OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 21 de março de 2018

A VERDADE ETERNA, A META DA IOGA (PARTE FINAL)

"(...) Aqueles que são conhecidos como adeptos renunciam este desaparecimento na forma última para tornarem-se a Hierarquia Oculta deste planeta, desde o Senhor do mundo, passando pelos Mahatmas de todos os Graus, até os Asekhas. Eles fazem esta grande Renúncia em prol de todas as outras Mônadas-Egos em evolução e de outros seres. Isto capacita a Hierarquia em Sua preocupação compassiva e envolvê-los e a 'preservá-los' através da 'noite escura', o Gethsemane do Esquema Planetário que começou nesta Quarta Ronda. 

Ninguém abaixo do nível destes Seres pode estimar a natureza do sacrifício ou a amplitude e a extensão do serviço Deles. Ainda que estes grandes e gloriosos Seres tenham, por assim dizer, atrasado a Autoidentificação com a Verdade última, no entanto, Eles são iluminados por sua Luz e assim capazes de percepção perfeita e vislumbre infalível em todos os princípios e processos da Natureza, desde o físico até os níveis espirituais mais altos.

Admitimos, porém, que este conceito é altamente abstrato, além do alcance e mesmo do interesse da maioria das pessoas. Porém, deveria ser mantido na consciência do discípulo devotado como sua meta durante o desempenho da ioga ao longo de toda a sua vida. A consideração desta meta para a percepção da unidade de toda a vida interior como a meta, e sua aplicação a todas as ações e todos os relacionamentos como o ideal, deveria-se lembrar da meta última, que é a Verdade eterna e sem fim. 

Em circunstâncias normais, a ideia de cada pessoa sobre sua meta espiritual e, em grande parte o resultado do seu Raio.¹⁶ Os homens são obrigados pelas restrições da automanifestação a expressar seus Raios, daí os sete ideais principais dos sete temperamentos humanos: poder, sabedoria, compreensão, beleza, conhecimento e a capacidade para saber, devoção ou consciência de causa e ordem. É correto que cada pessoa em sua aspiração humana e autoexpressão deverá ser levada em direção ao Raio, mas além de todos os Raios está a Unidade ou existência unitária em que todos os objetivos são sintetizados e transcendidos. É esta Existência Una ou Verdade celestial que será finalmente procurada e encontrada.

Ao meditar, a pessoa é aconselhada a seguir sua inclinação natural e procurar um resultado natural, em particular a realização da unidade, lembrando-se porém que uma realização ainda maior aguarda, chama e pode ser alcançada na meditação. Ainda que isto possa estar além da conceituação e da expressão no momento, não será sempre assim. Para ajudar na formulação desta ideia, a pessoa pode proveitosamente pensar sobre a existência da Verdade como estando por trás e além de todas as verdades: o Princípio abstrato sem forma que não pode ter nome e, no entanto, é a síntese de todas as ideias verdadeiras em todos os tempos."

¹⁶ Os Sete Raios ou temperamentos humanos.

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Ioga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 30/31)


terça-feira, 20 de março de 2018

A VERDADE ETERNA, A META DA IOGA (1ª PARTE)

"Todo ser humano plenamente desperto é, em sua natureza e atividade mais elevada, um buscador da verdade. A meta mais elevada do homem poderia ser descrita como a descoberta da Verdade última. Isto implica aquilo que por si só é individual e indivisível, como um átomo final ou anu e que pode ser assemelhado à luz branca, imaculada e imaculável, ou à joia plenamente transparente, o diamante.

A ideia usual de Verdade do homem está longe desta veracidade eterna, última - deífica e luminosa. Cada indivíduo pode definir o que é Verdade por si mesmo e dar a ela nomes tais como 'unidade', 'união', 'lei', 'beleza', 'o derradeiro fato singular', ou mesmo 'fogo', 'ordem', 'vontade'. A Verdade irradia todos estes conceitos, os quais lhe pertencem, mas uma combinação imaculada da essência de todos estes descreve mais aproximadamente a Verdade última.

