OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 6 de maio de 2014

REVELANDO A SUA DIVINDADE

"Podemos produzir mudanças na estrutura celular do cacto, milho, arroz e frutos, como os cientistas estão fazendo diariamente. A fim de produzir um homem ou mulher mais semelhante a Deus, no entanto, não se depende do corpo ou da estrutura do cérebro; depende-se inteiramente de avivar o invisível, os poderes intangíveis de Deus dentro de cada um. Não se podem misturar numa massa qualidades como honestidade, integridade, justiça, alegria, coragem, fé, confiança, inspiração, amor e boa vontade. Não se podem incorporar sonhos, visões e iluminação em alguma mistura e dizer:

- Agora teremos um novo homem.

A fim de se elevar, o homem precisará de paz. A paz interior lhe permitirá estar em paz com o mundo. Ele precisará de amor e boa vontade para superar a ira, provações e atribulações do mundo. Precisará de coragem, fé e confiança nas leis criativas de sua mente, levando-o a servir ao resto da humanidade de forma mais maravilhosa e promovendo a paz neste mundo em transformação. Paz, harmonia, alegria, amor, sabedoria e compreensão emanam de Deus. Não se podem acrescentar a um homem ou mulher, pois sempre lá estiveram, esperando apenas o momento de serem liberados pelo indivíduo.

Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus, que há em ti ... (II Timóteo, 1:6)." 

(Joseph Murphy - Sua Forma Interior -Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 34/35)
www.record.com.br


VICHARA (1ª PARTE)

"'Conhecer-te a ti mesmo' era o dístico, que tendo achado no pórtico do templo de Delfos, Sócrates ensinava a seus díscipulos. Autoanalisa-te, díriamos hoje. Pratica vichara (autopesquisa), ensina o yoga. Em outras palavras, eu sugeriria: desilude-te em relação a ti mesmo. 

Tal sugestão soa como um conselho pessimista. Não é?

Desiludir-se não é negativismo. É libertar-se. É melhorar. É progredir para Deus. É salvar-se. Os iludidos ou estão no ou vão para o inferno. Só os desiludidos chegam ao céu. Que Deus abençoe minhas desilusões!

Quando um ser humano consegue desiludir-se do falso diagnóstico que de si mesmo fazia, as portas do céu lhe são abertas. Ninguém é tão bom como orgulhosamente se acredita, nem tão inferior quanto pessimistamente pensa ser. Tanto a primeira como a segunda ilusão devem ceder à judiciosa e redentora autognose, isto é, o conhecimento (gnose) real de si mesmo. Vichara é a busca, o inquérito no estilo 'quem sou eu'.

Cada um de nós é - quando livre da ilusão - a própria Realidade. O homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Não é o que se sabe?! - Pois bem, vamos procurar Deus através de conhecer aquilo que somos, descartando-nos, para isso, dos falsos juízos que de nós fazemos. Simples, não é?

Pois lhe digo que é obra ciclópica, que quase ninguém consegue realizar. No entanto, o pouco que conseguirmos na procura de nosso Verdadeiro Eu já pode nos melhorar a úlcera; dar-nos alegria se estivermos tristes, e vida, se desanimados. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 148/149)


segunda-feira, 5 de maio de 2014

AS LEIS CÁRMICAS

"É uma doutrina muito antiga, conhecida de todas as religiões e filosofias e, desde o renascimento do estudo científico no Ocidente, tem-se tornado um dos postulados fundamentais do conhecimento coordenado moderno. Se alguém joga uma pedrinha numa poça, ela causa ondas na água; essas ondas se espalham e finalmente batem nas margens que rodeiam a poça; e, diz a ciência moderna, as ondas são traduzidas em vibrações, que são levadas para fora para o infinito. Mas, a cada passo desse processo natural, há uma reação correspondente a cada uma e a todas as miríades de partículas atômicas afetadas pela energia que se espalha.

O Carma não tem, de modo algum, o sentido da palavra ‘Fatalismo”, por um lado, nem do que é popularmente conhecido como ‘Acaso', por outro. É essencialmente uma doutrina de Livre-Arbítrio, pois naturalmente a entidade que inicia o movimento ou ação – espiritual, mental, psicológico, físico ou qualquer outro – é responsável, daí em diante, em forma de consequências e efeitos que daí resultam, e mais cedo ou mais tarde alcançam o agente.

