OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


domingo, 5 de janeiro de 2014

ALÉM DA MENTE PENSANTE (1ª PARTE)

"A maioria das pessoas passa a vida toda aprisionada nos limites dos próprios pensamentos. Nunca vai além das estreitas ideias já feitas, do sentido do ‘eu’ condicionado ao passado.

Em você, como em cada ser humano, existe uma dimensão de consciência bem mais profunda do que o pensamento. É a essência de quem você é. Podemos chama-la de presença, de percepção, de consciência livre de condicionamentos. Nos antigos ensinamentos religiosos, essa consciência é o Cristo interior ou a sua natureza do Buda.

Descobrir essa dimensão liberta você do sofrimento que causa a si mesmo e aos outros quando conhece apenas esse pequeno ‘eu’ condicionado e deixa que ela conduza sua vida. O amor, a alegria, a criatividade e a verdadeira paz interior só podem entrar em sua vida quando você atinge essa dimensão de consciência livre de condicionamentos.

Se você consegue reconhecer, mesmo esporadicamente, que os pensamentos que passam por sua cabeça são meros pensamentos; se você consegue se dar conta dos padrões que se repetem em suas reações mentais e emocionais, é sinal de que essa dimensão de consciência está emergindo. Ela é o espaço interno em que o conteúdo de sua vida se desdobra.

A corrente do pensamento tem uma enorme força que pode muito facilmente levar você de roldão. Cada pensamento tem a pretensão de ser extremamente importante. Cada pensamento quer sugar sua completa atenção.

Eis um novo exercício espiritual para você praticar: não leve seus pensamentos muito a sério. (...)"

(Eckhart Tolle – O Poder do Silêncio – Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 – p. 16/17)


sábado, 4 de janeiro de 2014

CANDIDATO À VERDADEIRA FELICIDADE

"Felicidade é vida em festa – e festa em vida. Mas, para haver festa e flores, é necessário fazer uma limpeza geral na casa.

Infelizmente, a nossa civilização e vida social está quase toda baseada em mentiras, fraudes, falsidades, hipocrisias e outras poluições.

A patroa dá ordem à empregada para dizer às visitas que a ‘dona não está em casa’.

O negociante tem de mentir constantemente aos fregueses para vender as suas mercadorias.

O leiteiro mente dizendo que leite com 50% de água é leite puro.

O vinicultor põe no seu vinho, além de água e anilina, drogas picantes e nocivas, para vender melhor ou atender ao gosto viciado dos consumidores.

O farmacêutico falsifica os seus produtos de laboratório para ganhar mais dinheiro, pondo em perigo a vida e a saúde daqueles que ingerem as drogas.

O cabo eleitoral mente ao público que o seu candidato é o melhor do mundo, quando ele bem sabe que o seu patriotismo obedece à plenitude do bolso.

O orador sobre à tribuna, cônscio da sua inigualável competência, e inicia a sua peça oratória com as palavras costumeiras: ‘Eu, apesar da minha absoluta incompetência...’, abrindo ligeira pausa para ouvir das primeiras filas um murmúrio de ‘não apoiado’, suavíssima carícia para a sua vaidade.

‘Muito prazer em conhecê-lo’ – quantas vezes não encobre esta frase estereotípica sentimentos diametralmente opostos aos que os lábios proferem?

90% do que Jornais, Rádio e Televisão propalam é mentira a serviço da cobiça.

Tão inveterados são estes e outros vícios sociais que é quase impossível viver em sociedade sem ser contagiado por essas poluições. Tudo isto, porém, é sujeira moral, que torna praticamente impossível o desenvolvimento de uma verdadeira felicidade.

Candidato à verdadeira felicidade! grava bem dentro do teu coração esta grande verdade. Nunca farei depender a minha felicidade de algo que não dependa de mim!"

(Huberto Rohden – A Essência da Felicidade – Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 – p. 65/66)


MEDITAÇÃO E CIÊNCIA (PARTE FINAL)

“(...) No estado meditativo ficamos conceitualmente livres das limitações do pensamento, e nele está presente o potencial para nos tornarmos um com tudo. A meditação pode levar à expressão mais verdadeira do nosso eu.

Mas precisamos realmente meditar? Por que? Quando fizemos essa pergunta ao erudito budista Samdhong Rinpoche, ele rebateu com outra pergunta: ‘Por que devemos comer?’ Para ele, a meditação é a nutrição da mente. Sem ela, nosso desenvolvimento mental, tanto na estrutura cerebral quanto nos pensamentos, não seria muito favorável; nossa capacidade para explorar nosso pleno potencial não seria realizada.

