OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 21 de maio de 2013

TODO DIA É BOM QUANDO VOCÊ O UTILIZA PARA DEUS

"Utilize esses dias como pontos de partida para reverenciar a Forma Divina que você tenha escolhido para cultuar, a Forma que apele para seus mais íntimos anseios. Não atribua o mal a um dia qualquer ou a qualquer astro. Todo dia é bom quando você o utiliza para Deus. Todo astro é bom, contanto que forneça sua luz para guiar seus pés para Deus. (...)

Os homens estão ansiosos por conquistar a felicidade, e quando há perspectiva de alcançar felicidade duradoura, saltam sobre a ideia, mas, cedo se dão por cansados para o esforço. Buscam atalhos, sobrecarregam os outros, com o transporte da carga que lhes pertence, e desejam frutos abundantes em retorno a seu pequeno cultivo. Rigorosa disciplina e fé inabalável, no entanto, são absolutamente necessárias para a vitória na batalha espiritual. O simples escutar discursos, ou mesmo fazê-los, será de nenhuma utilidade. Para manter tal disciplina, é preciso controlar os sentidos, os quais arrastam a mente para agradáveis atrações do mundo externo. Manter firme fé exige que se controle a mente caprichosa, a qual pinta quadros atraentes com falsas cores que seduzem você a vagar de um nascimento a outro."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 166)


sexta-feira, 17 de maio de 2013

PLANTE BONS HÁBITOS E COLHA RESULTADOS COMPENSADORES


"Se semear gentileza, você colherá gentileza. Se, porém, você for amável com alguém durante anos e ele nada lhe deu exceto dissabores, lembre-se de que em prévias existências você plantou sementes de descortesia que agora estão trazendo seus justos frutos. Você precisa ter paciência; espere que as sementes que lançou agora produzam frutos na estação certa. Você não pode plantar uma semente hoje e obter uma árvore cheia de frutas amanhã. No devido tempo, a semente produzirá uma árvore. Plante bons hábito hoje, espalhe bondade hoje, neste mundo: em seu próprio tempo, produzirão resultados compensadores. Se o fruto que você está colhendo hoje é azedo, não se lamente por isso, nem sinta pena de si próprio. Você mesmo plantou as sementes que estão produzindo essa fruta amarga. Aceite a situação como homem, por assim dizer. Levante-se e aceite o dissabor com coragem e paciência. Aceite-o com fé em Deus."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship - p. 35)


terça-feira, 14 de maio de 2013

LAYA YOGA - LAYA, A APOTEOSE (3ª PARTE)

"No estudo dos demais capítulos, onde tratamos dos diversos sistemas de Yoga, podemos entender como e o quanto cada um está relacionado com Laya Yoga.

A prática Bhakti purifica, concentra e direciona para Deus as diferentes manifestações de nossa afetividade (sentimentos, emoções e paixões) e isto nos torna possível desfrutar a sublimidade do mais perfeito amor (prema). No altar de prema, a alma, espontânea, fácil e mesmo jubilosamente, sacrifica seu ego e seu apego à existência. Embora o devoto perfeito se contente tão somente com as delícias de amar o Senhor, renunciando mesmo a fundir-se nEle, não é impossível que o pouco que lhe restou do ego venha a se derreter e acabar.

O karma yoguin deposita, como oferenda, aos pés de lótus do Senhor, os frutos de sua atividade generosa sem nada pedir em retribuição. Com isto, ele, sem dúvida, está depositando também seu ego, consequentemente aplacando trishna na existência ilusória. Este processo evolui no sentido de desfazer a falsa convicção de ser distinto a estar distante do Ser Supremo.

A Raja Yoga, mediante a prática de meditação, procura aquietar os vrittis (fenômenos que agitam a mente), tanto que, estando a mente parada, possibilite a contemplação do Ser. Este Estado denominado samadhi é, para muitos, sinônimo de laya. O meditante, neste estado, elimina aquilo que separa e cria diferença - sua mente inquieta e incontrolável. Suprimidas a diferença e a distância, a Unidade se impõe, e o que até então parecera distante e distinto some, se extingue. Isto é laya.

