OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


terça-feira, 25 de novembro de 2014

SEJA UM BOM CHEFE

"Você se torna um bom chefe quando deixa de culpar o ambiente em que vive, sua infância, seus pais e sua herança. Não adianta culpar os outros; a causa está em seus próprios pensamentos e sentimentos. A única pessoa a mudar é você mesmo.

Aprenda a assumir o controle e ser o chefe de seus pensamentos, sentimentos, ações e reações. Compreenda que é um rei em sua própria casa. Reivindique que a lei e a ordem Divinas governem sua vida em todas as ocasiões. Comece a pensar, falar, agir e reagir do ponto de vista do Centro Divino em você. Pode comandar seus pensamentos e dizer-lhes onde devem concentrar a atenção. Cuide para que todos os seus pensamentos paguem dividendos em saúde, sucesso, boas relações humanas e em todos os demais aspectos de sua vida.

O homem que se recusa a assumir o comando de seus próprios pensamentos será dominado e controlado pelas condições, circunstâncias e pessoas. Descobre-se sendo empurrado de um lado para outro, coagido e controlado pela mente de massa. Escolha os seus próprios pensamentos, baseado nos princípios Divinos e verdades eternas; com isso, todos os seus caminhos serão de satisfação e todas as trilhas serão de paz."

(Joseph Murphy - Sua Força Interior - Ed. Record, Rio de Janeiro, 1995 - p. 244/245)

SEXO E VIDA (1ª PARTE)

"Duas atitudes extremas em relação a este relevante problema da vida devem ser evitadas pelos candidatos a uma vida feliz e saudável: 

- castração psíquica;
- a desregrada e degradante gratificação.

A primeira é o caso dos que, por ignorância e erro, fazem do sexo um tabu, e por isso o evitam, condenam e até o temem. Quem vê no sexo uma imundície, uma ofensa à moral religiosa, portanto algo a ser temido; quem vê no ato sexual o 'pecado original', que nos condenou ao inferno; quem vê no sexo um antideus, uma queda, uma condenação à 'vida sem Deus' ou uma vergonha a ser ocultada; quem vê no sexo uma fraqueza ou artimanha engendrada por belzebu, para tomar nossa alma; quem vê o sexo assim tão deformado, precisa mudar de ideia e começar a descobrir que, além de não ser pecado, nem ser proibido por Deus, é, ao contrário, uma expressão do próprio Deus Onipresente. 

Essa castração nascida da mente é que mereceria ser chamada de belzebu. E tem sido tormento e desequilíbrio para muitos seres humanos. 

É impossível, em poucas frases, demonstrar que, dentro dos limites da normalidade, o sexo é, não apenas benéfico, mas mesmo uma necessidade biológica, psíquica, moral e espiritual. 

O próprio yoga, mal interpretado tem criado dificuldades àqueles que fanática e irracionalmente se decidem a cumprir um preceito chamado brahmacharya, que, ao pé da letra, quer dizer, caminho (charya) do Absoluto (Brahman). Esta palavra tem sido traduzida por quase todos os autores como 'castidade' ou 'celibato', sendo, portanto, interpretada como um veto ao sexo, uma repressão, que pode ser desastrosa aos homens vulgares. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 234/235)


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

SOBRE A VIDA FELIZ

"Em primeiro lugar, precisamos procurar saber qual é a nossa meta; depois, o caminho pelo qual poderemos atingi-la mais rapidamente, e, durante a jornada, desde que estejamos no caminho certo, devemos descobrir qual a distância que podemos vencer, a cada dia, e também qual a distância que ainda resta percorrer, para alcançar a meta para a qual somos impelidos por um desejo natural. Mas, enquanto caminharmos sem rumo, sem nenhum tipo de orientação, seguindo apenas o ruído e os chamados discordantes dos que nos atraem para diferentes direções, passaremos a vida cometendo erros - uma vida que é curta, mesmo quando nos esforçamos, dia e noite, para obter a sabedoria. Vamos, portanto, decidir tanto a meta, como o caminho, e, também, procurar um guia experiente que já tenha explorado a região para onde estamos avançando; pois as condições dessa jornada são diferentes da maioria das outras jornadas, Em quase todas as jornadas, uma estrada bem conhecida e perguntas feitas aos habitantes da região impedem que você se perca; mas nesta, os caminhos mais percorridos e mais frequentados também, são os mais enganadores. Nada, portanto, precisa ser mais enfatizado do que o aviso de que não devemos, como carneiros, seguir a liderança dos que estão na nossa frente, percorrendo o caminho que todos percorrem e não o caminho que deveríamos percorrer."