Portanto, sem meditar estamos retardando nosso desenvolvimento mental e impedindo o crescimento de nossa consciência. Nossas mentes permanecem obstinadas, desordenadas, destreinadas, subdesenvolvidas, organicamente deficientes. Sem meditação estamos à mercê de processos internos destrutivos – pensamentos e emoções dos quais não temos noção e que nos governam. (...)

Em termos simples, existem apenas dois estilos de meditação, com infinitas variações: plena atenção (percepção pura) e visualização (conceituação). A rotina particular não é tão importante; são apenas pontos de partida. Use o que quer que funcione com você e livre-se cada vez mais das armadilhas físicas, de modo que consiga meditar em qualquer lugar e por quanto tempo desejar, mesmo que apenas por alguns segundos. Você pode levar sua meditação para qualquer lugar.”

(Alek Kwitko - Meditação e Ciência - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 07/09)


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

OS MAIS SÁBIOS ACIMA DE NÓS

"Se fizermos o nosso melhor trabalho e o mais sábio, se em nome do amor oferecermos os nossos melhores pensamentos e esforços em prol do serviço à humanidade, então, no momento em que a ação for realizada, não teremos qualquer desejo quanto ao resultado, exceto que esteja de acordo com a vontade e orientação dos mais sábios acima de nós. Separamo-nos totalmente da ação; realizamos a nossa parte, deixando para eles um campo livre e desobstruído, onde todas as grandes energias espirituais podem desabrochar de forma irrestrita e não afetada por nossa cegueira e fraqueza. Não nos interessamos mais pelo resultado. Assim, deixamos a cargo Deles tornar perfeita a nossa fraqueza com a Sua força, corrigindo as nossas falhas com a sua sabedoria, os nossos erros com a Sua retidão. As falhas que cometemos perdem grande parte do seu potencial negativo; embora recebamos a dor pelos erros, a ação terá sido correta porque o desejo foi o de servir. Se com ele não misturamos a nossa própria personalidade, então, até mesmo do erro surgirá o sucesso; o fracasso, sendo apenas do intelecto, cederá caminho às forças mais poderosas do Espírito que é movido pelo amor. (...)

Ao realizarmos o melhor de nós, abandonando os resultados, verificamos que aquilo que chamamos de devoção é, de fato, uma atitude da alma. É a atitude do amor, o atingimento da paz. A alma, tendo a sua face sempre voltada para a Luz Daqueles que residem internamente, está sempre pronta para o serviço. Pela sua luz encontra novas oportunidades de serviço todos os dias."

(Annie Besant - A Vida Espiritual - Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p. 62/63)


MEDITAÇÃO E CIÊNCIA (2ª PARTE)

"(...) A palavra meditação é usada para diferentes coisas. Quando vemos alguém assumindo uma postura física característica poderíamos chamar a isso meditação. Entretanto, seria mais correto chamar de prática meditativa. A experiência mental resultante da percepção aumentada também é frequentemente chamada de meditação, mas seria melhor chamá-la de estado meditativo. Para o processo subsequente de autoinvestigação utilizaríamos o termo mente meditativa. A simples palavra meditação é frequentemente usada para implicar parte desses significados ou todos eles, de acordo com o contexto.

Para acalmar temores a respeito da meditação, é bom informar as pessoas de que a meditação é agora amplamente aceita mesmo entre os clérigos tradicionais, e está sendo crescentemente estudada de modo científico. É também útil informar a pessoa que está iniciando a prática meditativa sobre o que a meditação não é. Meditação não é perder o controle sobre a mente. Não existe perda de controle; na verdade, ficamos mais perceptivos de nós mesmos e, portanto, mais no comando. O estado não-meditativo diário é aquele sobre o qual, na maioria das vezes, não temos o controle. A meditação também nada tem a ver com devaneio. Não é uma perda de tempo. Porém, também não é uma panaceia que oferece iluminação instantânea. É uma ferramenta a ser usada.

Com a meditação ficamos mais relaxados e revigorados. É uma oportunidade que não pode ser perdida nesse mundo febril. Mentalmente ficamos mais alertas e mais perceptivos, porém ao mesmo tempo mais calmos. Funcionalmente tornam-nos grandemente capazes, contudo permanecemos isentos; por esse motivo é pouco provável que reajamos de maneira inapropriada às nossas emoções ou a outros estímulos. (...)"

(Alek Kwitko - Meditação e Ciência - Revista Sophia, Ano 7, nº 27 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 07)