OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE O KARMA

"Para compreender o karma, o estudante deve começar com uma visão clara de certos princípios fundamentais, porque a ausência de tais princípios provoca em muito deles constante perplexidade e infinitas perguntas que não podem ter respostas completas sem que suas bases concretas sejam estabelecidas. (...)

A concepção fundamental, sobre a qual repousa todo o pensamento posterior correto sobre o karma, é a de que o karma é lei – lei eterna, imutável, invariável, inviolável, lei que jamais pode ser rompida e que faz parte integrante da natureza das coisas. A ignorância dessa concepção é que leva o teosofista mal-informado a dizer: ‘Você não deve interferir no seu karma’.

Entretanto, sempre que uma lei natural se manifestar, você deve interferir nela tanto quanto puder. Jamais ouvirá alguém lhe dizer: ‘Você não deve interferir na lei da gravidade.’ Compreende-se que a gravidade é uma das condições que a pessoa precisa saber avaliar, a fim de ter total liberdade para se opor a qualquer inconveniente que ela possa causar, contrapondo-lhe outra força, construindo uma base segura para aquilo que, de outra maneira, viria a cair por terra sob a ação da gravidade, ou por outro motivo qualquer.

Quando uma condição da natureza nos incomoda, usamos nossa inteligência para fugir dela, e ninguém sonharia, sequer, em nos dizer que não devemos ‘interferir’ ou modificar qualquer condição que nos desagrade. Só podemos interferir quando temos conhecimento, pois não há possibilidade de aniquilar qualquer força natural, nem de evitar que ela se manifeste. Podemos, entretanto, neutralizá-la, podemos desviar sua ação se tivermos força suficiente para tanto. Embora não possamos abater, em nosso benefício, uma só partícula dessa atividade, podemos resistir, nos opor, nos desviar dela, de acordo com o conhecimento que temos de sua natureza e de sua ação, segundo os meios de que dispomos."

(Annie Besant - Os Mistérios do Karma e a sua Superação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2010, p.11)

A SINCRONICIDADE E O SÍMBOLO (PARTE FINAL)

"(...) Helena Petrovna Blavatsky, em a Doutrina Secreta, fala sobre as sete chaves sagradas dos símbolos: astronômica-astrológica; cosmogônica; numerológica-geométrica; psíquica; criativa; espiritual e antropológica. Entender cada um desses segredos do conhecimento sagrado pode melhorar nosso acesso ao mundo fenomênico e à realidade na qual estamos inseridos.

Há muito a ser estudado: o papel das hierarquias criadoras e construtoras; os planetas sagrados e as hostes de forças que nos influenciam ativamente, e também o Cosmo; os números correspondentes às letras dos nossos nomes; as proporções harmônicas, os princípios e os centros da nossa constituição física e hiperfísica; os seres que representaram a humanidade em todos os tempos, nas mitologias de diversos povos; e assim por diante.

Podemos compreender esses segredos e aplicá-los na vida diária. Alguns eventos possibilitam uma interpretação profunda, se não os rotulamos apenas como algo ‘casual’. Embora muitas vezes uma certa sincronicidade não pareça relevante, ela pode ser o estopim de mudanças que, se bem aproveitadas e bem compreendidas, proporcionarão um despertar da ignorância, da morte em que nos encontramos."

(Lúcia Cristina Batalha - A sincronicidade e o símbolo - Revista Sophia, Ano 1, nº 4, p. 11)


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O GRANDE ALÉM

"Upanixade Katha é o mais conhecido de todos os Upanixades. Muitos eruditos ocidentais o descreveram como ‘um dos mais perfeitos exemplos da filosofia e da poesia mística dos antigos hindus’. A razão pela qual esse Upanixade recebeu tal reconhecimento em todo o mundo não é difícil de perceber. É o tema da Morte discutido no Upanixade Katha que evocou grande respeito por seus ensinamentos tanto no Oriente quanto no Ocidente. Desde tempos mais antigos, a morte tem sido um dos problemas enigmáticos para o homem. O homem moderno, que alcançou tantas coisas no campo da ciência e da tecnologia, se encontra totalmente desamparado diante da morte. Ele pode saber como conquistar o espaço exterior, mas com relação à história sobre a morte é tão ignorante quanto o homem primitivo. Incapaz de estabelecer uma maestria sobre a morte, o homem busca com todas suas forças prolongar a existência terrena. Se o homem pudesse ampliar a extensão de sua vida na terra, então a morte seria pelo menos postergada, pois ele sabe que quando chega a hora da morte, será inútil fazer qualquer coisa. (...)

