OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

BUDISMO (3ª PARTE)

"(...) Descrever os ensinamentos do Budha como um mero sistema árido, separado da vida do próprio Ser Abençoado, iria privá-los da força inspiradora que os tornava agradáveis àqueles que os ouviam e da grande influência que exerciam sobre as vidas dos homens.

Eras intermináveis de vidas inumeráveis ele deixou para trás antes de nascer na cidade de Kapilavastu, no palácio do rei – nascido pela última vez neste planeta, nascido para alcançar a iluminação. Passo a passo ele escalou a longa escada da existência; vida após vida de autossacrifício e devoção o levaram da humanidade terrestre à humanidade divina, da humanidade divina à posição de um Bodhisattva, da posição de um Bodhisattva à de um Budha, para se tornar um da série de supremos instrutores de deuses e de homens. No vale do Ganges, cerca de cem milhas a noroeste da cidade sagrada de Varanasi, nasceu essa criança, e dizem que os devas lançaram flores sobre mãe e filho, que toda a natureza se regozijou pelo seu nascimento, sabendo o trabalho que ele deveria realizar no mundo.

A data do seu nascimento é, segundo os cingaleses, 623 a.C., e 685 a.C. segundo os tailandeses. Ele recebeu o nome de Siddharta, ‘Aquele que realizou seus propósitos’. O nome foi dado devido a uma profecia feita logo após o seu nascimento, de que a criança seria um poderoso instrutor e um iluminador das nações da Terra; mas enquanto jovem, ele foi aparentemente ignorante do seu poderoso destino.

Esse é um problema que tem causado dificuldades a muitas mentes: como é possível, para alguns dos maiores seres nascidos no mundo, que o conhecimento de sua própria grandeza lhes permaneça oculto durante algum tempo. A mesma coisa aconteceu com Rama, que nos seus primeiros dias não mostrava qualquer conhecimento de que era um avatar do Supremo. Assim foi com o Budha; levando uma vida nobre, bela e pura, como menino, como jovem, até quando do seu casamento com sua prima, e durante um ano ou dois após; mas era uma vida que aparentemente não reconhecia sua própria grandeza, não compreendia ainda sua missão ou papel que tinha de desempenhar. (...)"

(Annie Besant - Sete Grandes Religiões - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 73/79)


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O HOMEM INVISÍVEL ESTÁ LIVRE DO SOFRIMENTO E MORTE

"Viver só na consciência do corpo visível de carne é um atraso espiritual, pois o corpo está sujeito aos sofrimentos da doença, dos ferimentos, da pobreza, da fome e da morte. Deveríamos repudiar o pensamento de que somos o corpo visível, vulnerável, destrutível. O homem invisível dentro de nós não pode ser ferido ou morto. Não deveríamos fazer um esforço maior para perceber nossa desconhecida natureza imortal? Aumentando nosso conhecimento do ser invisível, poderemos controlar o homem visível, como fazem os grandes mestres. Mesmo quando o homem visível sofre, quem está consciente dos seus poderes divinos como homem invisível interno, pode permanecer desligado do sofrimento físico. 

Como obter esse controle? Primeiro, aprenda a viver mais em silêncio; aprenda a meditar. A princípio, pode parecer desinteressante; você tem se conservado em contato tão íntimo com o corpo físico visível que tem dificuldade de pensar em outra coisa além dos incessantes problemas, desejos e necessidades deste corpo. Mas faça o esforço. Mantendo os olhos fechados, repita muitas vezes: 'Sou feito à imagem de Deus. Minha vida não pode ser destruída de modo algum. Sou o eterno homem invisível.'"

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 262/263)
http://www.omnisciencia.com.br/eterna-busca-do-homem.html


BUDISMO (2ª PARTE)

"(...) com relação aos ensinamentos do Budismo, encontramos base nas próprias escrituras budistas – pois esta é a maneira mais justa de lidar com uma fé – e então, como sempre, olhando-as à luz do conhecimento oculto, tentaremos ver o quanto elas são consistentes para com os mais nobres ensinamentos de outras crenças, para com as verdades religiosas essenciais, e como suas doutrinas são agora consideradas com muita suspeição; e dificilmente se encontra alguém que queira aceitar seus ensinamentos ou que deseje ser chamado pelo seu nome – isso se dá principalmente devido às concepções errôneas e aos embustes, em pequena extensão, a que alguns dos discípulos posteriores expuseram os ensinamentos do Budha entre as pessoas às quais ele pertencia por raça, na terra que foi o seu local de nascimento. Sem sombra de dúvida o Budismo é irmão do Hinduísmo; e se lidos corretamente, as escrituras budistas são o eco das escrituras hindus, e os ensinamentos – embora muitas vezes apresentados numa forma menos metafísica e mais diretamente prática – são ensinamentos que estão impregnados do espírito hindu.

