OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 12 de maio de 2014

COMPAIXÃO

"Empatia e compaixão são palavras usadas muitas vezes como sinônimos, mas, na verdade, consistem em dois elementos diferentes da psique humana. É claro que, quando você entende os sentimentos do outro como se fossem seus e consegue se colocar no lugar dele, certamente vai sentir compaixão por essa pessoa. Mas você pode ter compaixão sem sentir empatia. Você pode ter compaixão por alguém, até por um animal, sem reconhecer os sentimentos dele em você mesmo.

A compaixão vem do coração e se manifesta na bondade e na benevolência em relação a tudo o que é vivo. Cristo era supremamente compassivo, assim como Mahatma Gandhi. Quando 'seu coração vai em direção ao outro', você está sentindo compaixão. Atos simples de bondade, como deixar alguém passar na sua frente numa fila de embarque, ceder seu assento no metrô para uma mulher grávida, dar comida para os que passam fome, são exemplos de comportamento compassivo se forem motivados por um impulso genuíno de bondade, e não porque você queria apenas 'fazer a coisa certa'.

A compaixão e a empatia se originam em lugares diferentes. Se você se colocar no lugar, digamos de um pai que o humilhou, você não precisa necessariamente ter compaixão por ele. Você pode pensar: 'Puxa, meu pai repetiu comigo o que o meu avô fez com ele. Sem refletir, ele transferiu para mim os comportamentos de que foi vítima. Vou me esforçar para ter empatia com o que ele sentiu, porque entendo esses sentimentos. Mas vou procurar não repassar esse comportamento para meus filhos.'

Á medida que você entende as razões que levaram seu pai a agir de determinada maneira, você pode começar a sentir compaixão por ele. Talvez seja difícil, até porque ele pode continuar sendo cruel com você. Mas, se perceber que ele é um ser humano tão ferido quanto você puder enxergar para além das mágoas, vai perceber que, quando a empatia e a compaixão se fundem, elas nos conduzem para o destino final de todas as lições que levam à imortalidade: o amor espiritual, o amor incondicional, o amor puro e eterno."

(Brian Weiss - Muitas Vidas, Uma Só Alma - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2005 - p. 71/72)
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O CARMA

"Estamos todos familiarizados com a expressão 'o que vai volta'. Esta é uma outra maneira de definir a lei universal como carma. Colocando de maneira simples, passamos pela vida plantando sementes ou atirando pedras, e colheremos os efeitos daquilo que criamos, seja bom ou ruim.

Como o tempo não existe no universo multidimensional, o ciclo de causa e efeito pode estender-se ao longo de várias vidas. A duração do tempo passado na Terra é apenas uma ilusão, pois trata-se de uma limitação do corpo físico e do mundo físico.

Na verdade, uma vida é um período muito curto de tempo no grande plano do universo. 

Assim, o resultado das nossas ações de hoje não acontece necessariamente na mesma vida ou na mesma existência. Mas todas as ações embutidas na membrana da alma permanecerão lá até serem compensadas e o equilíbrio estar restabelecido.

O carma é, na verdade, uma oportunidade de crescimento para a alma. Quando a alma aprende que suas ações têm consequências, não terá mais necessidade de criar um carma difícil no futuro. Assim, quando a alma retorna à Terra, terá, entre outras coisas, um plano de vida, lições cármicas armazenadas em sua memória, um corpo escolhido, pais e parentes, relacionamentos, hora e local de nascimento, uma posição na vida, e o momento e a forma de sua morte. Tudo isto reflete o tipo de trabalho espiritual que a alma deseja realizar.

