OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


sábado, 25 de novembro de 2017

GRATIDÃO E RESPEITO (PARTE FINAL)

"(...) Uma outra parte do problema é que tentamos compreender tudo com a nossa mente. A mente é alheia aos sentimentos. Ela pode ver comportamentos à medida que aparecem sem compreender os sentimentos que os orientaram. Nós damos muito valor às aparências - outro atributo da mente. A mente abstrata vê, ou melhor, tenta compreender as coisas a partir do interior. No entanto, deve-se notar que, embora haja apenas uma mente, a matéria mental inferior aparece na forma, enquanto a superior parece abstrata, ou sem forma. Assim a mente é dividida, para poder perceber as formas de matéria. Até agora a mente superior não é estimulada pela própria natureza do ser humano, mas pelo estudo de temas, como a matemática, a ciência ou apenas a contemplação da vida. 

Singularmente, um dos métodos mais rápidos para estimular a mente superior é sentar-se em silêncio e meditar, que á a absoluta cessação do pensamento e do sentimento. Para conseguir isso, precisamos perceber verdadeiramente o que estamos sentindo e parar de analisar esses sentimentos. Ter coração e mente trabalhando harmoniosamente juntos é verdadeiramente o próximo passo evolutivo para a humanidade - ter a mente permitindo-se estar onde o coração está sentindo, mas sem tentar nomear ou julgar. 

A vida em geral é uma série de eventos unidos pela memória e por respostas emocionais agradáveis ou dolorosas. É diferente para cada um de nós, conforme nossas experiências. Interessante também é nossa atitude com relação à dor: com compreensão, quando rememoramos experiências dolorosas, frequentemente podemos ver, às vezes muitos anos depois, que aprendemos muito, que a experiência mudou nossa vida.

Se a dor é um grande instrutor, precisamos examinar nosso relacionamento com ela, e saber por que a evitamos. Quando fugimos da dor, aumentamos o tempo que transcorre antes de obter a clareza da percepção e aprender a aceitação - que é quando a dor finalmente para e começamos a 'entender'. Se saudamos a dor com uma grande instrutora, ela se vai rapidamente e dá lugar ao insight. Isso requer alguma prática, mas nos liberta para viver nossas vidas. Então, as dificuldades da vida diminuirão. Quando permitimos que aconteça a harmonia com a vida, a luta interna quase contínua é substituída pela paz." 

(Barry Bowden - Sabedoria: o tesouro oculto - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 41)


sexta-feira, 24 de novembro de 2017

GRATIDÃO E RESPEITO (1ª PARTE)

"Para descobrir o erro não é preciso verdadeiro esforço, mas, para ver melhor, é preciso esforço contínuo. A maioria das grandes almas reforçam isso como um lembrete. Diz novamente Steiner: 'Devemos buscar em todas as coisas à nossa volta aquilo que consegue despertar nossa admiração e respeito Se eu conheço outras pessoas e critico suas fraquezas, retiro de mim o poder cognitivo superior, mas, se penetro profunda e amorosamente em suas boas qualidade, eu assimilo essa força.'

Chegamos onde estamos hoje pelas circunstâncias da vida e pelas forças ativas em nós. Este tem sido um estado semiconsciente. Se desejamos alcançar o estado superconsciente, precisamos engajar nosso eu a partir do interior, o que constitui maturidade em ação - ver e sentir a necessidade de se mover, e então buscar como fazê-lo. Infelizmente na maioria das vezes olhamos na direção de onde fomos empurrados. Este é o lado insconsciente da vida; o lado consciente está no interior. É preciso um esforço quase que constante; contudo, uma coisa é certa: a chave para a vida é compreender não apenas nós próprios e os outros, mas também o mundo em que vivemos. 

Um dos passos iniciais do yoga, dito de maneira simples, é 'cessa de fazer o mal; faz o bem'. São Paulo disse: 'Não faço as coisas boas que quero, mas faço as coisas ruins que não quero'. Isso diz respeito a todos nós, mas por quê? As reações, surgindo da mente subconsciente, formam uma grande parte de nossas vidas. É com a mente que julgamos o que está certo ou errado. Vemos o que desejamos fazer e não fazer; sendo assim, por que cometemos erros? Uma resposta, oculta na compreensão esotérica, pode ser colocada simplesmente assim: 'O corpo do desejo, ou corpo emocional, move os músculos.' Isso é verdadeiramente parte da resposta ao problema. Se não temos vontade de fazer algo e a mente quer fazê-lo, o que acontecerá? Nada. Se não estivermos alinhados com o que queremos, a coisa não acontecerá; ou, se a ação for guiada pelo medo, ela pode ser iniciada, mas não continuará.

