OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O PRINCÍPIO DO MENTALISMO

'O TODO é MENTE; o Universo é mental'
(O Caibalion)

"Este Princípio contém a verdade que Tudo é Mente. Explica que o TODO (que é a realidade substancial que se oculta em todas as manifestações e aparências que conhecemos sob o nome de Universo Material, Fenômenos da Vida, Matéria, energia, numa palavra, sob tudo o que tem aparência aos nossos sentidos materiais) é ESPÍRITO, é INCOGNOSCÍVEL e INDEFINÍVEL em si mesmo, mas pode ser considerado como uma mente VIVENTE INFINITA E UNIVERSAL. Ensina também que todo o mundo fenomenal ou universo é simplesmente uma Criação mental do TODO, em cuja Mente vivemos, movemos e temos a nossa existência. Este princípio, estabelecendo a Natureza Mental do Universo, explica todos os fenômenos mentais e psíquicos que ocupam grande parte da atenção pública, e que, sem tal explicação, seriam ininteligíveis e desafinariam o exame científico. A compreensão deste Princípio hermético do Mentalismo habilita o indivíduo a abarcar prontamente as leis do Universo Mental e aplicar o mesmo Princípio para a sua felicidade e adiantamento. O estudante hermetista ainda não sabe aplicar inteligentemente a grande Lei Mental, apesar de empregá-la de maneira casual.

Com a Chave-Mestra em seu poder, o estudante poderá abrir as diversas portas do templo psíquico e mental do conhecimento e entrar por elas livre e inteligentemente. Este Princípio explica a verdadeira natureza da Força, da Energia e da Matéria, como e por que todas elas são subordinadas ao Domínio da Mente. (...) Sem esta Chave-Mestra, o domínio é impossível, e o estudante baterá em vão nas diversas portas do Templo."

(Três Iniciados - O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia – Ed. Pensamento, 2006, São Paulo - p. 13/19)


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS SOBRE O KARMA

"Para compreender o karma, o estudante deve começar com uma visão clara de certos princípios fundamentais, porque a ausência de tais princípios provoca em muito deles constante perplexidade e infinitas perguntas que não podem ter respostas completas sem que suas bases concretas sejam estabelecidas. (...)

A concepção fundamental, sobre a qual repousa todo o pensamento posterior correto sobre o karma, é a de que o karma é lei – lei eterna, imutável, invariável, inviolável, lei que jamais pode ser rompida e que faz parte integrante da natureza das coisas. A ignorância dessa concepção é que leva o teosofista mal-informado a dizer: ‘Você não deve interferir no seu karma’.

Entretanto, sempre que uma lei natural se manifestar, você deve interferir nela tanto quanto puder. Jamais ouvirá alguém lhe dizer: ‘Você não deve interferir na lei da gravidade.’ Compreende-se que a gravidade é uma das condições que a pessoa precisa saber avaliar, a fim de ter total liberdade para se opor a qualquer inconveniente que ela possa causar, contrapondo-lhe outra força, construindo uma base segura para aquilo que, de outra maneira, viria a cair por terra sob a ação da gravidade, ou por outro motivo qualquer.

Quando uma condição da natureza nos incomoda, usamos nossa inteligência para fugir dela, e ninguém sonharia, sequer, em nos dizer que não devemos ‘interferir’ ou modificar qualquer condição que nos desagrade. Só podemos interferir quando temos conhecimento, pois não há possibilidade de aniquilar qualquer força natural, nem de evitar que ela se manifeste. Podemos, entretanto, neutralizá-la, podemos desviar sua ação se tivermos força suficiente para tanto. Embora não possamos abater, em nosso benefício, uma só partícula dessa atividade, podemos resistir, nos opor, nos desviar dela, de acordo com o conhecimento que temos de sua natureza e de sua ação, segundo os meios de que dispomos."

