OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 27 de setembro de 2015

RESPEITO E HUMILDADE

"(...) Quão ínfimo é hoje o respeito que os seres humanos têm por Deus e pelo próprio homem! Muitos dos que pertencem à confusa juventude de hoje, estão perdendo o respeito pela antiga sabedoria, pela ordem social e, consequentemente, por si próprios. Quando desaparece o autorrespeito, inicia-se a decadência. O verdadeiro respeito por si próprio e pelos outros decorre do entendimento da origem divina de cada um de nós. Aquele que conhece a si mesmo como sendo o Ser, uma centelha individualizada da chama do Espírito, sabe também que todos os seres humanos são uma expressão do mesmo Espírito e se curva com reverência e alegria ante o Uno presente em todos. 

Ao cultivar o respeito ao guru como emissário Divino, e aos seus semelhantes como imagens de Deus, o devoto acelera seu crescimento espiritual. Da atitude respeitosa para com o guru brota a receptividade a Deus através da figura do guru; tal receptividade proporciona entendimento do que é justo e nobre, esse entendimento, por sua vez, faz com que reverenciemos a Deus e ao guru. Quando afinal, dentro do próprio coração bem como fisicamente, somos capazes de nos curvar ante Algo que não seja o ego, ocorre uma transformação interior - desenvolve-se a humildade. O ego é como uma sólida e impenetrável muralha que circunda a alma, a verdadeira natureza humana. A única força capaz de demolir este muralha é a humildade. (...)

A humildade consiste na sabedoria de reconhecer que existe um Ser superior a nós. A maioria dos seres humanos adora o seu próprio ego. Porém, quando o discípulo se curva ante o ideal de um Ser superior, e ante o guru como o instrumento da Divindade cujo auxílio ele procura a fim de alcançar aquele Ser, então ele desenvolve a humildade necessária para demolir a aprisionante muralho do ego, e sente dentro de si a expansão da consciência divina nascida daquele Ser superior.

O homem humilde é um homem verdadeiramente sereno, verdadeiramente feliz. Ele não se perturba com a instabilidade do comportamento e do amor humano, nem é ferido pela inconstância das relações humanas, ou pela transitoriedade da posição social e da segurança neste mundo. Todo pensamento voltado para os ganhos pessoais e autoestima se desvanecem e se apagam da mente do homem humilde. As escrituras dizem: 'Quando este 'eu' morrer, então saberei quem sou eu'. Quando o ego se vai, a alma - ou seja a imagem de Deus latente em nosso interior - pode finalmente despertar e se expressar livremente. O devoto manifesta então em sua vida todas as qualidades divinas da alma e vê-se livre para sempre da ignorância de maya, a ilusão terrena imposta a todas as criaturas que participam do drama divino da criação. 

Devemos então recordar que o respeito dá origem à reverência, e que a humildade é produto desta última. Ao desenvolver tais qualidades, o devoto começa a acelerar seu progresso em direção à Meta de sua busca espiritual."


(Mrinalini Mata - O Relacionamento Guru-Discípulo - Self-Realization Fellowship - p. 23/27


sábado, 26 de setembro de 2015

MEDITAÇÃO PARA SINTONIA COM A SUBLIMIDADE INTERIOR

"Ensina-me a não me drogar com o narcótico da impaciência. Hoje, meditarei mais profundamente que ontem. Amanhã, meditarei mais profundamente que hoje. 

Hoje, com o toque suave da intuição, sintonizarei o rádio de minha alma e livrarei minha mente da estática da impaciência para ouvir a vibração cósmica de Tua voz, a música dos átomos e a melodia do amor ecoando em minha supraconsciência. 

Dentro de mim, encontrarei perpétua felicidade celestial. A paz reinará tanto no silêncio quanto em plena atividade. Deixa-me ouvir Tua voz, ó Deus, na caverna da meditação!

