OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

LUZ INTERIOR

"Quando alguém nasce rico ou adquire riqueza por qualquer outro meio, tem uma formidável oportunidade para beneficiar os outros. Que desperdício quando tal oportunidade é esbanjada com extravagâncias para satisfazer os próprios desejos!

As boas qualidades humanas - honestidade, sinceridade e um bom coração - não podem ser compradas com dinheiro e nem produzidas por máquinas ou mesmo através da mente. 

São o que chamamos de luz interior.

Tanto a escravidão quanto a verdadeira liberdade estão associados aos vários estágios de um espírito iluminado e lúcido.

Através das várias técnicas de meditação, seus praticantes tentam alcançar um estado em que a iluminação e a lucidez - características primordiais do espírito - se manifestam em toda a sua grandeza."

(Dalai-Lama - O Caminho da Tranquilidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 58/59)

HÁBITOS DESTRUTIVOS (1ª PARTE)

"Um corpo doente fica estressado, e uma mente com temores, esperanças e incertezas também se estressa. Esse estresse está em alta no mundo moderno, com sua filosofia de competitividade e autopromoção. Por isso bastante pessoas estudam o budismo, o Zen, o Vedanta, ouvem palestras e frequentam templos, tentando escapar de tudo.

O monge erudito Srngeri afirmou: ‘As pessoas acreditam que é necessário ir para uma floresta praticar tapas, mas ela pode ser praticada onde quer que se esteja.’ Tapas significa ‘queimar’ os elementos do mundanismo e da impureza. Tapas corporal inclui ser honrado, inofensivo e casto.  Tapas verbal são palavras corretas, que não causem dor, que sejam úteis, que levem ao autoconhecimento. Tapas mental é ser sereno, ter sentimentos puros e uma mente controlada.

Estar fora do mundo significa ser livre, controlar a própria vida sem ser levado a adotar atitudes, valores e crenças por compulsão. No Yoga-Vasishtha e na Bíblia, encontramos conselhos de Vasishtha e Jesus, respectivamente, para sermos como criancinhas. As crianças são felizes por natureza. Elas não lutam contra o mundo, não se preocupam em adquirir bens nem em se autoengrandecer. São apenas elas mesmas.

Em contraste, a essência do mundanismo expressa-se nos adultos em uma atitude de confrontação, consciente ou inconsciente. Mesmo em pessoas que não vivem em circunstâncias duras, o tempo todo existe algo que luta, em um nível sutil. Existe competição na família, no trabalho, nas outras obrigações. Então fatigados pela luta, as pessoas se esforçam para se livrar dela. Ainda não ousam permanecer quietas e em paz; querem sempre realizar algo, chegar a algum lugar. (...)"

(Radha Burnier - Estar no mundo e viver em paz -  Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p. 29/31)


quarta-feira, 8 de outubro de 2014

CONTROLANDO A MENTE

"Você deve manobrar sua mente com firmeza e lentamente tazê-la sob controle. Nunca deve estar com pressa e jamais usar força para a controlar. Se há uma vaca dentro de nossa casa desejando sair para comer capim, o que fazer para a trazer de volta, para dentro? Tentamos descobrir a espécie de alimento que ela prefere e a alimentamos com o melhor que tivermos em casa. Gradualmente, daí por diante, a vaca abandonará a tendência de sair de casa. Da mesma forma, nossa mente vagueia e se exterioriza em busca de muitas coisas. Deseja ir, e curtir vários pensamentos. A fim de a controlar, ela que busca o preenchimento dos anseios mundanos e sensório, devemos substituir tais desejos normais pela ideia de Deus, que é mais nobre.

Fazemos que ela pense em Deus e assim, gradualmente, afastamo-la dos desejos vulgares. Hoje o homem esforça-se para desligar a mente de tais desejos, mas não está conseguindo. Está sendo vencido e humilhado. Em verdade, tais desejos e apegos, que a mente está fomentando, são característicos dos dias presentes. Até mesmo nossa inteligência se vê incapaz para exercer suficiente controle sobre a mente. Em circunstâncias tais, devemos tentar e cultivar o hábito da solidão ou juntar-nos a alguma companhia sagrada e, assim, fazendo a mente pensar boas coisas, salvá-la. Uma destas coisas tem de ser feita, se desejamos controlar a mente."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - p. 143)

A PRESENÇA DO ETERNO (PARTE FINAL)

"(...) Percebendo a importância da ação individual, podemos nós criar um mundo de paz e harmonia? Se não formos, nós próprios, a paz e a harmonia que queremos ver no mundo, a transformação desejada será utópica e, talvez, uma mera tentativa de fuga das condições caóticas em que vivemos. A busca da paz que parte apenas do desejo de não ser incomodado é tão somente uma forma sutilizada de egoísmo e de isolamento, que gera dor e sofrimento.

