OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 28 de janeiro de 2020

PERCEBER DEUS EXIGE ESFORÇO EM AUTODISCIPLINA

Resultado de imagem para campos floridos lindos"De vez em quando, encontro alguém em quem vejo um pouquinho de devoção autêntica pelo Senhor. Mas a realização divina é muito mais que isso! O devoto que reconhece Deus às vezes vê o mundo inteiro permeado pela luz divina - uma experiência maravilhosa. Mas não vai ocorrer de uma hora para outra. Ter a real percepção de Deus exige longa perseverança na prática dos métodos que levam à Autorrealização.

O desejo de felicidade é o mais forte de todos. A verdadeira e duradoura felicidade é encontrada em Deus. Ao descobri-Lo, uma alegria imensa o inundará, uma alegria que você não encontrará em nada mais. Sri Yukteswarji me disse: 'Quando sua alegria na meditação e na comunhão for maior que qualquer outra, você terá encontrado Deus.⁶ Se o mundo inteiro lhe fosse dado, você não saberia o que fazer com ele; apenas se sentiria sobrecarregado, preocupado com tudo. Estude as vidas dos príncipes e homens do mundo; veja como estavam atormentados.' Somos como marionetes nas mãos do destino; mas quem se uniu à Luz do mundo, quem nada possui e, não obstante, tem tudo, é um homem feliz. Quem se uniu a Deus nada teme, nem a destruição do corpo. Jesus disse: 'Destruí este templo, e em três dias o reerguerei".⁷

A igreja tornou-se uma pedinte. Ironicamente, dinheiro é necessário para a execução de todas as boas obras, inclusive as realizadas pela igreja. O dinheiro em si não possui cérebro; pode servir tanto a planos bons quanto a maus. Buscar dinheiro para divulgar a obra de Deus é uma ação correta; o dinheiro assim empregado está promovendo o bem. E quanto mais alguém se sacrifica a serviço de Deus, maior será sua recompensa."

⁶ 'Só o iogue que possui Bem-aventurança interna, que repousa no Alicerce interior, que está unido à Luz interna, unifica-se ao Espírito. Ele alcança a liberação completa no Espírito (mesmo enquanto vive no corpo)' (Bhagavad Gita V:24).
⁷ João 2:19.

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem - Self-Realization Fellowship - p. 115/116)


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A PRÁTICA DO AMOR (1ª PARTE)

"Dia após dia, semana após semana, somos confrontados com uma ampla seleção de sofrimento, ódio e violência, oriunda de todo o mundo. Percebemos não apenas os problemas em nossa própria comunidade, mas em cidades e nações distantes. Vendo e ouvindo esses eventos de modo quase imediato, muitas vezes repetidos durante um longo período de tempo, começamos a assumi-los pessoalmente, como assumimos algo que aconteceu a um amigo ou a nós mesmos. Começamos a nos deter nessas coisas. Logo que nosso ego se identifica com aqueles que pensamos estar certos, é fácil ficarmos zangados, tornar-nos intolerantes e condenarmos aqueles que julgamos estar errados. Ou simplesmente nos sentirmos deprimidos, impotentes ou temerosos.

Precisamos perguntar a nós mesmos, no entanto, se a qualidade da nossa resposta está aliviando ou contribuindo para os problemas da humanidade. Assim como odiar e temer são escolhas ruins em nossa vida pessoal, também o são nos grandes afazeres. Infelizmente é fácil demais refletir o que quer que nos cause aversão. Quando nos permitimos ser negativamente afetados por alguém, imediatamente começamos a nos identificar com aquela mesma qualidade, despertando-a em nós. Isso ocorre porque cada um de nós tem internamente todos os potenciais da humanidade para o bem e para o mal, para o egoísmo e a crueldade, para o sacrifício e o amor, para o mais elevado altruísmo e a mais abjeta depravação.