Ensina-me, ó Espírito, a interromper pela meditação a tempestade da impaciência mental e das perturbações sensoriais que assolam o lago de minha mente. Que a varinha mágica de minha intuição faça cessar os ventos das paixões e dos desejos inúteis. No lago sereno de minha mente, que eu contemple o reflexo não distorcido da lua de minha alma, refulgindo com o brilho de Tua presença.

Cerre as pálpebras e ignore a dança selvagem das cenas tentadoras. Mergulhe a mente no poço sem fundo do seu coração. Mantenha a mente no coração, borbulhante com seu sangue vital. Concentre-se no coração até sentir suas pulsações rítmicas. A cada pulsação, ouça o som da Vida onipotente. Visualize a mesma vida universal batendo à porta do coração de todos os seres humanos e de todas as criaturas vivas.

O coração pulsa o tempo todo, suavemente, anunciando o poder infinito que se oculta atrás das portas de sua percepção. As tênues batidas da Vida universal dizem a você em pleno silêncio: 'Não receba apenas algumas gotas da corrente de Minha vida, mas expanda a abertura dos poderes do sentimento e deixe que Meu fluxo invada teu sangue, corpo, mente, emoções e alma com Minhas pulsações da vida abundante.'"

(Paramhansa Yogananda - A Sabedoria de Yogananda, Como Ter Coragem, Serenidade e Confiança - Ed. Pensamento, São Paulo, 2012 - p. 113/115)
www.editorapensamento.com.br



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O CORPO FÍSICO

"O corpo é o veículo de que você dispõe para atingir o Estado de Bem-aventurança, e, assim, deve ser protegido e conservado forte para tão alto propósito. É um instrumento para o sadhana, que, por méritos obtidos em nascimentos prévios, você conquistou. Cada momento ele está seguindo para sua própria dissolução, e assim, o tempo não pode ser desperdiçado em buscas vãs. Melhor mesmo é considerar o corpo como um meio ou instrumento grosseiro do que o elevar ao nível de ser tudo na vida e finalidade da vida (...). Trate-o como uma ferida que deve ser coberta por uma bandagem (as roupas), cuidada com medicamentos (os alimentos) e lavada (com água). Você pode livrar-se deste desordenado apego mediante este método - só este método.

Da mesma forma como você atende às necessidades do corpo, nutrindo-o três vezes ao dia, a fim de o conservar em bom funcionamento, assim, também, empregue algum tempo regularmente, em cada dia, visando a conservar sua consciência interna também em boas condições. Dedique uma hora pela manhã e outra à noite, e uma terceira nos primeiros momentos da alvorada (brahmamuhurtha) para a prática de japam (repetição do mantra) e dhyana (meditação) sobre o Senhor. Descobrirá grande paz descendo sobre você e dentro de você; sentirá o crescimento de grandes fontes de força, à medida que progrida neste sadhana (disciplina). Depois de algum tempo, a mente se fixará sobre o Nome (de Deus), onde quer que você esteja e no que quer em que você esteja engajado, e, então, a Paz e a Alegria lhe serão inseparáveis companheiros."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 47)
www.record.com.br


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A FONTE DA ALEGRIA INTERIOR

"O segredo é descobrir a fonte da alegria interior, que nunca falha, que é sempre farta e fresca porque brota de Deus. O que é o corpo? É o Atma revestido por cinco envoltórios: o annamaya, composto de alimentos, o pranamaya, constituído de vitalidade; o manomaya, formado pelos pensamentos; o vijnanamaya, composto de inteligência; e o anandamaya, composto de felicidade. Por um constante contemplar tais envoltórios (kosas), o sadhaka (aquele que pratica o sadhana) atinge a necessária discriminação para escapar do externo para voltar-se ao interno, que é mais real. Assim, passo a passo, abandonando um kosa após outro, torna-se capaz de desfazer-se de todos eles a fim de lograr a consciência de que ele é uno com Brahman (o Ser Supremo).

