OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

PENSA POSITIVAMENTE

"A plantinha delicada da felicidade não medra senão nesse clima do pensamento positivo. Que diríamos de um homem que se recusasse a gozar dos benefícios da luz solar por saber que existem no globo solar enormes manchas escuras? ou que definisse o sol como grandes manchas tenebrosas rodeadas de luz?

Em linguagem evangélica se chama essa filosofia negativista 'enxergar o argueiro no olho do irmão - e não enxergar a trave no próprio olho', quer dizer, ver sobretudo no próximo as faltas, embora pequeninas, e não perceber as suas próprias faltas, por mais enormes que sejam.

Há uma terapêutica para estabelecer perfeita paz e felicidade na alma, e uma imperturbável harmonia na sociedade humana; consiste na observância do seguinte conselho: Homem, habitua-te a atribuir sempre ao próximo as virtudes que descobres em ti! - e a atribuir a ti mesmo as faltas que encontras no próximo!

O remédio é de efeito infalível - embora seja amargo como losna."

(Huberto Rodhen - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda, São Paulo, 1982 - p. 39

A MORTE É UM INFORTÚNIO OU UMA BÊNÇÃO DISFARÇADA? (PARTE FINAL)

"(...) A matéria se forja com a mudança; e o espírito que nela habita, embora essencialmente imutável, sofre mudanças superficiais em razão da sua experiência subjetiva daquele fenômeno. Assim como a consciência subjetiva de uma mesma identidade se conserva da infância à idade avançada (exceto, talvez, nas primeiras e menos perceptivas etapas da infância e nas últimas etapas da velhice adiantada), não há razão para que essa consciência subjetiva não possa ser conservada antes do nascimento e após a morte. Com esta continuidade, a morte é verdadeiramente vista como a melhor amiga da alma, dando-lhe infinitas oportunidades de lutar contra a matéria e por fim vencê-la - mesmo depois de um milhão de derrotas. Esta amiga sincera ensina a alma a manifestar sua natureza imutável ao transcender a consciência de mudança. 

A mente humana prefere a mudança de ambientes, gostos, hábitos e posses, não porque não possa ficar só com uma coisa, mas porque está constantemente descobrindo que sua atenção foi mal direcionada e mal posicionada. O desejo que sente por algo desconhecido não se satisfaz com a aquisição de posses neste mundo de coisas mutáveis. Com novas oportunidades dadas pela morte e pela mudança de condições, a alma busca sua imutabilidade inata, e não fica satisfeita enquanto não readquire e não se restabelece no estado natural de união com o Espírito. Portanto a morte, ou a mudança de condições em que a alma reside temporariamente, é favorável ao crescimento e desenvolvimento da alma. 

O crescimento e a educação da vida significam apenas que a consciência manifestada na matéria evolui para finalmente expressar seu pleno potencial. A partir deste ponto, a consciência se desligará da matéria a fim de se conhecer e se libertar como entidade independente que possa existir sem a intermediação material. Durante o processo de aprendizado, antes que a alma empreendedora e diligente reconheça sua superioridade e sua natureza transcendente, a consciência fica muito apegada ao instrumento físico por meio de laços sensoriais e egoístas muito fortes, criados durante sua residência no corpo. Por isso, em cada nova encarnação a alma observa o novo corpo com o cuidado e a possessividade que um homem tem por seu carro novinho em folha. Em consequência, a morte que sobrevém prematuramente por doença - causada por uma vida desnatural ou pelo mau karma - ou por supostos acidentes e outros infortúnios implica dor mental e física, porque a alma manifestada fica extremamente preocupada ao ver seu veículo de expressão ser levado embora antes de expirar a validade natural."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 215/216)


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

EXPECTATIVAS

"Se você não for verdadeiro com a voz interior ou com a fonte divina do seu coração, você não será feliz. Quantas vezes dizemos ou fazemos alguma coisa que não é inteiramente verdadeira, apenas para sermos apreciados ou para nos sentirmos próximos de outra pessoa, e logo em seguida nos arrependemos? Muitos sacrificam seus sonhos individuais e seus desejos para atender às expectativas dos outros.

