OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 21 de novembro de 2017

A PERCEPÇÃO DA UNIDADE

"Como lhe será possível ir além? Vida após vida, ele aprendeu a identificar-se com o homem; vida após vida, aprendeu a responder a todo grito de dor. Pode, agora que é livre, prosseguir e deixar os outros acorrentados? Pode entrar na bem-aventurança deixando o mundo no sofrimento? Ele, a quem chamamos Mahatma, é a Alma liberta que tem o direito de prosseguir mas, em nome do Amor, regressa trazendo seu conhecimento para remediar a ignorância, sua pureza para absolver a infâmia, sua luz para afugentar a escuridão; aceita novamente o peso da matéria até que toda a humanidade seja libertada, e então prosseguirá, não sozinho, porém como o pai de uma grande família, levando com ele a humanidade para compartilhar do mesmo fim e da mesma bem-aventurança no Nirvana.

Esse é o Mahatma. Vidas sucessivas de esforço coroadas com a suprema renúncia; perfeição obtida através da luta e do trabalho, e depois o regresso para ajudar aos outros a chegarem onde ele chegou. Sua mão está pronta para ajudar a toda Alma que lhe estende as mãos à procura de ajuda. Seu coração responde à súplica de todo irmão que peça sua orientação; e eles estão lá, esperando o momento em que desejemos ser ensinados, dando-lhes a oportunidade de obter o Nirvana, ao qual renunciaram."

(Annie Besant - Os Mestres - p. 28/29)
Fonte: http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/


quarta-feira, 29 de março de 2017

A PRECIOSIDADE DA NOSSA VIDA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) Com a nossa vida humana podemos, ao colocar o Dharma em prática, obter a suprema paz mental permanente, conhecida como 'nirvana', e a iluminação. Uma vez que essas aquisições são não enganosas e são estados últimos de felicidade, elas são o verdadeiro sentido da vida humana. No entanto, porque o nosso desejo por prazer mundano é tão forte, temos pouco ou nenhum interesse pela prática de Dharma. Do ponto de vista espiritual, essa ausência de interesse pela prática de Dharma é um tipo de preguiça denominado 'preguiça do apego'. A porta da libertação permanecerá fechada para nós enquanto tivermos essa preguiça e, consequentemente, continuaremos a vivenciar infortúnio e sofrimento nesta vida e em incontáveis vidas futuras. A maneira de superar essa preguiça, o principal obstáculo para a nossa prática de Dharma, é meditar sobre a morte. 

Precisamos contemplar a nossa morte e meditar sobre ela repetidamente, até obtermos uma profunda realização sobre a morte. Embora, num nível intelectual, todos nós saibamos que definitivamente iremos morrer, nossa percepção sobre a morte permanece superficial. Na medida em que a nossa compreensão intelectual da morte não toca o nosso coração, continuamos a pensar todos os dias 'eu não vou morrer hoje, eu não vou morrer hoje'. Mesmo no dia da nossa morte, ainda estaremos pensando sobre o que faremos no dia ou na semana seguintes. Essa mente que pensa todo dia 'eu não vou morrer hoje' é enganosa – ela nos conduz na direção errada e faz com que a nossa vida humana se torne vazia. Por outro lado, meditando sobre a morte, substituiremos gradativamente o pensamento enganoso 'eu não vou morrer hoje' pelo pensamento não enganoso 'pode ser que eu morra hoje'. A mente que espontaneamente pensa todos os dias 'pode ser que eu morra hoje' é a realização sobre a morte. É essa realização que elimina diretamente a nossa preguiça do apego e abre a porta para o caminho espiritual. 

Em geral, podemos ou não morrer hoje – não sabemos. No entanto, se pensarmos todos os dias 'talvez eu não morra hoje', esse pensamento irá nos enganar porque vem da nossa ignorância; porém, se em vez disso pensarmos todos os dias 'pode ser que eu morra hoje', esse pensamento não irá nos enganar porque vem da nossa sabedoria. Esse pensamento benéfico impedirá a nossa preguiça do apego e irá nos encorajar a preparar o bem-estar das nossas incontáveis vidas futuras ou a aplicar grande esforço para ingressarmos no caminho da libertação e da iluminação. Desse modo, tornaremos significativa nossa vida humana atual. Até agora desperdiçamos, sem sentido algum, nossas incontáveis vidas anteriores: não trouxemos nada conosco das nossas vidas passadas, exceto delusões e sofrimento."

(Geshe Kelsang Gyatso - Budismo Moderno, O Caminho de Compaixão e Sabedoria - Tharpa Brasil, São Paulo, 2016 - p. 30/31)

sábado, 2 de janeiro de 2016

EIS-ME AQUI

"Eis-me aqui.

Diante do grande rio cujas águas lamacentas irradiam reflexos avermelhados dos raios de um sol já a pino.

Eis-me aqui, ao pé da árvore da Compaixão.

É uma enorme figueira-de-bengala, à sombra da qual gosto de meditar.

As suas raízes, amplas e retorcidas, mergulham há séculos nas águas do rio Ganges.

As suas lianas, algumas finas como brotos de bambu e outras grossas como troncos de ébano, pendem dos galhos para, por sua vez, se enraizarem no solo.

A árvore precisa da água, assim como o homem tem sede de libertação.

Em breve eu mesmo me libertarei do peso da minha carga humana e entrarei no Nirvana.