As pessoas muitas vezes me perguntam: 'Por que nos esquecemos de quem somos e de onde viemos?' Minha resposta é que isto acontece pela graça divina. Em primeiro lugar, ao esquecer ficamos menos saudosos de nossa existência celestial. Em segundo, se conhecêssemos todos os nossos erros e fracassos do passado, poderíamos ficar obcecados por eles a ponto de não conseguirmos progredir e realizar o trabalho atual. Esquecer os domínios espirituais nos permite começar do zero, por assim dizer. Entretanto, esta informação cármica permanece alojada no átomo-semente e pode ser liberada à medida que a pessoa vai tomando mais consciência de si mesma. Nada está perdido, apenas esquecido. Cada um de nós tem muitas oportunidade de se lembrar do seu eu verdadeiro.

O momento do nascimento é muito importante para uma nova alma. Várias forças combinam-se em perfeita sincronicidade. As energias planetárias, psíquicas, físicas e espirituais interagem de modo totalmente ritmado. É por isso que a hora e o local de nascimento são da maior importância, pois essa combinação astrológica ajuda a determinar a raça, a família e o status na Terra. Há uma hora e lugar para todas as coisas. Assim como as ondas que batem em uma praia, o nascimento, tal como a morte, ocorre em uma hora perfeita e natural, mesmo os nascimentos que chamamos de 'prematuros'. No momento exato, o espírito encaixa-se perfeitamente em seu novo corpo, viaja através do canal de nascimento e emerge em um novo mundo. Ele está pronto para uma vida repleta de infinitas oportunidades espirituais."

(James Van Praagh - Em busa da Espiritualidade - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2008 - p. 48/49)
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domingo, 11 de maio de 2014

EQUILÍBRIO INTERIOR

"Ao trilhar o caminho espiritual precisamos de equilíbrio. Pode-se dizer até mesmo que precisamos de equilíbrio perfeito. Somente o equilíbrio interior dá perspectiva às coisas e permite agir de maneira correta. O Bhagavad Gita afirma que equilíbrio é ioga. Sem equilíbrio a percepção não é clara, portanto, muitas coisas dão errado. Os Upanishades falam da senda do fio da navalha; a Bíblia menciona o caminho reto e estreito. Tudo isso sugere a mesma ideia.

Mesmo na prática da virtude deve haver equilíbrio. Levada ao excesso, a virtude deixa de ser virtude. Imagine uma pessoa tão generosa que dá tudo o que possui, ficando sem ter com o que sobreviver. Ela se tornará um fardo para os outros. A generosidade tem que ser combinada com bom senso.

O equilíbrio está em não pender para um lado ou para o outro. Como diz o Bhagavad Gita, o sábio de mente estável não é sacudido nem abalado; não é atraído nem repelido por coisa alguma. Ele está sempre voltado profundamente para dentro de si; é pacífico e imperturbável.

Nos Yoga Sutras contam que o apego (raga) e a repulsa (dvesha) são as causas primárias da miséria. O problema está dentro do indivíduo, não fora. A vida espiritual começa quando cessa a atração por objetos e prazeres. (...)

A consciência do homem comum está focada na noção de dualidade: o que é agradável e o que não o é. Isso nos deixa confusos e abalados. Mas a consciência equilibrada permanece em um nível profundo, onde tudo é conhecido como parte do todo. Esse é o nível da verdade, onde não há nem o real nem o irreal, nem o bem nem o mal. O que é verdadeiro é bom. A totalidade está além de todas as divisões."

(Radha Burnier - Equilíbrio Interior - Revista Sophia, ano 5, nº 19 – Pub. da Ed. Teosófica, Brasília -  p. 27)

CONHECENDO O VEGETARIANISMO (PARTE FINAL)

"(...) O vegetarianismo se apresenta em vários estilos que alicerçam a prática de acordo com a necessidade de cada indivíduo ou com o grau de sua consciência.

O ovo-lacto-vegetarianismo utiliza ovos, leite e derivados em sua dieta, excluindo todos os tipos de carne. O lacto-vegetarianismo utiliza leite e derivados, excluindo os ovos e todos os tipos de carnes.

