OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 12 de outubro de 2014

PACIÊNCIA

"Qualquer coisa que valha a pena na vida exige tempo e paciência. Pense em tudo aquilo que você mais preza na vida – seu relacionamento conjugal, a educação de seus filhos, seu talento pianístico, a conquista de um prêmio. Essas realizações requerem tempo para serem alcançadas.

O mesmo acontece com a natureza. Observe quanto tempo as forças naturais levam para efetuar seu trabalho. O rio Colorado levou milhares de séculos talhando sua majestosa escultura, o Grande Canyon. As belas montanhas dos Apalaches estiveram se formando durante 230 milhões de anos.

Quando tentamos realizar algo que vale a pena, raríssimas vezes somos bem-sucedidos na primeira tentativa. Abraham Lincoln perdeu quatro eleições antes de se tornar presidente. Tomaz Edison fez 2.000 tentativas com a lâmpada elétrica antes de conseguir êxito. Porque tinham confiança em si mesmos, esses homens continuaram a perseguir seus sonhos até que saíram vitoriosos.

Você já deve ter ouvido falar da paciência de Jó. Era uma paciência alicerçada na fé. Isso também vale para você. Se atualmente você está sofrendo por causa de adiamentos, mantenha viva a sua fé. Seja fiel a si mesmo. Avance na direção de seus sonhos, mantendo os olhos fixos no seu objetivo até que sua visão tome forma. Essa persistência acabará levando-o àquilo que seu coração pede."

(Douglas Bloch - Palavras que Curam - Ed. Cultrix, 1993, p. 83)


NÃO FALES MAL DE NINGUÉM (1ª PARTE)

"Toda pessoa não suficientemente realizada em si mesma tem a instintiva tendência de falar mal dos outros. Qual a razão última dessa mania de maledicência? É um complexo de inferioridade unindo a um desejo de superioridade.

Diminuir o valor dos outros dá-nos a grata ilusão de aumentarmos o nosso valor próprio. A imensa maioria dos homens não está em condições de medir o seu valor por si mesmos; necessita de medir o seu valor próprio pelo desvalor dos outros. Julgam necessário apagar luzes alheias a fim de fazerem brilhar mais intensamente a sua própria luz. São como vagalumes, que não podem luzir senão por entre as trevas da noite, porque a luz das suas lanternas fosfóreas é muito fraca.

Quem tem bastante luz própria não necessita de apagar ou diminuir as luzes dos outros para poder brilhar. Quem tem valor real em si mesmo não necessita de medir o seu valor pelo desvalor dos outros. Quem tem vigorosa saúde espiritual não necessita de chamar doentes os outros para gozar a consciência da saúde própria.

Toda maledicência é confissão de inferioridade, fraqueza, raquitismo espiritual. O maledicente sente a sua inferioridade real e tem desejo de uma superioridade que não possui; e, em vez de adquirir essa superioridade por esforço próprio, prefere narcotizar-se com uma superioridade fictícia, irreal, diminuindo o valor de seus semelhantes.

No dia e na hora em que o homem consegue verdadeira superioridade espiritual desaparece todo e qualquer desejo de maledicência. O único homem que teria o direito de criticar os outros seria o homem puro e perfeito - mas é precisamente este que sente menos prurido de criticar os outros. A verdadeira pureza nunca deixa de ser sincero amor. A impureza, porém, é extremamente descaridosa. Se a pessoa descaridosa soubesse que triste publicidade faz da sua impureza, não ousaria abrir a boca!...(...)"

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 1982 - p.111/112)

sábado, 11 de outubro de 2014

A DEVOÇÃO DEVE SE APENAS PARA DEUS, NÃO PARA IMPRESSIONAR OS OUTROS

"O devoto que segue o caminho de bhakti, ou devoção, pode passar por uma fase de sentimentalismo por certo tempo. Se, porém, ele é profundamente sincero, esse fervor externo se dissipará gradualmente, e em seu lugar haverá um profundo estado de consciência devocional interior. Você já leu a respeito disso na vida de muitos santos que seguiram a senda de bhakti. Há um período de grande emotividade; lágrimas escorrem e o devoto às vezes chega a perder a consciência. Mas se ele perseverar e for profundamente sincero, se não tentar impressionar os outros, sua mente ficará, de modo gradual, tão absorta interiormente que haverá muito pouca exposição de seus sentimentos.

Alguns aspirantes, ao experimentarem uma pequena devoção, fazem muito alarde na presença dos outros com o desejo consciente ou subconsciente de impressioná-los. Com tal exibição, perdem todo o verdadeiro sentimento devocional. Quando alguém entra nessa fase emocional de início, deve perguntar-se: 'Estou sendo sincero?' Lembre sempre disso. O devoto deve analisar-se com honestidade: 'Estou tentando impressionar alguém? Sou tão profundamente emotivo, em meu sentimento por Deus, quando estou só, onde ninguém pode observar-me, como quando estou com os outros?' Essa é a primeira coisa que ele deve fazer: ser honesto consigo. Se vê que seus sentimentos são igualmente profundos, que as lágrimas escorrem não menos abundantemente quando está só, então sua devoção está na trilha correta. Se, por outro lado, ele vê que sua emoção é muito mais forte quando está com os outros, deve se afastar mentalmente, por um momento, e se perguntar se de fato está esperando impressionar, com seu 'grande adiantamento espiritual', as pessoas que estão à sua volta. Se verificar que é assim, não perca tempo e ore profundamente a Deus: 'Ó Senhor, por favor, não permitas que eu profane esta centelha de devoção que sinto por Ti! Ajuda-me a remover esta exibição, para que ninguém possa ver meu amor por Ti. Deixa-me conservá-la oculta, sagrada entre Ti e mim.' Dessa maneira muda-se a direção dos pensamentos e sentimentos que fluem para fora, conduzindo-os para dentro.

