OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 4 de janeiro de 2014

MEDITAÇÃO E CIÊNCIA (PARTE FINAL)

“(...) No estado meditativo ficamos conceitualmente livres das limitações do pensamento, e nele está presente o potencial para nos tornarmos um com tudo. A meditação pode levar à expressão mais verdadeira do nosso eu.

Mas precisamos realmente meditar? Por que? Quando fizemos essa pergunta ao erudito budista Samdhong Rinpoche, ele rebateu com outra pergunta: ‘Por que devemos comer?’ Para ele, a meditação é a nutrição da mente. Sem ela, nosso desenvolvimento mental, tanto na estrutura cerebral quanto nos pensamentos, não seria muito favorável; nossa capacidade para explorar nosso pleno potencial não seria realizada.

Portanto, sem meditar estamos retardando nosso desenvolvimento mental e impedindo o crescimento de nossa consciência. Nossas mentes permanecem obstinadas, desordenadas, destreinadas, subdesenvolvidas, organicamente deficientes. Sem meditação estamos à mercê de processos internos destrutivos – pensamentos e emoções dos quais não temos noção e que nos governam. (...)

Em termos simples, existem apenas dois estilos de meditação, com infinitas variações: plena atenção (percepção pura) e visualização (conceituação). A rotina particular não é tão importante; são apenas pontos de partida. Use o que quer que funcione com você e livre-se cada vez mais das armadilhas físicas, de modo que consiga meditar em qualquer lugar e por quanto tempo desejar, mesmo que apenas por alguns segundos. Você pode levar sua meditação para qualquer lugar.”

(Alek Kwitko - Meditação e Ciência - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 07/09)


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

OS MAIS SÁBIOS ACIMA DE NÓS

"Se fizermos o nosso melhor trabalho e o mais sábio, se em nome do amor oferecermos os nossos melhores pensamentos e esforços em prol do serviço à humanidade, então, no momento em que a ação for realizada, não teremos qualquer desejo quanto ao resultado, exceto que esteja de acordo com a vontade e orientação dos mais sábios acima de nós. Separamo-nos totalmente da ação; realizamos a nossa parte, deixando para eles um campo livre e desobstruído, onde todas as grandes energias espirituais podem desabrochar de forma irrestrita e não afetada por nossa cegueira e fraqueza. Não nos interessamos mais pelo resultado. Assim, deixamos a cargo Deles tornar perfeita a nossa fraqueza com a Sua força, corrigindo as nossas falhas com a sua sabedoria, os nossos erros com a Sua retidão. As falhas que cometemos perdem grande parte do seu potencial negativo; embora recebamos a dor pelos erros, a ação terá sido correta porque o desejo foi o de servir. Se com ele não misturamos a nossa própria personalidade, então, até mesmo do erro surgirá o sucesso; o fracasso, sendo apenas do intelecto, cederá caminho às forças mais poderosas do Espírito que é movido pelo amor. (...)

Ao realizarmos o melhor de nós, abandonando os resultados, verificamos que aquilo que chamamos de devoção é, de fato, uma atitude da alma. É a atitude do amor, o atingimento da paz. A alma, tendo a sua face sempre voltada para a Luz Daqueles que residem internamente, está sempre pronta para o serviço. Pela sua luz encontra novas oportunidades de serviço todos os dias."

(Annie Besant - A Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 62/63)


MEDITAÇÃO E CIÊNCIA (2ª PARTE)

"(...) A palavra meditação é usada para diferentes coisas. Quando vemos alguém assumindo uma postura física característica poderíamos chamar a isso meditação. Entretanto, seria mais correto chamar de prática meditativa. A experiência mental resultante da percepção aumentada também é frequentemente chamada de meditação, mas seria melhor chamá-la de estado meditativo. Para o processo subsequente de autoinvestigação utilizaríamos o termo mente meditativa. A simples palavra meditação é frequentemente usada para implicar parte desses significados ou todos eles, de acordo com o contexto.

Para acalmar temores a respeito da meditação, é bom informar as pessoas de que a meditação é agora amplamente aceita mesmo entre os clérigos tradicionais, e está sendo crescentemente estudada de modo científico. É também útil informar a pessoa que está iniciando a prática meditativa sobre o que a meditação não é. Meditação não é perder o controle sobre a mente. Não existe perda de controle; na verdade, ficamos mais perceptivos de nós mesmos e, portanto, mais no comando. O estado não-meditativo diário é aquele sobre o qual, na maioria das vezes, não temos o controle. A meditação também nada tem a ver com devaneio. Não é uma perda de tempo. Porém, também não é uma panaceia que oferece iluminação instantânea. É uma ferramenta a ser usada.

