OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

DITADORES MESQUINHOS (4ª PARTE)

"Muitas vezes encontramos o arrimo de família - pai ou filho, e algumas vezes mãe ou filha - exibindo tendências de alcoolismo mental, por terem consciência de que ocupam uma posição de liderança. Esses pequenos ditadores domésticos não deveriam descarregar livremente seu mau humor em dependentes inocentes e indefesos, assim perdendo o respeito íntimo dos que os cercam. Quando um ditador de família pensa que pode fazer o que bem quiser dentro de casa, aos poucos começa a fazer a mesma coisa fora de casa, expressando desagradáveis mudanças de humor ou maus modos. Com o tempo, passa a fazê-lo a qualquer hora e lugar. Se os mesquinhos tiranos domésticos não dominam seus hábitos sádicos, gradualmente se tornam alcoólatras mentais, comportando-se de modo imaturo e causando inúmeros problemas aos que estão íntima ou mesmo casualmente ligados a eles, tanto quanto a si próprios. 

Se você é um alcoólatra mental, procure curar-se: mas, enquanto isso, pelo menos evite tentar contagiar ou influenciar os outros. Pois, seja ou não bem sucedido, provavelmente causará a você mesmo novos problemas. Pense que pandemônio haveria se, de repente alguém soltasse um gambá em seu tranquilo lar, onde você estava calmamente meditando ou lendo um livro junto à lareira. Você e todos a seu redor logicamente tentariam expulsar o gambá e, ao fazê-lo, seriam borrifados com as substâncias malcheirosas do animal. Tanto a família quanto o gambá sofreriam. 

Portanto, não é prudente que um gambá humano entre em ambiente onde não é bem-vindo. Poderá causar problemas para todos e, no fim, ser rudemente tratado. Por favor, lembre-se de que um gambá humano, que carrega a vibração mental de péssimos humores e o reflexo disso em seu rosto, cria incalculáveis danos em ambientes tranquilos. Esse bípede é indesejado em toda parte. (...)"

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 199/200)

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

INFLUÊNCIAS NEUTRALIZANTES (3ª PARTE)

"Mudança de companhia é o melhor remédio para o alcoolismo mental agudo de qualquer espécie, pois a vontade do alcoólatra mental tornou-se escrava do hábito e, portanto, ele não oferece a menor resistência ao mal. A cura mais eficaz é mudá-lo, imediatamente, para um ambiente que possa servir de antídoto específico à sua condição mental tóxica. 

Se possível, o alcoólatra mental da raiva deve ser colocado com um ou mais indivíduos que nunca se encolerizam, mesmo sob circunstâncias irritantes. A pessoa sexual deve ter a seu redor pessoas de autodomínio; o ladrão precisa da companhia de pessoas honestas. O indivíduo cronicamente tímido pode ser ajudado pela associação com pessoas corajosas e pela leitura de histórias de homens que foram heróis. Tipos mal-humorados, desdenhosos ou 'azedos', devem ter a companhia de pessoas habitualmente alegres. 

O alcoólatra mental deve lembrar-se de que a alimentação deficiente, bem como a ingestão de carne (especialmente de boi e de porco) agravarão sua enfermidade psicológica, fixando-a ainda mais fortemente no cérebro. A abundância de frutas e verduras na dieta cotidiana e um dia de jejum por semana, só com suco de frutas - com um jejum mais longo de vez em quando - muito contribuirão para modificar os sulcos cerebrais em que os hábitos nocivos se abrigam. 

Excessos sexuais debilitam o sistema nervoso e os neurônios, o que, por sua vez, piora a raiva do alcoólatra mental. O abuso do sexo também destrói a força de vontade. Por isso, todos os alcoólatras mentais devem aprender a controlar o impulso sexual, para serem moderados nas relações conjugais, segundo os desígnios da natureza."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 198/199)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

UM CONCEITO FALSO (2ª PARTE)

"O homem colérico, o sensual e o ganancioso esquecem sua posição e sua relação à sociedade, cometendo grandes erros que arruinam suas vidas e as dos outros. Muitos desses alcoólatras mentais pensam que, se exteriorizarem seus hábitos psicológicos, sentirão algum alívio. Mas o hábito autocomplacente de ceder aos maus impulsos é extremamente prejudicial, pois é através da repetição de expressões negativas que o indivíduo se torna um alcoólatra mental crônico, caindo no ridículo em qualquer tempo e lugar.

Se as crianças forem expostas a maus ambientes enquanto suas mentes ainda são maleáveis, desenvolverão hábitos errôneos que, se não controlados, podem levar ao alcoolismo mental crônico. Ao notarem súbita mudança no filho - por exemplo, se um garoto de temperamento calmo passa a ter frequentes acessos de raiva - os pais devem agir o quanto antes. Deve-se identificar e remover as causas das frustrações, procurando novos meios para o emprego construtivo das energias.