Além disso, responder na mesma moeda parece quase instintivo. É preciso muita autodisciplina para responder com uma qualidade oposta àquela que nos ofende. Os ensinamentos de Jesus para amarmos nossos inimigos, oferecermos a outra face, abençoarmos os que nos amaldiçoam, fazermos o bem aos que nos odeiam e orarmos pelos que abusam de nós parecem ir contra a nossa natureza; parece ser virtualmente impossível praticar isso na vida diária. Qual a explicação de Jesus para esses ensinamentos? Ele diz para os seguirmos 'para que possais ser filhos de vosso Pai no céu; pois Ele faz o sol nascer sobre o bom e o mau, e faz chover sobre o justo e o injusto'; 'pois Ele é gentil para com o ingrato e o perverso. Portanto, sede compassivos tal como vosso Pai é compassivo.' (Mateus 5:45, Lucas 6-35-6). (...)"

(Sarah Belle Dougherthy - A prática do amor - Sophia, Ano 12, nº 49 - p.11


domingo, 6 de março de 2016

O HOMEM PODE DOMINAR AS CIRCUNSTÂNCIAS

"Há necessidade de ser adiantado aqui o princípio da modificação do carma pelas ações intermediárias executadas antes que as causas tenham tido tempo de produzir plenamente seus efeitos. Quaisquer que sejam as ações de alguém no passado - boas ou más em vários graus -, as reações que produzem não devem ser consideradas como um destino inescapável ou um peso morto para o qual não há alívio. Tanto os indivíduos como as nações, por intermédio de suas ações subsequentes, estão constantemente modificando a operação da lei sobre si mesmos. Desse modo, nem indivíduos nem nações estão imobilizados por suas ações passadas. Nem tudo está irrevogavelmente destinado. O homem pode controlar as circunstâncias e fazer de cada experiência uma oportunidade para um reconfortante começo, não importa quanto o passado possa pesar sobre ele. Pode superar o domínio da lei aprendendo a trabalhar com ela.

A lei civil é um inimigo para o criminoso porque ela o reprime, restringindo a expressão de suas tendências criminosas. Para o bom cidadão, entretanto, a mesma lei é uma garantia de segurança; não é um inimigo, mas um amigo; não é uma fonte de restrição, mas um preservador da liberdade. Essa também é a verdade da lei universal de causa e efeito. Para a pessoa egoísta, sem lei e cruel, ela traz castigo, retribuição na forma de uma reação apropriada para cada ação que produz sofrimento. Para as pessoas bondosas, cumpridoras da lei e altruístas, a lei confere saúde, felicidade e liberdade. Outrossim, cada ação útil, executada antes que os seus efeitos tenham tido tempo de se concretizar, reduz e pode mesmo neutralizar as adversidades iminentes. Resumidamente, tal é o princípio da modificação do carma humano. Há, desse modo, uma alquimia espiritual por meio da qual os infortúnios que resultam de ações motivadas pelo egoísmo podem ser diminuídos ou mesmo anulados. Essa alquimia é realizada pelo autopurificação, autodisciplina e execução de obras motivadas pelo amor universal não possessivo."

(Geoffrey Hodson - A Sabedoria Oculta na Bíblia Sagrada - Ed. Teosófica, Brasília, 2007 - p. 58/59)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

TRABALHE PARA MUDAR A SI MESMO

"Algumas vezes, devotos ficam tão entusiasmados com sua própria conversão espiritual que querem contar isso a todos e mudá-los também! Têm tanta certeza de que estão fazendo o bem e de que eles próprios mudaram para melhor, que desejam converter o mundo inteiro. Esse entusiasmo é principalmente superficial. O maior esforço deve ser dirigido para a conversão de si mesmo. É difícil mudar o próprio eu, porque eles estão tão profundamente enterrado numa crosta de hábitos que nem conseguimos imaginar. Somos mantidos prisioneiros, acorrentados por nossos próprios pensamentos, humores e emoções particulares. 

Não é fácil mudar os hábitos que você formou durante uma vida de talvez trinta ou quarenta anos. Tente mudar mesmo que seja um pequeno hábito, e veja como é difícil! Diga a você mesmo para não falar muito; diga a você mesmo para não ser crítico; para não ser ciumento. Depois de algum esforço, talvez você perceba: 'Parece impossível que eu mude. Não há esperança para mim?' Com certeza, há esperança. Essa esperança, porém, nunca será satisfeita enquanto você se empenhar apenas em mudar as pessoas e situações a seu redor, em vez de tratar de suas próprias imperfeições. Isso é o que lhe peço que aprenda. Muito tempo depois que os lábios de todos nós aqui forem selados, a verdade eterna destes conselhos ainda será aplicável.