Com a meditação ficamos mais relaxados e revigorados. É uma oportunidade que não pode ser perdida nesse mundo febril. Mentalmente ficamos mais alertas e mais perceptivos, porém ao mesmo tempo mais calmos. Funcionalmente tornam-nos grandemente capazes, contudo permanecemos isentos; por esse motivo é pouco provável que reajamos de maneira inapropriada às nossas emoções ou a outros estímulos. (...)"

(Alek Kwitko - Meditação e Ciência - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 07)


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A VONTADE E O DESEJO

"A vontade é uma posse exclusiva do ser humano neste nosso plano de existência. Ela o distingue do animal, no qual só o desejo instintivo está desperto.

O Desejo, no seu sentido mais amplo, é a força criativa única do Universo. Neste sentido, não há diferença entre ele e a Vontade; mas nós, seres humanos, nunca conhecemos esta forma de Desejo enquanto somos apenas humanos. Portanto, a Vontade e o Desejo são considerados aqui como conceitos opostos.

 Assim, a Vontade é fruto do que é Divino, do Deus no ser humano; o Desejo é a força que movimenta a vida animal.

A maior parte dos humanos vive no desejo e através do desejo, confundindo-o com a vontade. Mas aquele que quiser vencer deve separar a vontade do desejo, e fazer com que sua vontade predomine; porque o desejo é instável e muda o tempo todo, enquanto a vontade é firme e constante.

Tanto a vontade como o desejo são absolutamente criadores, e formam o ser humano e também o ambiente ao seu redor. Mas a vontade cria de modo inteligente, e o desejo cria de modo cego e inconsciente. O homem, portanto, faz a si mesmo à imagem dos seus desejos, a menos que ele crie a si mesmo segundo o modelo do que é Divino, através da sua vontade, que é um produto da luz.

A tarefa do ser humano é dupla: despertar a vontade, para fortalecê-la pelo uso e pela vitória, torná-la capaz de governar com poder absoluto em seu corpo; e, ao mesmo tempo, purificar o desejo.

O conhecimento e a vontade são os instrumentos para obter esta purificação."

(Helena P. Blavatsky - Texto publicado pela primeira vez em outubro de 1887. Traduzido de “Collected Writings”, H. P. Blavatsky, T.P.H., Adyar, India, volume X - p. 109
http://www.ts-adyar.org/content/theosophical-publishing-house


MEDITAÇÃO E CIÊNCIA (1ª PARTE)

"Qual a importância da meditação na vida diária? Qual a importância de levarmos esses benefícios para outras pessoas, no atormentado e acelerado mundo de hoje? Qual é o benefício último da meditação?

Em A Chave para a Teosofia (Ed. Teosófica) Helena Blavatsky compara a meditação a uma ‘oração silenciosa e inarticulada’. Mas ela diz que, diferentemente da oração comum – para pedir alguma coisa -, a meditação se parece mais com a perspectiva de Platão: convidar Deus, o supremo bem universal, ‘do qual somos parte na Terra’, a se manifestar. Para Blavatsky, é por meio da meditação que o espírito supremo se manifesta. Certamente este é o benefício último, e se é a isso que aspiramos, então a meditação é um pré-requisito. (...)

Qual é o papel da meditação no caótico mundo moderno? Você já notou como a frustração do século XXI está chegando até nós? Estamos mais estressados que nunca. Trabalhamos durante muitas horas, deixando pouco tempo para nós mesmos e nossas famílias. Juntamente com essa pressão existe o crescente fardo do débito, colocando-nos sob tensão crônica: a pressão dos grupos, as normas sociais que devemos enfrentar; a raiva no trânsito; a raiva no supermercado, a raiva ao telefone...

Não é de se admirar que tenhamos chegado ao limite. O estresse e o medo estão causando mal-estar, que inevitavelmente irá levar a doenças. Já existe uma crescente epidemia mundial de ansiedade, depressão e desordens mentais relacionadas a isso. As autoridades médicas estimam que essas doenças mentais irão tornar-se a principal questão de saúde do século XXI, ultrapassando todas as outras. (...)"

(Alek Kwitko - Meditação e Ciência - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 06)