OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sexta-feira, 16 de junho de 2017

O MEDO CESSA PELO CONTATO COM DEUS

"O medo persegue-o constantemente. E só se extingue pelo contato com Deus, nada mais. Por que esperar? Por meio da Ioga, você pode ter a comunhão com Ele. A Índia tem algo a dar, algo que nenhuma outra nação jamais ofereceu. Devo tudo a meu guru, Swami Sri Yukteswar; ele foi um mestre em todos os sentidos. Seguindo sua sabedoria, pude ter êxito em minha missão no Ocidente. Ele disse: 'Tudo o que fizer, procure fazê-lo como ninguém antes o fez'. Se você se lembrar desse pensamento, terá êxito. A maioria das pessoas imita outras. Você deve ser original, e o que quer que faça, faça-o bem. A natureza inteira comunga conscientemente com você quando está em sintonia com Deus.

Frequentemente pensamos em nós mesmos primeiro, mas deveríamos sempre incluir os outros em nossa felicidade. Assim agindo, com toda a bondade de nossos corações, difundimos um espírito de consideração recíproca. Se, em uma comunidade de mil pessoas, todos procedessem assim, cada um teria 999 amigos. Mas se nessa comunidade, cada um agisse como inimigo do outro, teria 999 inimigos.

Conquistar os corações alheios pelo poder do amor é a maior vitória que se pode alcançar na vida. Procure sempre considerar primeiro os outros e descobrirá o mundo inteiro a seus pés. Foi essa a grandeza de Jesus. Ele viveu e morreu por todos. Homens de grande poder material que vivem exclusivamente para si mesmos são logo esquecidos, mas os que vivem totalmente para os outros são lembrados para sempre. O Rei dos Reis não teve um trono de ouro, durante sua breve passagem pela terra; mas ele tem reinado por vinte séculos, em um trono de amor, nos corações de milhões de pessoas. É o melhor trono que se pode ter."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 95/96)


quinta-feira, 15 de junho de 2017

VOTO DO SILÊNCIO

"Algumas pessoas avançadas adotam mounam, isto é, o voto do silêncio. Para que serve? O que é exatamente mounam?

A iluminação da alma é mounam. Como pode então haver mounam sem o Atma (Espírito Divino) estar iluminado? Sem isto, meramente manter a boca fechada não é silêncio. Alguns adotam o voto de silêncio, mas se comunicam por escrever em papel ou lousa ou por apontar para as letras do alfabeto sobre um cartão. Tudo isso é pseudo-mounam. É somente uma outra forma de falar sem interrupção! Não é preciso atingir o silêncio. Ele está sempre com você. O que você tem de fazer é somente remover tudo que o perturba.

Não é correto dizer que pessoas, que não abrem a boca para falar, cumprem uma disciplina inútil.

Se você não usa a língua, se permanece silente, visando a isolar-se dos obstáculos externos à disciplina (sadhana), certamente pode desenvolver seus pensamentos, pode desistir de criticar e perturbar os outros, pode obter concentração e evitar a seu cérebro desnecessárias cargas e, assim, melhorar muito. Tendo o cérebro em tais condições, pode praticar, da melhor maneira, a evocação e repetição do Nome do Senhor (namasmarana). Estas vantagens todas você lucrará praticando disciplina (sadhana)."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 174)


quarta-feira, 14 de junho de 2017

ENTENDER A PAIXÃO

"Ter uma vida religiosa é uma autopunição? A mortificação do corpo ou da mente é um sinal de entendimento? O martírio é um caminho para a realidade? A castidade é negação? Você acha que pode ir longe mediante a renúncia? Você realmente acha que pode haver paz por meio do conflito? Os meios não importam infinitamente mais do que o fim?