Passo a passo, tem-se de praticar o desapego, sem o que a ambição e a miséria dominarão a natureza mais sutil do ser humano. Essa natureza é divina, pois que sua verdadeira Substância é Deus, e desta Substância o homem não é mais que um nome e uma forma. Para que se alcance tão preciosa constatação, indispensável é desenvolver o sadhana chamado chatushtaya, que consta dos seguintes componentes:

(1) Nithyanithya viveka  (discriminação entre o imutável e o mutável, entre o perene e o temporário), que consiste em dar-se conta de que o universo (jagat) está sempre sujeito a transformações e mudanças, mas Brahman não muda;
(2) Thamurthra-phala-bhoga-viraaga, que implica o desapego aos prazeres, mesmo aos do próprio Céu, depois de alcançada a convicção de que estes também são evanescentes e seguidos pela aflição;
(3) Samadamaadi-shatka-sampaththi, que é constituído pelas virtudes desejáveis, isto é, o controle dos sentidos externos e internos e das sugestões sensoriais; a fortaleza dentro da angústia e da dor, da alegria e da vitória; a supressão de todas as atividades de consequências escravizantes; fé inabalável no Mestre e nos textos que ele expõe; e a imperturbável contemplação sobre o básico Brahman, sem se deixar perturbar por outras ondas de pensamento.

Embora o leite esteja em formação através do corpo da vaca, você tem de recorrer às tetas a fim de o obter; de igual maneira, estes sadhanas (ou tetas) têm de ser 'pressionados' (na prestação de serviço, se você pretende alcançar a Sabedoria (jnana).

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 45/46)


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PARA QUEM TEM REALIZAÇÃO DIVINA, O MAL NÃO EXISTE

"O caminho para a felicidade suprema não será encontrado pelos cientistas nem pelos materialistas, mas pelos que seguem os mestres que afirmam: 'Volte para a cabine do Infinito, de onde você pode ver a projeção de todos os filmes cósmicos. Então não ficará confuso com a criação divina, com o enredo divino.' 

Meu único interesse nas pessoas é ajudá-las. E enquanto eu tiver um resto de ar nos pulmões, continuarei a tentar ajudar os outros e a dizer que devem sair do filme da ilusão. Você sofre porque é parte do enredo agora. Se ficar de lado e observar o filme, não sofrerá, e poderá desfrutar do enredo. É isto que você precisa aprender. Para Deus, isto é apenas um filme, e quando você se voltar para Ele, terá mesma visão.

Vou contar uma história: um rei adormeceu e sonhou que era pobre. Mendigava uma moeda para poder comer. Finalmente, a rainha o acordou e disse: 'Mas o que é isso? O tesouro real está repleto de ouro, e você está chorando por uma moeda!'

Então, o rei respondeu: 'Nossa, como sou tolo. Pensei que era um mendigo e que estava morrendo de fome por não ter uma moeda.'

Tal é a ilusão das almas que sonham que são mortais, sujeitas aos aterradores males de todo os tipos de doença, sofrimento, problemas e tristezas. O único modo de escapar do pesadelo é aproximar-se mais de Deus e afastar-se mais das imagens oníricas mundanas. Você sofre porque colocou toda a atenção nas coisas erradas. Se der o coração a outra pessoa, à bebida, à ganância ou às drogas, sofrerá. Terá o coração partido. Entregue o coração a Deus. Quanto mais procurar paz Nele, mais a paz vai devorar suas preocupações e sofrimentos.

Você sofre porque se permitiu ser suscetível aos males do mundo. Precisa aprender a ser forte, a ter têmpera espiritual. Faça tudo que tiver de fazer, mas interiormente diga: 'Senhor, sou Teu filho, feito à Tua imagem. Nada quero além de Ti.' O devoto que segue este princípio e que alcança esta compreensão descobrirá que para ele o mal não existe neste mundo."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 116/117)