(Annie Besant - Os Mistérios do Karma e a sua Superação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2010, p.11)

domingo, 15 de dezembro de 2013

SEM COMUNICAÇÃO, AUMENTA A INCOMPREENSÃO (PARTE FINAL)

"(...) Uma dificuldade com a maioria de nós é que estamos tão ocupados em fazer prevalecer nosso próprio ponto de vista, tentando convencer disso a outra pessoa, que não lhe damos a oportunidade de manifestar a sua opinião. Quando você tiver dificuldades com alguém, sempre lhe dê atenção suficiente, deixando que ele 'desabafe'. Não importa quão detestável, emotivo, ele seja, não o interrompa. Deixe-o falar. A seguir, responda com tranquilidade e gentileza. Mesmo que possa estar dizendo as coisas mais cruéis sobre você, escute-o com respeito ao mesmo tempo em que interiormente diz a Deus: 'É assim mesmo? Estou interessado na verdade. Se sou assim, Tu deves ajudar-me, Senhor, a superar minha falha e modificar-me.' Mas se a pessoa for abusada a ponto de esquecer as conveniências e ofender princípios espirituais, e não apenas o ego e o orgulho pessoal, é nosso dever resistir com a mesma tenacidade do aço. Ofender princípios divinos é ofender a Deus, e nunca devemos ser cúmplices nisso. Jesus nunca se defendeu, mas foi enérgico em atos e palavras quando a retidão era violada.

Nosso dever como filhos de Deus neste mundo, portanto, é buscar a compreensão: compreensão de si mesmo, dos outros, da vida e, acima de tudo, de Deus. Este mundo poderá ser um lugar melhor somente quando reinar a compreensão no coração e na mente das pessoas. Os indivíduos precisam aprender a conviver uns com os outros antes que as nações algum dia possam ter a esperança de consegui-lo."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 47/48)


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS TEOSÓFICOS

"Compare as vidas não apenas das massas, mas também daquelas que são chamadas classes média e alta, com o que elas deveriam ser sob condições mais saudáveis e nobres, onde a justiça, a benevolência e o amor fossem supremos, ao invés do egoísmo, indiferença e brutalidade que hoje parecem reinar de maneira absoluta. Todas as coisas boas e más na humanidade têm suas raízes no caráter humano, e esse caráter é e tem sido condicionado pela cadeia interminável de causa e efeito. Mas esse condicionamento aplica-se ao futuro da mesma forma que ao presente e ao passado. O egoísmo, a indiferença e a brutalidade nunca poderiam ser o estado normal da raça – acreditar nisso seria perder as esperanças na humanidade – e isso nenhum teósofo pode fazer. O progresso somente pode ser alcançado pelo desenvolvimento das qualidades mais nobres. Ora, a verdadeira evolução nos ensina que, alterando o ambiente do organismo, podemos melhorar e alterar o organismo; e no sentido mais estrito isso é verdade em relação ao homem. Todo o teósofo, portanto, está comprometido a dar o melhor de si para ajudar, por todos os meios possíveis, todo esforço social sábio e bem direcionado que tenha como objetivo o melhoramento da condição dos pobres. Tais esforços devem ser feitos tendo em vista a emancipação social definitiva, assim como o desenvolvimento do senso do dever naqueles que agora, com tanta frequência, o negligenciam em quase todos os aspectos da vida."


(H. P. Blavatsky - A Chave para a Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 205)



sábado, 12 de outubro de 2013

PRÁTICA ESPIRITUAL

"O estudo sempre foi necessário para todos aqueles que desejam trilhar a senda da espiritualidade. Faz parte do processo de compreensão de nós mesmos, e do mundo a partir de um ponto de vista espiritual. O estudo persistente e regular serve a vários propósitos.

