OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 15 de maio de 2014

A IMPORTÂNCIA DO PODER MENTAL

"Na selva da vida, cercado por inimigos - doença, pobreza, sofrimento, maus hábitos e desejos errôneos - há tantas regras a seguir que a vida se torna intolerável, quando se tenta manter tudo em mente. Você se cansa delas, porque cada departamento da vida tem um potencial ilimitado para a diversidade. Na tentativa de aplicar as regras de saúde, você se sente quase oprimido - não sobra tempo para pensar em mais nada! E cada um apresenta um conjunto diferente de regras de saúde para você adotar. Estamos sob uma grande hipnose. Quando eu experimentava diferentes métodos, esta verdade revelou-se a mim: a mente controla a eficácia de todos eles.

Deus nos deu um formidável instrumento de proteção - mais poderoso que metralhadoras, eletricidade, gás venenoso ou qualquer remédio - a mente. Ela é que deve ser fortalecida. Quanto ao corpo, farei apenas a vontade de Deus. Se Ele disser para consultar um médico, está bem; se me disser para sofrer, está bem. A vontade Dele, seja qual for, é a minha vontade. Uma parte importante da aventura da vida é assumir o controle da mente e mantê-la controlada, em constante sintonia com o Senhor. Eis o segredo de uma existência feliz e bem sucedida."

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 69/70)
http://www.omnisciencia.com.br/livros-yogananda/eterna-busca-do-homem.html


quarta-feira, 14 de maio de 2014

KAMALOKA

"Este termo, que literalmente significa o lugar a morada do desejo, é como já foi indicado, uma parte do plano astral, não uma região separada do resto do plano, como se fosse uma localidade distinta, mas caracterizada pelas condições de consciência das entidades que ali se encontram¹. São aqueles seres humanos privados de seus corpos físicos pela morte, e destinados a passar por certas transformações purificadoras antes que possam entrar na vida pacífica e feliz que pertence ao homem propriamente dito, isto é, à alma humana.²

Esta região representa e engloba as condições atribuídas aos diferentes estados intermediários, infernos e purgatórios, que todas as grandes religiões consideram como a residência temporária do homem após o abandono de seu corpo físico e antes de atingir o ‘céu’. Não inclui nenhum lugar de tortura eterna, porque o inferno eterno, no qual acreditam alguns fanáticos, é apenas um pesadelo de ignorância, ódio e medo. Mas esta região compreende, na verdade, condições de sofrimento, temporárias e purificadoras em sua natureza, experimentadas pelo homem quando elabora as causas postas em ação durante a sua vida física; essas condições são tão naturais e inevitáveis como quaisquer efeitos causados neste mundo pela nossa ação errada, porque vivemos em um universo de lei e cada semente deve frutificar conforme a sua natureza. A morte em nada altera a natureza mental e moral do homem, e a mudança de estado que se dá na passagem de um mundo para outro apenas elimina o corpo físico, sem tocar no resto de sua natureza. (...)

Quando o corpo físico é abatido pela morte, o duplo etérico, arrastando consigo prana e acompanhado de todos os outros princípios, isto é, o homem completo, com exceção do corpo denso, retira-se do ‘tabernáculo da carne’, termo que designa admiravelmente o invólucro exterior do ser. Todas as energias vitais que irradiavam para o exterior são reconduzidas para o interior e ‘recolhidas’ por prana, e esse recolhimento se manifesta pelo entorpecimento que invade os órgãos físicos dos sentidos. Os órgãos estão lá, como sempre, prontos para entrar em atividade, mas o ‘Regente Interno’ está indo, ele que, por meio deles, via, ouvia, tocava, sentia; entregues a si mesmos são simples agregados de matéria, matéria viva, é verdade, mas sem nenhum poder de ação perceptiva. Lentamente o senhor do corpo se retira, envolto no duplo etérico violeta cinza, e absorto na contemplação do panorama de sua vida passada, que se desenrola diante dele, na hora da morte, completo até nos menores detalhes. Neste quadro estão todos os acontecimentos de sua vida, grandes e pequenos. Vê suas ambições realizadas ou falidas, seus esforços, triunfos, derrotas, amores e ódios. A tendência predominante do conjunto surge claramente, o pensamento diretor da vida se afirma e se imprime profundamente na alma, assinalando a região onde passará a maior parte de sua existência póstuma. Solene é o momento em que o homem, frente a frente de sua vida, ouve sair dos lábios do seu passado o vaticínio de seu porvir. Durante um breve período de tempo, ele se vê tal qual é, reconhece a finalidade de sua vida e adquire convicção de que a Lei é poderosa, justa e boa. Em seguida, o laço magnético entre o corpo denso e o duplo etérico se rompe; assim se separam os dois associados de uma vida inteira, e salvo casos excepcionais, o homem cai numa plácida inconsciência."


