OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 24 de julho de 2017

TREINANDO A MENTE (PARTE FINAL)


"(...) 'Treinar' a mente não significa, de modo algum, subjugá-la pela força ou submeter-se a uma lavagem cerebral. Treinar a mente é, antes de tudo, ver de maneira direta e concreta como ela funciona, um conhecimento que você tira dos ensinamentos espirituais e da experiência pessoal na prática da meditação. Aí você pode usar a compreensão para domar a mente e trabalhar habilmente com ela, fazendo-a mais e mais dócil, de modo a poder tornar-se mestre de sua própria mente, empregando-a em seu potencial mais amplo e benéfico. O mestre budista do século oitavo, Shantideva, dizia: 

Se este elefante da mente é atado por todos os lados pelo cordão da presença mental, 
Todo medo desaparece a a felicidade completa emerge.
Todos os inimigos: tigres, leões, elefantes, ursos, serpentes [das nossas emoções]²
E todos os guardiões do inferno; os demônios e os horrores,
Todos se submetem à maestria da sua mente,
E pelo domar dessa mente, todos são subjugados,Porque é da mente que procedem os temores e penas infinitas.³

Como o escritor que só domina a espontânea liberdade de expressão depois de anos de estudo muitas vezes estafante, e tal como a simples graça de uma bailarina só é conquistada com enorme e paciente esforço, quando começamos a entender onde a meditação nos levará, saberemos aproximar-nos dela como sendo o grande empenho da nossa vida, aquele que demanda de nós a mais profunda perseverança, entusiasmo, inteligência e disciplina."

² Os animais ferozes e selvagens que eram ameaça no passado, hoje foram substituídos por outros perigos: nossas emoções selvagens e descontroladas.
³ Marion L. Matics, Entering the Path of Enlightenmente: The Bodhicaryavatara of the Buddhist Poet Shantideva (Londres: George, Allen anda Unwin, 1971), 162.

(Sogyal Rinpoche - O Livro Tibetano do Viver e do Morrer - Ed. Talento/Ed. Palas Athena, 1999 - p. 88

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

DESCONFIA DAS COISAS FÁCEIS

"(...) Superar o que é difícil aumenta as potencialidades e facilita futuras vitórias, ao passo que a fuga às dificuldades diminui a força e prepara derrotas futuras.

Quem foge do que é difícil parece fazer bem a si mesmo, quando na realidade faz mal a si, porque se enfraquece.

Pode ser que o homem apesar de todo o esforço, não consiga superar a dificuldade - mas, mesmo assim, é vitorioso, porque, pela luta contra a adversidade, se fortaleceu ele para vitórias futuras. O principal não é vencer; o principal é fortalecer-se pela luta e resistência, porque esse homem se faz maior e melhor pela luta.

O velho ditado 'deixa como está para ver como fica' pode ser um lema para covardes, mas não para herois.

Por isto, desconfia sempre das coisas fáceis e tem confiança nas coisas difíceis."

(Huberto Rohden - O Caminho da Felicidade - Alvorada Editora e Livraria Ltda., São Paulo, 7ª edição - p. 159)


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

EGO ESPIRITUAL

"P: Se o Ego Espiritual é onisciente, onde fica então essa decantada onisciência durante sua vida devakhânica?

T: Durante esse tempo está em estado latente e potencial, porque, em primeiro lugar, O Ego Espiritual não é o Eu Supremo, que sendo uno com a Alma Universal ou Inteligência, só ele é onisciente; e segundo, porque o Devakhan é a continuação idealizada da vida terrestre que se acaba de abandonar, período de ajustamento retributivo e recompensa pelos danos e sofrimentos imerecidamente experimentados naquela vida especial. O Ego Espiritual só é potencialmente onisciente, em Devakhan, e de fato, exclusivamente em Nirvana, quando o Ego funde-se na alma-Mente Universal. Volta a ser quase onisciente durante aqueleas horas na terra em que certas condições anormais e mudanças fisiológicas do corpo, libertam o físico dos entraves e impedimentos da matéria. Exemplos disso são os casos de sonambulismo já citados, de uma pobre criada falando hebraico e outra tocando violino. Isto não quer dizer que as explicações dadas pela medicina a esses dois casos não tenham em si alguma verdade, pois uma das moças ouviu, anos antes, seu professor, um pastor protestante, ler obras hebraicas em voz alta, e a outra ouviu um artista tocar violino na casa de cômodos onde morava. Mas nenhuma das duas poderia fazer nada disso com a perfeição com que o fizeram, se não tivessem sido animadas por Aquele que - em virtude da identidade de sua natureza com a Mente Universal - é onisciente. No primeiro caso, o princípio superior agiu sobre os skandhas, colocando-os em movimento; e, no último, estando a personalidade paralisada, manifestou-se a própria individualidade. Solicito que não se confundam as duas coisas."