Inicialmente, através do estudo de filosofia esotérica e teosófica, podemos aprender sobre os princípios da natureza que governam tanto a nós como ao cosmo. A nossa visão do mundo expande-se quando vemos toda a vida como fazendo parte de uma realidade subjacente, na qual tudo está relacionado. Passamos a compreender as leis que se encontram em um nível mais profundo, subjacente ao mundo visível dos fenômenos como a Lei da Periodicidade, o Princípio da Evolução da Consciência, bem como da forma, a polaridade encontrada em toda parte da natureza e em nós mesmos. Passamos a perceber o papel da vida humana (e de nossas próprias vidas) no grande esquema do desenvolvimento progressivo no qual participamos. Gradualmente, esta perspectiva mais ampla dá-nos uma visão de nós mesmos e dos propósitos de nossas vidas, oferecendo um contexto para desenvolvermos valores e objetivos. Através desta visão podemos alcançar uma perspectiva expandida da natureza de nós mesmos."

(Shirley Nicholson - a Vivência da Espiritualidade - Ed. Teosófica, 1996 - p. 22/23)


quarta-feira, 2 de outubro de 2013

SATSANGA (COMPANHIA DOS HOMENS SANTOS)

"Satsanga ou companhia dos homens santos é um outro modo de conquistar a mente, portanto, a saúde e a paz. Dos homens santos e sábios temos não somente palavras e exemplos que nos encaminham para a santidade e a sabedoria, mas também algo imponderável, imaterial, que conforta e nos torna melhores do que somos. Todos eles têm em torno de si uma aura de luz, inteligência, pureza, energia e santidade, que se irradia em todas as direções. Escutá-los, vê-los, estar perto de um deles é bênção. Da mesma forma e na mesma medida em que estar em companhias degradantes é corrupção. A presença de um homem de Deus cura enfermos e transforma pessoas. 

Selecione suas companhias. Se não conhece nenhum homem realizado espiritualmente, prefira a companhia pelo menos de quem é física, moral e psiquicamente sadio. Evite as pessoas sem paz, sem bondade, sem princípios, sem objetivo na vida, pelo menos enquanto você não tem algo para lhes dar. Estar em companhia de beberrões é um passo dado na direção do alcoolismo. Evite-os. Evite os que jogam. Evite os viciados em entorpecentes. Evite os maldizentes, corruptos negativistas, sensuais, promíscuos intrigantes, perversos, inescrupulosos, egoístas, vazios, vaidosos...

É para fazer satsanga, que você deveria comparecer aos cultos públicos de sua igreja, aos concertos, aos centros de estudos, onde se cultiva a vida espiritual. É sinal de alarme você achar prazer em estar junto de pessoas vulgares, orgulhosas, maledicentes, ignorantes, esnobes, dadas à vida perversa ou vazia. Na mesma medida em que é bom sinal sentir-se feliz em presença de pessoas que se dedicam à busca de Deus e dos valores espirituais.

A bondade e a maldade são mais contagiantes do que os resfriados. Analise os grupos de que você faz parte. Procure assinalar os sentimentos, interesses, as emoções e as conversas dominantes. Exclua-se daqueles que se comprazem com vulgaridades, luxúria, baixezas. Recuse-se a integrar as rodas de maledicência, vícios e hedonismo grosseiro. Já estou lendo seu pensamento que está indagando, com desalento: 'E onde vou encontrar uma turma sadia, espiritualizada, otimista, generosa?!...' Você tem razão. Não é fácil, mas impossível não é. Sua igreja pode ser uma solução."

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 228/229)


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

UMA MUDANÇA EM NOSSO MODO DE PENSAR TRARÁ DEUS PARA MAIS PERTO

"Porque Deus é, nós somos. Ele é o único princípio da vida; fora Dele, nada existe. Conclui-se logicamente que somos parte Dele. O sentimento de estar separado de Deus é uma ilusão. Podemos ajudar a destruir essa ilusão ao mudar o nosso modo de pensar. Não importa o que estejamos fazendo, a mente sempre está pensando em algo. Então, que sua mente pense em Deus e fale com Ele internamente.