(Sêneca (aproximadamente 58 d.C.) - A Essência da Felicidade - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2002 - p. 98/99)

A NECESSIDADE QUE O HOMEM TEM DE DEUS

"No mundo, assim como no ashram, a vida mais satisfatória que o ser humano pode ter consiste em seguir o caminho espiritual interior. Quando ele tem Deus, seu coração não almejará nenhuma outra coisa. Tudo que já tenha buscado ou desejado ardentemente, ele o encontrará no completo contentamento e satisfação que desfruta em Deus. Ele tem apenas uma oração: que não seja mais enganado por este mundo. Tendo encontrado a comunhão divina - a abertura pela qual ele pode escapar da pequena cela do corpo e da consciência do ego para a liberdade da alma -, ele nunca mais deseja confinar-se de novo.

Essa compreensão da natureza aprisionadora do ego se desenvolve de acordo com o grau com que entregamos esse ego, com todas as suas limitações e egoísmo, a Deus. É impossível para Ele entrar na consciência do homem que pensa constantemente: 'eu, eu, eu'. Naquele que está completamente absorto no 'eu' não há lugar para 'Tu'. O primeiro objetivo a se buscar é a remoção desse 'eu'. Não é simples, mas torna-se mais fácil se desenvolvemos um anseio mais profundo por Deus.

Com frequência, esse anseio por Ele surge pelo sofrimento. Entretanto, não vejo o sofrimento como essencial no caminho espiritual, Muitas interpretações da vida e dos ensinamentos de Jesus estendem-se sobre a virtude da tristeza e do sofrimento. Esse conceito é muito deprimente. Mesmo sendo jovem, eu o rejeitei quando ele me foi apresentado; eu não conseguia imaginar alguém procurando a tristeza ou o sofrimento voluntária e alegremente. Não é uma forma prática ou realista de acercar-se de Deus, porque esses estados negativos não são naturais à alma. Eu nunca teria abraçado a yoga se tivesse pensado que é um caminho de tristeza! Eu acreditava que a busca de Deus devia acabar de vez com toda dor e infelicidade. Agora, depois de trinta e tantos anos neste caminho espiritual, estou convencida, para além de qualquer dúvida, de que encontrar Deus e comungar com Ele acabam realmente com a infelicidade humana.

Isso não é para dizer que o aspirante espiritual não vai passar por certas fases de dificuldade. É irrealista a ideia de que, pelo simples fato de procurarmos Deus, Ele removerá todos os obstáculos de nosso caminho. Com certeza Ele poderia fazer isso; mas se o fizesse, de onde viria a tenacidade humana? O músculo se fortalece pelo uso. Um braço inativo, que prende flacidamente ao lado do corpo, gradualmente se enfraquece e se atrofia. Assim é como ser humano. Se os músculos de sua fé, dedicação, compaixão, paciência, devoção, lealdade, perseverança - todas essas qualidades embrionárias que jazem no fundo da alma - não forem exigidas e exercitadas durante seu sadhana ou busca espiritual, ele nunca mudará e superará suas fraquezas e limitações humanas."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 109/110)

domingo, 23 de novembro de 2014

AS TRÊS PORTAS

"Existe um poema que diz:
Há três portas para o Templo:
Saber, trabalhar, orar;
E aqueles que esperam no portão externo
Podem entrar por qualquer delas.
Há sempre os três caminhos; o homem pode chegar aos pés do Mestre pelos estudos profundos, porque nesse caminho ele chega a saber e a sentir; e certamente se pode alcançar o Mestre por profunda, perseverante e longa devoção, pela constante elevação da alma até Ele. E há também o método de lançar-se a alguma atividade definida por Ele. Mas há de ser algo definidamente feito para Ele com este pensamento em mente: 'Se há crédito ou glória nesta obra, não os quero; faço-a em nome de meu Mestre; a Ele toda glória e louvor.' O poema acima citado também diz: 'Existe o que não ora nem estuda, e todavia pode trablhar muito bem.' E isto é exato. Existem alguns que muito pouco podem meditar, e quando procuram estudar, acham-no muito difícil. Esses devem continuar ambas estas coisas, porque nos cabe desenvolver todos os aspectos de nossa natureza, mas a maioria de todos eles deve-se lançar na obra, e fazer algo por seus semelhantes.

Tal é o mais seguro de todos os apelos: fazer as coisas em seu nome, praticar bons atos pensando n'Ele, recordando-se de que Ele é muito mais sensível ao pensamento do que as pessoas comuns. Se um homem pensa num amigo distante, seu pensamento se dirige para esse amigo e o influencia, de modo que o amigo pensa no emissor  do pensamento a não ser que sua mente no momento esteja muito ocupada com outra coisa. Mas por muito ocupado que um Mestre possa estar, um pensamento dirigido a Ele produz uma certa impressão, e ainda que no momento, talvez, não possa tomar qualquer conhecimento, contudo o toque ali está, e Ele o saberá e emitirá o Seu amor e Sua energia em resposta ao pensamento."

(C.W. Leadbeater - Os Mestres e a Senda - Ed. Pensamento, São Paulo, 2004 - p. 64/65)