OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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sábado, 6 de junho de 2015

OBSERVE A NATUREZA

"Ao caminhar ou descansar em meio à natureza, respeite esse reino deixando-se estar totalmente nele. Pare e fique em silêncio. Olhe. Ouça. Veja como cada planta e cada animal são completos em si mesmos. Ao contrário dos seres humanos, eles não se dividem. Não precisam afirmar-se criando imagens de si mesmos, e por isso, não precisam se preocupar em proteger e realçar essas imagens. O esquilo é ele mesmo. A rosa é ela mesma.

Tudo na natureza é um e, ao mesmo tempo, é um com o todo. Nenhum elemento se afastou do tecido do todo em busca de uma existência separada: 'eu' e o resto do universo.

Contemplar a natureza pode libertar você desse 'eu', que é o grande causador de problemas.

Preste atenção nos inúmeros pequenos sons da natureza: o farfalhar das folhas ao vento, os pingos da chuva, o zumbido de um inseto, o primeiro trinar de um pássaro no alvorecer. Dedique-se inteiramente ao ato de ouvir. Para além dos sons existe algo maior: um sentido de sagrado que não pode ser entendido através do pensamento." 

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 51


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O FENÔMENO "HOMEM" (3ª PARTE)

"(...) É necessário darmos ideia clara sobre a palavra 'potência' ou 'potencialidade', que se diz transformar-se em 'atualidade'. É equívoca e inexata essa expressão 'transformar'. A potência não é, a bem dizer, inerente ao veículo finito, mas sim à Vida Infinita, a qual se serve de certos veículos finitos para se manifestar (parcialmente) no plano dos efeitos individuais. O corpo unicelular da ameba não encerra a potência de crear o corpo pluricelular do molusco, do peixe, do mamífero, do homem. Essa potência é, na realidade, o Infinito, a Essência Imanifesta, a Vida Universal do Cosmos, que se revela (parcialmente) através de algum veículo e aparece como Existência Manifesta. Essa forma existencial da Essência varia de espécie a espécie, de grupo a grupo, de indivíduo a indivíduo.

Na espécia 'homem' encerrava essa forma existencial o mais alto grau de potencialidade, porque este veículo era de todos o mais idôneo. Se dermos ao mais perfeito dos minerais a potencialidade grau 5, ao mundo vegetal o grau 10, ao mundo animal o grau 20, teremos de admitir para a espécie hominal talvez a potência grau 100. Dizer que essa potência 100 estava 'contida' nas potências 20, 10, 5, é o mesmo que abolir a lógica e a matemática. O maior não está contido no menor. Mas é fato que a potência maior (100) se serviu das potências menores (20, 10, 5) como canais e veículos para atingir o 100. O 100, porém, veio do \infty (Infinito), assim como do mesmo Infinito fluíram todos os finitos, pequenos e grandes. Do  \infty veio não só o 100, mas também o 20, o 10 e o 5. 

A diferença não está no fato de terem os finitos vindo do Infinito, mas tão somente do modo como dele vieram, uns por caminhos mais curtos, outros por mais longos. O homem é de todas as creaturas a que está realizando jornada mais longa e diversificada - e ninguém sabe por onde o homem possa passar ainda em eras futuras...

A ciência provou a realidade desses canais condutores que veicularam o corpo hominal - não provou, todavia, que o homem tenha vindo do animal. Nunca um finito maior vem de um finito menor, embora possa vir através de finitos menores. Muitos dos nossos tratados de evolucionismo, e sobretudo certos compêndios colegiais, primam por uma estupenda falta de lógica, confundindo causa com condição, afirmando que o homem veio do animal, quando deviam dizer através do animal. E quando procuramos retificar esse erro, replicam-nos que estamos fazendo 'jogo de palavras', porque fazemos distinção entre de e através. A lógica é coisa raríssima, mesmo entre homens chamados cultos. (...)

Se o Infinito se dignou a manifestar-se através de finitos de todos os graus, mesmo o mais imperfeito, como o corpo unicelular de um protozoário primitivo, será indigno do homem finito o que é digno do Universo Infinito? Qualquer forma finita é digna do Infinito; se assim não fosse, não teria ela aparecido. (...)"

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 83/84)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O FENÔMENO "HOMEM" (2ª PARTE)

"(...) Ora, para crear uma estação emissora e receptora da potência do cérebro humano, são necessários cerca de 21 anos. Mas como a história do indivíduo é a recapitulação da história da raça ('a ontogênese é a repetição da filogênese'), segue-se que a espécie humana como tal levou cerca de 7 vezes mais tempo para a sua atual evolução do que qualquer animal.