A vedanta adwaita diz que é a ignorância (ajnana) que nos mantém exilados de nossa verdadeira Realidade e Essência, que é Sat-Cit-Ananda. Aniquilada a ignorância, vencida a ilusão pelo esplendor da sabedoria, você, eu e os demais assumimos o que somos - Sat, o Ser Supremo, a Suprema Verdade; alçamo-nos a Cit, a Consciência Absoluta; e desfrutamos Ananda, a Bem-Aventurança eterna. Jnana Yoga, método que nos ajuda a esgotar a ignorância, para assim abrir-nos ao "saber" Aquilo que real e essencialmente somos. O ser ilusório, que a ignorância forjou e nutriu durante muitas existências, agora se dissipa na "Verdade que liberta". O eu pessoal se consome então em Deus. Aquilo que até então somente parecia ser perde sua efêmera aparência ao extinguir-se nAquilo que em verdade e eternamente É. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 116/117)


segunda-feira, 6 de maio de 2013

QUESTÃO DE HERANÇA, CUIDADO COM A COBIÇA

"Contraste doloroso! Jesus fala do desapego dos bens materiais, da futilidade das riquezas da terra, e do valor imenso dos tesouros celestes - e esse homem, envolvido em um litígio com seu irmão por causa de uma herança, algum pedaço de terra ou uma casa, só pensa em conquistar os bens caducos da vida presente. Durante todo o sermão de Jesus, não pensara em outra coisa. Depois de lhe falharem os recursos judiciários, lembrou-se de apelar para o grande prestígio do profeta de Nazaré, no intuito de satisfazer a sua cobiça. Nada lhe importavam as verdades do reino de Deus; só o interessava o reino da terra; o seu Messias era o dinheiro, o seu Salvador era aquele que o ajudava a agarrar uns bons punhados de metal sonante!...
Replicou-lhe Jesus:
- Homem! Quem me constituiu juiz ou partidor sobre vós?
Sabia Jesus que aquele grito representava a mentalidade de muitos dos seus ouvintes, mais afeiçoados aos bens da terra do que aos tesouros do céu. Por isso acrescentou:
-Cuidado e cautela com toda a cobiça! Ainda que alguém viva na abundância, não é da sua fortuna que depende a vida.
Depois desse exórdio, desenvolve o Mestre, em uma luminosa parábola, a ideia central da sua exortação, dizendo:
- Um homem possuía um campo que lhe produzira fruto abundante. Ao que ele se pôs a pensar consigo mesmo: "Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos... Isto é que farei! Vou demolir os meus celeiros e construí-los maiores, para abrigar toda a colheita e os meus bens. Então direi à minha alma: Agora sim, minha alma, tens em depósito grande quantidade de bens para muitos anos! Descansa, come, bebe, regala-te!"
Deus, porém, lhe disse:
- Insensato! Ainda esta noite te hão de tirar a vida! E as coisas, que amontoaste, de quem serão?
Depois, olhando em derredor, acrescentou, com insistência:
- Assim acontece àquele que acumula tesouros para si, mas não é rico aos olhos de Deus.
Que terá pensado aquele homem que vinha pleitear questões de herança junto ao Mestre de Nazaré?..."

(Huberto Rohden - Jesus Nazareno - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 260)


