OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A REFLEXÃO NOS TORNA HUMANOS

"Em Viveka-Chudamani (Viveka Chudamani – A Joia Suprema da Sabedoria, Editora Teosófica, 1991) de Sankaracharya, é dito que nascer como ser humano é um extraordinário privilégio. Inumeráveis encarnações devem ter passado em vários tipos de corpos, em diferentes níveis de evolução, antes do nascimento do reino humano.

Para nós parece terrível que isso leve tantas eras no tempo, mas o tempo não é problema para as criaturas fora do reino humano. Elas vivem e morrem naturalmente sem se preocuparem com o tempo. Mas no estágio humano, um novo tipo de energia é necessário para fazer o progresso interno.

O sofrimento é uma maneira de aprender. O karma regula o processo. Mas esse não é o real aprendizado; o sofrimento apenas torna a consciência vagamente ciente de uma necessidade interna. Assim, o processo é lento, e durante um longo tempo o sofrimento e o confuso aprendizado continuam, durante a transição entre a atividade inconsciente do estágio pré-humano e a existência consciente do ser humano.

A energia que pavimenta o caminho para a sabedoria é a reflexão, qualidade especialmente humana, segundo Teilhard de Chardin. (...)

A reflexão, que necessita um tipo diferente da ambição, é a única que capacita os seres humanos a aprender sobre a vida e seus propósitos. Viveka-Chudamani indica claramente que a reflexão (Vichara) antecede à aproximação a um instrutor espiritual. O Bhagavad-Gita também afirma que esta é uma qualidade necessária."

(Radha Burnier - A Reflexão nos Torna Humanos - Revista Theosophia, pub. da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 95, jan/fev/março 2006 - p.11/12)
http://www.sociedadeteosofica.org.br/


O MAL É UM BUMERANGUE

"Falo agora da filosofia Sankhya, que explica os porquês. Mostro a necessidade de seguir as leis da religião na vida diária, e não apenas no domingo. 

Por que não se deve dizer falso testemunho contra o próximo? Porque isso desenvolve uma atitude de falsidade. A traição é o maior pecado perante Deus. Mentir sobre alguém para ganho pessoal, ou em retaliação, é perjurar a própria alma. Se todos fossem falsos, que pandemônio seria! Vamos supor que você diga a alguém que vai meditar mas, em vez disso, intenciona fazer alguma coisa contra essa pessoa. Isso é traição; é falsidade no pior grau. E também apresentar falso testemunho contra o próximo, para apoiar um malfeitor, é participar de sua conduta reprovável. Causará grave conflito interior, mental e emocional. Ainda que seja temporariamente racionalizado, cedo ou tarde ocorrerá o efeito bumerangue, criando grande angústia na consciência.

Cobiçar os bens alheios também atrai sofrimento, pois tudo que você der, receberá de volta. Dê amor e altruísmo e receberá o mesmo. Mas se expressar ambição, egoismo e cobiça, também atrairá tudo isso.

E por que não se deve roubar? Pense como seria o mundo se todos roubassem. Os maiores crimes seriam cometidos. Haveria brigas violentas e mortes para proteger os bens e para reaver artigos roubados. Roubar é uma ação antissocial que priva o próximo de seus direitos; conspira contra as próprias leis da existência. E a sociedade não tem o conhecimento nem as instalações adequadas para lidar com malfeitores. Quando os ladrões são presos, em geral seus maus hábitos se fortalecem e eles ainda adquirem novos traços negativos pela vivência com outros criminosos. Quando isso acontece, saem da prisão piores do que antes."

(Paramahansa Yogananda - Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 79/80)


domingo, 23 de fevereiro de 2014

ATUANDO COMO CANAIS PARA O DIVINO

"Este é o primeiro grande passo. Para dá-lo, há um segredo que precisamos lembrar: devemos realizar tudo como se o Grande Poder o estivesse realizando através de nós. É aquilo que é chamado no Gita de ‘inação em meio a ação.’ Para aqueles no mundo que desejam tornar-se verdadeiramente espiritualizados, é este o pensamento que deve estar por trás de todo o seu trabalho. Qual deveria ser a motivação no coração do advogado ou do juiz se eles aprendessem o segredo do espírito em assuntos comuns da vida? Eles precisam considerar-se simplesmente como encarnações da Justiça Divina. Até mesmo em meio à lei como a conhecemos, com suas imperfeições e erros, é a Justiça de Deus tentando fazer-se suprema na Terra. Aqueles que desejam ser espirituais na profissão da lei, devem sempre ter no centro de seu pensamento ‘eu sou a mão divina da Justiça no mundo, e como tal sigo a lei.’

O mesmo aplica-se a todos os campos. O comércio é uma das formas através das quais o mundo vive, uma parte da Atividade Divina. Aqueles que integram o comércio precisam considerar-se como parte daquele fluxo de vida em circulação através do qual as nações se reúnem. São os mercadores divinos no mundo e neles a Atividade Divina terá de encontrar mãos e pés. E todos que participam do governo e da orientação das nações são também representantes do Dispensador da Lei Divina e apenas realizam o seu trabalho corretamente à medida que compreendem que representam a vida divina naquele aspecto."

(Annie Besant - A Vida Espiritual – Ed. Teosófica, Brasília, 1992 - p.106)


O PRINCÍPIO DO GÊNERO

‘O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino.; o gênero se manifesta em todos os planos.’ (O Caibalion)

"Este princípio encerra a verdade que o gênero é manifestado em tudo; que o princípio masculino e o princípio feminino sempre estão em ação. Isto é certo não só no Plano físico, mas também nos Planos mental e espiritual. No Plano físico este Princípio se manifesta como sexo, nos planos superiores toma formas superiores, mas sempre é o mesmo Princípio. A compreensão de suas leis poderá esclarecer muitos assuntos que deixaram perplexas as mentes dos homens. O Princípio de Gênero opera sempre na direção da geração, regeneração e criação.

Todas as coisas e todas as pessoas contêm em si dos dois elementos deste grande Princípio.

Todas as coisas machos têm também o Elemento feminino; todas as coisas fêmeas têm o Elemento masculino. Sem compreenderdes a filosofia da Criação, Geração e Regeneração mentais, podereis estudar e compreender este Princípio hermético."

(Três Iniciados - O Caibalion: estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia – Ed. Pensamento, São Paulo, 2006 - p. 28/29)


sábado, 22 de fevereiro de 2014

INQUIETUDE METAFÍSICA

"Se existe o centro para o qual gravita a pedra solta no espaço –

Se existe o sol que a planta adivinha em plena escuridão –

Se existem zonas banhadas de luz e calor que de veemente saudades enchem as aves migratórias –

- por que não existiria algures esse grande astro por que minh’alma suspira?...

- por que não cantaria, para além desses mares visíveis, o invisível país da minha grande nostalgia?...

Por que não?...

Seria o homem, rei e coroa da creação, a única desarmonia no meio dessa universal sinfonia da Natureza?

Um caos de desordem em pleno cosmos de ordem?

Não atingiria ele jamais a meta das suas saudades?

 Seria ele mais infeliz que a pedra, a planta, o animal?

 Seria ele um eterno Tântalo ludibriado pela miragem duma felicidade quimérica?

 Seriam as mais nobres aspirações de minha’alma eternamente burladas por um gênio perverso e cruel?

 E teria esse tirano o nome de Deus?

 Quem poderia crer coisa tão incrível?

 Que inteligência abraçar tamanho absurdo?"

 (Huberto Rohden - De Alma para Alma - Fundação Alvorada, 8ª Edição - p. 15)
http://editoraalvorada.com.br/