Há milhões de anos e de séculos, já vivia sobre a face da terra a espécie 'homem', não na sua forma atual, e claro, mas em forma potencial.

O homem-ameba era homem.
O homem-molusco era homem.
O homem-peixe era homem.
O homem-lemur era homem.

E se, algum dia, o homem-hominal de hoje transformar o seu corpo material e visível em um corpo imaterial e invisível, ainda será homem. O corpo luz do homem imortalizado é verdadeiro corpo humano.

O Cristo, cujo corpo era ora material, ora imaterial, ora visível ora invisível, era verdadeiro homem, era até o 'filho do homem', quer dizer, o 'homem por excelência', o 'pleni-homem', o 'homem-cósmico'.

De resto, os dados da biogenética confirmam a tese da biologia: o corpo humano, durante os 9 meses da sua via intrauterina, percorre, rapidamente, todas as fases da sua evolução racial, desde a ameba unicelular, através das formas orgânicas de verme, molusco, invertebrado, peixe, mamífero, até atingir a forma do corpo humano atual. (...)"

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 82/83)


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O FENÔMENO 'HOMEM' (1ª PARTE)

"O homem é o mais antigo habitante do planeta Terra, embora prevaleça a crença geral de que ele seja o mais recente. No estado atual da sua evolução, é verdade, é o homem um ser assaz recente; mas, como homem potencial, é ele antiquíssimo. E, como toda creatura é realmente o que ela é potencialmente, é perfeitamente exato afirmar que o homem é o habitante mais antigo da terra.

Felizmente, as descobertas da ciência corroboram grandemente a nossa afirmação. Fisicamente, pertence o homem à classe dos mamíferos superiores. Entretanto, qualquer cavalo ou vaca é adulto aos 3 anos de idade - ao passo que o homem atinge a plenitude da sua evolução corporal apenas aos 21 anos, levando 7 vezes mais tempo do que qualquer animal. Por que essa diferença?

Principalmente por causa do cérebro humano, cujo desenvolvimento total exige período muito longo; e, para evitar a creação de um monstro, obriga a Natureza o organismo do homem a realizar evolução extremamente lenta, a fim de correr paralela ao desenvolvimento do cérebro.

O animal também tem cérebro, mas sem a função específica do cérebro humano. Anatomicamente, é o cérebro do mamífero superior semelhante ao cérebro do homem, funcionalmente há uma diferença profunda. O cérebro humano produz e capta vibrações de outra frequência, de caráter mental, e até racional, vibrações essas incomparavelmente mais sutis do que as vibrações sensoriais do cérebro animal. Devido a essa diversidade essencial, não há exemplo de que uma 'inteligência animal' se tenha, alguma vez, desenvolvido em inteligência humana. Mesmo o mais inteligente dos animais adestrado pelo homem para certos trabalhos e acrobacias, recai invariavelmente ao estado natural dele quando o treino cessa e o animal é deixado a sós, prova de que a sua 'inteligência' era heterônoma, e não autônoma, como a do homem; era apenas um reflexo extrínseco da inteligência humana, e não uma inteligência com sede intrínseca na própria natureza específica do animal. A inteligência animal está inteiramente a serviço da biologia individual e sexual de seu dono, ao passo que a inteligência humana pode atingir as mais excelsas culminâncias da abstração universal. Nunca nenhum animal se deu ao trabalho 'estéril' de calcular a distância entre a terra e o sol, medir a velocidade da luz ou investigar a trajetória dos elétrons ao redor do próton atômico. (...)"

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 81/82)

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

SEM AUTOANÁLISE O HOMEM VIVE COMO UM ROBÔ

"Milhões de pessoas nunca analisam a si próprias. Mentalmente, são produtos mecânicos da fábrica do ambiente em que vivem, preocupadas com o café da manhã, almoço e jantar, trabalhando, dormindo, indo daqui para ali para se divertirem. Elas não sabem o que, nem por que estão procurando, e tampouco compreendem por que jamais encontram felicidade perfeita ou satisfação duradoura. Esquivando-se da autoanálise, permanecem como robôs, condicionadas pelo seu meio. A verdadeira autoanálise é a melhor arte do progresso.

Todos deveriam aprender a se analisar imparcialmente. Anote diariamente seus pensamentos e aspirações. Descubra o que você é - não o que imagina ser! - porque quer fazer de você aquilo que deveria ser. A maioria das pessoas não muda porque não vê seus próprios erros.