Precisamos compreender a nós mesmos retornando ao conhecimento esotérico: 'Desejo é vontade voltada para fora. Essa é sua forma latente. Quando ativa, ela se volta para o interior.' Quando somos atraídos por algo ou por alguém, nos sentimos puxados. A vontade é quando os desejos foram compreendidos e subjugados a partir do interior. Ela então substitui o sentimento de 'não querer fazer' pela força interior do 'fazer', orientada pela moralidade, não porque é doloroso ou agradável. (...)"

(Barry Bowden - Sabedoria: o tesouro oculto - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 40/41)


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

SABEDORIA: O TESOURO OCULTO

"Helena Petrovna Blavatsky afirmou: 'O conhecimento do eu é que é a própria sabedoria'. Alex A. Wilder disse: 'A sabedoria é o conhecimento desenvolvido das potências do ser interior do homem.' Ao longo da história, indivíduos de muitos campos do conhecimento - artes, filosofia, ciência e arquitetura, por exemplo - manifestaram notáveis atributos de sabedoria. Se pensamos que isso surge ao acaso, não compreendemos o processo do qual todos somos uma parte: a humanidade é orientada em todos os passos da sua evolução.

Nos primórdios do tempo Reis-Adeptos governaram a humanidade com eficiência e sabedoria, altruístas e sempre em sintonia com a natureza e suas leis. Atualmente temos uma humanidade adolescente julgando-se sábia e cometendo muitos equívocos. Aqueles que guiaram a humanidade (os Adeptos) recolheram-se para longe dos olhos do mundo. Guiada principalmente pelo desejo e pelo egoísmo, a humanidade permite-se cometer seus erros e pagar pelas consequências.

Os Adeptos estão ocultos do mundo, mas ainda o orientam através de indivíduos, de grupos e até mesmo de nações. No entanto, a humanidade não surgiu toda ao mesmo tempo; pelo contrário, as pessoas entraram no reino humano em diferentes épocas, algumas individualmente, outras em grupos. Tantos ciclos de evolução nos precederam que sua escala de tempo se situa além da concepção humana. Por esse motivo, alguns que surgiram primeiro são naturalmente mais evoluídos e experientes.

O que podemos fazer para acelerar a nossa evolução? Uma atitude de que precisamos é a gratidão por tudo que já temos e pelo que virá. É preciso muito esforço do universo para nos sutentar. (...)

Vivemos no mundo como se estivéssemos separados de tudo. Todos nós sabemos quando vivemos harmoniosamente - tudo acontece no tempo certo. Contudo, quando vivemos de maneira desarmônica, nada parece acontecer corretamente. A gratidão é essencial para quem quer que busque o caminho espiritual. Ela está fortemente relacionada ao amor, e é isso que verdadeiramente guia o universo. Steiner afirmou: 'Sem o amor oniabarcante, jamais conseguiremos conhecer o universo; quando amamos algo, a coisa se revela a nós'.

Uma atitude de gratidão, juntamente com a tentativa de sempre ver o melhor nos outros, muda completamente nossa abordagem com relação a nós próprios e às outras pessoas. Embora eu saiba disso por experiência própria, essa atitude nem sempre é fácil; ela precisa ser continuamente reforçada. No entanto, isso adoça a vida de modo notável."

(Barry Bowden - Sabedoria: o tesouro oculto - Revista Sophia, Ano 13, nº 58 - p. 39)
www.revistasophia.com.br


quarta-feira, 22 de novembro de 2017

UM IDEAL SUBLIME

"Este ideal presta-se ao escárnio, ao riso, ou à zombaria? Se ele for apenas um sonho, então é o sonho mais nobre que a humanidade já teve; o mais completo dos autossacrifícios e o mais inspirador dos ideais. Para alguns ele constitui um fato, um fato mais real do que a própria vida. Mas, para aqueles que não o consideram como um fato, ele pode ser um ideal; um ideal de autossacrifício, de conhecimento e de amor. Que tais Homens existem, alguns de nós já o sabemos. Contudo, ainda que vocês não acreditem neles, não há nada no ideal que não seja nobre e que não possa elevá-los ao pensar nele, aproximando-os cada vez mais da luz. 

