OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 5 de março de 2014

A LEI DAS LEIS

"O karma é a lei natural no sentido lato da expressão. É a Causação Universal, a Lei de Causa e Efeito. Pode-se dizer que ela forma a base de todas as leis especiais, de todas as causas e efeitos. Trata-se da lei natural em todos os seus aspectos e em todas as suas subdivisões. Não é uma lei especial, mas uma condição universal, a lei da qual dependem todas as outras leis, da qual todas as outras leis são expressões parciais. O Bhagavad Gita diz que ninguém dotado de corpo pode escapar a ela: iluminados, seres humanos, animais, vegetais, minerais, todos estão evoluindo dentro dessa lei universal. O próprio Logos encarnado num universo vem a entrar no amplo alcance dessa lei comum a toda manifestação. Enquanto cada qual estiver relacionado com a matéria, encarnado em matéria, estará sujeito à lei kármica. Um ser pode escapar ou transcender a um ou outro de seus aspectos, mas não pode, enquanto permanecer em manifestação, eximir-se dessa lei."

(Annie Besant - Os Mistérios do Karma e a sua Superação – Ed. Pensamento, São Paulo, 2001 - p.19/20)


O "EU" AUTOCENTRADO (2ª PARTE)

"(...) Ao viver através do ego, você faz do momento presente apenas um meio para atingir um fim. Você vive em função do  futuro, mas, quando atinge seus objetivos, eles não o satisfazem - ou não o satisfazem por muito tempo.

Quando você dá mais atenção ao que está fazendo do que ao resultado que quer alcançar com a sua ação, rompe o velho condicionamento autocentrado. Sua ação presente se torna não só muito mais eficaz como infinitamente mais satisfatória e gratificante.

Quase todo ego tem um pouco do que poderíamos chamar de 'identidade da vítima'. Muitas pessoas se veem de tal forma como vítimas que essa imagem se torna o ponto central de seu ego. O ressentimento e a mágoa passam a ocupar um parte essencial da visão que essas pessoas têm de si mesmas. Mesmo que suas mágoas sejam muito 'justas', ao assumir a identidade da vítima, você cria um prisão cujas grades são feitas de formas de pensar. Veja o que está fazendo com você mesmo, ou melhor: o que a sua mente está fazendo com você. Sinta a ligação emocional que você tem com sua história de vítima e perceba sua compulsão de pensar ou falar a respeito. Testemunhe o seu estado interior. Você não precisa fazer mais nada além disso. Ao perceber isso, a transformação e a liberdade virão.

Reclamar e reagir são formas preferidas da mente para fortalecer o ego. Para muitas pessoas, grande parte da atividade mental e emocional consiste em reclamar e reagir contra isso ou aquilol Procuram fazer com que os outros ou as coisas estejam 'erradas' e só elas estejam 'certas'. Estando 'certas', elas se sentem superiores e, assim, fortalecem o seu ego. No entanto, essas pessoas estão apenas fortalecendo a ilusão do ego.

Pare um pouco e pense: você tem esses padrões de comportamento? Consegue reconhecer a voz em sua mente que está sempre reclamando e apontando os outros como culpados? O 'eu' autocentrado precisa do conflito para fortalecer sua identidade. Ao lutar contra algo ou alguém, ele demonstra para si mesmo que isto sou 'eu' e aquilo não sou 'eu'. (...)"

(Eckhart Toole - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 26/27)


terça-feira, 4 de março de 2014

CULPA

"Frequentemente, ouço as pessoas dizerem que 'um pouco de culpa faz bem à alma', mas não concordo. Não estou falando sobre o remorso genuíno em relação a um erro que podemos remediar; refiro-me ao tipo de culpa autopunitiva que é acompanhada por sentimentos de baixa autoestima e inadequação.

Muitas vezes nos sentimos culpados devido a algum tipo de expectativa autoimposta sobre como deveríamos ser. Então mentimos, porque temos medo de ser punidos se dissermos a verdade. Mais tarde, nos arrependemos e sentimos culpa por termos mentido ou cometido tais erros. No íntimo, achamos que pecamos e que devemos ser punidos.

Qualquer forma de autocondenação é prejudicial à alma. A culpa não só cria desarmonia nos corpos espiritual e emocional como também está relacionada a muitos dos problemas de saúde de que sofremos."

(James Van Praagh - Em busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 55)

O "EU" AUTOCENTRADO (1ª PARTE)

"A mente está sempre querendo alimentar-se para pensar. Ela procura alimento para sua própria identidade, para seu sentido de ser. É assim que o ego se cria e se recria continuamente.

Quando você pensa ou fala a respeito de si mesmo, quando diz 'eu', está se referindo a 'eu e a minha história'. Está falando do ego com seus gostos e desgostos, medos e desejos, o ego que nunca se satisfaz por muito tempo. Essa é a noção que a sua mente tem de você, condicionada pelo passado e buscando encontrar sua plenitude no futuro. Você se dá conta de que esse ego é fugaz e passageiro como uma onda na superfício do mar?

Quem percebe isso? Quem compreende que sua forma física e psicológica é passageira? É o Eu Sou. Esse é o 'eu' mais profundo, que não tem nada a ver com o passado e o futuro.

O que restará de todos os medos e desejos associados aos problemas de sua vida e que diariamente exigem o máximo de sua atenção? Restará apenas seu nome gravado na lápide de sua sepultura e as datas ligando seu nascimento à sua morte. (...)

Quando cada pensamento absorve toda a sua atenção, isso mostra que você se identifica com a voz que está dentro da sua cabeça. O pensamento se confunde então com o sentido do 'eu'. Esse é o 'eu' criado pela mente, o que chamamos de 'ego'. Esse ego construído pela mente se sente totalmente incompleto e precário. Por isso o medo e o desejo são as emoções e forças dominantes e motivadoras desse ego. Ter liberdade é saber que você é a consciência por trás dessa voz.

O ego está sempre buscando. Busca sem cessar isso ou aquilo para se sentir completo. Isso explica por que ele se preocupa compulsivamente com o futuro. 

Ao perceber que está 'vivendo para o momento seguinte', você descobre que começou a abandonar o padrão da mente autocentrada. Torna-se então possível escolher concentar toda a sua atenção no momento presente. Ao concentrar toda a atenção no momento presente, uma inteligência muito superior à da mente autocentrada entra em sua vida. (...)"

(Eckhart Toole - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 24/26)


segunda-feira, 3 de março de 2014

SACRIFÍCIO

"O UNO sacrificou-se
e se fez múltiplo

O SER sacrificou-se
e virou simples aparência

A ESSÊNCIA sacrificou-se
e produziu a existência.

O INFINITO sacrificou-se
e ficou preso
nas malhas do tempo,
no cativeiro das causas,
nos limites do espaço.

O VERBO se fez carne
e eis eu

É hora de sacrificar
o que tenho, faço, penso, sinto, aspiro e suponho que sou.

Só o sacrifício do eu
Integrando-me ao UNO,
Libertará da carne o VERBO,
E me reconduzirá
a SER."

(Hermógenes - Viver em Deus - Editora Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 174/175)