Isto não é a verdade acerca de algo na manifestação, mas aquela misteriosa Existência ou Princípio eterno, cuja descoberta é a meta. Para alcançá-la, o iogue deve transcender inteiramente sua natureza humana e entrar na consciência de seu Eu imortal, penetrar pela ioga até além da mente abstrata - que no homem é condicionada - chegando à intuição, e ali habitar em silêncio místico em sua Busca pela Verdade última. Somente quando ele pode tocar a Existência Átmica ou Nirvânica é que ele começa a se aproximar do que foi chamado de 'a Escura Verdade Una'. Ela é escura somente para a mente humana, mas luz inefável para o Espirito humano. 

Ali, exaltado, ele está em companhia dos Adeptos, que buscam a Verdade eterna, por cuja luz Eles já se tornaram iluminados, omniscientes e com todo o saber, no que concerne aos princípios e a toda sabedoria com relação às expressões manifestadas destes princípios. O Nirvana pode então ser parcialmente descrito como a absorção no Princípio eterno, ou a identificação com a Verdade eterna. Podemos ver que isto é infinitamente acima e além de quaisquer conhecimento, compreensão e mesmo intuição a respeito da Verdade manifestada. 

O iogue talvez possa dizer que a meta é a Autoidentificação com a própria Verdade, para sempre e mais além. Isto é Maha-Paranirvana ou ser dissolvido na Existência eterna. O Jivanmukta que entra neste estado perde-se e realmente desaparece da existência manifestada pela restante do Mavantara Solar. (...)"

(Geoffrey Hodson - A Suprema Realização através da Ioga - Ed. Teosófica, Brasília, 2001 - p. 29/30)


segunda-feira, 19 de março de 2018

A ORAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) Quando entrasse no seu longo repouso no mundo celeste, estaria inteiramente fora de qualquer possibilidade de ser perturbado por coisas terrenas; no entanto, até num caso desses, uma oração que lhe fosse dirigida talvez não ficasse sem efeito. Um homem assim estaria quase certamente despejando uma torrente constante de pensamentos de amor sobre a humanidade, e esses pensamentos seriam um verdadeiro e poderoso chuveiro de bênçãos, tendendo geralmente ao auxílio espiritual daqueles sobre os quais viesse a cair; e não há dúvida que o homem que estivesse pensando com fervor no santo, ou rezando para ele, estabeleceria relação com ele, e atrairia, por consequência, sobre si grande quantidade daquela força, se bem que inteiramente à revelia do santo de que ela provinha. Se o santo fosse suficientemente adiantado para ter entrado numa série especial de nascimento, que se seguissem, rápidos, uns aos outros, o caso seria igualmente diverso. Ele estaria então, durante o tempo todo, ao alcance da terra, ou vivendo no plano astral, ou numa encarnação no físico, e, se a oração fosse tão forte que lhe chamasse a atenção a qualquer momento em que estivesse fora do corpo, é provável que ele desse toda a ajuda de que fosse capaz.

Mas, felizmente para os muitos milhares que estão constantemente derramando suas almas em orações - na mais cega ignorância, porém com perfeita boa-fé - há ainda alguma coisa da qual podemos depender, mas que independe de todas essas considerações. Diz-nos Sri Krishna, no Bhagavad Gita, que todas as orações sinceras chegam a ele, sejam quais forem e a quem elas possam ter sido ignorantemente oferecidas; existe uma consciência suficientemente ampla para abranger tudo, que nunca falha em sua resposta a todo esforço sincero na direção de uma espiritualidade maior. Opera através de muitos meios; às vezes, talvez, dirigindo a atenção de um deva para o suplicante, às vezes através da mediação dos auxiliadores humanos, que trabalham no plano astral ou mental pelo bem da humanidade. Um deva ou auxiliador nessas condições, se se mostrasse, seria tomado inevitavelmente, pelo peticionário, como o santo ao qual ela orara, segundo o ilustram muitas histórias que se contam a respeito. (...)"