O veganismo é o mais recente estilo da tradição vegetariana que está sustentada em uma visão ampla de proteção e defesa do reino animal. Evita todo alimento que venha de fonte animal, como mel, ovos, leite e derivados ou qualquer tipos de carnes, como também exclui inclusive todos os produtos que tenham sido testados em animais, como shampoos, cremes, materiais de limpeza ou objetos de subprodutos do couro como sapatos, cintos, bolsas e roupas de couro, lã e seda.

Dentro desta classificação, observamos que há um movimento crescente em direção à uma consciência mais plena e sutil, já que o propósito único da vida é a evolução, e aquilo que comemos nos ajuda a fazer este retorno de volta à Vida Pulsante no qual cada um de nós é uma parte viva.

Aos restringirmos o vegetarianismo apenas a uma dieta, amputamos todo o seu lado mais profundo e para o qual esta prática existe: que é o respeito irrestrito pelos seres vivos em todas as suas formas. (...)

O vegetarianismo é um caminho de vida, um estilo de se viver que busca respeitar tudo e todos no mais amplo sentido do termo. É compreender que nenhum animal está disponível ao sofrimento, que a terra e toda natureza têm seus limites de equilíbrio e que a vida é sagrada. Ser vegetariano é antes de tudo uma atitude interna de reverência para com toda a vida, para com a natureza e para com o divino. É viver uma vida que possa ser inserida na verdade, no respeito, na igualdade de direitos evolutivos.

Ser vegetariano requer que renunciemos a certas atitudes que provocam sofrimento e dor e que podemos realizar escolhas conscientes para mudar a vida, elevar a consciência e proteger a terra e os filhos da terra."

(Maria Laura Garcia Packer - Viver Vegetariano - Nova Letra Gráfica & Editora, Blumenaus/SC, 2010 - p. 14)

sábado, 10 de maio de 2014

ENTREGUEM-SE A DEUS

"Sri Ramakrishna costumava dizer que o homem certamente alcançará Deus se possuir este três tipos de sentimento em grande intensidade: o amor que uma verdadeira esposa sente por seu marido, a atração do homem comum pelo mundo e o apego do avaro por suas riquezas. Isto significa que a mente deve ter foco único e ser completamente livre de desejos, exceto o desejo de conhecer e amar Deus. Sri Krishna declara no Bhagavad Gita:

Entregue todos os deveres a Mim, seu refúgio. Nada tema, pois Eu o salvarei do pecado e da escravidão. (Cap. 18, verso 66) Grifo nosso.

Entregue-se a Deus de todo coração. Busque refúgio em Deus. Ore incessantemente com o coração puro e sincero e repita: 'Ó Senhor, não sei discernir o que é bom para mim e o que não é. Dependo inteiramente de Ti. Conceda-me o que eu mais preciso para a vida espiritual. Conduza-me pelo caminho que me levará ao bem maior. Dê-me fé e força constantes para que eu possa recordar e meditar em Ti.'

Não é fácil dedicar-se de corpo e alma a Deus. Muitas pessoas vangloriam-se dizendo: 'Sou uma pessoa totalmente entregue a Deus e faço apenas o que Ele me diz para fazer.' Se observarmos suas vidas, porém, constataremos que as coisas são completamente diferentes. Pelo bem que fazem, reclamam para si o crédito e ostentam suas conquistas; mas quando os problemas e adversidades chegam, rebelam-se e jogam a culpa pelo desastre em Deus.

Julgamos os homens por suas ações. Deus, porém, consegue enxergar suas mentes em profundidade. Estejam certos de uma coisa: Deus revela-Se para aquele que ora com sinceridade no coração. Sejam puros de coração e façam com que suas palavras sejam sempre a expressão exata de seus pensamentos. (...)"

(Swami Prabhavananda e Swami Vijoyananda - O Eterno Companheiro - Ed. Vedanta, São Paulo - p. 229/230)
www.vedanta.org.br