Cada um é produto da hereditariedade e do ambiente. Se você nascer nos Estados Unidos, apresentará características americanas inconfundíveis. Se nascer na China ou na Inglaterra, provavelmente refletirá as influências dessas nacionalidades. Seu ambiente é o resultado de sua verdadeira hereditariedade - traços e desejos adquiridos em vidas passadas. Essa herança de encarnações anteriores levou-o a nascer exatamente na família e no ambiente em que agora se encontra.

Quando lemos sobre famílias de pessoas importantes, notamos frequentemente que os filhos de grandes homens não são, necessariamente, da mesma fibra mental que os pais. Esta falha na hereditariedade biológica do homem suscita uma grande dúvida em nossa mente: por que não encontramos, na vida humana, os mesmos resultados que observamos nos reinos vegetal e animal, onde bons ancestrais costumam produzir bons descendentes? Temos de investigar a vida interior do homem para obter a resposta." 

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 73/74)

domingo, 11 de maio de 2014

CONHECENDO O VEGETARIANISMO (PARTE FINAL)

"(...) O vegetarianismo se apresenta em vários estilos que alicerçam a prática de acordo com a necessidade de cada indivíduo ou com o grau de sua consciência.

O ovo-lacto-vegetarianismo utiliza ovos, leite e derivados em sua dieta, excluindo todos os tipos de carne. O lacto-vegetarianismo utiliza leite e derivados, excluindo os ovos e todos os tipos de carnes.

O veganismo é o mais recente estilo da tradição vegetariana que está sustentada em uma visão ampla de proteção e defesa do reino animal. Evita todo alimento que venha de fonte animal, como mel, ovos, leite e derivados ou qualquer tipos de carnes, como também exclui inclusive todos os produtos que tenham sido testados em animais, como shampoos, cremes, materiais de limpeza ou objetos de subprodutos do couro como sapatos, cintos, bolsas e roupas de couro, lã e seda.

Dentro desta classificação, observamos que há um movimento crescente em direção à uma consciência mais plena e sutil, já que o propósito único da vida é a evolução, e aquilo que comemos nos ajuda a fazer este retorno de volta à Vida Pulsante no qual cada um de nós é uma parte viva.

Aos restringirmos o vegetarianismo apenas a uma dieta, amputamos todo o seu lado mais profundo e para o qual esta prática existe: que é o respeito irrestrito pelos seres vivos em todas as suas formas. (...)

O vegetarianismo é um caminho de vida, um estilo de se viver que busca respeitar tudo e todos no mais amplo sentido do termo. É compreender que nenhum animal está disponível ao sofrimento, que a terra e toda natureza têm seus limites de equilíbrio e que a vida é sagrada. Ser vegetariano é antes de tudo uma atitude interna de reverência para com toda a vida, para com a natureza e para com o divino. É viver uma vida que possa ser inserida na verdade, no respeito, na igualdade de direitos evolutivos.

Ser vegetariano requer que renunciemos a certas atitudes que provocam sofrimento e dor e que podemos realizar escolhas conscientes para mudar a vida, elevar a consciência e proteger a terra e os filhos da terra."

(Maria Laura Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC, 2010 - p. 14)

sábado, 10 de maio de 2014

CONHECENDO O VEGETARIANISMO (2ª PARTE)

"(...) É bem recente a ideia do vegetarianismo como um movimento ético em defesa dos animais, que surge como forma de estabelecer um novo paradigma frente à necessidade urgente de proteger o ecossistema e de tornar a vida sustentável no planeta. Nos dias atuais o vegetarianismo não é apenas uma opção diferente de vida, mas acima de tudo, uma atitude a ser tomada para reduzir a forte pegada ecológica movida pelo comércio de carne.

O consumo de carne (bovina, suína, aves, peixes, etc.) contribui em grande parte para o desequilíbrio ecológico, pois a produção de carne em grande escala tornou-se um fator consideravelmente poluidor, já que as fezes animais são 130 vezes maiores que os excrementos humanos, e o gás metano liberado das fezes animais e de suas flatulências é responsável em grande parte pelo efeito estufa. Atualmente milhares de criaturas do reino animal, especialmente as aves, os suínos, bovinos e caprinos são abatidos diariamente para a utilização da carne e derivados. Estes animais para abate são criados e mantidos em extremas condições abomináveis, vivendo em habitat totalmente antinatural, em gaiolas ou confinados em pequenos espaços, não tendo o direito natural de exercer os seus instintos. São engordados quimicamente em condições constante de estresse. Quando chega o momento do abate, suas vidas são brutal e cruelmente ceifadas, espalhando pelo ar um profundo sofrimento e muita adrenalina, e cheiro de morte e violência.