Enquanto externamente está cuidando do corpo, por exemplo, pense interiormente: 'Este corpo é o templo de Deus. Nada tenho a ver com ele, exceto tomar conta dele para que Deus o use da maneira que desejar. De que forma Ele vai usá-lo, ou se Ele vai sustentá-lo ou não, é assunto Dele, não meu. Tomarei cuidado em relação à saúde deste corpo, não porque esteja interessado nele, ou porque seja algo a que eu esteja preso ou queira me apegar, mas porque o estou mantendo para Ele.'

Ao fazermos um esforço para manter nossa mente em Deus enquanto cumprimos nossas obrigações, não devemos naturalmente nos distrair, mas de vez em quando a mente deve dizer: 'Senhor, se não fosse Tua energia e inteligência que fluem através deste veículo, eu nada poderia fazer'. Quando desenvolvemos, na meditação profunda, a comunhão íntima com Deus, nossa mente pode submergir em Deus, podemos conversar mentalmente com Ele, não importa o que estejamos fazendo. Isso é expresso por Paramahansa Yogananda em seu lindo poema 'Deus! Deus! Deus!': 'Ao despertar, comer, trabalhar, sonhar, dormir, servir, meditar, cantar, amar divinamente (a todos meus amados), minha alma sussurra o tempo todo, sem ninguém a ouvir: Deus! Deus! Deus!' Paramahansaji viveu assim toda a sua vida. É possível fazer isso. Quando há uma constante lembrança de Deus, um dia, de repente, Ele responderá. Então, que alegria inunda todo o ser! Essa alegria sustenta o devoto na senda espiritual."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 127/128)


sábado, 31 de agosto de 2013

OBJETIVO DA RELIGIÃO

"A religião é para ser realizada agora. Vir a ser religioso significa escalar o próprio caminho, percebendo e compreendendo as coisas por si mesmo. Em épocas remotas havia um grande número de profetas em todos os povos. Tempo virá em que profetas caminharão pelas ruas de cada cidade do mundo. Haveremos de compreender que o segredo da religião consiste em ser capaz, não só de pensar e repetir todos esses pensamentos, mas de realizá-los, descobrir outros, novos e sublimes, nunca antes descobertos e oferecê-los à sociedade. O estudo das religiões deveria dedicar-se à formação de profetas. Escolas e faculdades deveriam ser seus campos de treinamento. Até que um homem se torne profeta, a religião é uma paródia. Devemos encarar, sentir e realizar a religião com intensidade mil vezes maior do que percebemos uma parede. (...)

Os prodigiosos princípios, o escopo e o plano da religião já foram descobertos há milênios, quando os homens encontraram as palavras últimas, como são chamados nos Vedas, ‘Eu sou Ele’ – a verdade de que existe o Único, em quem este universo inteiro de matéria e mente encontra sua unidade, a quem chama de Deus ou Brahman, Alá, ou Jeová, ou qualquer outro nome. Não podemos ir além disso. O grande princípio já foi traçado por nós. Cabe-nos aprender a respeito dele, executá-lo e aplicá-lo a cada segmento de nossas vidas. Temos de trabalhar agora para que cada um de nós se torne um profeta."

(Swami Vivekananda - O que é Religião - Ed. Lótus do Saber, Rio de Janeiro, 2004 - p. 9/11)


domingo, 4 de agosto de 2013

BUSCANDO A VERDADE (1ª PARTE)

"Devemos descobrir a Verdade dentro de nós mesmos, Ela deve resultar de nossa experiência e não de nossa crença.

Experienciar a Verdade é compreender um princípio. Essa compreensão nos chega num lampejo súbito, infinito. Um minuto e não entendemos, e no minuto seguinte entendemos. Não existe tempo mensurável entre saber e não saber. Quando tal insight ilumina a mente, a crença é substituída pela compreensão. O resultado desse lampejo intuitivo é uma experiência de integração, totalidade, paz, e em alguns casos até mesmo bem-aventurança. Por um momento infinito, podemos dizer que nossa mente tornou-se una com a Mente Universal, com a própria Verdade. Conhecedor e conhecido tornaram-se um e não há mais eu e a verdade, mas apenas Verdade. 