(Blavatsky - A Chave da Teosofia - Ed. Três, Rio de Janeiro, 1973 - p. 134/135)

segunda-feira, 25 de abril de 2016

APERFEICOE SEU CARÁTER

"Primeiro, o diamante é um sombrio pedaço de pedra, um seixo duro. Somente após cortado por hábil artesão, torna-se uma chama de fogo multifacetada. Permita-se ser tratado da mesma forma, pois todas suas sombras sumirão, e você emergirá igual a um resplandecente diamante.

Aja, atue com todo seu potencial e com a plenitude de sua mente. Faça uso total da habilidade, capacidade, coragem e confiança de que é dotado. Deus então o abençoará.

Sofrer credencia-o mais para a Graça do Senhor. Quando o sofrimento vem em ondas, umas sobre as outras, alegre-se, pois a praia está chegando. Enfrente-as bravamente. Não se comporte como os covardes, que lançam queixume sobre algum poder externo ou ficam zangados com o Senhor."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 145)


segunda-feira, 11 de abril de 2016

CARÁTER AMADURECIDO

"Do ponto de vista moral, pode-se dizer que não existe no homem um caráter amadurecido e firme se ele não tiver ainda enfrentado estágios de sofrimento e de dor. Aquele que já o tem formado certamente o conquistou através de experiências assim, vividas no passado, na encarnação atual ou nas anteriores. O êxtase, que acontece quando o homem se deslumbra pela manifestação de todo seu próprio potencial interior, só é possível quando já existe nele suficiente desenvolvimento nesse sentido; caso contrário, o orgulho ali medraria.

Por caráter formado entendemos a capacidade de assumir o momento presente sem a menor vacilação; isso nada tem a ver, em essência, com aquilo que denominamos temperamento. Enquanto o temperamento é resultado de uma situação circunstancial, que muda a cada instante conforme o raio energético do indivíduo ou do ambiente que o cerca, o caráter é resultado de uma evolução superior. O temperamento traz elementos que continuamente devem ser trabalhados e elevados, em cada encarnação, inclusive pela fusão e mescla com temperamentos opostos que existem dentro do mesmo ser. (...)

Do ponto de vista evolutivo e espiritual, o sofrimento e a dor, quando aceitos, são fatores que impulsionam o progresso; quando, porém, são rejeitados pelas camadas superficiais do ser, deixam de produzir esse efeito e passam a construir apenas uma purificação de resíduos de ações, sentimentos e pensamentos negativos do passado. Falar do próprio sofrimento, partilhando-o com outras pessoas por mero desabafo, ou reagir contra a sua presença, impede que o valor moral e espiritual que seria trazido por ele se instale no caráter do indivíduo. Nesse caso, o que é vivenciado não passa de mero fato físico ou psicológico."

(Trigueirinho - Caminhos para a cura interior - Ed. Pensamento, São Paulo, 1995 - p. 79/80)

terça-feira, 15 de março de 2016

O PROPÓSITO DA EXISTÊNCIA HUMANA (1ª PARTE)

"Por que, então, o espírito humano se encarna num corpo físico com a perda consequentemente, embora temporária, do conhecimento de sua divindade e unidade com Deus? O propósito da existência humana é a evolução espiritual, intelectual, cultural e física. Esse é um processo dual, que consiste, por um lado, do desdobramento gradual, da latência à plena potência, dos atributos espirituais trinos do homem e, por outro lado, da evolução de seus quatro veículos materiais, para uma condição em que eles evidenciam perfeitamente os poderes desenvolvidos do Espírito humano. A vida num corpo físico é essencial para essa realização.