terça-feira, 16 de abril de 2013

FAZE BEM A TI MESMO, NA PESSOA DOS OUTROS

"Escuta, ó homem, esta grande verdade: todo mal que aos outros fazes, duplamente o fazes a ti mesmo.
Para os outros é um mal periférico - para ti mesmo é um mal central.
Para quem o sofre é um mal extrínseco - para quem o pratica é um mal intrínseco.
Ninguém pode fazer mal ao próximo sem primeiro fazer mal a si mesmo.
Não pode deixar de ser mau quem o mal produz - mas pode ser bom quem sofre o mal.
"Não pode a árvore má produzir frutos bons - nem pode a árvore boa produzir frutos maus."
O efeito do mal é transitório no objeto que o sofre - mas é permanente no sujeito que o produz.
Não digas: "Fiz mal, arrependi-me, e é tudo como dantes" - ilusão funesta!
Pelo arrependimento, sim, foi lavada a nódoa moral - persiste, porém, na alma a mancha psíquica.
O mal, conscientemente praticado, estratificou nas profundezas do subconsciente nova camada de hábito vicioso - e desse subsolo funesto, irradiam ondas mortíferas para a zona do consciente.
Todo ato mau, ainda que revogado pelo arrependimento, favorece os elementos destruidores - e desfavorece os elementos construtores dentro do homem.
Todo ato mau facilita futuras quedas e recaídas - e dificulta a ressurreição.
Todo ato mau aumenta o declive do plano inclinado que o hábito vicioso criou em tua natureza- e quem pode manter-se firme num declive escorregadio?
Por isso, meu ignoto amigo, o maior bem, que a ti mesmo, podes fazer é fazer bem aos outros - o bem por amor ao bem.
O amor que aos outros faz bem, faz tanto bem a ti mesmo, que até te faz bom.
Por isso dizia o grande Mestre que devemos amar o próximo como a nós mesmos.
Educa-te, ó homem, a ti mesmo para o idealismo do bem.
Faze o bem por amor ao bem - dentro de ti mesmo e aos outros.
O único meio de fazeres bem aos outros e a ti mesmo é seres bom, intimamente bom.
O único meio de melhorares o mundo é praticares o Evangelho da bondade sincera, o Evangelho do amor desinteressado, o Evangelho da benquerença universal.
"Deus é amor - quem permanece no amor permanece em Deus." (S. João)
"O reino de Deus está dentro de vós." (Jesus)"

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 117/118)


terça-feira, 12 de março de 2013

LEI DO KARMA - A AÇÃO SACRIFICIAL (4ª PARTE)

"Como chegar a agir sem desejar colher os resultados?

É simples. Mas não é fácil. Precisa-se aprender a atuar no mundo como um servo ou um instrumento de Deus, sentindo-se apenas com o dever de agir, mas não com o direito aos frutos da ação. Ensinam os sábios: "negue-se à tentação de sentir-se autor da ação; negue-se a esperar recompensa ou mesmo agradecimento". A lâmpada acesa não se envaidece, supondo que gera a luz. Não reclama aplausos. A torneira não deseja recompensa, pois sabe que não produz a água, apenas deixa-a passar. Por um lado, o ego é danado para querer sentir-se autor do que é meritório, enquanto que, por outro, com medo das consequências dolorosas, sempre se recusa a reconhecer a autoria dos erros que comete. Ao fazer algum bem sempre tem em vista recompensas, reconhecimentos, lucros, aquisições, vantagens. Ahamkara se torna evidente quando nosso ego pessoal frequentemente quer saber: "quanto é que eu levo nisto?" Os Mestres nos incentivam a que façamos todo benefício possível, mas sempre como oferenda a Deus. "Deposite suas ações aos pés de lótus do Senhor."

É muito pertinente que um ocidental, chefe de uma família ou de uma empresa, desempenhando uma profissão, questione: "Se é assim, sem meus proventos, como eu e os meus vamos viver?" Jesus Cristo responde:
O trabalhador é digno de seu salário. (Lc 10:7)
A sociedade e cada ser humano seriam verdadeiramente felizes se todos os profissionais e agentes da vida econômica e política se tornassem dignos de seu salário, servindo com honestidade, competência e acima de tudo com amor ao próximo e a Deus. Cada um se transformaria em sacerdote, e seu trabalho, sublime oferenda. Eis a receita para você agir no sentido de libertar-se:

(a) com as diversas práticas de Yoga que lhe serão ensinadas, procure "fritar as sementes", isto é, esterilizar o samcita karma, ou seja, os resíduos deste e de outras existências anteriores;
(b) para exaurir o prarabdha karma, enquanto pagar dívidas, aceite a dor com equanimidade, cultive fé, paciência, coragem e, em qualquer circunstância, dê louvores ao Senhor;
(c) faça de suas ações e de seu trabalho de agora (vartamana ou agami karma) bênçãos ao próximo e amorosas oferendas a Deus. (...)" 

