OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

OS MODOS OPOSTOS DE CONSCIÊNCIA MATERIAL E ESPIRITUAL (PARTE FINAL)

"(...) A consciência material é agressiva, enquanto a espiritual convive bem com todos. Esforce-se para ser bom, e verá que sua influência sobre os outros será automaticamente boa. Isto é consciência espiritual. Seja gentil em pensamento e palavra. Desde pequeno jamais fui grosseira intencionalmente. E também não seja crítico. Em geral, quem critica os demais guarda ressentimentos. Jesus disse: 'Não julgueis para que não sejais julgados'.² Se você quer julgar alguém, julgue a si mesmo. Se quer falar dos defeitos dos outros, fale de seus próprios. Em seu coração, tenha apenas amor pelo próximo. Quanto mais vir o bem nos outros, mais estabelecerá o bem em você mesmo. Mantenha-se na consciência do bem. Para tornar as pessoas boas, devemos ver o bem nelas. Não as censure. Permeneça calmo e sereno, sempre no comando de si mesmo: então descobrirá como é fácil viver em harmonia com o próximo. 

Sou otimista no que diz respeito às pessoas, porque eu as amo. Quando amamos a todos, vemos Deus em todos. Quando você sabe que cada um é uma expressão de Deus, zangar-se ou ser descortês com alguém é como fazer o mesmo com Deus. Quando você se zanga, é mau ou impiedoso, coloca uma venda entre sua alma e a dos outros.

Arrogância e insolência também são características não espirituais, nascidas de um complexo de inferioridade. (...) O insolente faz propaganda da limitação de seu conhecimento e também da sua falta de educação. Se deseja impressionar os outros de modo favorável, por que proclamar sua inferioridade com demonstração de insolência e de arrogância? Isso apenas demonstra um temperamento descontrolado, além da falta de boas maneiras e de inteligência. A insolência e a arrogância são formas de ignorância - hábitos não espirituais em estado primitivo."

² Mateus 7:1.

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 93/94)


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

RETO DISCERNIMENTO

"9 - E pela prática do reto discernimento alcançado na senda do Yoga, ele salva a alma - a alma afogada no mar da existência condicionada [samsãra].

COMENTÁRIO - A alma está afogada, impregnada, imersa, contaminada pelo condicionamento resultante do processo de vir-a-ser, do samsãra, como dizem os hindus. O Nirvana é a libertação desse processo, e só pode ser alcançado pelo correto discernimento. Discernir é perceber o erro, a ilusão, a ignorância que nos impede de perceber o que É, chamado por Jiddu Krishnamurti de 'presente ativo'. É a percepção do aqui e agora, do atemporal, do Eterno que está na 'caverna' do nosso coração, como dizem os místicos de todas as épocas e raças."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 18)

OS MODOS OPOSTOS DE CONSCIÊNCIA MATERIAL E ESPIRITUAL (1ª PARTE)

"A consciência material e a espiritual são opostas em seu modo de funcionamento. Teste a si mesmo para saber se sua consciência predominante é material ou espiritual. A consciência espiritual lhe diz que precisa incluir, em sua felicidade a prosperidade, a felicidade e o bem-estar dos outros. A consciência material lhe diz que você deve ganhar dinheiro de qualquer jeito e guardá-lo para si. A atual Depressão¹ partiu da consciência material, que diz: coma sozinho a maçã e os biscoitos. A consciência espiritual diz: divida e compartilhe com alguém mais. 

Se alguém o deixa zangado, você sabe que se encontra na consciência material. Mesmo quando o maltratam, esteja pronto a perdoar, pois, quando o faz, está centrado na consciência espiritual. O perdão significa dar ao inimigo uma oportunidade de atingir maior compreensão. Se você ficar vingativo ou zangado, só aumentará a cegueira e a ira do inimigo. Talvez até faça mais inimigos, pois uma pessoa irada se torna um alvo para todos. Além do mais, ao se zangar, você também começará a perder a sua capacidade de compreensão. Você apoia seus sentimentos negativos com o conforto do calor da sua ira e de um raciocínio falso. Nunca permita que a ira o controle; se tiver esta tendência, elimine-a. É um dos piores traços, e destrói a espiritualidade. Saiba que é para seu próprio bem que não deve se zangar; a ira também destrói a felicidade. Nunca permita que seu termômetro espiritual suba. Seja calmo interiormente, controle a ira de dentro para fora e nunca lhe conceda um lugar no coração. (...)"

