OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

MANTER A MENTE EM DEUS AJUDA A RESOLVER OS PROBLEMAS

"Todas as vezes que procurávamos Paramahansaji com qualquer tipo de problema ou queixa pessoal - se tínhamos críticas a fazer, ou nos víamos em conflito com outras pessoas ou com nosso trabalho - ele não se detinha nesse assunto particular. De fato, com uma única exceção, não consigo lembrar de ele ter-se sentado e conversado comigo sobre meus problemas. Nós discípulos nunca o procurávamos para consultas pessoais, porque sabíamos qual seria a sua resposta. 'Simplesmente mantenha sua mente aqui', dizia ele, apontando para o centro crístico entre as sobrancelhas, a sede da consciência espiritual e do olho divino.¹ 'Mantenha sua atenção aqui e conserve Deus em sua consciência.' Para algumas pessoas talvez pudesse parecer que ele não oferecia o que estávamos procurando; afinal, podia-se esperar que um guru desse a seus discípulos um longo discurso a respeito da espiritualidade, da natureza de Deus, do valor da virtude. Porém, normalmente, ele dizia somente aquelas poucas palavras, tranquilas e efetivas. E para quem era receptivo, isso era tudo que se necessitava. Dessa forma, ele nos ensinava que, quando endireitávamos nossa própria consciência, invariavelmente encontrávamos a solução correta para nossos problemas.

O Mestre era uma pessoa excepcionalmente simples, como são todos os grandes amantes de Deus. Ele tinha apenas um pedido e uma lição que queria que aprendêssemos; que Deus devia vir em primeiro lugar em nossa vida. Devíamos manter em nossa consciência as palavras de Cristo: 'Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas'.² Ele não reservava esse conselho apenas para aqueles que vivem em mosteiros, mas para toda a humanidade. Se insistirmos nesta verdade - buscar Deus primeiro - gradualmente começaremos a compreender o que ela significa. Quando temos dor de estômago, quando estamos passando por problemas em nossa família, ou quando estamos tendo dificuldade no trabalho, a solução é muito simples: crave, com precisão, a mente em Deus. Ancore-se primeiro Nele, e depois, nesse nível de consciência, procure resolver seus problemas. Você ficará impressionado de ver com que rapidez e eficácia isso funciona. Sei, porque essa é a maneira pela qual tenho vivido e cumprido minhas muitas responsabilidades todos esses anos."

¹ O olho espiritual; o centro da percepção espiritual e da sabedoria intuitiva no homem.
² Mateus 6:33.

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 29/31)
http://www.omnisciencia.com.br/so-o-amor.html


PLANOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (PARTE FINAL)

"(...) A compreensão dos ciclos estende-se atualmente por muitas pessoas, organizações e empresas, que estão cientes de que não podem permanecer como ontem, porque perderão sua relevância em relação àqueles a quem servem. Para uma empresa é importante mudar devido ao avanço tecnológico, à expectativa dos clientes, aos métodos de comunicação, etc. Isso ocorre pelo reconhecimento de que tudo está evoluíndo e em constante mudança. Uma boa empresa está constantemente revendo a si mesma e se preparando para transformações; mas a empresa não pode mudar a não ser que as pessoas mudem. Também nós precisamos estar constantemente nos revisando.

Os mesmos ciclos de sete anos são aplicados às organizações. Elas passam pelos mesmos processos de crescimento e transformação que os indivíduos, e, se desejam permanecer atuais e relevantes, farão bem em abraçar a compreensão do poder dos ciclos. Se não abraçarmos a mudança nesses momentos de transformações cíclicas, ela ainda assim acontecerá, só que através da revolução, e não da evolução. O crescimento não é algo a que se possa sempre resistir no decorrer do tempo. Quanto mais resistirmos, mais fortemente a força do ciclo evolutivo impele a mudança. As mudanças nas organizações são muitas vezes facilitadas pelas pessoas que se envolvem nesse processo; no entanto, a transformação pode também ser dificultada pela geração mais velha, que muitas vezes afirma que quer aquilo que considera certo, quando na verdade pode estar apenas apegada ao passado.

Ao compreender a lei de periodicidade entendemos os ciclos em que vivemos e aprendemos a trabalhar com o ritmo e o fluxo natural da vida. Sempre temos a oportunidade de trabalhar com as leis da natureza ou a elas resistir, mas isso jamais inibe a mudança, que é a própria natureza da vida. Os ciclos sempre dizem respeito à transformação. No entanto, não temos que esperar até que o universo nos empurre para a mudança; podemos abraçá-la em nossas vidas todos os dias."

(John Vorstermans - Ciclos e mudanças - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 16/17)
 www.revistasophia.com.br


domingo, 28 de dezembro de 2014

COMO APRENDER COM UM GURU

"'Devemos também aprender a não nos aproximarmos apenas das pessoas cujas vibrações sejam iguais às nossas. É normal sentir-se atraído por alguém do mesmo nível. Mas está errado. Você deve também se aproximar de pessoas cujas vibrações sejam contrárias... às suas. Esta é a importância... de ajudar... essas pessoas. O nosso caminho é interno. Esse é o caminho mais difícil, a jornada mais dolorosa. Somos responsáveis por nosso próprio aprendizado. Esta responsabilidade não pode ser delegada a outra pessoa, não pode ser jogada em cima de algum guru.'

Há muitos mestres extremamente sábios entre nós, capazes de nos mostrar a direção e de aliviar nossos fardos durante a jornada espiritual. Infelizmente, há também muitos impostores que, levados pelo orgulho, ganância ou por suas próprias inseguranças, se apresentam como mestres ou gurus. Dizem o que devemos fazer, quando eles mesmos não fazem. Obviamente é perigoso seguir tais pessoas.