Já que tudo está entrelaçado, interligado e integrado a tudo mais, e nada e ninguém pode viver sozinho, outras entidades são necessariamente afetadas, em maior ou menor grau, pelas causas de movimentos iniciados por qualquer entidade individual; porém tais efeitos ou consequências em entidades outras que não o agente são apenas indiretamente uma força moralmente coerciva, no sentido verdadeiro da palavra ‘moral’.

A doutrina é extremamente consoladora para as mentes humanas, pois o homem pode traçar seu próprio destino, e na verdade tem que fazer isso. Ele pode formá-lo ou deformá-lo, à vontade; e, agindo com as próprias energias poderosas e ocultas da Natureza, ele se coloca em uníssono ou harmonia, e portanto se torna um cooperador da Natureza, como são os deuses."

(Dr. Douglas Backer - Leis Cármicas – Ed. Record, Rio de Janeiro, 1982 - p. 14/15)


LIBERDADE DENTRO DA MENTE (PARTE FINAL)

"(...) A mente é dividida em duas porções. A inferior, de matéria mental densa, está ligada às operações do ego (simbolizado pelo copo na história), e já está em desenvolvimento nos animais. Em razão disso, um cãozinho poodle é capaz de exibir comportamentos típicos de humanos, como o ciúme. De natureza separatista, essa mente compara-se à fechadura da nossa prisão de hábitos e pensamentos, repetindo atitudes errôneas indefinidamente.

Só o homem, contudo possui a parte superior da mente - chamada 'abstrata', conectada à nossa dimensão espiritual - por onde fluem as ideias mais avançadas, às vezes além das palavras. Referindo-se aos seus insights, Einstein certa vez declarou: 'Raramente penso em palavras. O pensamento vem e posso tentar expressá-lo em palavras depois'. Nessa fonte extraordinária, onde bebe o gênio, é que está nossa principal distinção como seres vivos: somos espíritos individualizados (em lugar de 'primatas', como diz Houzel), enquanto os animais agem instintivamente como 'alma-grupo'. Assim, os animais não têm escolha. Nós temos.

Nas situações de perda, como a do jovem aprendiz, ou nas disputas por espaço (onde às vezes agimos pior do que os animais), de fato não podemos ir para a condição do gênio ou do santo instantaneamente. O próprio cérebro só reflete aquilo que 'já é'  em nós: o Ser.

Contudo, podemos transformar nossos corpos físico e emocional e, aos poucos, nos libertarmos também da mente estreita. A chave para a saída de nossa prisão está na conexão com a dimensão espiritual. Mais do que um lago, essa dimensão é o próprio oceano dentro de nós mesmos."

(Walter S. Barbosa - Revista Sophia, ano 12, nº 47 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 18/19)

domingo, 4 de maio de 2014

QUE É DEUS?

"Agora: que é Deus? Se Deus não for Bem-aventurança e se Seu contato não produzir em nós Bem-aventurança, ou se nos trouxer apenas dor, ou se Seu contato não afastar de nós a dor, haveremos de desejá-Lo? Não. Se Deus é inútil para nós, não O queremos. Para que serve um Deus que permanece sempre desconhecido, cuja presença não se manifesta interiormente em nós, pelo menos em algumas circunstâncias de nossa vida?

Qualquer concepção que formemos de Deus pelo exercício da razão (por exemplo: 'Ele é transcendente' ou 'Ele é imanente') sempre permanecerá vaga, confusa, a menos que Deus seja realmente sentido como tal. Para falar a verdade, mantemos Deus, cautelosamente, distante de nós, concebendo-O às vezes apenas como um ser pessoal, e depois, também teoricamente, pensando que Ele está em nosso interior.

Por essa imprecisão de nossa ideia e experiência de Deus, não somos capazes de compreender a verdadeira necessidade que temos Dele e o valor pragmático da religião. Essa teoria ou ideia monótona deixa de ser convincente para nós. Não muda nossa vida, não influencia nossa conduta de modo apreciável, nem nos induz a tentar conhecer Deus."

(Paramahansa Yogananda - A Ciência da Religião - Self-Realization Fellowship - p. 42/43)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/a-ciencia-da-religiao.html