OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 26 de novembro de 2013

BHAGAVAD GITA (1ª PARTE)

"O Bhagavad Gita é amplamente aceito como uma das grandes escrituras da humanidade. Ele contém um apelo universal. Trata da reorganização construtiva da vida, e explica como um homem deve cumprir seus afazeres e ao mesmo tempo compreender seu destino espiritual.

A mensagem principal do Bhagavad Gita é simples: uma pessoa deve cumprir suas obrigações. Se não, incorre em erro. A ação é a lei da vida; sem ação é impossível viver.

Krishna diz que, no caminho espiritual, não é preciso renunciar à ação; as ações executadas com dedicação e atitude adequada ajudam a conduzir a mente ao conhecimento.

Quando o trabalho é feito sem motivação egoísta, torna-se uma forma de adoração. O Bhagavad Gita enfatiza que o mesmo esforço deve ser feito no trabalho para si próprio ou para os outros, e que o esforço deve ser o mesmo, independente do trabalho.

O trabalho deve ser feito com amor. Todos os deveres são igualmente importantes; quando são cumpridos sem motivações egoístas, a ação torna-se uma expressão de amor. O trabalho dedicado remove todas as impurezas da mente. (...)"

(R. K. Langar - Bhagavad Gita - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 43)


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ONDE O SENHOR PENSA QUE ESTÁ?

"Um homem morreu e viu que se encontrava em um bonito lugar, cercado de todo o conforto que se podia imaginar. Então um sujeito todo vestido de branco se aproximou dele e lhe disse: 'Você pode ter tudo o que quiser, qualquer alimento, qualquer tipo de prazer, qualquer espécie de entretenimento.'

O homem ficou encantado e, durante dias seguidos, provou de todas as iguarias e teve todas as experiências com que havia sonhado na sua vida na Terra.

Um belo dia, porém, ficou enfastiado de tudo aquilo e, chamando o atendente disse:

'Estou cansado disso tudo aqui. Preciso fazer alguma coisa. Que tipo de trabalho você pode me oferecer?'

O atendente balançou tristemente a cabeça e respondeu:

'Sinto muito, senhor. Mas isso é a única coisa que não podemos lhe oferecer. Aqui não existe nenhum trabalho para o senhor.' Ao que o homem replicou: 'Ah, isso é ótimo! Eu estaria bem melhor no inferno!'

E o atendente disse tranquilamente: 'E onde o senhor pensa que estamos?'"

(Autor anônimo - A Essência do Otimismo - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 115)
www.martinclaret.com.br


TREINANDO O DESAPEGO

"Uma maneira de cultivar o desapego é adotar a atitude de ‘nada é meu’, mas tudo me foi ‘emprestado’. Isso se aplica às nossas posses, crenças, atitudes, emoções e aos nossos relacionamentos. Todos estes são condições temporárias originárias de circunstâncias transitórias. Não são nós mesmos. A nossa verdadeira identidade está naquele centro interno de tranquilidade, de observador silencioso, de alma, que é imutável em meio a todas as mudanças da vida. Se pudermos treinar a mente e as emoções para não se apegarem a coisas externas e nem mesmo a estados internos, estaremos libertando a personalidade de todas as identificações com coisas menores e preparando o caminho para que ela se abra às influências da alma. É como vivermos em uma fluida fonte pura de água fresca ao invés de permanecermos atrapalhados com os estagnantes torvelinhos de nossos padrões de hábitos."

(Shirley Nicholson - A Vivência da Espiritualidade - Ed. Teosófica, Brasília, 1996 - p. 81/82)


domingo, 24 de novembro de 2013

O LONGO CAMINHO PARA A INDIVIDUALIZAÇÃO



"2 – Dentre as criaturas sensíveis é difícil alcançar o nascimento como ser humano; dentre os seres humanos, nascer homem; quando homem, ser um Brãhmana; sendo um Brãhmana, desejar seguir a senda do dharma védico e entre esses aprender verdadeiramente. Mas o conhecimento espiritual que discerne entre o Espírito e o não espírito, a realização prática da fusão com Brahmãtman e a emancipação final dos grilhões da matéria são inatingíveis, exceto por um karma de centenas de milhões de encarnações. 

COMENTÁRIO - Reflitamos sobre a imensa quantidade de seres visíveis e invisíveis que existem nos inumeráveis mundos que constituem o Universo. Como é difícil ser humano! Mas o fato de sermos seres humanos não significa que alcançamos a plenitude desse estado, que, no dizer do psicólogo Carl Gustav Jung, chegamos à ‘individualização’. Pouquíssimos são os que conseguem esse objetivo, pois a imensa maioria constitui o ‘rebanho’ que é tocado pelos acontecimentos, vive e age em função de reflexões condicionadas. Simples marionetes manipuladas pelas circunstâncias. Ainda é mais difícil ser um Brahmana, alguém que alcançou a mais elevada estatura espiritual. As quatro castas tradicionais da Índia estão vinculadas não às circunstâncias do nascimento, mas à essência do ser de cada um. Mesmo para os que sejam realmente Brahmanas há a dificuldade de desejar efetivamente seguir o dharma como expresso nos Vedas. O dharma é Lei, Ordem, Justiça. É a linha de menor resistência que, uma vez seguida, nos permite alcançar a libertação dos laços do karma. Mas o texto nos adverte da dificuldade do verdadeiro aprendizado. A fusão com a centelha suprema que está dentro de nós, o Brahmãtman, é algo de suprema dificuldade, pois depende fundamentalmente do karma de cada um. E para que isso ocorra são necessárias centenas de milhões de encarnações."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 15/16)





COMUNICAÇÃO COM DEUS

"O conhecimento sobre meditação está ligado à tradição oriental, mas a cultura ocidental e o Cristianismo também têm ensinamentos sobre o assunto. A própria oração pode ser uma prática meditativa; basta que seja realizada com esse propósito. Santo Inácio de Loyola, padre jesuíta que viveu no século XVI, escreveu um extenso manual sobre esse tema, que hoje se tornou uma referência para os cristãos que praticam a meditação.

O padre Manoel Iglesias, diretor do Centro Inaciano de Espiritualidade, subordinado à Companhia de Jesus, resume o conteúdo da obra Exercícios Espirituais, de Loyola: ‘É um livro para guiar as pessoas na busca espiritual’. Para Inácio de Loyola, a meditação é um momento privilegiado, ‘no qual a gente presta atenção ao Deus em que acreditamos. No meio da correria do cotidiano, é a pacificação para estabelecer uma comunicação com esse Deus que nos acompanha sempre."

(Jamila Gontijo - Meditação, o caminho do autoconhecimento - Revista Sophia, Ano 1, nº 3 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 07)