Os dados atuais são preocupantes e impossíveis de serem sustentados, pois o consumo de carnes produz um impacto devastador no meio ambiente e hoje sabemos que ‘30% de todo o território do planeta é destinado para pasto animal e 70% das plantações de grãos são destinados para a ração animal. A pecuária é responsável por 37% do metano liberado na atmosfera. O metano é 23 vezes pior do que o CO2 em termos de aquecimento global. (...) com a água gasta para um quilo de bife, poderia se produzir 122 quilos de batatas. Usam-se 20 quilos de grãos para cada quilo de bife. A criação de gado é responsável pelo desmatamento de 93% da Mata Atlântica, 80% da caatinga, 505 do cerrado e 18% da Amazônia. (...) Os bois pastam onde havia floresta.’¹

A partir destas informações não temos como sustentar uma alimentação cárnea, sendo que no passado o vegetarianismo era exaltado como uma premissa espiritual e filosófica, porém hoje o vegetarianismo é uma necessidade emergente de equilíbrio do planeta,  pelo animais, pela saúde e por uma vida livre de sofrimento. (...)"

¹ Reportagem do Jornal do Bem Estar em outubro de 2007, com o biólogo Sergio Greif – ‘Uma outra verdade inconveniente’.

(Maria Laura Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC, 2010 - p. 14)


sexta-feira, 9 de maio de 2014

CONHECENDO O VEGETARIANISMO (1ª PARTE)

"A palavra vegetarianismo vem do latim ‘vegetus’, significando aquilo que é vivo, fresco, saudável. O vegetarianismo tem suas raízes na Índia, alicerçado na tradição dos Vedas e praticado intensamente pelo hindus, jainistas e budistas, e chega ao ocidente através do filósofo grego Pitágoras que proclamava uma vida pura e livre de alimentos cárneos. A ética pitagórica prevaleceu na época, séc. VI a.C., como uma base moral de abstenção de matar animais para se alimentar e todos os que o seguiam e se alimentavam de uma dieta livre de carnes eram chamados de ‘pitagóricos’ e só em 1847 nasce no ocidente a Sociedade Vegetariana do Reino Unido, sendo a palavra vegetarianismo cunhada pela primeira vez no ocidente. Porém, muitos séculos antes, o vegetarianismo era proclamado na Índia como a forma mais adequada para se alimentar, sustentado no princípio de ‘Ahimsa’.

A definição de Ahimsa (não-violência) abrange todo o ato de compaixão por todas as formas de vida. E a ética do Hinduísmo, Janaísmo e Budismo que estabelece o respeito pela vida. Ahimsa é praticada como uma restrição que consiste em não gerar sofrimento e dor a outros seres, tanto física como emocionalmente, e também, como uma prática ativa de benevolência e compaixão por todas as criaturas viventes. Ahimsa não é só evitar causar sofrimento e dor como também buscar positivamente meios para aliviar o sofrimento.

O vegetarianismo foi apoiado pelas diferentes tradições religiosas e filosóficas ao longo das eras como um meio de purificação e sutlização do corpo para promover a elevação da mente e assim, atingir o equilíbrio necessário para se atingir um estado mais em sintonia com a vida interna. (...)"

(Maria Laura Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC, 2010 - p. 14)

sexta-feira, 7 de março de 2014

NOSSO DEVER PARA COM OS ANIMAIS

"Ao mesmo tempo que tentamos fazer o melhor por todos à nossa volta, não podemos esquecer que também temos um dever para com as formas de vida inferiores à humana. Para isso, precisamos tentar entender nossos irmãos menores, os animais, tal como fazemos, em um nível mais elevado, com nossas crianças. Assim como aprendemos a ver as coisas do ponto de vista da criança se quisermos ajudá-la, precisamos tentar perceber o ponto de vista dos animais se também quisermos ajudar a evolução animal. Em todas as situações e com todas as formas de vida nosso dever sempre é amar e ajudar, buscando aproximar-nos da idade de ouro em que compreenderemos uns aos outros e todos cooperaremos no trabalho glorioso que está por vir.

(...) Assim, devemos ensinar aos animais tudo o que pudermos, porque isso desenvolve a sua inteligência, mas com o cuidado de só desenvolver neles as boas qualidades e não as más. Temos diversos animais entre nós – cachorro, gato, cavalos e outros – que eram selvagens e estão aos nossos cuidados, em busca de afeição e ajuda. Por que? Para que possamos treiná-los para perderem sua ferocidade e ingressarem num estado de vida superior e mais inteligente; e a fim de que possamos evocar neles devoção, afeição e inteligência."

