OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quarta-feira, 31 de agosto de 2016

RELACIONAMENTOS AMOR/ÓDIO


"Estar apaixonado, à princípio, é um estado que lhe dá muitíssima satisfação. Você sente-se inteiramente vivo. É como se, de repente, a sua existência fizesse sentido porque alguém precisa de si, o faz sentir especial, e você retribui da mesma maneira. Quando estão juntos, você sente-se completo. O sentimento pode tornar-se tão intenso que o resto do mundo se torna insignificante.

No entanto, você poderá já ter notado que, nessa intensidade, existe alguma coisa de necessidade e de apego. Fica viciado na outra pessoa. Essa pessoa tem sobre si o efeito de uma droga. Está bem quando a droga está ao seu alcance, mas a mera possibilidade ou mesmo a hipótese de que ela poderá deixar de estar à sua disposição poderá levá-lo ao ciúme, ao sentimento de posse, a tentativas de manipulação através de chantagem emocional, a culpar e a acusar o outro - ao medo da perda. Se a outra pessoa o deixar, isso poderá dar origem à mais intensa hostilidade ou ao mais profundo sofrimento e desespero. Num instante, a ternura amorosa poderá transformar-se numa agressividade feroz ou num desgosto terrível. Onde está agora o amor? Pode o amor transformar-se no seu oposto em tão pouco tempo? E, no fundo, era amor, ou apenas um vício de avidez e apego?"

Eckhart Tolle

terça-feira, 30 de agosto de 2016

NOSSA VIDA TERRENA

"Quando, em estado de Egos conscientes, pensamos em nossa vida terrena, na vida que nos parece tão importante quando nos achamos em estado de simples consciência de vigília, essa vida terrena nos parece irreal, quase como um sonho, e certamente sem a importância que geralmente lhe atribuímos. Como Egos, consideramos a vida terrena tal qual uma tarefa que temos de executar, uma lição que deve ser aprendida e que talvez possa ser mais bem expressa como 'autorrealização'. É somente nesses mundos de matéria densa que há resitência e separatividade, necessárias para desenvolver o sentido de individualidade e da consciência do 'eu', que é depois trazida de volta à Unidade superior.

Ao observarmos nossa vida terrena a partir do mundo do Ego, adquirimos maior equanimidade na existência que temos de viver na Terra, pois é uma profunda verdade que nada na vida terrena significa muito e que a maior parte dos eventos carece de importância. Quando uma vez tivermos nos reconhecido na plenitude de nossa glória como Egos, a vida terrena nos parecerá uma atividade subsidiária, à qual temos de lançar um pouco de nossa consciência, um pouco de nossa atenção, da mesma maneira que o estadista atarefado numa magna obra deve conceder uma pequena parte de sua atenção a alguma atividade pessoal secundária em que esteja interessado."

(J.J. Van der Leeuw - Deuses no Exílio - Ed. Teosófica, Brasília, 2013 - p. 39)


segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A SOMBRA

"Enquanto estiver seguindo pelo caminho, você pode observar sua sombra a arrastar-se sobre lama, poeira, depressão ou montículo, espinhos ou areal, trechos de terra seca ou úmida. A sombra e suas experiências não têm permanência (mithyam) nem verdade (satyam). Similarmente, convença-se de que você é somente a sombra de Paramatma (o Ser Supremo), e que essencialmente você não é este você, mas o próprio Paramatma. Este é o remédio para tristezas, afãs e dores. Naturalmente, será somente ao fim de prolongado e sistemático processo de sadhana (disciplina) que você conseguirá fixar-se na Verdade; até então, é suscetível de identificar-se com este corpo, esquecendo-se de que ele, que projeta sombra, ele mesmo, por sua vez, é uma sombra.

Você não vê os alicerces de um arranha-céu de muitos andares. A partir daí, pode afirmar que ele está simplesmente pousado no chão?! As fundações desta sua vida de agora já vêm da profundidade do passado, das vidas que você já viveu.

Esta estrutura atual foi construída a partir do projeto daquelas vidas. O invisível decide sobre os ângulos, as finalidades, o número de pavimentos, e peso e a altura.