Você pode mudar a si próprio, e o meio é a busca sincera por Deus, a meditação e a autodisciplina. Não existe outro método. Exige-se o poder combinado de tudo isso para superar os maus hábitos e para destruir aqueles profundos e ocultos entraves subconscientes que nos fizeram prisioneiros nestes limitados corpos físicos e mentes.

Essa é a razão pela qual algumas regras são necessárias para os devotos no caminho espiritual. Há necessidade de disciplina rigorosa. Você pensa que é fácil conhecer Aquele que é o Senhor deste universo? Pensa que é simples comungar com Ele quando a mente está carregada de mesquinhez, negativismo, fofoca, falta de fé, ódio - de tudo, menos Deus? Nunca! Sem meditação e autodisciplina para remover esses obstáculos, você não pode conhecê-Lo.

Deus poderá ser conhecido somente se existir entrega total a Ele. Não se contente em ser um discípulo medíocre. Não nivele seus padrões aos do resto do mundo. Lembro-me de Guruji dizer a um grupo nosso: 'Não quero devotos medíocres neste caminho. É por isso que sou duro com vocês. Quero ver quem tem fibra para ir até o fim, até Deus.' (...)"

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 31/32)


sexta-feira, 27 de março de 2015

LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER COM OS OUTROS (PARTE FINAL)

"(...) Quando precisamos estar na companhia de pessoas com quem não reagimos de forma positiva, o que devemos fazer? Suponha que alguém está zangado ou ressentido com você. Se você é uma pessoa de autodisciplina, serenidade e discernimento, não vai acrescentar lenha ao fogo. Não vai perder seu próprio autocontrole e paz mental simplesmente porque alguém os perdeu. Recordo-me do exemplo de uma de minhas primeiras experiências aqui em Mt. Washington, sob o treinamento de meu guru, Paramahansa Yogananda.

A mobília de nossos quartos, nos primeiros dias, era pouco adequada - caixotes de laranjas para guardar nossas roupas, uma cama de madeira dura como as que ainda usamos, uma cadeira reta, não havia tapete no soalho... e era só isso. Uma mulher que morou em Mt. Washington por pouco tempo incumbiu-se de renovar a mobília dos quartos dos devotos, com exceção da minha. Isso não me perturbou, porque eu não tinha vindo em busca de coisas materiais; eu as tivera no mundo. Mas Guruji percebeu a exclusão; ele sempre percebia com rapidez qualquer injustiça. Gurudeva nunca falava maldosamente a respeito de ninguém, mas ele me disse, para minha própria compreensão: 'Ela tem ciúme de você'.

Comecei a praticar, em toda ocasião propícia, o que Paramahansaji ensinara a respeito de como nos comportar em relação às pessoas que antipatizavam conosco: 'Não importa como tratem você, continue a lhes dar amor'. Adotei a atitude de que eu não estava buscando nada de ninguém, a não ser de Deus e de meu Guru. Essa mulher, portanto, não podia me magoar. Como eu nada ambicionava dela, nenhum desejo meu podia ser contrariado por seu tratamento. Eu estava obtendo, de meu amado Deus e de meu Guru, o que buscava. Sempre que meditava, eu mantinha mentalmente essa devota no amor e na luz espiritual de Deus.

Um dia, algum tempo depois, ela estava se sentindo triste e solitária. As pessoas a quem ela dava muito valor achavam difícil conviver com ela e se afastaram. Encontramo-nos por acaso no corredor. Ela falou comigo, e eu lhe disse alguma coisa que deve ter sido confortadora. Mais tarde, pediu para me ver, e conversamos outra vez. Ela desabafou comigo. E finalmente disse: 'Quando você chegou aqui, fiquei ressentida, porque você era tão cheia de entusiasmo espiritual, e eu não tinha isso. Porém, apesar da maneira como a tratei, você me deu compreensão e verdadeira amizade.' Compreendi, então, como as pessoas mudam se você continua a ser gentil com elas. Tenho visto isso funcionar muitas vezes em minha vida."  

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 62/63)