OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A IMPORTÂNCIA DOS MANTRAS (1ª PARTE)

"Swami Muktananda costuma contar uma história sobre um santo que uma vez estava fazendo um discurso sobre mantras. Um homem na platéia levantou-se e disse: 'Que bobagem é essa de mantra? Quem pode perder tempo repetindo a mesma palavra várias e várias vezes? O senhor acha que se repetir 'pão, pão, pão' isso irá encher a sua barriga?'

O santo pulou da sua almofada. Apontou o dedo para o homem e gritou: 'Cale-se e sente-se, seu estúpido!' O homem ficou furioso. Seu rosto avermelhou e todo o seu corpo começou a tremer de raiva. Explodiu dizendo: 'O senhor se diz um homem santo e usa um termo desses para se dirigir a mim?' O santo respondeu com humildade: 'Mas, senhor, não compreendo. Você ouviu ser chamado de estúpido somente uma vez, e veja como isso o afetou, mas acha que a nossa repetição do nome do Senhor por várias e várias horas não nos beneficiará.'

A história de Muktananda está relacionada a um dos níveis nos quais o mantra nos afeta - um nível no qual o efeito está ligado ao significado do nome ou frases sagradas. Em outras palavras, está ligado à nossa associação com as palavras. Mas, além de qualquer imagem que nos seja lembrada, o som do mantra exerce o seu próprio efeito sobre nós. É como se existissem planos de realidade que possuíssem os seus próprios sons, suas próprias vibrações e nós repetimos o mantra para nos harmonizarmos com esses planos conciliando as nossas próprias vibrações com as deles através da repetição do som do mantra. Esse som, ou shabdh, é basicamente um som espiritual e não físico - da mesma forma que os chakras não são órgãos físicos, mas locais espirituais de várias formas de energia do corpo. A prática do shabdh yoga é um caminho para trabalhar com o som interior.

Muitos livros sagrados, em várias tradições, ligaram o som à criação de toda a forma. No hinduísmo, diz-se que o Om é o som-raiz do universo, a semente ou sílaba bija que se manifesta como criação. E encontramos na Bíblia: 'No início havia o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus, e o Verbo se fez carne.' Podemos imaginar o ato da criação ocorrendo dessa forma: o sem-forma se transforma por meio do plano causal em ideia, que já é um som sutil, um som tanto de palavras como de imagens; e depois ele parte dali para sons cada vez mais densos, incluindo, finalmente, nossos corpos, que são na verdade uma forma de vibração densa. (Eles possuem um som, embora não possamos ouvi-lo). (...)'

(Ram Dass - Caminhos para Deus - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2007 - p. 152/153)
www.record.com.br


quarta-feira, 22 de outubro de 2014

COMO GUIAR NOSSA ESCOLHA DIÁRIA ENTRE AS MUITAS OPÇÕES QUE A VIDA APRESENTA

"O caminho para unir nossa consciência à consciência divina começa com a escolha diária de pensamentos e atos. A vida apresenta muitas opções, frequentemente contraditórias. Nós respondemos ou aos puxões dos sentidos, desejos e hábitos ou à pequena e silenciosa voz da consciência, que nos lembra onde está a verdadeira felicidade - no uso da divina força do discernimento e da vontade para fazer escolhas que afirmem, pela ação, a consciência e as qualidades divinas que existem em nós.

A vida nos tenta com muitas distrações que parecem prometer satisfação; há tantas coisas que queremos ter e fazer! Não é errado ir atrás das ambições que valem a pena - nós nascemos para agir e para exercer a iniciativa em fazer o bem. Contudo, facilmente nos envolvemos demais com o papel que nos coube, ligando a felicidade aos altos e baixos do nosso ambiente, que está sempre mudando. Sentimos a força dos hábitos e dos sentidos desobedientes; incontáveis desejos e exigências do ego clamam por atenção. (...)

É nossa a decisão de escolher o ego ou a alma para guiar a tendência da nossa consciência."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 12/13)

SETE DICAS PARA A FELICIDADE (PARTE FINAL)

"(...) Como conseqüência, vem a sexta dica: começa a surgir espontaneamente, a partir de dentro, uma alegria de se doar. Doar atenção, afeto, paciência, respeito, tempo e até mesmo dinheiro, quando temos. Tudo isso vem sozinho, lá de dentro, com uma alegria a que nada externo pode se comparar. Essa explosão interna muda completamente o sentido do nosso viver.

Por fim, o sol nascente que é a felicidade surge, a partir de dentro, clareando toda a vida, sob a forma de amor. Felicidade e amor são como irmãos siameses, inseparáveis.

O amor, que é a força mais poderosa do universo, manifesta-se em tudo o que vive. Em nós ele floresce quando percebemos e compreendemos todas as limitações que nós mesmos antepomos, impedindo o seu brilho. Nas pequenas e em todas as coisas pode ser percebida a sua presença, por quem aprende a comungar com a vida, que é sagrada.

Aqui vai a última dica: muito do que se chama de amor não é amor, mas autointeresse. O amor é a energia mais benéfica e elevada que existe na natureza, e, por isso, não pode ser possuído pelo ego, que é necessariamente limitado. Entretanto, todos nós podemos ser como cálices, que recebem a vida e o amor universais, desde que não seja apenas para nós mesmos, porém transbordando para os demais. Só somos verdadeiramente felizes quando fazemos os outros felizes.