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 74/76)


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

TOMEM REFÚGIO EM DEUS

"DEUS É A ÁRVORE dos desejos. Tudo que o homem pedir, Ele lhe concederá. Mas, tal é o jogo de maya, que o homem não quer encontrar o oceano de felicidade de Deus. Em vez disso, arrastado pelo turbilhão das coisas mundanas, ele se sufoca e pensa que é feliz. Finalmente, depara-se com os sofrimentos do mundo e sente que sua vida foi em vão. Vocês estão sentados sob a árvore dos desejos. Peçam para se tornarem divinos e serão divinos. Peçam para se tornarem brutos e brutos se tornarão.

No reino de maya existe vidya (o que conduz o homem a Deus) e avidya (o que o afasta de Deus). Vidya é discernimento espiritual e renúncia. Procurar refúgio em vidya é o mesmo que procurá-lo em Deus, enquanto avidya, feita de luxúria, ira, ambição, egoísmo, apego e inveja, arrasta o homem ao nível de um bruto. Se cultivarem o discernimento e a renúncia, avidya será destruída. Se se renderem a ela, Deus permanecerá afastado e o sofrimento será sua sina. Vidya e avidya coexistem e o homem tem o poder de escolher uma ou outra. Dependendo da natureza da escolha, sua vida será um êxito ou um fracasso e ele colherá os frutos dessa opção. 

Por que culpar Deus pelos sofrimentos? Dominado pelas paixões do momento, o homem nunca se detém para discernir, e o sofrimento que se segue acaba sendo criado por ele mesmo. Coloquem a mão no fogo e ela será queimada. Será culpa do fogo? Sri Ramakrishna costumava dizer: "O lampião ilumina todos. Sob sua luz uma pessoa pode ser as escrituras sagradas e outra falsificar um cheque. Será isso culpa do lampião?"

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo - p. 279)


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SOMOS COMPLETAMENTE DEPENDENTES DE DEUS


“Como ser mortal, temporal, por que deve o homem pensar que tem direito automático às coisas deste mundo? Ele nem sabe por que veio ao mundo, nem quando o deixará. Somos completamente dependentes de Deus, que nos trouxe aqui. Estamos na Terra para cumprir, o melhor que pudermos, os deveres concedidos por Deus e para depositar os resultados a Seus pés. Somos sustentados por Deus durante cada momento de nossa existência; não só agora, mas por toda a eternidade. Que tristeza quando o homem abandona o próprio Ser que lhe dá a vida!

“Dê tudo a Deus”, dizia Guruji, “até a responsabilidade por seus atos. Ele quer que você O considere responsável, pois Ele é o verdadeiro Autor de tudo por intermédio de você. Você tem procurado roubar Dele tanto os frutos de suas ações quanto a responsabilidade de executá-las.” De manhã, de dia e de noite, o homem comum se envolve com “eu, mim, meu”. Em contraste, como é admirável, como é inspiradora a doce humildade de nosso Guru! Quando alguém o elogiava, um sorriso inefavelmente meigo vinha furtivamente à sua face, e ele dizia: “É Ele que é o Autor, não eu”.

Paramahansaji ensinava: “Quando morrer este ‘eu’, então saberei quem sou Eu”. Quando a consciência do ego se for, pode-se viver em verdade nesta percepção: “Senhor, se faço algum bem neste mundo, é por Tua causa. Perdoa-me, por favor, pelos erros que cometo, e ajuda-me a fazer melhor na próxima vez.”

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realizatio Fellowship - p. 119/120)


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - III

"Aprende que não há cura para o desejo, que não há cura para a busca de recompensa, que não há cura para o sofrimento de estar ansioso por algo, a não ser fixando a visão e a audição naquilo que é invisível e inaudível. 

O homem tem de acreditar na sua capacidade inata de progredir, não deve se atemorizar ao considerar a grandeza da sua natureza superior nem se deixar arrastar pelo seu eu inferior ou material. (...)