Eu quase fiz isto. O sonho da minha mãe era que um de seus filhos se tornasse freira ou padre. Decidi atender seu desejo e ser o padre que minha mãe sempre quis. Por quê? Porque eu pensava que com isto minha mãe sentiria orgulho de mim e me amaria ainda mais. entretanto, após um ano em um seminário, desisti, percebendo que não tinha a vocação espiritual necessária para o sacerdócio. Era o desejo da minha mãe, não o meu. Na época, eu não percebia que o amor da minha mãe estava sempre presente e sempre estaria, independentemente do rumo que eu tomasse.

Quando somos crianças, existe um padrão estabelecido: os filhos devem esforçar-se para conquistar o amor dos pais, e os pais moldam os filhos para fazer deles o que esperam que sejam. Para quem foi criado em famílias muito exigentes ou muito fechadas, o esforço para agradar pode ser interminável. À medida que as crianças crescem, os desejos dos pais permanecem em seu subconsciente e tornam-se parte de sua programação. Na idade adulta, sua autoestima pode depender da aceitação dos outros, da mesma maneira como procuravam agradar os pais para conseguir seu amor. O que acontece é que estes adultos nunca chegam realmente a viver para si mesmos. (...)"

(James Van Praagh - Em Busca da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 51)

A MORTE É UM INFORTÚNIO OU UMA BÊNÇÃO DISFARÇADA? (1ª PARTE)

"A morte é um fenômeno peculiar, que significa a cessação de todas as funções vitais do corpo, sem possibilidade de ressuscitação. É o fim da residência da alma naquela forma física. O próprio termo 'morte' suscita terror no coração dos seres humanos, por causa das seguintes associações:
a) o predomínio do pensamento aterrorizante de dor corporal muito intensa que supostamente acompanha a morte;
b) a dor psicológica de ter que enfrentar a separação da família e dos amigos, das alegrias da vida e das posses terrenas;
c) o medo de perder a existência individual.
Mas não há que se temer a morte natural. A alma residente é imortal. A morte natural é uma bênção, pois oferece à alma a oportunidade de trocar uma moradia já trôpega e dilapidada por um corpo novo e resistente. A alma requer os sucessivos instrumentos de organismos novos e melhores para uma expressão plena. Se o eu individualizado, envolto pela ilusão e enviado para evoluir e voltar a Deus, não tivesse a oportunidade de se expressar - para afirmar sua natureza - através de várias mudanças de corpo, ele teria que continuar num estado não corpóreo nascente ou latente. E imagine se a alma imortal tivesse que viver para sempre num corpo encurvado, pálido e enrugado! Não se imaginaria castigo maior para este grande ser, a alma, do que contemplar e se expressar para sempre por meio de um organismo decrépito. Em vez disso, o organismo habitado passa pela disciplina da alma à medida que esta faz experiências com ele. Quando a alma termina o trabalho numa forma específica, inicia-o em outra. (...)"

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 215)


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O PODER DO PENSAMENTO CRIADOR

"Realizados os poderes de amor e vontade, devemos agora descobrir o terceiro poder capital do Ego: o poder do pensamento criador ou Manas¹, como o denomina a Teosofia. O pensamento humano é a manifestação do Espírito Santo, assim como a vontade é a manifestação do Pai, e o amor, a do Filho. O Espírito Santo é o aspecto ou pessoa da criadora atividade de Deus, o Criador; e quando realizamos esse poder em nós, nos sentimos inspirados e possuídos da ilimitada qualidade criadora, do poder da ação. Em nós, só o pensamento atua, só o pensamento cria e executa os mandatos da vontade. Se a vontade é o rei, o pensamento é o primeiro-ministro, e a atividade de nosso pensamento criador deve ser dirigida sempre pela vontade.

O poder criador do pensamento parece ser ilimitado. E uma vez o tenhamos realizado, sabemos que como Egos podemos ‘fazer tudo’; sentimos em nosso interior uma ilimitada energia criadora para levar a cabo tudo quanto decretar a vontade. Somente quando esse terceiro poder, o pensamento criador ou imaginação, está em funcionamento é que a realização se dá em ação. Por essa razão esse poder é muito perigoso ao homem até que ele tenha compreendido que deve dirigi-lo conscientemente, pois, do contrário, é a sua natureza inferior que o fará; e o homem, assim, se tornará escravo dela."

¹. Manas: termo sânscrito que literalmente significa “a mente”, a faculdade mental, que faz do homem um ser inteligente e moral e o distingue dos seres brutos. 

(J. J. Van Der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 51/52)