Não podemos cultivar ou reter o amor, mas sempre que abandonamos o centro mental de autopreocupações e interesses e abrimos a janela, sob a forma de aquietamento interior e receptividade, ele pode vir como a brisa fresca da manhã, trazendo a felicidade."

(Marcos Resende - Sete dicas para a felicidade - Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p.5/7)


terça-feira, 21 de outubro de 2014

A VIDA SEM ENTENDIMENTO É UM SUICÍDIO MATERIAL E ESPIRITUAL

"Abençoados são os que possuem entendimento. É a maior necessidade no caminho espiritual e no caminho da vida, pois é o farol que ilumina a sua senda e leva ao êxito. Antes que possa alcançar o objetivo principal de sua vida, você precisa possuir esta faculdade tão importante. Portanto, nunca seja cego; nunca tenha falta de compreensão. É suicídio material e espiritual.

O entendimento deve ser a força a guiá-lo em todas as situações. Por piores que sejam os testes que você enfrenta, tente entendê-los. Deus nunca causa dano ou sofrimento a ninguém. Somos nós que, entendendo ou não entendendo, ajudamos ou atrapalhamos. Ore a Deus para que, não importa as experiências que tenha de viver, sempre as entenda. É a única coisa que o salvará. Quando minhas provas ficam muito grandes, busco primeiro, dentro de mim, o entendimento. Não culpo as circunstâncias nem tento corrigir os outros. Primeiro faço a introspecção. tento limpar a cidadela de minha alma, removendo qualquer coisa que possa obstruir a expressão onipotente e onisciente da alma. É o modo de viver com êxito.

Fugir dos problemas parece ser a solução mais fácil, mas você só aumenta a própria força se lutar contra um oponente forte. Quem não enfrenta dificuldades não cresce. Quando você tem entendimento, não tem receio de nada. Nele está a segurança.

Muitos e muitos testes tive que enfrentar na vida. Os mais difíceis são os que envolvem seres humanos, porque eles não entendem. Fui mal interpretado por pessoas que já amei, por pessoas a quem entreguei o coração. Mas isso nunca criou amargura em mim. Se a amargura surgir em seu coração por causa da falta de compreensão alheia, você perderá o entendimento. Não fique magoado quando alguém o interpretar mal. Em vez disso, dedique mais atenção a ajudar aquela pessoa. Se você conseguir manter neutros seus sentimentos por quem não o compreende, estará sempre pronto a ajudar qualquer um e todas as pessoas. Os que seguem o caminho da Self-Realization só devem nutrir sentimentos de boa vontade por todos."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 249/250)

SETE DICAS PARA A FELICIDADE (3ª PARTE)

"(...) O terceiro segredo para a felicidade diz respeito à autoimagem. Por que precisamos tê-la? Não será ela uma ilusão? Quase todas as formas de sofrimento estão associadas à autoimagem. ‘Como fui injustiçado, estou ofendido; quanta ingratidão. Essas frases surgem na mente e nos jogam para baixo como decorrência da autoimagem que estamos sempre a nutrir.’

Ninguém pode nos ofender, a não ser que permitamos, ficando presos a um jogo de imagens mentais. Se percebemos o caráter ilusório dessas imagens, quantas ofensas, preconceitos e barreiras se desvanecem e se desfazem. Nós não somos a imagem de nós mesmos que estamos sempre a nutrir, e,portanto, precisamos perceber os jogos do pensamento para nos livrar de um fardo imenso que impede a felicidade.

A quarta dica diz respeito à percepção da transitoriedade de tudo o que é externo. Estamos nesse mundo material de passagem. Essa é a mais certa de todas as realidades. Não sabemos ainda em que momento sairemos dessa dimensão percebida por meio dos cincos sentidos, mas não temos dúvida de que a morte algum dia virá. A consciência da realidade inexorável da morte pode mudar completamente o sentido da vida. Todo o apego, todo desejo de perenização, tudo deve ser considerado e compreendido tendo em conta que a vida e morte são duas faces de uma realidade profundamente bela e sagrada. Resistir ao movimento da vida, que inclui a morte, é mergulhar no sofrimento.

Em quinto lugar, se queremos ser felizes, precisamos perceber o nosso egoísmo, sem fazer disso um problema. O ser humano, na fase em que se encontra, é profundamente egoísta, e nós não somos diferentes. É melhor sermos honestos e ver as coisas como são do que acreditar numa imagem glorificada de nós mesmos que não corresponde à realidade. Se decidirmos lutar contra o egoísmo em nós, daremos margem ao conflito, o que não traz  felicidade. É preciso observar o egoísmo sem criar a dualidade entre a realidade do que é a idéia do que não deveria ser. Se apenas observarmos com carinho e paciência, sem a idéia do que deveria ser, o egoísmo vai se dissolvendo naturalmente, e, com ele, vai embora uma grande quantidade de problemas. (...)"

(Marcos Resende - Sete dicas para a felicidade - Revista Sophia, Ano 11, nº 41 - p.5/7)