O eu espiritual do homem é como uma semente que contém em si a potencialidade da planta original, que é Deus. Essa semente é 'espalhada' ou nasce na Terra, lança raízes, tronco e folhas e, finalmente, floresce. A individualidade humana resultante, em seus quatro veículos, é fortalecida pelos ventos da adversidade, purificada e refinada pela chuva do sofrimento, embelezada e expandida pela luz da felicidade e do amor e alcança, finalmente, o estado de plenamente desabrochada. Assim como nas sementes todos os poderes parentais estão inerentes, também nas mônadas dos homens todos os poderes divinos estão presentes potencialmente desde o começo. As experiências da vida, combinadas com o impulso interior evolucionário, levam esses poderes inerentes ao pleno crescimento e à perfeita expressão. Toda experiência é válida; nada é desperdiçado. A vida é verdadeiramente educativa. O desabrochar do Ego e o desenvolvimento físico ocorrem simultaneamente, com a evolução interior sendo acompanhada pelo desenvolvimento externo dos quatro corpos mortais. Aqui o ensinamento teosófico torna-se eminentemente prático; pois, quando esse importantíssimo conhecimento do propósito da vida humana é obtido e aceito, o homem inteligente coopera, e em tal cooperação com o plano divino reside todo o segredo da felicidade humana.

A que culminância, então, a humanidade finalmente atinge? O alvo da evolução humana é padrão da perfeição descrito no cristianismo como 'a medida da estatura da plenitude de Cristo' (Ef 4:13). Isso implica na realização de um divino estado de perfeita (apenas no que toca à evolução humana) e irresistível vontade, de sabedoria e amor perfeitos, que a tudo abrange, e de perfeito conhecimento, que a tudo inclui. (...)"

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada, Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 55/56)


sexta-feira, 3 de julho de 2015

ENTESANDO E DESENTESANDO O ARCO (PARTE FINAL)


"(...) O homem cósmico une os dois processos, egocêntrico e cosmocêntrico; entesa o arco da sua natureza humana, desenvolve todas as suas potencialidades - e depois põe esse seu Eu plenipotenciário a serviço do Todo.

Também, que adiantaria pôr a serviço do Todo um Eu incompleto, semidesenvolvido? o Todo necessita de um Eu plenamente maduro, totalmente 'ele mesmo'. Deve o homem confiar em si mesmo, no seu ego, como se tudo dependesse dele somente - e deve confiar no Todo, no Eu, como se tudo dependesse dele somente. O difícil é realizar essa grande síntese das duas antíteses... Convém, pois, evitar dois erros:

1. O erro de não desenvolver devidamente o ego consciente,
2. O erro de o desenvolver plenamente, mas não pôr ao serviço do todo, do Eu divino.

No primeiro caso, o ego não cumpre a sua missão, de ser uma parte existencial, idônea, do grande Todo essencial; e, no entanto, esse Todo da Essência se revela necessariamente através das partes da Existência.

No segundo caso, o homem não ultrapassaria as barreiras do ego, da persona-máscara, culminando num poderoso Eu cósmico; não atingiria as alturas do indivíduo, do indiviso, da completa individualidade, indivisa em si, e indivisa do Todo.

Esse separatismo do ego, não integrado indivisamente no Todo, é a ideia fundamental do 'pecado', de Satã, diábolos, palavras que significam, hostilidade.

Cumpre que todo homem entese ao máximo o arco do seu ego consciente e depois o desentese e deixe a seta voar livremente ao seu grande destino cósmico. É este o velho problema da 'fé' e da 'graça'. É este o sentido da sapiência oriental: 'Quando o discípulo está pronto o Mestre aparece.'"   

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 112/113)


quinta-feira, 2 de julho de 2015

ENTESANDO E DESENTESANDO O ARCO (1ª PARTE)

"É célebre, na filosofia oriental, a comparação do processo de iniciação espiritual com a atividade dupla do sagitário: entesar e desentesar o arco.

O arqueiro puxa a seta em direção a seu corpo, entesando ao máximo o arco flexível, simboliza o homem que pensa intensamente, pela força consciente do ego intelectual; quanto mais intensa for esta atividade mental do homem-ego, tanto mais longe pode, depois, voar a seta do homem-Eu.

Mas seria erro pensar que essa força do sagitário produzisse o poder volante da flecha; esse poder é produzido pela força inerente ao próprio arco retesado, está na flexibilidade e na lei física do centrifugismo, que obriga a seta a voar na direção oposta à força muscular exercida pelo seteiro.