A força de vontade para seguir adiante é a primeira necessidade daquele que escolheu seu caminho. Onde pode ela ser encontrada? Olhando-se ao redor não é difícil ver onde outros homens encontraram sua força. A sua fonte é a convicção profunda.

Abstém-te porque é correto o abster-se - não para te conservares limpo.

O homem que luta contra si mesmo e vence a batalha só pode fazê-lo quando sabe que naquela luta ele está fazendo aquilo que vale a pena ser feito.

"Não resistas ao mal", isto é, não te queixes nem te irrites com as vicissitudes inevitáveis da vida. Esquece de ti mesmo (servindo aos outros). Se os homens maltratam, perseguem ou enganam os seus semelhantes, por que resistir? Na resistência criamos males ainda maiores. (...)

O melhor remédio para o mal não é a repressão, mas a eliminação do desejo, e isso pode ser melhor alcançado mantendo-se a mente constantemente fixa em coisas divinas. O conhecimento do Eu Superior é solapado quando se deixa a mente comprazer-se com os objetos dos sentidos desgovernados.

Nossa própria natureza é tão vil, orgulhosa, ambiciosa, e tão cheia de seus próprios apetites, julgamentos e opiniões, que se as tentações não a dominassem, ela se deterioraria irremediavelmente; portanto somos tentados até o fim para que possamos conhecer a nós mesmos e ser humildes. Sabe que a maior das tentações é a de não ter tentação alguma, por esse motivo alegra-te quando elas te assaltarem, e com resignação, paz e constância, resiste a elas.

Sente que tu não tens que fazer nada para ti mesmo, mas que certas tarefas são designadas para ti pela Divindade, as quais tu tens de cumprir. Deseja Deus, e não algo que Ele possa proporcionar-te.

Tudo o que deva ser feito, tem de ser feito, mas não com o propósito de satisfazer-se com o fruto da ação.

Se todas as ações de uma pessoa forem executadas com a plena convicção de que não têm qualquer valor para o agente, mas que devem ser efetuadas simplesmente porque têm de ser feitas - em outras palavras, porque está em nossa natureza agir - então a personalidade egoísta em nós se enfraquecerá cada vez mais, até que chegue a apaziguar-se, permitindo ao conhecimento revelar o Eu Verdadeiro a brilhar em todo seu esplendor. Não se deve permitir que a alegria ou a dor afaste a pessoa de seu firme propósito. 

Até que o Mestre te escolha para vir a Ele, esteja com a Humanidade, trabalhando de modo altruísta pelo seu progresso e evolução. Somente isto pode trazer verdadeira satisfação. 

O conhecimento aumenta na proporção de seu uso - isto é, quanto mais ensinamos mais aprendemos. Portanto, Buscador da Verdade, com a de uma criancinha e a vontade de um Iniciado, compartilha daquilo que tens com aquele que nada possui para confortá-lo em sua jornada. 

Um discípulo tem de reconhecer de maneira inequívoca que a própria idéia de direitos individuais nada mais é que a manifestação da natureza venenosa da serpente do eu. Ele jamais deverá considerar outro homem como alguém passível de ser criticado ou condenado, nem tampouco poderá o discípulo elevar sua voz em autodefesa ou desculpa.

Nenhum homem é teu inimigo; nenhum homem é teu amigo. Todos são igualmente teus instrutores.

Não mais se deve trabalhar para ganhar qualquer benefício, temporal ou espiritual, mas tão somente para cumprir a lei da existência que é a justa vontade de Deus."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 34/45)


sábado, 17 de novembro de 2012

PACIÊNCIA



“Se te contentas com os frutos ainda verdes, toma-os. Leva-os, quantos quiseres.

Se o que desejas, no entanto, são os mais saborosos, maduros, bonitos e suculentos, deverás ter paciência.

Senta-te sem ansiedades.

Acalma-te.

Ama, perdoa, renuncia, medita.

E guarda silêncio.

Aguarda.

Os frutos vão amadurecer.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - 94)