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 80/81)
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domingo, 18 de março de 2018

A ORAÇÃO (1ª PARTE)

"É difícil dizer alguma coisa sobre a oração que se aplique universalmente, porque existem espécies diferentes de oração, e porque estas são dirigidas a seres que diferem amplissimamente na evolução. Os fundadores da maioria das grandes religiões nunca estimularam, de maneira alguma, os seus seguidores a rezarem para eles, e, via de regra, estes últimos têm sido esclarecidos demais para fazerem alguma coisa desse gênero. Se um pensamento muito forte, endereçado a eles, os alcançaria, ou deixaria de alcançá-los, depende da linha de evolução que tivessem seguido desde então - na realidade, se continuam, ou não, em contato com a terra. Se eles ainda estivessem ao alcance dos interessados, e se um pensamento dessa natureza os atingisse, é provável que, vendo que seria bom para o emissor de pensamento que alguma nota fosse tomada nesse sentido, eles voltassem para a sua direção a atenção de alguns discípulos que ainda se encontrassem na terra. Mas é totalmente inconcebível que um homem tivesse alguma concepção da obra magnífica e de grande alcance, realizada em prol da evolução, pelos Grandes em planos superiores, sonhasse sequer impor suas próprias e mesquinhas preocupações à atenção d'Eles; não poderia deixar de saber que todo e qualquer tipo de ajuda de que ele necessitasse lhe seria prestada de modo muito mais apto por alguém que se achasse mais próximo do seu próprio nível. Aqui, neste plano físico, somos mais inteligentes, pois não desbaratamos o tempo dos maiores eruditos das nossas universidades ajudando criancinhas às voltas com as dificuldades do alfabeto.

No que concerne aos santos de qualquer Igreja, a posição é diversa, pois até, em se tratando deles, a capacidade de ouvir orações dependerá da sua posição na evolução. O santo comum, que é simplesmente um homem virtuoso e bom, levará sua vida celeste como de costume, e a levará provavelmente longa. Tudo faz crer que a sua existência no plano astral seria breve, e somente durante essa vida poderia uma oração alcançá-lo e atrair-lhe a atenção. Se, durante esse tempo, ela o alcançar, não há dúvida de que ele fará o possível para satisfazer o suplicante; mas não é certo, de maneira alguma, que ela lhe atraísse a atenção, pois ele andaria, naturalmente, muitíssimo ocupado com o novo ambiente. (...)"

(C.W. Leadbeater - A Vida Interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1999 - p. 80)


sábado, 17 de março de 2018

AS EMOÇÕES NÃO LEVAM A LUGAR NENHUM

"Guiado por suas emoções ou por seu intelecto, você é conduzido ao desespero porque isso não leva a lugar nenhum. Mas você entende que o amor não é prazer, o amor não é desejo.

Você sabe o que é prazer? Quando observa algo ou quando tem um feeling, pensar sobre esse feeling, insistir nele lhe dá prazer, e esse prazer você quer e o repete diversas vezes. Um homem ambicioso, seja muito ou pouco, sente prazer. Quando um homem busca poder, status, prestígio em nome do país, em nome de uma ideia, isso lhe dá prazer. Ele não tem nenhum amor, e por isso cria a maldade no mundo. Ele produz a guerra dentro e fora de si.

Portanto, temos de entender as emoções, o sentimento, o entusiasmo, o feeling de ser bom. Temos de entender que tudo isso não tem nada a ver com a verdadeira afeição, com a compaixão. Todo sentimento e todas as emoções têm a ver com o pensamento, por isso conduzem ao prazer e ao sofrimento. O amor não tem sofrimento, mágoa, porque não é o resultado do prazer ou do desejo."

(Krishnamurti - O Livro da Vida - Ed. Planeta do Brasil Ltda., São Paulo, 2016 - p. 156)