(C. W. Leadbeater - A Vida Interna – Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p. 135)


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

ANIMAIS DOMÉSTICOS

"Os animais domésticos que vivem em nosso lar não são criaturas tão insignificantes, como as pessoas geralmente acham. A Vida Divina, que se encontra no homem, está igualmente no animal, mas nele se encontra num estado mais primitivo e, por conseguinte, menos evoluída. Esta vida deve acelerar o seu desenvolvimento pelo contato com o homem.

O dever do homem para com seus animais domésticos é o de suavizar a sua natureza selvagem e implantar neles os atributos humanos do pensamento, do afeto e da dedicação. Portanto, enquanto o animal nos dá sua força, trabalhando para nós, devemos usar essa força com a finalidade de humanizá-lo, porque há de chegar o dia em que conseguirá ser um homem. Ao treinarmos um cão para desenvolver sua inteligência, não devemos fazê-lo de modo a reforçar seus instintos animais, como quando treinamos nossos cães para a caça. Um gato doméstico pode ser ‘um bom caçador de ratos’, mas não foi por essa razão que Deus o guiou para a família onde vive. Quando treinamos cavalos, não deveríamos procurar apenas desenvolver a velocidade para participarem de corridas; os serviços que eles nos prestam deveriam ser recompensados, pela tentativa de desenvolver neles as qualidades que contribuirão mais para sua evolução em direção à humanidade do que a velocidade.

O princípio geral referente a nossas relações com os animais domésticos é que eles foram realmente enviados para junto de nós a fim de que, na medida do possível, os seus atributos animais de selvageria fossem substituídos por atributos humanos, porque o que hoje é um animal, algum dia será um homem, assim como no futuro o homem de hoje tornar-se-á um Deus. Aquele que contribui para que a Vida Divina progrida mais rapidamente pelo seu caminho ascendente, esse ajuda, com maior eficiência, a sua própria evolução."

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática – Ed. Teosófica, Brasília, 2012 - p. 22/23)


terça-feira, 26 de novembro de 2013

A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

"À medida que estudamos mais o Universo, descobrimos que suas variedades diferem em idade. (...) Este mundo não veio à luz em sua condição atual através de uma única palavra criadora. Brâhma criou o mundo lenta e gradualmente em prolongada meditação. As formas de vida vieram umas após outras. As sementes de vida foram semeadas umas após outras. Se olharmos para qualquer Universo em qualquer tempo dado, descobrimos que a variedade daquele Universo tem o Tempo como fator principal. A idade da semente em desenvolvimento assinala o estágio em que esta semente apareceu. Em um Universo, em um único e mesmo tempo, há sementes de várias idades e vários estágios de desenvolvimento. Há sementes mais jovens que os minerais, perfazendo o que chamamos de reinos elementais. As sementes em evolução chamadas de reino mineral são mais velhas que aquelas. As sementes que evoluem como reino vegetal são mais velhas que as dos minerais, isto é, elas têm um passado evolutivo mais longo atrás de si; os animais são sementes com um passado ainda mais longo, e as sementes que chamamos de humanidade têm o passado mais longo de todos estes.

Cada grande classe tem sua diversidade em relação ao seu surgimento no tempo. Assim igualmente a vida individual separada em uma pessoa - não a vida essencial, mas a vida individual e separada - é diferente da de outra, e diferimos na idade de nossas existências individuais assim como diferimos na idade de nossos corpos. A vida é uma só - uma só absolutamente; mas ela se desdobra em diferentes estágios de tempo, tomando em consideração o ponto de partida da semente que está crescendo. Devemos compreender esta ideia claramente. Quando um universo se aproxima de seu fim, haverá nele entidades em todos os estágios de crescimento. Já disse que os mundos estão interligados, e os Universos se interligam mutuamente. No início algumas entidades estarão em fases iniciais de evolução; algumas muito cedo estarão prontas para se expandir na consciência de Deus. Neste Universo, quando seu tempo de vida encerra, haverá todos os diferentes níveis de crescimento, que dependem de diferenças de tempo. Há uma só vida em todas as formas, mas o estágio de desenvolvimento de uma vida particular depende do tempo em que ela passou se desenvolvendo separadamente. Aqui compreendemos a verdadeira raiz de nosso problema - uma só vida, imortal, eterna, infinita no que tange à sua fonte e sua meta; mas esta vida se manifesta em diferentes graus de evolução e em diferentes etapas de desenvolvimento, diferentes parcelas de seu poder inerente se expressando de acordo com a idade de cada vida separada. (...)"

(Annie Besant - Dharma - Três palestras proferidas na 8ª Convenção Anual da Seção Indiana da Sociedade Teosófica, ocorrida em Varanasi (Benares), em 26, 27 e 28 de outubro de 1898, The Theosophical Publishing Society, 161 New Bond Street, W. London - p.  6/7)