OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 19 de junho de 2013

UTILIZE O CONHECIMENTO/EXPERIÊNCIA ADQUIRIDOS PARA RESPONDER AOS QUESTIONAMENTOS DA SUA EXISTÊNCIA

"Há quatro respostas à caça das quais o homem se deve empenhar: "Quem sou eu?" "De onde vim?" "Para onde vou?" "Por quanto tempo ainda estarei aqui?" Os quatro Vedas oferecem tais respostas. Toda pesquisa espiritual começa com estas perguntas e tenta chegar às respostas. Suponha que uma carta posta na caixa do correio não leve o endereço para onde vai e nem de onde veio. Por certo não chegará a nenhuma parte. Escrevê-la foi puro desperdício. De igual forma, é desperdício ter nascido neste mundo sem saber de onde se veio e para onde se vai. A carta irá para a posta restante. O jivi* será presa do círculo de nascimentos e mortes sem nunca se encontrar. Para evitar isso (tal desperdício), é necessário praticar atmavichara **, e para obter respostas corretas, é essencial o sadhana (disciplina). As respostas devem fazer parte da experiência de cada um." 

* Jivi é a alma individual, que está presa à roda de samsara (círculo de reencarnações), mas da qual se deve libertar
** Atmavichara - Atma, a Centelha Divina que é consciência e vida em todo vivente, vichara, pesquisa, inquérito, busca. Atmavichara é o libertador inquérito sobre nosso verdadeiro Ser, isto é, o Atma. Na prática de atmavichara  procuramos descartar-nos do frustrador embuste que nos convence de que "eu sou fulano". Na realidade, cada um de nós é Atma, mas está padecendo a ilusão de ser "fulano", um ahamkara (um ego pessoal). 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era , Rio de Janeiro - p. 39/40)


SARVA YOGA - O MELHOR SISTEMA DE YOGA (1ª PARTE - II)

" (...) As pessoas nas quais predomina o atributo sattva são inteligentes, harmoniosas, sábias, serenas, puras, Para elas, Jnana e Raja Yoga não são difíceis como o são para as outras. Os agitados e apaixonados indivíduos rajásicos se encontrarão mais à vontade na prática do Karma Yoga. Os tamásicos, com a ajuda principalmente da Hatha Yoga, adquirem mais energia para vencer a inércia, a ignorância e a apatia que tanto os retêm. Também com Hatha Yoga pessoas rajásicas (tensas e instáveis) podem acrescentar alguma dose de sattva a seu temperamento e à sua conduta, vindo a se tornar serenas, autocontroladas e mais felizes. 

A personalidade de uma pessoa não é suficientemente definida somente pela conjugação dos seis componentes acima citados. Ainda a influenciam consideravelmente um exame dos chamados vasanas e samskaras, isto é, tendência e impressões sutis depositadas nos níveis insondáveis da mente, pelos karmas (ações) ao longo de vidas e vidas. Dos abismos profundos da mente eles tecem intrincada contextura de tendências, inclinações, predisposições, vocações, talentos inatos, caracterizando assim um particular perfil personológico predisposto a este ou àquele sistema de Yoga. 

Convém aqui refletir também sobre o que dizem os textos tântricos (...), que classifica os aspirantes em três biotipos: (1) os pasubhava, animalescos, dados à liberalidade e libertinagem; (2) os virabhava, heróicos, aos quais são recomendadas a Bhaktie a Karma Yogas; e (3) os divabhavas, luminosos, áureos, capacitados para a Raja Yoga e Jnana Yoga. 