Quando o devoto ama a Deus sinceramente, quando sua devoção se torna profunda e pura, ele esquece o mundo. Já não se importa que o mundo o julgue um louco ou um santo, que o mundo o aceite ou rejeite. Só quer sentir o amor de Deus e absorver-se nesse amor. Nessa consciência, quando as lágrimas escorrerem de sua face, se sua mente acaso exteriorizar-se por um instante, seu desejo é que ninguém a não ser Deus veja essas lágrimas. Esse devoto talvez saiba que está no caminho certo; e que sua devoção se tornará gradualmente mais profunda, mais recolhida, mais interiorizada - mas mesmo então ela poderá, de vez em quando, se exteriorizar."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 182/184)
http://www.omnisciencia.com.br/so-o-amor.html

HÁBITOS DESTRUTIVOS (PARTE FINAL)

"(...) Precisamos parar para compreender como funcionamos. Uma pequena ação praticada no correto estado mental faz muito mais bem do que grandes ações frutos da luta egocêntrica. No oceano, quando sopra um vento forte, de início ocorrem pequenas ondulações tornam-se mais fortes e maiores, e se transformam em enormes ondas.

Todos nós lutamos nossas pequenas lutas por causa de ambições sem importância e necessidades imaginárias. No reino psicológico, como no oceano, existe um processo cumulativo, como acontece com uma perturbação numa multidão. Algumas pessoas ficam assustadas, depois todo mundo entra em pânico, resultando em debandada. O mundo inteiro é assim. Nossas pequenas lutas se acumulam e se tornam guerras. Pessoas como Krishnamurti e o Dalai Lama dizem que somos responsáveis por todo o mundo. Quando não vivemos na serenidade e na paz, criamos guerras.

Os Budas nascem no mundo quando há degeneração, mas não deixam de ser Budas. Jamais são do mundo, são livres, sem karma, já que são a corporificação da paz. O karma não é apenas ação física, ele engloba o tipo de energia que colocamos em nossa ação. A energia dos Budas é amor e paz, enquanto que a energia que as pessoas comuns geram é egoísta num grau maior ou menor, sendo, portanto, causa de violência. Para que a paz chegue ao mundo, não deve haver dentro de nós luta, ambição nem ilusões da insegurança. Quando nossas ilusões terminarem, seremos precursores da harmonia."

(Radha Burnier - Estar no mundo e viver em paz -  Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p. 29/31)


sexta-feira, 10 de outubro de 2014

O OLHO "ÚNICO" OU ESPIRITUAL

"A lâmpada do corpo é o olho; de sorte que, se o teu olho for único, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, o teu olho for mau, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a própria luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!" (Mateus 6:22-23).

A luz reveladora de Deus, no corpo, é o olho único no centro da fronte, percebido em meditação profunda - a entrada para a presença de Deus. Quando o devoto é capaz de ver através desse olho espiritual, ele contempla todo o seu corpo como também seu corpo cósmico repletos da luz de Deus que emana da vibração cósmica.

Fixando a visão dos dois olhos no ponto entre as sobrancelhas, durante a concentração interiorizada da meditação, podem-se focalizar as energias ópticas positiva e negativa dos olhos direito e esquerdo, unificando suas correntes no olho único de luz divina. O homem ignorante, materialista, desconhece essa luz. Mas todo aquele que tenha praticado ainda que um pouco de meditação pode vê-la ocasionalmente. Quando o devoto é mais adiantado, ele vê essa luz à vontade, com olhos abertos ou fechados, à luz do dia ou na escuridão. O devoto altamente desenvolvido pode contemplar essa luz pelo tempo que deseje; e, quando sua consciência se torna capaz de penetrar essa luz, ele ingressa nos mais elevados estados de realização transcendente.

Quando, porém, o olhar e a mente de um indivíduo se afastam de Deus e se concentram em motivações más e ações materialistas, sua vida se torna repleta das trevas da ignorância ilusora, da indiferença espiritual e dos hábitos que geram sofrimento. A luz cósmica interior e a sabedoria permanecem ocultas. 'Quão grandes [são as] trevas' do homem materialista que ele pouco ou nada sabe da realidade divina, aceitando - seja com satisfação, seja com ressentimento - tudo que a ilusão tenha a lhe oferecer ao longo do caminho. Viver em tal pantanosa ignorância não é uma vida apropriada para a consciência da alma que habita o corpo.

O homem espiritualizado - com corpo e mente iluminados em seu interior pela luz astral e pela sabedoria, tendo eliminado as sombras das trevas físicas e mentais e alcançado a percepção do cosmos inteiro repleto de luz, sabedoria e alegria de Deus -, aquele em quem a luz da Autorrealização está plenamente manifesta, recebe indescritível alegria e permanente orientação da sabedoria divina."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 79)
http://www.omnisciencia.com.br/yoga-de-jesus.html