Mais uma vez, não é uma crença na reencarnação ou na imortalidade da alma que pode libertar o homem do espectro da morte. O homem precisa conhecer o Segredo da Morte, e esse segredo não é conhecido de ninguém além da própria morte. É a morte e tão somente a morte que pode comunicar o segredo, não há outro caminho, senão uma comunhão direta com a Morte, se o homem quiser conhecer esse Segredo dos segredos, sem o que ele deve permanecer um estranho para as alegrias da vida. Mas como o homem pode arrancar esse segredo da morte? É este o caminho no Upanixade Katha, onde Yama, o Senhor da Morte, é o instrutor e Naciketa, o intrépido jovem investigador, é o discípulo."

(Rohit Mehta - O chamado dos Upanixades – Ed. Teosófica, Brasília, 2003, p. 51/52)


A SINCRONICIDADE E O SÍMBOLO (2ª PARTE)

"(...) Podemos verificar que, nos eventos coincidentes, há um mecanismo ordenado e coerente regido por uma lei, mesmo que nossos sentidos não a percebam e interpretem esses eventos como isolados ou desconexos.

A manifestação dessas ocorrências se dá, geralmente, dentro de uma linguagem. Quase sempre simbólica, essa linguagem traz uma mensagem que deve ser decifrada num nível mais profundo que a mera ocorrência sincrônica. Deve-se buscar coerência por meio de uma análise minuciosa, não emocional, porém intuitiva. O estudo dos símbolos, portanto é o primeiro passo para abordar essas questões.

Os símbolos podem ser divididos em três tipos:
  • Os da comunicação oral, escrita, visual e da cultura de um grupo social.
  • Os particulares, relativos à experiência psicológica, à estrutura emocional e psíquica, à formação educacional e ao temperamento de cada indivíduo.
  • Os tradicionais, relacionados às religiões, mitologias e filosofia. (...)

Alguns acontecimentos sincrônicos, vindos de um sonho ou premonição, podem ser interpretados simbolicamente através do conhecimento desse terceiro tipo de símbolo. Deve-se aproveitar essas oportunidades que o mundo oculto da nossa consciência quer revelar. Nós somos como um iceberg, onde há apenas uma pequena ponta visível; quando algo mais se manifesta, é preciso prestar atenção. (...)"

(Lúcia Cristina Batalha - A sincronicidade e o símbolo - Revista Sophia, Ano 1, nº 4 - p. 10)


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

GRANDES HOMENS

"Quem faz jus ao título de ‘grande homem’?

            Não sei...

O homem inteligente?

Não basta ter inteligência para ser grande...

O homem poderoso?

Há também poderosos mesquinhos...

O homem religioso?

Não basta qualquer forma de religião... Podem todos esses homens possuir muita inteligência, muito poder, e certo espírito religioso – e nem por isso são grandes homens.

Pode ser que lhes falte certo vigor e largueza, certa profundidade e plenitude, indispensáveis à verdadeira grandeza.

Podem os inteligentes, os poderosos, os virtuosos não ter a necessária liberdade de espírito...

Pode ser que as suas boas qualidades não corram com essa vasta e leve espontaneidade que caracteriza todas as coisas grandes.

Pode ser que a sua perfeição venha mesclada com um quê de acanhado e tímido, com algo de teatral ou violento.

O grande homem é silenciosamente bom...

É genial – mas não exibe gênio...

É poderoso – mas não ostenta poder...

Socorre a todos – sem precipitação...

É puro – mas não vocifera contra os impuros...

Adora o que é sagrado – mas sem fanatismo...

Carrega fardos pesados – com leveza e sem gemido...

Domina – mas sem insolência...

É humilde – mas sem servilismo...

Fala a grandes distâncias – sem gritar...

Ama – sem se oferecer...

Faz bem a todos – antes que se perceba...

‘Não quebra a cana fendida, nem apaga a mecha fumegante – nem se ouve o seu clamor nas ruas...’
Rasga caminhos novos – sem esmagar ninguém...

Abre largos espaços – sem arrombar portas...

Entra no coração humano – sem saber como...

Tudo isto faz o grande homem, porque é como o sol – esse astro assaz poderoso para sustentar um sistema planetário, e assaz delicado para beijar uma pétala de flor...

Assim é, e assim age o homem verdadeiramente grande – porque é instrumento nas mãos de Deus...
Desse Deus de infinita potência – e de supremo amor...

Desse Deus cuja força governa a imensidade do cosmos – e cuja paciência tolera as fraquezas do homem...

O grande homem é, mais do que ninguém, imagem e semelhança de Deus..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª edição - p. 109)