Quantos outros fatores ainda pesam na constituição de um indivíduo, desenhando sua personalidade, seu caráter: fatores sociais, étnicos, astrológicos, culturais... Sei lá! Cada ser humano é uma incógnita. Como definir qual o sistema de Yoga mais apropriado a alguém? (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 136/137)


terça-feira, 18 de junho de 2013

CRISTO: "O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA"

"Para muitos cristãos, os eventos históricos da vida de Cristo e sua interpretação bíblica formam a base de sua religião. Para aquele misticamente orientado, porém e, na verdade, para toda alma humana, é Cristo como o revelador da sabedoria universal, como aquela própria sabedoria, que oferece a maior atração. Ele não é somente uma figura histórica. Ele é “o caminho, a verdade e a vida”.¹ Se conseguimos obter pelo menos um único relance daquela luz que é o Cristo Universal, nossa vida muda: ela é a Luz de Cristo, antiga, mas sempre nova, que cada instrutor traz para o mundo. Eles são poderosos Salvadores, mas a Luz é ainda mais poderosa do que Eles. Esse é o coração do cristianismo, bem como o de todas as outras verdadeiras religiões, e nessa verdade todas as crenças são UMA.

Esse lampejo, que é a união com o Cristo Universal, é a meta da vida religiosa. O Instrutor o traz mais perto, torna-o mais facilmente ao alcance da consciência em todos os reinos da natureza. Essa experiência pode ser obtida deliberadamente, porque sua realização é governada por leis tão exatas como as que o químico deve obedecer no laboratório.

“A Europa tem uma religião que satisfaz o coração, mas não sua cabeça e uma filosofia que satisfaz sua cabeça, mas não seu coração.” A Teosofia, ou o cristianismo místico, atende a essa necessidade. Ela mostra as leis e o caminho para a esplêndida visão que, quando alcançada, ofusca todo o brilho do mundo para os felizardos que vêm. Essa experiência e o anseio por ela, pois ela é uma paixão perdida no mundo, perdida porque submergiu na experiência física e seu anseio. O mundo sente saudade da espiritualidade; ele vagou tão longe que se esqueceu de sua casa.

A função da religião é restaurar aquela memória e mostrar o caminho de volta para casa. Em vez disso, ela insiste em questões de fé e aprisiona os homens no controle das crenças, cega-os espiritualmente pelo medo que as ameaças de condenação despertam nos ignorantes. A tragédia é que as crenças não têm absolutamente nenhuma importância e a visão é de suma importância na verdadeira religião.

Ó, padres! Como vocês falham, apesar das boas intenções. Cada história da vida do Mestre brilha com a luz verdadeira. A Bíblia não é um livro de palavras; é um raio do sol espiritual, brilhante e vivo. Doador de luz; portador de luz, e acima de tudo uma chave para as portas da prisão.

Tornem-se intérpretes. Essa é a função de vocês. O homem espiritualmente cego vai apressadamente de madrugada para o mercado em busca da riqueza e nunca vê os diamantes do orvalho brilhando em cada folha de grama. Tornar-se um intérprete da sabedoria e da verdade para os homens, um despertador da sabedoria e da verdade dentro do homem, esse é um trabalho verdadeiramente religioso, verdadeiramente cristão e verdadeiramente digno."

1. Jo. 14:6

(Luz do Santuário - O Diário Oculto de Geoffrey Hodson - Compilado por Sandra Hodson e traduzido por Raul Branco - p. 51/52)

SARVA YOGA - O MELHOR SISTEMA DE YOGA (1ª PARTE - I)

"É compreensível que, após conhecer embora superficial e resumidamente a proposta do Yoga, o leitor inteligente sinta o forte apelo do "essencial da vida". A partir daí será natural que indague: em qual das modalidades devo me engajar? A situação é a de quem, já sabendo onde deve chegar, precisa optar pelo melhor caminho. Pode ser também que, mesmo sem pretender engajar-se na prática, alguém, até por mera curiosidade intelectual, deseje saber qual é o melhor sistema de Yoga. O caminho (marga) da sabedoria? O da ação? Da devoção? O caminho do controle mental? Para você se unir com Deus, o método mais eficiente, direto, fácil, livre de riscos, menos oneroso e no qual a presença objetiva de um Mestre não seja indispensável é seguramente aquele que mais atende à sua natureza, isto é, a você como um sistema holístico, consideradas as características físicas, energéticas, psíquicas e espirituais. 