Temos, pois, duas forças em ação: uma, humana, muscular - outra, cósmica, universal. Para que a segunda força possa atuar devidamente, deve preceder a primeira, não como causa, mas como condição. Não é a força muscular do homem - o entesamento - que lança o projétil rumo ao seu alvo - mas é a força cósmica do arco - o desentesamento - que leva a flecha a seu destino.

Esta comparação é de uma extraordinária genialidade, quando devidamente compreendida e aplicada ao mundo superior. É necessário que o homem ponha em atividade dinâmica todas as suas forças conscientes; que desenvolva o seu ego personal até ao máximo; que desperte todas as suas potencialidades dormentes, físicas, mentais, emocionais. Esse desenvolvimento do ego é, inevitavelmente, egocêntrico, luciférico, podendo degenerar em feroz satanidade no caso que o homem se recuse a soltar a flecha rumo ao alvo cósmico, ultrapersonal, divino. O egoísta não erra em retesar o arco do ego, em desenvolver o poder da sua personalidade-ego - erra, peca, quando conserva o seu arco retesado, com a flecha junta ao coração, negando-se a soltá-la rumo ao Infinito, rumo ao grande Todo. Esse homem tem o devido amor-próprio, mas falta-lhe o amor-alheio, e, sobretudo, o amor-cósmico. Ama-se a si mesmo intensamente, mas não ama as outras criaturas, nem ama o Criador. Mantém a poderosa seta do amor bem junto ao coração, mantém o arco intensamente entesado, incapaz de o deixar desentesar-se - e por isto vive tenso, não liberto, infeliz.

O homem ocidental é propenso ao entesamento máximo do arco, e, não raro, se contenta com esse egocentrismo. O homem oriental, não raro, acha supérfluo o entesar o seu arco, cultivar as coisas do ego, esperando que Brahman se encarregue de fazer voar o projétil. (...)"

(Huberto Rohden - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 110/112)
www.martinclaret.com.br

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O FENÔMENO "HOMEM" (3ª PARTE)

"(...) É necessário darmos ideia clara sobre a palavra 'potência' ou 'potencialidade', que se diz transformar-se em 'atualidade'. É equívoca e inexata essa expressão 'transformar'. A potência não é, a bem dizer, inerente ao veículo finito, mas sim à Vida Infinita, a qual se serve de certos veículos finitos para se manifestar (parcialmente) no plano dos efeitos individuais. O corpo unicelular da ameba não encerra a potência de crear o corpo pluricelular do molusco, do peixe, do mamífero, do homem. Essa potência é, na realidade, o Infinito, a Essência Imanifesta, a Vida Universal do Cosmos, que se revela (parcialmente) através de algum veículo e aparece como Existência Manifesta. Essa forma existencial da Essência varia de espécie a espécie, de grupo a grupo, de indivíduo a indivíduo.

Na espécia 'homem' encerrava essa forma existencial o mais alto grau de potencialidade, porque este veículo era de todos o mais idôneo. Se dermos ao mais perfeito dos minerais a potencialidade grau 5, ao mundo vegetal o grau 10, ao mundo animal o grau 20, teremos de admitir para a espécie hominal talvez a potência grau 100. Dizer que essa potência 100 estava 'contida' nas potências 20, 10, 5, é o mesmo que abolir a lógica e a matemática. O maior não está contido no menor. Mas é fato que a potência maior (100) se serviu das potências menores (20, 10, 5) como canais e veículos para atingir o 100. O 100, porém, veio do \infty (Infinito), assim como do mesmo Infinito fluíram todos os finitos, pequenos e grandes. Do  \infty veio não só o 100, mas também o 20, o 10 e o 5. 

A diferença não está no fato de terem os finitos vindo do Infinito, mas tão somente do modo como dele vieram, uns por caminhos mais curtos, outros por mais longos. O homem é de todas as creaturas a que está realizando jornada mais longa e diversificada - e ninguém sabe por onde o homem possa passar ainda em eras futuras...

A ciência provou a realidade desses canais condutores que veicularam o corpo hominal - não provou, todavia, que o homem tenha vindo do animal. Nunca um finito maior vem de um finito menor, embora possa vir através de finitos menores. Muitos dos nossos tratados de evolucionismo, e sobretudo certos compêndios colegiais, primam por uma estupenda falta de lógica, confundindo causa com condição, afirmando que o homem veio do animal, quando deviam dizer através do animal. E quando procuramos retificar esse erro, replicam-nos que estamos fazendo 'jogo de palavras', porque fazemos distinção entre de e através. A lógica é coisa raríssima, mesmo entre homens chamados cultos. (...)

