (consequentemente) não pode lembrar-se de nenhuma parte dessas vidas.

H. P. Blavatsky em A chave para a Teosofia esclareceu isto. ‘Reencarnação significa que cada Ego (individualidade reencarnante, e não a personalidade) estará equipado com um novo corpo, um novo cérebro e uma nova memória’. Ela e outros investigadores disseram que a memória detalhada de vidas passadas existe, e que pode ser contatada no nível da individualidade reencarnante; mas somente de maneira ocasional esta memória chega à consciência da personalidade. Talvez seja melhor assim, porque existe evidência de que a nítida memória de vidas passadas pode ser psicologicamente devastadora. A maioria de nós tem preocupações demais nesta vida, sem ter de carregar o fardo de memórias confusas de estresses servis e emocionais experienciados em vidas prévias. (...)"

(Jack Patterson - Por que não nos lembramos de vidas Passadas? - TheoSophia, Pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 42)