OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O MEDO DA MORTE

"O medo da morte é uma severa realidade na cabeça de muita gente. Um número muito maior do que seríamos capazes de imaginar padece desse medo, e um número ainda maior padece do medo do que pode acontecer-nos após a morte. Isso, naturalmente, se encontra sobretudo entre pessoas com ideias do inferno.

Mas nós conhecemos a lei do carma e compreendemos que os estados depois da morte são, simplesmente, uma continuação da vida que ora vivemos, embora num plano mais elevado e sem o corpo físico; e quando, além disso, aprendemos que o que chamamos vida é apenas um dia na vida verdadeira e maior, todas essas coisas assumem um perspectiva muito diferente. Conhecemos, então, que o progresso é absolutamente certo. Um homem pode tropeçar, pode investir contra as forças do progresso, mas será carregado por elas a despeito de si mesmo, se bem que, ao resistir, se machuque e se enrede em dificuldades. Percebemos, de pronto, que esse conhecimento elimina o medo. 

A chamada perda de um ente amado, por efeito da morte, não passa, na verdade, de uma ausência temporária, e nem mesmo isso, depois que o homem desenvolve o poder de ver nos planos superiores. Os que pensamos ter perdido continuam conosco, ainda que não possamos vê-los com olhos físicos; e nunca devemos esquecer que, apesar de podermos alimentar, às vezes, a ilusão de que nós os perdemos, eles não alimentam de maneira alguma a ilusão de que nos perderam, porque ainda podem ver o nosso corpo astral, e, tanto que deixamos o veículo físico no sono, estamos ao seu lado e podemos comunicar-nos com eles, exatamente como acontecia quando estavam no plano físico.

Não precisamos preocupar-nos com a salvação da nossa alma; antes, como disse, de uma feita, um autor teosófico, talvez estejamos inteiramente afastados da esperança de nossa alma, um dia, poder salvar-nos. Não existe alma para ser salva no sentido comum em que se impregnam as palavras, porque nós mesmos somos a alma; e, além disso, não há nada de que possamos ser salvos, exceto o erro e a ignorância. O corpo nada mais é que um vestido, e, quando se gasta, nós o colocamos de lado." 

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 119)


O PECADO EQUIVALE À IGNORÂNCIA (PARTE FINAL)

"(...) 'E por que a lascívia é um pecado? Porque ela é a falsificação do amor. Porque leva as pessoas na direção oposta à satisfação que há no verdadeiro amor. Este é divino, magnânimo, nunca egoísta.

'O homem lascivo, ao buscar o próprio prazer nos outros, se enfraquece, até mesmo quando se ilude no sentido de que se torna mais forte. Ele se afasta da alegria espiritual, até mesmo quando imagina que encontrou a felicidade por que anseia. No final, o único êxito que obtém é o de criar a desarmonia em si próprio e nos outros.

'A harmonia é o caminho do amor. A desarmonia é o caminho da autoafirmação. A pessoa lasciva perde a saúde, a paz de espírito e a própria oportunidade que imaginou ter encontrado no sentido de vir a se realizar. Ela se torna cada vez mais cansada e nervosa, envelhece precocemente, tudo isso porque essa pessoa negou o amor divino, a fonte de bem-estar verdadeiro e duradouro.

'E as mesmas coisas acontecem com respeito a todos os tipos de pecado. O pecado é uma negação da natureza mais profunda da própria pessoa - daquela Vida Infinita que é a realidade que está por trás de todos os seres vivos.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 61/62)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A BUSCA ESPIRITUAL

“Quem sou eu? Sou Judas, sou Jesus? Por medo, por desejo, traio a mim mesmo. Sou quem eu não sou. Cubro minha face com muitas máscaras e até mesmo torno-me máscaras. Estou demasiado ocupado representando quem eu penso ser para conhecer quem realmente sou. Tenho medo: posso ser nada mais do que pareço ser; pode não haver face alguma por detrás da máscara. Eu decoro e protejo minha máscara, preferindo algo fantasioso a um nada real.

Apego-me ao rebanho por conforto. Junto nós tecemos variadas vestimentas para cobrir nossa nudez. Guardamos o segredo de nosso nada com uma agilidade ansiosa para que não sejamos descobertos. (...)

‘Quem sou eu?’ não pede por uma enumeração de fatos científicos: expressa uma certa inquietude, um tatear e uma exploração. É o começo de um movimento em direção à luz, em direção a ver as coisas claramente, como um todo. É a recusa de permanecer no escuro - fragmentado e na superfície de mim mesmo. É um estado de busca de significado, amplidão e profundidade. É o desejo de despertar.

Logo traio este impulso e sou levado a dormir novamente por afagos confortantes e contos de fada. Eu durmo, sonhando com grandes aventuras e procurando os tesouros ocultos. Muitas jornadas, muitos picos e os leões guardando as passagens da montanha. Por um momento acordo, para descobrir-me prisioneiro do que sei e do que sou. Mesmo encontrando a porta de minha pequena prisão aberta, eu permaneço nela, com medo de partir, contando e recontando minhas posses e demonstrações de apreço.