¹. Os hindus chamam esse estado de Pretaloka, a morada dos Petras. Um preta é o ser humano que perdeu seu corpo físico, mas ainda não se desembaraçou da vestimenta de sua natureza animal. Não pode ir longe com esse veículo, e fico preso nele até sua desagregação.
². A alma é o intelecto humano, o laço entre o Espírito Divino no homem e sua personalidade inferior. É o Ego, o indivíduo, o ‘eu’, que se desenvolve pela evolução. (...)

(Annie Besant -  A Sabedoria Antiga - p. 53/55)



O CRESCIMENTO ESPIRITUAL VEM PELO ESFORÇO DIÁRIO PARA MUDAR A NÓS MESMOS

"É assim que mudamos. Não temos que continuar como somos; não precisamos nos tornar 'mobília psicológica', como Paramahansaji costumava dizer. A mobília nunca muda. Se mantivesse a forma original de árvore viva, continuaria crescendo e produzindo; mas quando é moldada como cadeira ou mesa, ela para de aprimorar-se. Apenas fica mais velha, se deteriora e se desintegra. 

Para crescer espiritualmente, temos que tentar mudar constantemente. A espiritualidade não é algo que possa ser 'enxertado' em nós de outro lugar - um 'halo' que se possa personalizar e colocar na cabeça. Ela vem com o esforço contínuo, paciente e diário e com uma calma sensação de entrega a Deus. A luz divina não vai descer de repente sobre nós, tornando-nos santos de uma hora para outra. Não; é um esforço diário para mudar e para entregar o coração, a mente e alma a Deus, na meditação e na atividade. (...)

Onde quer que Deus o tenha colocado, faça o melhor possível para manifestar espírito positivo, força mental interior, senso de fé, confiança e entrega aos pés do Criador. Conhecer Deus é muito simples; basta entregar-se e deixar que Ele entre em sua vida. Este é todo o propósito do caminho espiritual. Aceite cada experiência que vier a você como proveniente de Deus, e tente aprender com ela. (...) Não continue como a mesma velha 'antiguidade psicológica';  use o poder de Deus que existe em você para mudar a sua vida. Aí reside a completa liberdade de todas as limitações físicas e mentais deste mundo de ilusão. Aí está a vitória suprema para todos nós."

(Sri Daya Mata - Intuição: Orientação da Alma para as Decisões da Vida - Self-Realization Fellowship - p. 62/64)
http://www.omnisciencia.com.br/intuicao.html


terça-feira, 13 de maio de 2014

LIBERTANDO-SE DA DOR

"Você enfrenta problemas frequentes e crises em seus relacionamentos mais íntimos? É comum que pequenas discórdias se transformem em discussões violentas e gerem sofrimento?

Na origem dessas experiências se encontram os padrões básicos do 'eu' autocentrado: a necessidade de estar com a razão e, é claro, de que o outro esteja errado - ou seja, a identificação com modelos criados pela mente. O ego também necessita estar sempre em conflito com alguém ou com alguma coisa para fortalecer a sensação de separação entre o 'eu' e o 'outro' sem a qual ele não consegue sobreviver.