Dizer que a Verdade deve ser experienciada não é dizer que o conhecimento intelectual não seja importante. Existem muitos fatos críticos importantes que devemos aprender, tais como o endereço de nossa casa, o número de quilômetros entre nossa cidade e aquela que vamos visitar, ou onde guardamos nosso casaco. Existem, porém, outros tipos de conhecimento que adquirimos somente por meio da experiência. Por exemplo, podemos ler livros sobre como andar de bicicleta, mas jamais seremos capazes de verdadeiramente fazê-lo, a não ser que peguemos uma bicicleta e aprendamos a manejá-la por meio da tentativa e erro. Contudo, acreditar em algo simplesmente porque alguém nos disse é muito semelhante a ler livros ou andar de bicicleta, lembrando o que foi dito, e pensando que sabemos andar de bicicleta. 

Não estamos livres dos séculos durante os quais a humanidade foi condicionada a confiar numa autoridade em vez de descobrir por si mesma. Nós, também, tendemos a acreditar naquilo que nos dizem aquelas pessoas a quem admiramos, ou aquelas que parecem saber o que seja a verdade. Também frequentemente confiamos em alguma autoridade. (...)"

(Ed Abdill - Revista TheoSophia Abril/Maio/Junho de 2010 - Pub. Sociedade Teosófica no Brasil - p. 49)


segunda-feira, 8 de julho de 2013

A TEOSOFIA NO LAR (1ª PARTE)

"O que é a família à luz das verdades teosóficas? A família é um ponto de encontro de almas, com o objetivo de se ajudarem reciprocamente no caminho da perfeição. Nenhum indivíduo chega a uma família, simplesmente, por acaso. Os mais velhos e os mais jovens, os donos da casa e os seus auxiliares, os hóspedes e até os próprios animais domésticos encontram-se reunidos numa família, porque cada um desses seres deve ajudar os demais e necessita, por sua vez, do auxílio deles. No Plano Divino, nada existe que se pareça com o que denominamos sorte; todos os indivíduos de uma família fazem parte dela, por um longo ou curto período, porque podem cooperar para o bem-estar dos demais membros. Cada um tem um papel definido na família, e o desenvolvimento de sua alma está condicionado à maneira como desempenhar esta missão, utilizando o máximo de sua capacidade. O lar é um lugar de crescimento e o lar ideal é aquele em que as condições são tais que permitam aos que nele habitam atingir sua perfeição, o mais rapidamente possível.

No lar existem vários aspectos da vida e cada um deles é afetado pelos princípios teosóficos. O que pode dizer a Teosofia, com referência às relações que existem entre os pais e os filhos, entre o marido e a mulher, entre o dono da casa e os empregados, entre o anfitrião e o hóspede?

Analisemos, em primeiro lugar, a relação entre pais e filhos. A criança possui uma dupla natureza: em primeiro lugar, como uma alma e, em segundo, como um corpo. Os pais proporcionam somente o corpo; a alma da criança vive sua vida independentemente e toma posse desse corpo somente porque espera evoluir através dele. É apenas em relação ao corpo da criança que os pais são os mais velhos; mas, como alma, ela é igual a seus pais, e, em muitas ocasiões, mais preparada, mais evoluída, mais sábia que eles. Portanto, a criança não pertence a seus pais; eles são apenas os guardiões de seu corpo, enquanto a alma não puder dirigi-lo plenamente durante a infância e a adolescência.

As palavras "meu filho" não lhes dão direito algum sobre o destino da criança, mas apenas o privilégio de colaborar na evolução de uma alma irmã. À medida que os pais evoluem, aprendendo a auxiliar os seus semelhantes, uma alma irmã lhes é enviada como filho.

