OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


Mostrando postagens com marcador masculino. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador masculino. Mostrar todas as postagens

sábado, 19 de dezembro de 2015

A ESPIRITUALIDADE E O FEMININO (PARTE FINAL)

"(...) Durante toda a vida busquei o motivo para a identificação do masculino com a espiritualidade máxima e as características que estariam ligadas à espiritualidade feminina. A busca histórica revelou os arquétipos que foram construídos através dos tempos. Descobri que a primeira concepção humana de Deus foi feminina. Nos cantos mais distantes da Terra, onde surgiram as mais antigas civilizações, lá está a Deusa-Mãe. Ainda que rudemente talhada por uma civilização nascente, a Mãe, o maior arquétipo de todos, é a divindade máxima. É dela que vêm os seres, e é para ela que retornam. A mulher, sua sacerdotisa, é a conexão do mundo físico com o mundo divino, a representante da Deusa-Mãe, pois é através dela que os seres nascem. A vida, sua concepção e morte, tudo é um grande mistério. O céu estrelado é o manto da Mãe, as árvores, plantas, frutos e animais são o seu reino, os seus símbolos. Ela lida com a terra e descobre os segredos das plantas, inventa a medicina. 

O reinado feminino acaba quando o homem descobre o seu papel na fecundação e perde o medo de impor as regras pela força física, mas o símbolo da mulher permanece nas deusas de todas as civilizações onde há uma representação divinizada do feminino. As madonas são a expressão do amor que cada mãe dedica aos seres que coloca no planeta. As madonas negras demonstram a antiguidade do culto, lembrando a terra e uma humanidade que, segundo a ciência, nasceu negra. O papel da mãe na família é fundamental. Sua reza acompanha e guarda os filhos em segurança. É a proteção segura do amor verdadeiro e dedicado, verdadeira magia, incontestável. 

Um outro aspecto do feminino na espiritualidade é a dedicação ao outro, uma expansão do amor materno voltado para a caridade e para o próximo. Um exemplo recente é Madre Teresa de Calcutá, cuja importância do trabalho realizado para os necessitados foi reconhecida até por grupos religiosos não católicos, mesmo os que não costumam dar espaço às mulheres. Ela representa outro importante arquétipo do feminino que sempre foi respeitado e aceito, levado à sua expressão máxima e indiscutível. 

Outro arquétipo é o da beleza; existem deusas que representam esse aspecto. Apesar de ter sido explorado na sua expressão mais física em templos da antiguidade, onde havia a 'prostituição sagrada' em benefício dos templos, o conceito de beleza e de sabedoria está ligado ao feminino. Sócrates descreve o ensinamento que recebeu da sacerdotisa Diotima sobre a busca da beleza, em que o interesse humano é despertado pelos dotes físicos, cresce em direção à contemplação da beleza da alma, dos belos ideais, chegando à realização da beleza em si e à descoberta da divindade. Deusas representam as artes, a sabedoria e a beleza na Grécia, em Roma, na Índia e outros lugares do mundo."

(Regina Celi Medina - A espiritualidade e o feminino - Revista Sophia, Ano 11, nº 43 - p. 15/16)


quarta-feira, 30 de julho de 2014

UM PRESENTE DA ALMA (2ª PARTE)

"(...) Recolher-se, entrar no silêncio, refletir como a lua, ser, é feminino. Lançar-se no mundo, criar e expressar quem somos, brilhar como o sol, fazer, é masculino. Precisamos do equilíbrio desses dois. Quando a inspiração e a orientação interiores estão equilibradas pelo atendimento às necessidades do mundo, encontramos equilíbrio e harmonia.

Receber é feminino, doar é masculino. Precisamos receber para sermos capazes de doar. Para receber precisamos abrir nossos corações, sermos vulneráveis. Permita que sua taça transborde com os tesouros do céu e da terra, e enquanto você continuar passando esses tesouros adiante, sua taça estará constantemente cheia. Para todo amor que se dá, recebe-se amor.

Em nossas mentes refletimos a luz consciente do masculino sobre o inconsciente feminino, trazendo-o à luz do dia. Vemos aquilo que precisa ser curado. Os relacionamentos com os outros nos mostram nossas crenças limitantes, nosso condicionamento e nossa antiga maneira de ser. É no relacionamento com os outros que verdadeiramente chegamos ao correto relacionamento com nosso eu. Ao unir masculino e feminino, yin e yang dentro de nós, somos capazes de atrair parceiros às nossas vidas que nos auxiliam a nos pôr em equilíbrio.

Como mulheres encontramos o homem com quem podemos entrar em contato, permitindo que o divino feminino, a energia da alma, flua para o mundo, nutrindo e alimentando. Ele nos fixa no mundo físico, e nos sentimos conectadas. Como homens, encontramos a mulher que nos permite ser tudo que somos, permite-nos criar poderosamente através da conexão com nossas almas, com o espírito, e servir ao mundo provendo exatamente aquilo que é necessário, aquilo que estamos aqui para fazer.

Assim, aprendemos como manter corretas relações no nível profundo com outro ser humano. Encontramos equilíbrio e harmonia através do dar e receber, ao verdadeiramente ouvir e falar nossa verdade a partir de nosso coração, sendo verdadeiros com aquilo que somos e dando vez para que uma outra pessoa conecte-se com tudo que somos. (...)"

(Teresa McDermott - O Segredo dos relacionamentos corretos - Revista Sophia, Ano 10, nº 40 - p.28/29)