O segredo para distinguir um verdadeiro mestre de um impostor é seguir a sua própria sabedoria intuitiva. Os ensinamentos parecem corretos para você? Eles são pessoas amorosas, compassivas, não violentas e contribuem para diminuir seu medo e sua culpa? Incluem todos os outros grupos humanos como iguais, como almas divinas na mesma trilha do destino? Ensinam que ninguém é melhor do que ninguém, que estamos todos no mesmo barco? E afirmam que podem apenas apontar a direção, mas não podem levar-nos até lá? Tenha certeza de uma coisa: só você pode atingir seu objetivo. Só você pode experimentar o amor, a felicidade, o equilíbrio e a harmonia, porque a sua viagem para casa é uma jornada interior, um retorno para si. (...)

Como o reino dos céus realmente existe dentro de nós, toda a alegria e felicidade vêm do nosso interior. Não seremos resgatados por outra pessoa. Em vez disso, teremos a sensação de despertar, como se estivéssemos acordando de um longo sono. Iremos nos 'salvar' quando experimentarmos o amor verdadeiro e nos tornarmos iluminados. (...)"

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 156/157)


PLANOS PARA A TRANSFORMAÇÃO (4ª PARTE)

"Com a correta compreensão, o correto motivo e o conhecimento do novo ciclo em que estamos entrando, podemos fazer planos para o processo de transformação e nos mantermos preparados. Quando não estamos bem preparados, as mudanças geralmente se manifestam como um tipo de caos em nossa vida e se transformam em mudanças dolorosas, porque nós resistimos a elas. Nada permanece estacionário durante muito tempo, embora nossos egos muitas vezes não gostem de ver a mudança e resistam. Mas a vida sempre encontra uma maneira de assegurar o apredizado e o crescimento. será que a lagarta sempre resiste a se transformar em borboleta?

Essas mudanças não ocorrem apenas no nível psicológico; elas se estendem também ao mundo à nossa volta. Não estamos isolados dos outros seres humanos; temos um elo, uma união da qual não nos lembramos em nossa encarnação atual, porque aqui a separatividade e a autoconsciência limitada são o foco. No entanto, nós conhecemos essa união no nível espiritual. Quando alguém sofre uma transformação, afeta as pessoas em volta e a sociedade ou a cultura em que vive; essas pessoas e essa sociedade ou cultura, por sua vez, também devem passar por suas próprias mudanças.

Pessoas que passaram por transformações poderosas em suas vidas, como Mahatma Gandhi ou Madre Teresa, afetaram a sociedade em que viviam. Assim, lentamente, a onda da vida humana nesse planeta muda e evolui, porque nós, como indivíduos, mudamos e evoluímos. O mundo em que nascemos não é o mesmo que será vivenciado por nossos filhos. Ele evoluiu, deu um passo à frente, passou por seus próprios ciclos de sete anos, tal qual nós, muitas vezes aos trancos e barrancos. Consideremos as mudanças que estamos vendo acontecer pelo mundo atualmente: as pessoas estão exigindo mudanças na formas de governo, por exemplo, o que mostra que elas deram um grande passo transformador. (...)"

(John Vorstermans - Ciclos e mudanças - Revista Sophia, Ano 12, nº 52 - p. 16)
 www.revistasophia.com.br


sábado, 27 de dezembro de 2014

A ARTE DE CALAR E NÃO VER

"Não te esqueças, amigo ignoto, de que todo homem, mesmo o mais positivo e dinâmico, é essencialmente fraco, indigente, necessitado de socorro.

Todo homem tem as suas horas de solidão interior, horas de trevas e desânimo, horas de desorientação e negro pessimismo.

É preciso que saibas adivinhar, nos olhos e na alma do próximo, essas horas noturnas...

Deves saber quando convém visitá-lo - e quando convém deixá-lo a sós...

Quando falar com ele - e quando calar com ele...

Quando o animar - e quando o tolerar, porque até os santos devem ser tolerados...

É preciso que saibas ver a seu tempo - e não ver a seu tempo...

É preciso que saibas silenciar em face das suas derrotas íntimas - e fechar os olhos ante as suas fraquezas...

Quem espera de seu irmão perfeição absoluta cairá de decepção em decepção - e está sempre disposto a lhe tirar do olho o argueiro.

Há na vida de todo mortal momentos trágicos em que se apagam todos os faróis da praia, em que se eclipsam todas as estrelas do firmamento, em que vacilam todas as colunas sob a veemência do terremoto...

Há na vida humana transes de suprema angústia em que o pobre mártir do próprio ego tem de disfarçar com a serenidade dum sorriso convencional o candente vulcão da sua tragédia interior...

Nem sempre a sociedade permite ao homem ser o que ele é...

Feliz de quem encontra uma alma compreensiva no meio da incompreensão! 

Feliz de quem sabe ignorar, na discreta reticência dum grande amor, aquilo que desune os homens e acende nas almas infernos de infelicidade!

Muitos são os homens que enxergam com admirável precisão - poucos os que sabem ser cegos quando convém...

Eterno silêncio envolve os cumes excelsos das grandes montanhas - e as ínfimas profundezas do mar...

Mudos são os mais humanos e os mais divinos momentos da nossa vida - os abismos da dor e as alturas do amor. 

Nas mais altas alturas e nas mais profundas profundezas do seu ser - o homem está só...

E a sós consigo e com Deus tem de resolver os mais trágicos problemas da vida...

Ninguém o pode acompanhar nessa grande solidão...

Nem pai nem filho...

Nem esposo nem esposa...

Nem irmão nem amigo...

Ele só com Deus..."

(Huberto Rohden - De Alma para Alma - Ed. Martin Claret, São Paulo, 2005 - p. 175/176)