Aqueles que habitualmente mostram qualquer uma das características aqui mencionadas são alcoólatras mentais. Por imprudência, despencam pelas 'Cataratas do Niagara' dos constantes maus hábitos, despedaçando sua felicidade, ao mesmo tempo em que, desamparada mas voluntariamente, permitem a expressão descontrolada de suas piores características. Não é aconselhável censurar alcoólatras mentais que, frequentemente, têm violentos acessos de desgosto e tédio pelo mundo. Sua atitude resulta da contínua repetição de hábitos nocivos. Devem ser tratados como pacientes psicológicos que sofrem de doenças mentais crônicas."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 198)

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

CURAR O ALCOOLISMO MENTAL (1ª PARTE)

"Quem bebe demais forma um hábito pernicioso. Se a pessoa não se esforça para controlar a facilidade de beber, pode tornar-se um alcoólatra e, indefeso, sofrer do desejo irresistível de beber sem limites, sem razão nenhuma. Essas pessoas infelizes costumam gastar todo o dinheiro em bebida; comem pouco e parecem nutrir-se do próprio álcool. Perdem o senso normal de responsabilidade para com a saúde e uma posição honrada na família, na sociedade e no mundo. Com o tempo, podem perder todo o senso de dignidade e ser encontradas completamente bêbedas em qualquer lugar - na sarjeta ou no meio da rua - expostas aos perigos de assaltos ou atropelamentos. 

Esta descrição das pessoas que abusam da bebida serve para ilustrar o que quero dizer com a expressão 'alcoolismo mental'. Os alcoólatras mentais podem ser individualmente classificados, em função de seus extremos psicológicos específicos e crônicos, que podem ser raiva, medo, sexo, sadismo, jogos de azar, roubo, ciúme, ódio, gula, mau humor, malícia ou irracionalidade. 

Quando, logo no começo da vida, alguém exibe acessos exagerados de raiva, medo, ciúme - ou de qualquer característica mencionada - podemos saber que esses hábitos mentais anormais foram adquiridos em existência anterior. Os pais que notarem em seu filho qualquer uma dessas tendências psicológicas nocivas, mesmo na infância, devem agir logo e tomar providências para evitar que a criança se torne um alcoólatra psicológico. Se possível, devem mudar seu ambiente, colocando o filho sob os cuidados de bons instrutores espirituais.

Por meio de boa companhia constante e do ambiente adequado durante muitos anos, um alcoólatra mental pode livrar-se dos tentáculos do mal congênito. Enquanto estiver recebendo um tratamento sério em bom ambiente, deve ouvir tudo a respeito das consequências perniciosas de seus hábitos, ser incentivado à autorreflexão, e fazer o esforço sério de não manifestar esses maus hábitos em circunstância alguma. Toda complacência com um hábito mental adquirido antes do nascimento fortalece-o cada vez mais, até o possuidor ficar literalmente escravizado."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 197/198)

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

AQUIETANDO-SE NATURALMENTE (PARTE FINAL)

"(...) Outro aspecto do problema torna-se aparente quando observamos a nós mesmos, sem querer ser ou fazer isso ou aquilo, abrindo mão de trivialidades e superficialidades. Com relação à profissão ou à ocupação, é necessário ter atenção e cuidadoso discernimento. Mas existem inúmeras atividades superficiais da mente que não tem propósito; seguem em frente mecanicamente. A mente está enredada em desejo, e a mente-desejo sente-se viva quando está em estado de preocupação, medo ou agitação. Ela não consegue se manter ocupada com coisas profundas; portanto, mantém-se numa atmosfera de trivialidades.

A mente aquieta-se quando o foco de sua atenção passa do pessoal para o impessoal, do trivial e superficial para o real e significativo. O estado de quietude torna-se natural quando pensamos em termos da natureza universal da experiência – dor, alegria, luta e assim por diante - , porque o foco muda. Helena Blavatsky aconselhou aos estudantes de espiritualidade a se demorarem nas verdades universais. À medida que o foco muda, o interesse também muda.

Então, embora leve tempo para a mente morrer, nós não desistimos. O desafio é interessante. O estudante universitário acha seu trabalho cansativo quando só tenta conseguir boas notas e um bom emprego, mas se seu interesse estiver desperto, ele trabalha com alegria; assim, a estrada espiritual é o tempo todo ascendente, mas quando há interesse, escalar é uma alegria."

(Radha Burnier - Aquietando-se naturalmente -  Revista Sophia, Ano 9, nº 33, p.41)