Se há uma paz que ultrapassa o entendimento, ela precisa ser encontrada no que há de mais profundo no nosso ser, que toca a dimensão do sagrado. Através da meditação - que não é apenas o ato de cruzar as pernas e fechar os olhos, mas essencialmente de observar atenta e cuidadosamente tudo o que se passa, a cada momento, dentro e fora de nós mesmos - podemos aprender a morrer psicologicamente para o nosso apego a tudo o que é transitório e de importância relativa para, naturalmente, encontrar, na mais íntima e profunda subjetividade, a presença do eterno.

Esta não é uma tarefa fácil, porque estamos sendo constantemente bombardeados com influências desarmônicas que surgem de dentro e de fora. Mas se empregarmos toda a nossa energia e encontrar a fonte primordial da vida, que é interna, de onde tudo provém, e nela estabelecermos a nossa consciência, a paz e a harmonia fluirão naturalmente, independentemente das condições externas. (...)"

(Marcos Luís Borges de Resende - A presença do eterno - Revista Sophia, Ano 12, nº 51 - p. 04)

terça-feira, 7 de outubro de 2014

RECONHEÇA A REALIDADE

"Você troca a realidade por ilusão. A realidade é o reconhecimento de sua imortalidade, divindade e eternidade. A ilusão é o seu mundo tridimensional e transitório. Essa troca lhe é prejudicial. Você deseja a ilusão da segurança em lugar da segurança da sabedoria e do amor. Deseja ser aceito quando, na realidade, jamais pode ser rejeitado. O ego cria ilusão e encobre a verdade. É preciso dissolver o ego para poder ver a verdade.

Com o amor e a compreensão vem a perspectiva da paciência infinita. Por que a sua pressa? Afinal, o tempo não existe, apenas lhe parece existir. Quando você não se apercebe do presente, quando está absorvido no passado ou preocupado com o futuro, traz para si mesmo grande dor e sofrimento. O tempo também é uma ilusão. Mesmo no mundo tridimensional, o futuro é apenas um sistema de probabilidades. Por que preocupar-se tanto?

A terapia do ser é possível. A compreensão é terapia. O amor é a suprema terapia. Terapeutas, professores, gurus - todos eles podem ajudar, mas só por tempo limitado. A direção é para dentro do ser, e mais cedo ou mais tarde o caminho interior tem de ser trilhado em solidão, muito embora na realidade nunca estejamos sós. Meça o tempo, se tem de medi-lo, em termos de lições aprendidas, não em minutos, horas ou anos. Você pode curar-se em cinco minutos se chegar ao conhecimento adequado. Ou em cinquenta anos. É tudo a mesma coisa.

O passado deve ser lembrado e, depois, esquecido. Deixe que ele se vá. Isso se aplica a traumas da infância e traumas de vidas passadas. Mas também se aplica a atitudes, falsas noções, sistemas de crenças que nos são impostos, a todos os velhos pensamentos. Na verdade, a todos os pensamentos. Como é possível termos uma visão nova e clara com todos esses pensamentos? E se tivéssemos de aprender algo novo a partir de uma nova perspectiva?

Os pensamentos criam ilusões de separação e diferença. O ego perpetua essa ilusão, e essa ilusão cria medo, ansiedade e enorme sofrimento. Por sua vez, o medo, a ansiedade e o sofrimento criam cólera e violência. Como pode haver paz em um mundo no qual essas emoções caóticas predominam? Simplesmente saia deste labirinto. Volte à origem do problema. Não volte a antigos pensamentos. Pare de pensar. Em vez disso, use o seu saber intuitivo para sentir amor novamente. Medite. Veja que tudo é interligado e interdependente. Veja a unidade, não as diferenças. Veja o seu verdadeiro ser. Veja Deus."

(Brian Weiss - Só o Amor é Real - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1996 - p. 88/89)
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