¹ Referência à Grande Depressão americana, que teve início em 1929.

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 92/93)


terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A NATUREZA DO AMOR

"A necessidade de segurança nas relações gera inevitavelmente o sofrimento e o medo. Essa busca de segurança atrai a insegurança. Já encontrastes alguma vez segurança em alguma de vossas relações? Já? A maioria de nós quer a segurança no amar e no ser amado, mas existirá amor quando cada um está a buscar a própria segurança, seu caminho próprio? Nós não somos amados porque não sabemos amar.

Que é o amor? Esta palavra está tão carregada e corrompida, que quase não tenho vontade de empregá-la. Todo o mundo fala de amor — toda revista e jornal e todo missionário discorre interminavelmente sobre o amor. Amo a minha pátria, amo o meu rei, amo um certo livro, amo aquela montanha, amo o prazer, amo minha esposa, amo a Deus. O amor é uma ideia? Se é, pode então ser cultivado, nutrido, conservado com carinho, moldado, torcido de todas as maneiras possíveis. Quando dizeis que amais a Deus, que significa isso? Significa que amais uma projeção de vossa própria imaginação, uma projeção de vós mesmo, revestida de certas formas de respeitabilidade, conforme o que pensais ser nobre e sagrado; o dizer ‘Amo a Deus’ é puro contra-senso. Quando adorais a Deus, estais adorando a vós mesmo; e isso não é amor. (...)

O amor é uma coisa nova, fresca, viva. Não tem ontem nem amanhã. Está além da confusão do pensamento. Só a mente inocente sabe o que é o amor, e a mente inocente pode viver no mundo não inocente. Só é possível encontrá-la, essa coisa maravilhosa que o homem sempre buscou sequiosamente por meio de sacrifícios, de adoração, das relações, do sexo, de toda espécie de prazer e de dor, só é possível encontrá-la quando o pensamento, alcançando a compreensão de si próprio, termina naturalmente. O amor não conhece oposto, não conhece conflito. (...)

Mas, não sabeis como chegar-vos a essa fonte maravilhosa — e, assim, que fazeis? Quando não sabeis o que fazer, nada fazeis, não é verdade? Nada, absolutamente. Então, interiormente, estais completamente em silêncio. Compreendeis o que isso significa? Significa que não estais buscando, nem desejando, nem perseguindo; não existe centro nenhum. Há, então, o amor."

(J. Krishnamurti - Liberte-se do Passado - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 44)


COMPREENDENDO A MENTE E O MEDO (PARTE FINAL)

"(...) Podeis observar uma nuvem, uma árvore ou o movimento de um rio, com a mente relativamente quieta porque essas coisas não são sumamente importantes para vós; mas o observar a vós mesmos é muito mais difícil, porque então as exigências são muito práticas, as reações muito rápidas. Assim, quando estais diretamente em contato com o medo ou o desespero, com a solidão e o ciúme, ou qualquer outro estado repulsivo da mente, podeis olhar de maneira tão completa que vossa mente fique suficientemente quieta para vê-lo?

Pode a mente perceber o medo, e não as diferentes formas de medo; perceber o medo total, e não aquilo de que tendes medo? Se olhais meramente para os detalhes do medo ou procurais acabar com os vossos temores um a um, nunca alcançareis o ponto central, que é aprender a viver com o medo.

O viver com uma coisa viva, tal o medo, requer uma mente e um coração altamente sutis, que não chegaram a qualquer conclusão, podendo, portanto, seguir cada movimento do medo. Então, se observardes o medo, e com ele viverdes — e isso não leva um dia inteiro, porque um minuto ou um segundo pode bastar, para se conhecer a inteira natureza do medo — se viverdes com ele completamente, perguntareis, inevitavelmente: ‘Qual a entidade que está vivendo com o medo? Qual a entidade que está observando o medo, observando cada movimento de todas as formas do medo, e ao mesmo tempo consciente do fato central do medo? Será o observador uma entidade morta, um ente estático, que acumula uma grande quantidade de conhecimentos e informações a respeito de si próprio, e essa coisa morta é que está observando e vivendo com o movimento do medo?’ — Qual é a vossa resposta? Não respondais a mim, porém a vós mesmo. Sois vós — o observador — uma entidade morta a observar uma coisa viva, ou sois uma coisa viva a observar outra coisa viva? Porque, no observador existem os dois estados."

(J. Krishnamurti - Liberte-se do Passado - Ed. Cultrix, São Paulo - p. 24)
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