O fim pode existir, mas os meios existem. O real, o que existe, deve ser entendido, e não abafado pelas determinações, os ideais e as racionalizações inteligentes. O sofrimento não é o caminho para a felicidade. O que chamamos de paixão tem de ser entendida, e não reprimida ou sublimada, nem é bom encontrar um substituto para ela. Independentemente do que você faça, qualquer dispositivo que invente, só fortalecerá aquele que não foi amado e entendido. Amar o que chamamos de paixão é entendê-la. Amar é estar em comunhão direta. E você não pode amar algo do qual se ressente, sobre o qual tem ideias e conclusões. Como você pode amar e entender a paixão se fez um voto contra ela? Um voto é uma forma de resistência, e aquilo a que você resiste finalmente o conquista. A verdade não deve ser conquistada. Não se pode atacá-la, ela vai escapar entre os dedos se tentar agarrá-la. A verdade chega silenciosamente, sem você perceber. O que você percebe não é verdade, é apenas uma ideia, um símbolo. A sombra não é o real."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 133)


terça-feira, 13 de junho de 2017

UM PODER SUSTENTADOR (PARTE FINAL)

"(...) Há uma passagem no Bhagavad Gita que pode, a princípio, parecer um tanto insensível, contudo fala da força dentro de nós e não nega a verdadeira compaixão: 'A morte é certa para todas as coisas que nascem, e o renascimento é certo para todos os que morrem; daí não ser conveniente afligir-se a respeito do inevitável.'

Uma sabedoria tão iluminada como a contida nessas palavras jamais teria sido dada numa escritura que tem guiado as vidas de milhões de pessoas através dos séculos, a não ser que contivesse uma filosofia que pudesse ser compreendida e aplicada. Como seres humanos, conquistamos o direito, devido ao nosso potencial mental e espiritual, de lidar com a missão, por mais difícil que possa ser, de nos tornarmos cada vez mais universais e impessoais em perspectiva e compreensão.

A vida não é uma estrada fácil, e a morte, que chega para toda a humanidade, é uma das muitas experiências de despertar através das quais provamos nosso vigor e penetramos em nós mesmos. Dentro de cada um está um poder sustentador que nos transporta através de qualquer provação. Não podemos nos permitir viver no passado; devemos nos mover para a frente com confiança e esperança, sabendo que, quando uma porta se fecha, outra se abre."

(Ingrid van Mater - A morte e o despertar - Revista Sophia, Ano 10, nº 39 - p. 25)

segunda-feira, 12 de junho de 2017

UM PODER SUSTENTADOR (1ª PARTE)

"Os que sucumbem à ilusão de resolver seus problemas com o suicídio estão muitas vezes sob influência de drogas, não sabem o que estão fazendo ou estão oprimidos pelas pressões sobre eles exercidas, sentindo-se incapazes de lidar com elas. Mas a natureza, embora severa, é também misericordiosa. É simplesmente lógico que uma pessoa boa e consciente não importando qual o modo como morreu, no tempo devido receberá o repouso pacífico a que tem direito. Apesar de tudo, somos na morte como na vida, nós mesmos.

Certamente não se pode mudar o sentimento de tristeza, de solidão, daqueles que foram deixados para trás e perderam alguém pelas portas da morte. Se não houvesse carinho nesse mundo ele seria um local desolado. O verdadeiro amor tudo suporta ao longo da vida e da morte, e aqueles que se sentem atraídos uns pelos outros pelos laços do amor serão repetidamente reunidos em outras vidas. Na época da morte, a preocupação de amigos cerca e protege aquele que está sofrendo, sendo um auxílio tangível.

Quando estamos intimamente envolvidos com outra pessoa, há uma rede de pensamentos e sentimentos, uma troca. Depois que essa pessoa se vai, a troca é interrompida. É como se uma parte de nós morresse com aquele que se foi. A experiência é particularmente aguda para os que foram educados com a ideia de que a morte é o fim e que jamais haverá reencontro. No entanto, a natureza é infinitamente benigna. A plena compreensão do que aconteceu leva algum tempo para penetrar todos os níveis de nosso ser, mas chega gradualmente. Seria um choque grande demais se assim não fosse. Mas através da dor mais profunda brilha uma beleza inequívoca quando começamos mesmo a sentir a verdadeira natureza do que está ocorrendo, compreendendo que internamente não há separação, e que aquele que se foi está descansando. (...)"

(Ingrid van Mater - A morte e o despertar - Revista Sophia, Ano 10, nº 39 - p. 25)