Eu compartilho muitos muros com outros. Com vigor e imaginação colaboro com outros na construção dos castelos da ciência, arte, filosofia e religião, nos quais podemos descansar em segurança, esquecidos de nossa ignorância acerca de quem somos, por que estamos aqui e por que fazemos o que fazemos. A testemunha silenciosa dentro de mim pergunta: O que você busca?”

(Ravi Ravindra, Sussurros da Outra Margem, Ed. Teosófica, Brasília - p.25/27)


O PECADO EQUIVALE À IGNORÂNCIA (2ª PARTE)

"(...) 'Por que o crime é um pecado? Porque a vida que lhe pertence é a mesma de todos os seres. Negar a quem quer que seja o direito de viver é negar a realidade dessa vida universal da qual você, também, é uma manifestação. Em termos de espírito, o crime é um suicídio.

'Por que é pecaminoso roubar? Porque o que você nega aos outros nega também a si próprio, já que o Eu superior dos outros é também seu Eu superior. Invariavelmente, ao fim e ao cabo, o ladrão se torna cada vez mais pobre. Dando ênfase aos desejos egoístas e colocando-os acima da compreensão do seu Eu universal, ele se afasta da verdadeira e única Fonte de vida e de toda a fartura. Roubando dos outros em proveito do ganho egoísta, ele acaba por diminuir a sua verdadeira identidade em vez de, como acredita, aumentá-la.

'Por outro lado, dar de si mesmo aos outros aumenta essa identidade e abre a inesgotável Fonte de abundância.

'Por que é algo pecaminoso dizer mentiras? Porque, pela mentira, a pessoa se afasta da realidade e daquela verdade superior que, sozinha, como afirmou Jesus, 'haverá de libertá-lo'.* Ao contar mentiras, a pessoa se isola do amparo que o universo proporciona gratuita e amorosamente a todos os que vivem em harmonia com as suas leis.

'O mentirosa arruína os fundamentos de todas as coisas que tenta construir neste mundo. Por fim, tudo se torna uma casa construída sobre a areia. As palavras simples de um homem que diz a verdade, por outro lado, são consistentes no universo. (...)"

* João 8:32.

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, A Essência da Autorrealização - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 61/62)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

OS ENSINAMENTOS DE BUDA

"Quando Buda, um ser da Sexta ronda, veio ao planeta Terra, que está em sua Quarta Ronda, era como pegar um Einstein e colocá-lo trabalhando nas galés, como escravo, nos tempos antigos.

O Buda veio para ensinar ao homem que o sofrimento e a dor são inevitáveis... que eles são parte do papel cármico deste planeta... que uma atitude correta em relação ao sofrimento vai ajudar os homens a lidar com eles.

          Uma jovem mulher, tendo perdido seu primeiro filho, ficou tão abalada pelo sofrimento que errava pelas ruas implorando um remédio mágico para restituir a vida de seu filho. Alguns voltavam-lhe as costas com pena; outros zombavam e chamavam-na louca; ninguém conseguia encontrar palavras para consolá-la. Mas um sábio, percebendo seu desespero, disse: ‘só há uma pessoa em todo mundo que pode fazer esse milagre. Ele é o Perfeito, e mora no topo da montanha. Vá até ele e peça.’

          A jovem subiu a montanha e postou-se diante do Perfeito e implorou: ‘Ó buda, dê a vida de volta a meu filho.’

          Buda disse: ‘Desça para a cidade, vá de casa em casa e traga-me um grão de mostarda de uma casa em que nunca morreu alguém.’

          O coração da jovem estava leve enquanto ela descia depressa a montanha e entrava na cidade. Na primeira casa que visitou, disse: ‘O Buda me pediu para pegar um grão de mostarda de uma casa que nunca tenha conhecido a morte.’

          ‘Nesta casa muitos morreram’, disseram-lhe. Assim ela foi à casa seguinte, e tornou a perguntar. ‘É impossível contar o número dos que morreram aqui.’ responderam-lhe. Portanto, a mulher foi a uma terceira casa, e à quarta, e à quinta, e assim por toda a cidade, e não conseguiu encontrar uma única casa que a morte não tivesse alguma vez visitado.

          Assim a jovem voltou ao topo da montanha. ‘Você trouxe o grão de mostarda?’, perguntou Buda. ‘Não’, respondeu ela, ‘e nem procuro mais. Minha dor me tinha cegado. Pensei que só eu havia sofrido nas mãos da morte.’

          ‘Então por que voltou?’, perguntou o Perfeito. ‘Para pedir-lhe que me ensine a verdade’, respondeu ela. E o buda lhe disse: ‘Em todo mundo do homem e em todo o mundo dos deuses esta é a única Lei: todas as coisas são transitórias.’

Os seres humanos possuem muito mais do que cinco sentidos. Um deles é o sentido da dor, e o corpo físico tem muitos órgãos sensoriais para registrar a dor – existe até mesmo um conduto especial na espinha, com esta finalidade.”

(Dr. Douglas Backer - Leis Cármicas – Ed. Record, Rio de Janeiro, 1982 - p. 30/31)