Deus é o grande alicerce de criação. Ore a Ele, e Ele distribuirá frutos."

(Sathya Sai Baba - Sadhana, O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1993 - fl. 83)


domingo, 28 de agosto de 2016

VENHA PARA A VERDADE QUE FLUI DE MINHA ALMA

"Eu gostaria que estas verdades fossem ensinadas na infância. Elas deveriam ser repetidas nos ouvidos das crianças. As lições aprendidas no início da vida deixam marcas duradouras. Quando eu era pequeno, um dia decidi que jamais me zangaria; nunca quebrei a promessa feita a mim mesmo. Às vezes falo rispidamente, mas por dentro jamais me zango com alguém. Não gosto de falar assim, mas tenho que fazer isso ocasionalmente, pois há indivíduos que guardam melhor as palavras que lhes são ditas com firmeza. Por dentro tenho muita paz. Se você é uma pessoa pacífica, ninguém consegue roubar sua tranquilidade, a não ser que você mesmo a entregue por descuido. Deste núcleo de paz, eu ensino com princípios de amor e gentileza; é a melhor maneira. Se isso for mal entendido por alguém, fico em silêncio e deixo a pessoa em paz.

Vocês vêm aqui para obter a verdade pura que flui de minha alma. Mesmo que só uma pessoa receba esta verdade e se transforme, terei contribuido muito mais do que se milhares de pessoas apenas se emocionassem com minhas palavras.

Não quero nada de vocês, apenas que se alegrem em Deus. E vocês não querem nada de mim, só a sabedoria e a alegria de Deus. A pessoa espiritualizada convive bem com todos - ainda que os outros nem sempre convivam bem com ela - porque esta pessoa compreende, tem empatia e tenta trazer todos a Deus.

Jesus disse: 'Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não hão de passar'.¹ Prepare-se agora para ser um instrumento da verdade. Eu costumava dizer aos alunos da minha escola na Índia que não bastava falar a verdade esperando perdão: é preciso falar a verdade e aceitar de bom grado qualquer consequência desagradável por causa dela. Faça um esforço para viver bem com os outros oferecendo bondade, amor e compaixão; mas sempre que surgir uma falsidade, oponha-se firmemente. Jamais coopere com a falsidade."

¹ Lucas 21:33.

(Paramahansa Yogananda - Jornada para a Autorrealização - Self-Realization Fellowship - p. 152)


sábado, 27 de agosto de 2016

ESCALA EVOLUTIVA HUMANA (PARTE FINAL)

"(...) A existência dos Mestres foge à capacidade de crença de grande número de pessoas. Causa-lhe estranheza que seres super-humanos andem nivelados com homens comuns, levando vida física habitual.

Mas, para quem admita a evolução tal como temos exposto, haverá algo de extraordinário que existam tais seres?

A existência desses Mestres obedece a razões lógicas e não há nada demais que, para cinco bilhões de seres humanos, haja menos de uma centena de super-homens, em corpo físico, para determinar ações, ou arranjos, ou ajustamentos, enfim, efetuar mecanismos de inter-relação entre os seres humanos e os super-humanos.

Objetarão alguns: 'Por que não se mostram ou por que não exibem seus poderes e sua ciência? Convenceria, então, facilmente a todo mundo e isto facilitaria o trabalho evolutivo.' A resposta é difícil: há razões complexas para que se não exibam poderes nem se ensinem coisas a homens ainda atrasados intelectual e moralmente, os quais não seriam aptos nem dignos de conhecê-las.

E a esses Mestres, como aos Iniciados, não interessa a manifestação de poderes, nem a glória, riquezas e outras coisas que se afiguram muito importantes ao comum dos homens.

Preferem 'ajuntar tesouros no céu, onde nem a traça, nem a ferrugem consomem e onde os ladrões não minam nem roubam'...

Em ocasiões determinadas aparecem como guias de povos, instrutores de religiões, mas os homens de seu tempo não reconhecem sua magnitude espiritual."

(Alberto Lira - O ensino dos mahatmas - IBRASA, São Paulo, 1977 - p. 186/187