OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

A PRÁTICA DO AMOR (2ª PARTE)

"(...) Tudo isso se baseia no reconhecimento de que podemos ser como nosso Pai celeste, quer o chamemos de Deus ou de nosso eu superior. Isso porque, no mais recôndito de nós, já somos um com a fonte divina do nosso ser. Apesar da mensagem de nossos sentidos e das afirmações do nosso ego, não estamos isolados. Como seres humanos, somos um com todos os outros seres humanos: compartilhamos os mesmos pensamentos e sentimentos, as mesmas tendências e características, necessidades, desejos e impulsos. E verdadeiramente compartilhamos, como um rádio receptor e transmissor captando pensamentos e sentimentos transmitidos para a atmosfera mental geral pelos outros, amplificando-os pela nossa atenção e pelo uso que delas fazemos, e depois enviando-os de volta com força aumentada. Nossa resposta hostil aos outros ignora essa interdependência psicológica.

No entanto, embora saibamos que todos somos unos, sabemos ao mesmo tempo que somos únicos e plenamente responsáveis por nossas próprias escolhas. É importante reconhecer que somente nós podemos controlar a nós mesmos - nossas atitudes, pensamentos e ações. Não podemos forçar os outros a fazer o que achamos melhor, mesmo entre nossos familiares e amigos, e muito menos em relação às pessoas que conhecemos superficialmente. Geralmente aprendemos essa lição somente após muita dor e frustração.

Como, então, podemos ajudar a retificar o sofrimento, a injustiça e a violência que vemos no mundo? Alguns de nós somos capazes de oferecer assistência direta. É mais provável que possamos prover auxílio financeiro ou de algum outro tipo àqueles que estão fazendo o trabalho que gostaríamos de poder fazer. Todavia, em nossas próprias vidas, e em nossos relacionamentos com aqueles à nossa volta, em nosso próprio ato de existência, todos nós podemos fazer um contribuição positiva para o bem-estar da humanidade e do planeta, tentando, dia a dia, dar algo de positivo e construtivo de nós mesmos. (...)'

(Sarah Belle Dougherthy - A prática do amor - Sophia, Ano 12, nº 49 - p.11/12)
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A PRÁTICA DO AMOR (1ª PARTE)

"Dia após dia, semana após semana, somos confrontados com uma ampla seleção de sofrimento, ódio e violência, oriunda de todo o mundo. Percebemos não apenas os problemas em nossa própria comunidade, mas em cidades e nações distantes. Vendo e ouvindo esses eventos de modo quase imediato, muitas vezes repetidos durante um longo período de tempo, começamos a assumi-los pessoalmente, como assumimos algo que aconteceu a um amigo ou a nós mesmos. Começamos a nos deter nessas coisas. Logo que nosso ego se identifica com aqueles que pensamos estar certos, é fácil ficarmos zangados, tornar-nos intolerantes e condenarmos aqueles que julgamos estar errados. Ou simplesmente nos sentirmos deprimidos, impotentes ou temerosos.

Precisamos perguntar a nós mesmos, no entanto, se a qualidade da nossa resposta está aliviando ou contribuindo para os problemas da humanidade. Assim como odiar e temer são escolhas ruins em nossa vida pessoal, também o são nos grandes afazeres. Infelizmente é fácil demais refletir o que quer que nos cause aversão. Quando nos permitimos ser negativamente afetados por alguém, imediatamente começamos a nos identificar com aquela mesma qualidade, despertando-a em nós. Isso ocorre porque cada um de nós tem internamente todos os potenciais da humanidade para o bem e para o mal, para o egoísmo e a crueldade, para o sacrifício e o amor, para o mais elevado altruísmo e a mais abjeta depravação.

Além disso, responder na mesma moeda parece quase instintivo. É preciso muita autodisciplina para responder com uma qualidade oposta àquela que nos ofende. Os ensinamentos de Jesus para amarmos nossos inimigos, oferecermos a outra face, abençoarmos os que nos amaldiçoam, fazermos o bem aos que nos odeiam e orarmos pelos que abusam de nós parecem ir contra a nossa natureza; parece ser virtualmente impossível praticar isso na vida diária. Qual a explicação de Jesus para esses ensinamentos? Ele diz para os seguirmos 'para que possais ser filhos de vosso Pai no céu; pois Ele faz o sol nascer sobre o bom e o mau, e faz chover sobre o justo e o injusto'; 'pois Ele é gentil para com o ingrato e o perverso. Portanto, sede compassivos tal como vosso Pai é compassivo.' (Mateus 5:45, Lucas 6-35-6). (...)"