Se o Infinito se dignou a manifestar-se através de finitos de todos os graus, mesmo o mais imperfeito, como o corpo unicelular de um protozoário primitivo, será indigno do homem finito o que é digno do Universo Infinito? Qualquer forma finita é digna do Infinito; se assim não fosse, não teria ela aparecido. (...)"

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 83/84)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O FENÔMENO "HOMEM" (2ª PARTE)

"(...) Ora, para crear uma estação emissora e receptora da potência do cérebro humano, são necessários cerca de 21 anos. Mas como a história do indivíduo é a recapitulação da história da raça ('a ontogênese é a repetição da filogênese'), segue-se que a espécie humana como tal levou cerca de 7 vezes mais tempo para a sua atual evolução do que qualquer animal.

Há milhões de anos e de séculos, já vivia sobre a face da terra a espécie 'homem', não na sua forma atual, e claro, mas em forma potencial.

O homem-ameba era homem.
O homem-molusco era homem.
O homem-peixe era homem.
O homem-lemur era homem.

E se, algum dia, o homem-hominal de hoje transformar o seu corpo material e visível em um corpo imaterial e invisível, ainda será homem. O corpo luz do homem imortalizado é verdadeiro corpo humano.

O Cristo, cujo corpo era ora material, ora imaterial, ora visível ora invisível, era verdadeiro homem, era até o 'filho do homem', quer dizer, o 'homem por excelência', o 'pleni-homem', o 'homem-cósmico'.

De resto, os dados da biogenética confirmam a tese da biologia: o corpo humano, durante os 9 meses da sua via intrauterina, percorre, rapidamente, todas as fases da sua evolução racial, desde a ameba unicelular, através das formas orgânicas de verme, molusco, invertebrado, peixe, mamífero, até atingir a forma do corpo humano atual. (...)"

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 82/83)


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

O FENÔMENO 'HOMEM' (1ª PARTE)

"O homem é o mais antigo habitante do planeta Terra, embora prevaleça a crença geral de que ele seja o mais recente. No estado atual da sua evolução, é verdade, é o homem um ser assaz recente; mas, como homem potencial, é ele antiquíssimo. E, como toda creatura é realmente o que ela é potencialmente, é perfeitamente exato afirmar que o homem é o habitante mais antigo da terra.

Felizmente, as descobertas da ciência corroboram grandemente a nossa afirmação. Fisicamente, pertence o homem à classe dos mamíferos superiores. Entretanto, qualquer cavalo ou vaca é adulto aos 3 anos de idade - ao passo que o homem atinge a plenitude da sua evolução corporal apenas aos 21 anos, levando 7 vezes mais tempo do que qualquer animal. Por que essa diferença?

Principalmente por causa do cérebro humano, cujo desenvolvimento total exige período muito longo; e, para evitar a creação de um monstro, obriga a Natureza o organismo do homem a realizar evolução extremamente lenta, a fim de correr paralela ao desenvolvimento do cérebro.

O animal também tem cérebro, mas sem a função específica do cérebro humano. Anatomicamente, é o cérebro do mamífero superior semelhante ao cérebro do homem, funcionalmente há uma diferença profunda. O cérebro humano produz e capta vibrações de outra frequência, de caráter mental, e até racional, vibrações essas incomparavelmente mais sutis do que as vibrações sensoriais do cérebro animal. Devido a essa diversidade essencial, não há exemplo de que uma 'inteligência animal' se tenha, alguma vez, desenvolvido em inteligência humana. Mesmo o mais inteligente dos animais adestrado pelo homem para certos trabalhos e acrobacias, recai invariavelmente ao estado natural dele quando o treino cessa e o animal é deixado a sós, prova de que a sua 'inteligência' era heterônoma, e não autônoma, como a do homem; era apenas um reflexo extrínseco da inteligência humana, e não uma inteligência com sede intrínseca na própria natureza específica do animal. A inteligência animal está inteiramente a serviço da biologia individual e sexual de seu dono, ao passo que a inteligência humana pode atingir as mais excelsas culminâncias da abstração universal. Nunca nenhum animal se deu ao trabalho 'estéril' de calcular a distância entre a terra e o sol, medir a velocidade da luz ou investigar a trajetória dos elétrons ao redor do próton atômico. (...)"