O cristão possui o mesmo ideal em relação a seu Cristo, o budista, o mesmo ideal em relação a seu Buda. Todas as crenças possuem o mesmo ideal em relação ao Homem a quem consideram Divino. E nós somos testemunho de todas as religiões, afirmando que suas crenças são verdadeiras e não falsas, que seus Mestres são uma realidade e não um sonho, pois o Mestre constitui a concretização da esperança que há no discípulo, a concretização do ideal que exaltamos. E, para alguns de nós que sabemos de sua existência, estes Mestres Divinos são uma inspiração diária. Só podemos entrar em contato com eles na medida em que lutamos por purificar-nos. Só podemos aprender mais na medida em que exercitamos aquilo que eles já ensinaram. Assim, se a princípio falei a respeito da teoria, depois, sobre o passado histórico, mais tarde sobre o testemunho que lhes apresentamos no presente e, finalmente, sobre os passos que todos poderão dar, se assim o desejarem, foi com o único objetivo de resgatar o ideal do ridículo a que foi exposto, da lama que lhe foi atirada e da disputa provocada em torno dele. 

Censurem-nos, se assim o desejarem, mas não toquem nesse nobre ideal da perfeição humana. Riam de nós, se o desejarem, mas não riam do Homem Perfeito, do Homem que se tornou Deus, em quem, afinal, a maioria de vocês acredita. Vocês, que são cristãos, não sejam desleais com sua própria religião, considerando seu Cristo, como muitos de vocês o fazem, como um mero objeto de fé ao invés de uma realidade a ser vivida. E lembrem-se, qualquer que seja o nome, o ideal é o mesmo, qualquer que seja o título, o pensamento que lhe subjaz é idêntico. 

Aquilo que vocês pensam é aquilo que desenvolvem; gradualmente suas vidas se transformam segundo seus ideais, pois o pensamento possui um poder de transformação tal, que se os seus ideais forem materiais suas vidas serão materiais, e se os seus ideais forem insignificantes, suas vidas também serão insignificantes. Por isso, adotem aquele ideal e pensem a respeito, e sua pureza penetrará em suas vidas; vocês tornar-se-ão homens e mulheres mais nobres, pois ele se converte num objeto de seu pensamento e o pensamento os transforma exatamente à sua imagem. Não há dúvida de que os homens convertem-se naquilo que adoram e naquilo que pensam. Este ideal do Homem Perfeito encerra em si a esperança do futuro da raça humana. Por esse motivo, eu sugiro-o hoje a vocês e lhes aponto o Caminho pelo qual ele poderá transformar-se de um ideal numa realidade viva, de uma esperança, num Mestre vivo. Assim, o sublime ideal de aspiração passará a ser o Amigo e o Mestre a quem poderão entregar suas vidas." 

(Annie Besant - Os Mestres - p. 29/30


terça-feira, 21 de novembro de 2017

A PERCEPÇÃO DA UNIDADE

"Como lhe será possível ir além? Vida após vida, ele aprendeu a identificar-se com o homem; vida após vida, aprendeu a responder a todo grito de dor. Pode, agora que é livre, prosseguir e deixar os outros acorrentados? Pode entrar na bem-aventurança deixando o mundo no sofrimento? Ele, a quem chamamos Mahatma, é a Alma liberta que tem o direito de prosseguir mas, em nome do Amor, regressa trazendo seu conhecimento para remediar a ignorância, sua pureza para absolver a infâmia, sua luz para afugentar a escuridão; aceita novamente o peso da matéria até que toda a humanidade seja libertada, e então prosseguirá, não sozinho, porém como o pai de uma grande família, levando com ele a humanidade para compartilhar do mesmo fim e da mesma bem-aventurança no Nirvana.

Esse é o Mahatma. Vidas sucessivas de esforço coroadas com a suprema renúncia; perfeição obtida através da luta e do trabalho, e depois o regresso para ajudar aos outros a chegarem onde ele chegou. Sua mão está pronta para ajudar a toda Alma que lhe estende as mãos à procura de ajuda. Seu coração responde à súplica de todo irmão que peça sua orientação; e eles estão lá, esperando o momento em que desejemos ser ensinados, dando-lhes a oportunidade de obter o Nirvana, ao qual renunciaram."

(Annie Besant - Os Mestres - p. 28/29)
Fonte: http://universalismoesoterico.blogspot.com.br/