Então me extinguirei, para me tornar ainda menor do que o menor grão de areia, ainda mais leve do que a mais leve penugem de um pintarroxo, e ainda mais transparente do que a mais transparente gota de chuva...

Sou a derradeira reencarnação de milhões de seres humanos e animais dos quais a minha alma adotou a forma deste tempos imemoriais.

Para mim cessou o ciclo dos nascimentos, das mortes e dos renascimentos do Samsara. Ensinei aos homens e às mulheres como deveriam se comportar para não mais sofrerem.

Quando o vento da morte levar o meu último suspiro, não tornarei a reencarnar...

Eis-me aqui.

Para sempre.

Em meio a vós."

(José Frèches - Eu, Siddharta, o Buda - Ediouro, Rio de Janeiro, 2005 - p. 13)


sábado, 8 de março de 2014

O COTIDIANO E O NIRVANA

"O Dalai Lama afirmou que, mais do que tentar alcançar o nirvana, é essencial aprender a viver o tipo correto de vida. Sem um sentimento de compaixão, integridade, altruísmo, amizade e cuidado para com os outros, as metas “espirituais” não levam a lugar algum. Ele disse que ‘há muitas filosofias diferentes, mas o que é basicamente importante é a compaixão, o amor pelos outros, a preocupação com o sofrimento alheio e a redução do egoísmo. Eu sinto que o pensamento compassivo é o que existe de mais precioso. É algo que somente nós, seres humanos, podemos desenvolver. Se temos um coração caridoso e sentimentos cordiais, nós mesmos nos sentiremos satisfeitos e felizes, e nossos amigos também experimentarão uma atmosfera amistosa e pacífica. Isso vale de nação para nação e de continente a continente.’

‘O importante é que, em sua vida diária, você pratique as coisas essenciais. Nesse nível, não há quase nenhuma diferença entre o Budismo, o Cristianismo e as outras religiões. Todas enfatizam o aperfeiçoamento dos homens, um sentido de fraternidade e amor. Se considerarmos a essência, não há diferença.’

O mundo só vai mudar quando a virtude for um fator reconhecido na vida das pessoas, mas em geral as pessoas se recusam a ver isso. Elas estão concentradas em seus objetivos pessoais e egoístas, ou buscam consolo para seus problemas na realização espiritual, com o nome de moksha, nirvana ou salvação. São poucos os que estão prontos a acreditar que o modo como vivemos e nos comportamos é importante, e que se a maneira correta de viver for observada, trará a compreensão sobre o caminho a seguir na senda espiritual."

(Radha Burnier - O cotidiano e o nirvana - Revista Sophia, Ano 2, nº 8 - p. 6)


quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

RETO DISCERNIMENTO

"9 - E pela prática do reto discernimento alcançado na senda do Yoga, ele salva a alma - a alma afogada no mar da existência condicionada [samsãra].

COMENTÁRIO - A alma está afogada, impregnada, imersa, contaminada pelo condicionamento resultante do processo de vir-a-ser, do samsãra, como dizem os hindus. O Nirvana é a libertação desse processo, e só pode ser alcançado pelo correto discernimento. Discernir é perceber o erro, a ilusão, a ignorância que nos impede de perceber o que É, chamado por Jiddu Krishnamurti de 'presente ativo'. É a percepção do aqui e agora, do atemporal, do Eterno que está na 'caverna' do nosso coração, como dizem os místicos de todas as épocas e raças."

(Viveka-Chudamani - A Joia Suprema da Sabedoria - Comentário de Murillo N. de Azevedo - Ed. Teosófica, 2011 - p. 18)

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

NIRVANA

"A palavra Nirvana significa, literalmente, extinguir. A extinção de todas as ações do eu pequeno é o caminho para esse grande desconhecido que é o Nirvana. Na terminologia da ioga ele é descrito como o silenciar dos movimentos da mente, pois a mente é a criadora do pequeno eu pessoal. Alcançar o Nirvana não é tornar-se algo, mas eliminar o egoísmo. A filosofia Vedanta assinala que Brahman, ou o verdadeiro Ser, não pode ser encontrado através da busca nem da tentativa de adquirir algo, seja conhecimento ou qualquer outra coisa.

Brahman é encontrado através da negação, da rejeição de tudo o que é falso. A falsidade se expressa nos movimentos da mente, que se baseia na noção, limitada ou ampla, de sobrevivência e de segurança. É também o movimento da busca de prazer. A negação total da sobrevivência e do prazer é o abandono do eu ao não-eu, do ser ao não-ser. Uma vez que cada um tem que negar seu próprio pequeno eu e descobrir o grande Não-eu, o autoconhecimento não pode ser obtido de outra pessoa. Não pode ser alcançado através de informações obtidas em livros. Cada pessoa tem que fazer seu próprio trabalho, e tem de fazê-lo diariamente."

(Radha Burnier - O Caminho do Autoconhecimento - Ed. Teosófica, 2000 - p. 87/90)


sábado, 24 de novembro de 2012

INGÊNUA PROTEÇÃO


“Pretendendo, ingênua e inutilmente, proteger seus filhos dos dissabores, das adversidades, dos amargores, das crises, que a vida, naturalmente, tem para dar, alguns pais se empenham em construir-lhes míticos e belos nirvanas artificiais, que não resistem aos assaltos dos vagalhões que se repetem.

Que piedosa traição lhes fazem.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - P. 62)