(Huberto Rohden - Setas para o Infinito - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2004 - p. 81/82)

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

CONSIDERE A FONTE

"É um absurdo encarar seus pais, avós ou ancestrais como a fonte de seus poderes, qualidades, tendências, aptidões e características. Assim fazendo, você limita seu pontencial. Deve compreender que provém de Deus. Deus reside dentro de você e é seu Pai Celestial. Toda a Sua sabedoria, poder e glória estão à sua disposição, esperando que você recorra ao Seu inesgotável reservatório de força e inteligência. Você não é uma mera confluência de átomos, moléculas, genes e tendências herdadas. Em vez disso, você é filho do Deus Vivo e herdeiro de todas as riquezas de Deus, espirituais, mentais e materiais.

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Romanos, 12:2). Essa é a chave para uma nova vida. Sua mente é uma máquina que tudo registra; todas as convicções, impressões, opiniões e ideias teológicas que aceitou e lhe foram incutidas na infãncia estão impressas em sua mente subconsciente.

Mas você pode mudar sua mente. Pode começar a preenchê-la agora com padrões de pensamentos divinos, aliando-se ao Espírito Infinito interior, alcançando a beleza, amor, paz, alegria, sabedoria, poder e ideias criativas. O Espírito em você irá reagir, transformando sua mente, corpo e condições. Seu pensamento é o veículo entre o Espírito, seu corpo e o mundo material."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 32/33)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

GUIANDO NOSSOS FILHOS (1ª PARTE)

"Uma das maneiras mais importantes de transformar nosso mundo é estimulando o crescimento e o desenvolvimento de nossas crianças. Criar filhos no mundo tóxico da atualidade é extremamente difícil. As crianças são expostas à violência, às drogas e ao sexo como nunca. Os valores parecem ter sido destruídos. Mas também é verdade que vivemos num período de incrível potencial de iluminação e expansão. As crianças podem desenvolver suas capacidades mentais muito mais rápido do que antes. Quando as pessoas decidem ter filhos, assumem a responsabilidade não só de sustentá-los num nível físico como também de desenvolver seu corpo espiritual e emocional.

Portanto, os pais precisam perceber que são responsáveis pelos sentimentos e pensamentos que transmitem, porque essa energia passa diretamente para a psique da criança e é levada como bagagem para a vida adulta. Devido à forte ligação mútua, precisamos começar a ensinar aos nossos filhos dignidade, valores e prioridades, através de nosso exemplo. A seguir, dou algumas diretrizes sobre a formação de uma criança numa atmosfera espiritualmente enriquecedora.

1. Encorajem e alimentem a autoestima – Nunca será excessivo insistir na importância de alimentar a autoestima. Em quase todas as leituras que realizei envolvendo suicídio ou vício em drogas ou álcool, as causas estão na falta de identidade e amor-próprio das pessoas. Quais são os pontos de referência que as crianças têm, a não ser os atos e palavras dos adultos ao seu redor? Como é que as nossas crianças vão saber quem são? O que dizemos a elas, pensamos sobre elas e fazemos com elas? São mensagens amorosas ou críticas? Nós validamos seus instintos ou as calamos? Se as crianças não têm compreensão e empatia em casa, elas irão certamente procurá-las com alguém fora da família. Quando começarem a se identificar com influências externas e ilusórias, irão crescer com atitudes e valores materialistas. A pressão externa vai forçá-las a se comportarem de determinadas maneiras para que se sintam aceitas. Sugiro aos pais e parentes que deem o máximo de reforço positivo para as crianças. Precisamos demonstrar amor em todas as etapas de seu crescimento. Elogios, compreensão, risos e amor fazem com que uma criança cresça para tornar-se um adulto feliz e competente. Que todos nós sejamos uma fonte de verdadeiro esclarecimento e orientação para a nova geração. (...)"

(James Van Praagh – Em busca da Espiritualidade – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 – p.85/86)

sábado, 17 de novembro de 2012

O HOMEM


“As potencialidades infinitas do Ser Supremo, que nós somos, permanecem abortadas pelas posses, afazeres, doutrinas, partidos, preceitos, preconceitos, vaidades estúpidas, verdades que não o são e que, embora nos retenham na penúria verdadeira e em verdadeira servidão, são por nós defendidas e amplificadas como se nos dessem segurança e paz.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – 23/24)