A forma que assumiram estava especialmente adaptada pela presciência do Budha para que os ensinamentos da mais pura moralidade hindu fossem levados aos muitos países fora dos limites dentro dos quais o Hinduísmo seria ensinado. A ideia era disseminá-lo entre povos menos agudamente metafísicos e menos intelectuais do que o povo hindu. 

Encontramos aqui as mesmas verdades fundamentais, embora a forma sob a qual apareçam seja mais simples e de muitas maneiras quiçá mais prática e direta. A missão do Budha – embora começasse na Índia com a esperança talvez de que toda a obra pudesse seguir em harmonia e sem ruptura – tinha por finalidade levar a luz da verdade a outros povos, uma missão que foi realizada de maneira triunfante e que, esperamos, irá continuar a sê-lo ainda por muito tempo. (...)"

(Annie Besant - Sete Grandes Religiões - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 73/79)


terça-feira, 10 de setembro de 2013

A SAÚDE MENTAL DO HOMEM

"Sangue, fleugma e bile, por sua predominância e proporções, determinam a saúde física do homem. Assim também há três qualidades que, por sua predominância e proporções, estabelecem a saúde mental do homem. 

Exatamente como você obedece às regras de saúde física por medo de cair doente, também deve praticar certas restrições e normas mentais, tanto que possa manter paz, contentamento, alegria, entusiasmo e fé. Tem de frear a mente caprichosa, tanto que ela não o possa arrastar para o desastre. Você tem sempre que agir na fresca sombra de dois receios: o receio do pecado e o receio de Deus.¹ Você não se lembra de que você é genuína e realmente Paz (Shanti) e Felicidade (Ananda), de que fundamentalmente é (e portanto mentalmente também) Verdade (Sathya), Eternidade (Nithya) e Pureza (Nirmala).

A ansiedade e o medo, que tanto toldam a vida, são causados por esta amnésia. O propósito do Senhor é que você desfrute Santhi e Ananda, a cada momento de sua vida. Mas você esquece as fontes que brotam dentro de si e que têm sua origem na Divindade residente no santuário do coração. E você suspira pelo que sente que não tem!"

¹. Baba sempre recomenda - "medo ao pecado e amor a Deus". Aqui ele não está sugerindo o famoso e mal compreendido "temor a Deus". Deus não é para ser temido, mas amado acima de tudo. O que é recomendado é o receio de ficar ao longe, alienado d'Ele pela força da amnésia e pela sedução do mundo. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 158/159)


BUDISMO (1ª PARTE)

"A religião conhecida como Budismo é aquela que possui o maior número de seguidores no mundo. Apesar das dificuldades de se obter estatísticas exatas, podemos admitir que cerca de um terço da raça humana segue os ensinamentos de Budha. No Ocidente muita atenção tem sido atraída para esses ensinamentos pelo trabalho devotado de diversos orientalistas, que se fascinaram pelo encanto do próprio Budha tanto quanto por sua pureza, pela elevação dos seus preceitos.

Por muitas razões o Budismo exerce maior atração sobre a mente ocidental do que o Hinduísmo ou o Zoroastrismo, especialmente sob a forma na qual é ensinada na Igreja do sul. A Igreja do norte – o Budismo do Tibete e da China – está tão intimamente aliada ao Hinduísmo no seu ensinamento com relação aos deuses, à continuidade do ego, à vida após a morte, a ritos e cerimônias, e ao uso de mantras sânscritos que exerce menos atração sobre o ocidental. Pois a mente ocidental é essencialmente prática, em vez de metafísica. E está inclinada a sentir repulsa pelo excesso de retórica a respeito do mundo invisível e pelo ensinamento que se refere ao lado mais místico da religião. 

Na Igreja do sul, esse lado místico aparentemente desapareceu em grande extensão, pelo menos até onde diz respeito às traduções possuídas pelos europeus. Livros que tratam do lado mais místico não estão ainda traduzidos e, portanto, não aparecem perante o público do Ocidente[1]. O que eles reconhecem como Budismo é um maravilhoso sistema de ética, expresso na mais poética e bela linguagem. Nesse sistema, eles encontram ensinamentos morais unidos à rara liberalidade de pensamento, ao constante apelo à razão, à permanente tentativa de justificar e tornar compreensível os fundamentos sobre os quais a moral está erigida. Isso toca de modo muito forte as mentes de muitos ocidentais que se desviaram das apresentações mais grosseiras das religiões que estão em curso na Europa, e que buscam no Budismo um refúgio do ceticismo ao qual, de outra maneira, sentir-se-iam condenados. (...)"

[1] Desde quando estas palestras forma proferidas, muitos foram traduzidos. (N.E.)

(Annie Besant - Sete Grandes Religiões - Ed. Teosófica, Brasília, 2011 - p. 73/79)