(Sarah Belle Dougherthy - A prática do amor - Sophia, Ano 12, nº 49 - p.11


terça-feira, 13 de dezembro de 2016

QUANDO DEUS CHEGA, CAEM OS VÉUS DA ILUSÃO

"A Terra é um lugar de muitas imperfeições. Quando existe prosperidade, então estoura uma guerra, fazendo com que a humanidade regrida muitos séculos. Mas não leve muito a sério os altos e baixos da vida. Não importa o que aconteça no mundo, diga para si mesmo: 'Tudo bem. Estou apenas sonhando no sonho de Deus - nada pode me afetar. Sou feliz. Nada me prende. Estou sempre pronto, Senhor, para sair do sonho ou nele permanecer, segundo a Tua vontade.' Assim, você será livre - é um pensamento maravilhoso.

Tudo o que você faz com o pensamento em Deus é muito diferente da mesma experiência sem Ele. Outro dia, levaram-me para ver um filme: quando me dei conta, estava em samadhi. Alguém perguntou: 'O senhor não está assistundo ao filme?' Respondi: 'Sim, tudo é filme - é um filme dentro de outro'. O cinema, as cenas, as pessoas sentadas - eu via tudo como imagem na imensa tela da consciência cósmica.

O que quer que esteja fazendo, quando Deus chega, você fica completamente inebriado. Caem os véus da ilusão e você recebe a resposta de tudo o que quiser saber. Neste estado de consciência pode enxergar longe, no passado e no futuro. Em geral, não faço questão de ver essas coisas, mas quando estou interessado consigo vê-las. E vejo as almas dos que chegam a mim. Ninguém me engana. Conheço todos por dentro e por fora, mas nunca falo sobre isso, pois não estou interessado no lado mau das pessoas, só o bem me interessa.

Não estimulo as multidões de curiosos, e sim as verdadeiras almas em seu romance individual com Deus. Que alegria, que felicidade! Ter o amor e a proteção do Divino é a suprema conquista, e você a realizará aqui se fizer um esforço."

(Paramahansa Yogananda - O Romance com Deus - Self-Realization Fellowship - p. 287)


segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

IRA

"Qual de nós que, diante de uma indignidade, de uma ofensa grave, de uma tremenda injustiça... não se deixa tomar numa crise de ira?!

Na hora, sentimos impulso de destruir, de punir, de dominar o autor ou autores do malfeito! Basta não ter 'sangue de barata'.

E há ainda aquele que de 'pavio curto', que, igual a algum tipo de mate, 'já vem queimado'!

Irar-se é humano.

Não é humano é manter a ira.

Um sábio hindu - Ramakrishna - disse: 'A ira de um sábio dura tanto quanto um risco que se faz na água.'

E São Paulo aconselha: 'que o sol não se ponha sobre tua ira', isto é, não deixes a ira passar para o dia seguinte.

Senhor.
Ajuda-me a ser calmo
em toda circunstância."

(Hermógenes, Deus investe em você - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1995 - p.77/78)


domingo, 11 de dezembro de 2016

CULTURA GENUÍNA

"Quem anda direito não deixa rasto,
Quem fala bem não diz desacertos.
Quem calcula bem não usa lembretes.
Quem fecha bem dispensa fechaduras e ferrolhos,
E contudo ninguém o pode abrir.
Quem amarra bem não usa corda nem barbante,
E contudo ninguém pode desatar.
Assim, o sábio, em sua madureza,
Sabe sempre ajudar os homens.
Para ele, ninguém está perdido.
Sabe aperfeiçoar tudo que existe,
E não vê mal em ser algum.
É este o duplo segredo
De toda a realização do homem:
O homem plenirrealizado
Ajuda sempre ao menos realizado.
O homem mais culto
Ajuda sempre ao menos culto.
Pelo que, ó homem, trata com reverência
Ao homem mais maduro que tu.
E envolve em sincero amor
Aquele que necessita de ti.
Quem não age assim
Ignora a cultura genuína.
Vai nisto um grande segredo.

EXPLICAÇÃO: O verdadeiro sábio está sempre disposto a ajudar o menos sábio. A suprema sabedoria tolera de boa mente ser tachada de loucura. Quem traz dentro de si o testemunho da sapiência, pode tranquilamente passar por insipiente. Não necessita de ostentar grandeza quem realmente é grande. Só os pseudossábios e os pseudograndes fazem alarde de sua sapiência e grandeza.

'Se algum de vós quiser ser grande - dizia o Cristo a seus discípulos - seja o servidor de todos.'"

(Lao-Tse - Tao Te King, O Livro Que Revela Deus - Tradução e Notas de Huberto Rohden - Fundação Alvorada para o Livro Educacional, Terceira Edição Ilustrada - p. 82/83)