Durante o tempo da infância, o dever dos pais é ajudar a alma da criança a dominar plenamente o seu corpo e capacitá-la assim a cumprir sua missão. Essa alma traz muitas experiências de vidas passadas e ela está se preparando para um grande trabalho no futuro distante. Ela nasce numa determinada família, porque esse ambiente é ao mesmo tempo o que ela merece e o que vai lhe proporcionar as experiências necessárias a seu desenvolvimento. O dever dos pais é ajudar a criança a adquirir essas experiências. (...)"

(C. Jinarajadasa - Teosofia Prática - Ed. Teosófica, Brasília - p. 11/13


terça-feira, 23 de abril de 2013

SÁBIO É AQUELE

"Que podendo enganar não engana

que podendo mentir não mente

que podendo explorar não explora

que podendo iludir não ilude

que podendo descansar faz de seu descanso uma obra-prima em trabalho,

que podendo perverter o mundo, melhora-o

que tem para dar e dá

que aprendeu a viver e ensina com exemplos e não com palavras ocas,

que a complexidade do artifício não o deixa perverter os bons princípios da vida,

que o ignorante nunca atinge.

Sábio é aquele:

que sabe que todo ato impensado é passageiro e que os princípios básicos da vida são eternos."

(A Essênca da Sabedoria - A Arte de Viver - p. 17 - In: Coragem para Viver, Roberto Sganganelli, Ed. Culturama, São Paulo, 1972)


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

OS QUATRO PRINCÍPIOS PARA AUXILIÁ-LO A ALCANÇAR A PAZ INTERIOR


“Ao aderir a quatro princípios apenas, o devoto pode encarar com êxito quaisquer dificuldades que porventura encontrar, quer em seu sadhana¹ espiritual, quer nos assuntos ordinários da vida.

Primeiro vem a fé em Deus. Em qualquer provação, empenhe-se por obter fé; esta se desenvolve quando se faz de Deus a estrela polar de sua vida. Reze na meditação e sempre que um problema vier à mente. “Meu Deus, Tu és. Sei que me ajudarás nesta grande provação.” Deus conhece suas necessidades, e para Ele nada é impossível. A fé vincula sua necessidade à onipotência Dele.

O segundo princípio é meditar profundamente e orar pela orientação e ajuda de Deus, ao mesmo tempo em que você luta para se libertar de tudo que lhe esteja causando aflição. Ele quer ajudá-lo e, quando você é preceptivo, será orientado por Ele.

O terceiro ponto é a entrega. “Senhor, faça-se a Tua vontade.” Entregar-se à vontade de Deus é essencial no caminho espiritual. Aconteça o que acontecer, seja em relação ao corpo ou ao trabalho, seja em relação a algum outro interesse, ore para que se faça a vontade divina, porque a vontade Dele é guiada pela sabedoria. Podemos pensar que a satisfação de um desejo particular é extremamente importante para nossa felicidade, mas se apenas pedimos para Deus nos ajudar e satisfazer nossos próprios desejos, ainda não estamos vendo com os olhos da sabedoria. Devemos permitir que ele faça conosco o que decidir, será sempre para nosso maior bem. Depois de orar para que Deus nos guie, e dando o melhor a nosso alcance para obter o resultado correto, devemos mostrar a Deus que aceitamos Sua vontade em todas as coisas.

A última regra é relaxar e esquecer o problema. Largue-o nas mãos de Deus. Depois de ter feito o melhor que pôde, recuse-se a ficar preocupado. É possível ficar tão atolado no trabalho e nas preocupações que você nem consegue dormir. Quando, porém, colocamos nossos fardos nos ombros de Deus, como nossa mente fica relaxada e em paz!

Esses são os quatro passos para ajudá-lo a manter a paz interior e alcançar um relacionamento mais profundo com Deus. Eles também lhe permitirão lançar fora da mente tudo que o esteja perturbando e impedindo-o de meditar profundamente.”

1 Caminho da disciplina espiritual.

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 72/73)