Há também a dor acumulada do passado que você e todo ser humano trazem consigo. Essa dor vem tanto do próprio passado quanto do sofrimento coletivo da humanidade, que remonta a milhares de séculos. Esse 'corpo sofrido' é um campo de energia que está dentro de você e que esporadicamente se apossa do seu ser, porque precisa se reabastecer de mais sofrimento emocional. O 'corpo sofrido' vai tentar controlar seus pensamentos e fazer com que se tornem profundamente negativos. Ele gosta dos seus pensamentos negativos, pois eles ecoam o que ele emite e assim o nutrem. O 'corpo sofrido' vai também provocar reações emocionais negativas nas pessoas mais próximas a você - principalmente no seu companheiro ou na sua companheira - para se nutrir das crises que surgirão e do sofrimento que elas trazem.

Como é que você pode se libertar dessa profunda e inconsciente identificação emocional com o sofrimento, capaz de criar tanta dor em sua vida?

Tome consciência da dor. Tome consciência de que você não é esse sofrimento e essa dor. Reconheça o que eles são: uma dor do passado. Tome conhecimento da dor em você ou em seu parceiro. Quando conseguir romper sua identificação inconsciente com essa dor do passado - quando souber que você não é a dor -, quando conseguir observá-la dentro de si mesmo, deixará de alimentá-la e aos poucos ela irá se enfraquecendo."

(Eckhart Tolle - O Poder do Silêncio - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2010 - p. 60/61)
www.esextante.com.br


A MOTIVAÇÃO É O CRITÉRIO PARA AGIR DE MODO CERTO OU ERRADO

"Observe suas motivações em tudo o que fizer. Tanto o guloso quanto o iogue precisam comer. Mas você diria que comer é pecado só porque muitas vezes está associado à gula! Não. O pecado está no pensamento, na motivação. O homem mundano come para satisfazer a gula, e o iogue para manter a saúde do corpo; aqui há uma diferença enorme. Da mesma forma, um homem pode cometer um assassinato e ser enforcado por isso; outro pode matar muitos seres humanos no campo de batalha, defendendo seu país, e ser condecorado. Novamente, é a motivação que faz a diferença. Os moralistas criam regras absolutas, mas eu dou ilustrações para mostrar que se pode viver neste mundo de relatividade com autocontrole dos sentimentos, mas sem se tornar um robô.

O Mestre costumava dar o seguinte exemplo: 'Suponha que alguém me peça emprestado o bom binóculo que possuo garantindo que o devolverá em quinze dias mas, passado o prazo, não o devolva. Quando pergunto onde está o binóculo, ele me responde: 'O senhor é um mestre, mas está apegado a um binóculo!' Eu não o emprestaria de novo a esta pessoa. Outra pessoa também pede o binóculo emprestado dizendo que vai devolvê-lo em perfeito estado. É gentil e cuidadoso, demonstra consideração e devolve o binóculo como prometeu. É claro que eu o emprestaria novamente a ela. Não é que me preocupe tanto assim com o binóculo, mas se algo me pertence, é meu dever cuidar dele para que continue a ser útil. A segunda pessoa entendeu que eu cuidava do binóculo para que pudesse servir a outras pessoas além dela. A primeira pessoa não entendeu meus motivos, assim privando, a mim e a todos os outros que pudessem precisar do binóculo, do seu uso. Eu não queria o binóculo só para mim, pensava nele para todos.

O desprendimento traz grande felicidade e liberdade interior. Já dei todas as coisas de que mais gostava, pois assim desfrutei delas por intermédio da alegria alheia. A alegria que tenho em tudo o que faço é impessoal, não egocêntrica. Ancora-se na alegria divina e no fato de fazer os outros felizes.

(...) É este tipo de liberdade que Patânjali quer que você tenha, para que seja sempre um deus: soberano absoluto do reino da consciência, sem permitir que as forças das trevas entrem em seu paraíso portátil. 'Pelas barras de ferro da minha mente nenhum mal ousa aventurar-se.'"

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 228/229)
http://www.omnisciencia.com.br/romance-com-deus.html