As escrituras hindus dizem que o jivatman (a alma individual) é uma trindade formada por: (1) iccha (capacidade de querer); (2) jnana (capacidade de saber); e (3) kriya (capacidade de agir). Por conta de normais limitações impostas pela matéria, elas se traduzem respectivamente em: (1) inquietantes desejos; (2) parcos conhecimentos medíocres; (3) e egocentrados afazeres. A personalidade de cada ser humano é mercada pela predominância de uma dessas dimensões sobre as outras duas. Uns são (1) mais ambiciosos e apegados; outros, (2) mais estudiosos e perquiridores; e outros, finalmente, (3) mais ativos. Onde você se enquadra?

Se você é do tipo (1), o caminho mais adequado, obviamente, seria dirigir seus diferentes desejos e apegos para Deus, cultivar a mais profunda devoção. Bhakti Yoga seria seu melhor caminho de realização. Se você é do tipo (2), acima de tudo aspira à sabedoria, mais apropriada lhe será a Jnana Yoga, que transformará conhecimento medíocre e limitado em vivência intuitiva. Se seu tipo é (3), de vida dinâmica, sempre empreendendo algo, a Karma Yoga, que direciona para o bem comum as ações normalmente egocentradas, transformando-as em oferendas a Deus, ser-lhe-ia o sistema acertado.

Você deve ter notado que usei o verbo condicional (seria). Por quê?

A escolha do caminho depende ainda de considerações sobre outros fatores, tais como os gunas. As mesmas escrituras hindus dizem que o mundo material inteiro com toda variedade de seres é constituído de três gunas, vale dizer, qualidades, propriedades, atributos: (1) sattva, o atributo de iluminar; (2) rajas, de ativar;e (3) tamas, de persistir, restringir e obscurecer. Igual ao universo, os seres humanos também são triguna, isto é, uma constelação dos três atributos ou gunas. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 135/136)


segunda-feira, 17 de junho de 2013

TODO MUNDO É MEIO LOUCO

"O problema é que todos nós, como dizia Paramahansaji, somos meio loucos e não o sabemos; porque pessoas de excentricidades similares se juntam. Nenhum ser humano é realmente equilibrado até vir a conhecer Deus. As únicas pessoas "bem-ajustadas" neste mundo são as que alcançaram a Autorrealização - e isso é o que todos nós estamos nos esforçando para atingir. 

Muitas pessoas são mentalmente desequilibradas, porém muitas e muitas são emocionalmente desequilibradas - emocionalmente aleijadas, emocionalmente imaturas. Não podemos negar isso. Parece-me que essa doença emocional é o principal problema da humanidade hoje. Um sintoma disso está evidente na maneira como as pessoas culpam, constantemente, as condições externas ou outras pessoas por suas inúmeras dificuldades. "Ora, se ela não tivesse feito isso ou se ela não tivesse dito aquilo, eu não estaria sofrendo hoje." Tolice! A falácia de tal raciocínio é uma lição que o Mestre, muito categoricamente, insistia que aprendêssemos.

Não culpe os outros pelo que você é. Sua situação é exatamente o que você mesmo criou. A afirmação "Você é o mestre de seu próprio destino" é absolutamente verdadeira. Você é o arquiteto de seu próprio destino. A dificuldade é que, em nossa ignorância, não soubemos controlar nossas fraquezas humanas e, portanto, pusemos em movimento aquelas formas de comportamento que nos trouxeram os efeitos adversos que hoje experimentamos. Perceber essa verdade é sinal de amadurecimento da maneira de pensar. Favorece nosso crescimento emocional. Estou realçando isso porque a atitude correta em relação a nossos problemas é uma necessidade básica de todos. 

Todos nós temos de crescer, e crescer significa reconhecer nosso verdadeiro Eu e nos comportarmos como tal: "Não sou este indivíduo emocional!. Não sou esta pessoa assustada e lamurienta. Não sou este fraco inseguro. Sou parte de Deus." Guruji nos diz que, pela prática da meditação regular e seguindo as regras espirituais que ele descreveu, perceberemos quem realmente somos. Quando ficarmos plenamente conscientes de Deus, quando nossa consciência se unir com a consciência divina, só então saberemos." 

(Sria Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 36/37)