OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 25 de dezembro de 2025

JESUS

"Com Jesus, a vida adquire novo sentido.  

A dificuldade se faz bênção. 

Dor é alegria. 

Tristeza é a véspera da consolação. 

A luta construtiva produz a tranquilidade da consciência. 

Trabalho é condição de felicidade. 

A sombra é a fonte da luz. 

A lágrima é pérola do sentimento. 

Desprendimento é o caminho da posse verdadeira. 

Renúncia é aquisição. 

Sacrifício é a estrada para as alturas. 

É por isso que o Natal, em qualquer parte, unido as criaturas na mesma faixa de compreensão e solidariedade humana, será sempre a estrela do amor e da esperança em cada coração."

Extraído do livro "Confia e Segue" de Francisco Cândido Xavier, ditado por Emmanuel, http://livroespírita.4shared.com/, p. 7.
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quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

NATAL

Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens.” – (Lucas, 2:14.)

As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência.

Glória a Deus no Universo Divino.

Paz na Terra.

Boa vontade para com os Homens.

O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranquilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.

Nem castigo ao rico avarento.

Nem punição ao pobre desesperado.

Nem desprezo aos fracos.

Nem condenação aos pecadores.

Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.

Nem anátema contra o gentio inconsciente.

Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa Vontade.

A justiça do 'olho por olho' e do 'dente por dente' encontrara, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz.

Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível...

Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria.

O algoz seria digno de piedade.

O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.

O criminoso passaria à condição de doente.

Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono nos vales de imundície.

Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.

Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.

Natal! Boa Nova! Boa Vontade!

Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia."

Extraído do livro "Fonte Viva", de Francisco Cândido Xavier, ditado pelo Espírito Emmanuel,  www.autoresespiritasclassicos.com, item 180.
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quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

AMOR

"'O amor nos põe à disposição o mais frutífero e abençoado dos terrenos para o crescimento interior. Esse 'solo fecundo', quando fertilizado pelo afeto real, nos faz abrir mão da ilusão de possuir toda a verdade, eliminando, em consequência, nossas síndromes de inflexibilidade'.

A condição primordial para que possamos realmente partilhar o amor é não impedir o outro de crescer como indivíduo distinto de nós. Quando bloqueamos o crescimento de quem amamos, a relação de afetividade fica segmentada por montanhas de frustração e desapontamento.

'A justiça consiste no respeito aos direitos de cada um. (...) O direito estabelecido pelos homens, portanto, não está sempre conforme a justiça. Aliás, ele não regula senão certas relações sociais, enquanto que, na vida particular, há uma imensidade de atos que são unicamente da alçada do tribunal da consciência'.

O 'respeito aos direitos de cada um', a que se referem os Guias Espirituais, está fundamentado, acima de tudo, nos bens imortais ou valores íntimos que conquistamos e que nos dão o direito de uso, desfrute e disposição, sem desacatar, afrontar ou impedir, no entanto, o crescimento das pessoas com quem convivemos.

O ultraje e o desrespeito no amor tem como 'pano de fundo' certas características psicológicas de indivíduos que negam seus próprios temores, inseguranças e fraquezas e que se compensam utilizando comportamentos autoritários, possessividade e arrogância.

No amor não é preciso viver como se estivéssemos num 'torneio de competições', tentando medir forças ou exibir a importância de nosso valor por meio de imposições, discussões e disputas diárias. O respeito legitima e valoriza o amor, que sempre vem acompanhado de atenção, colaboração, companheirismo e afetuosidade.

Quando amamos alguém, o melhor a fazer é mostrar-lhe nossa 'visão de mundo'. No entanto, devemos dar-lhe o direito de aceitar ou de recusar nossas ideias e pensamentos, sem causar-lhe nenhum constrangimento nem utilizar expressões de subordinação.

Eis algumas notas importantes para todos aqueles que pretendem cultivar o amor pleno:

⚫ respeitar o valor das diferenças pessoais;

⚫ evitar atitudes de possessividade afetiva;

⚫ admitir que todos estamos sujeitos ao erro;

⚫ abandonar a ideia de ser compreendido em tudo;

⚫ assumir a responsabilidade pelos atos que praticar;

⚫ não esquecer a própria identidade;

⚫ jamais querer mudar as pessoas pelos seus pontos de vista;

⚫ usar sempre a sinceridade como defesa;

⚫ perceber suas limitações para poder compreender as dos outros;

⚫ entender que, em se tratando do amor, todos somos ainda aprendizes.

No que diz respeito a laços afetivos, por mais envolvimento que haja em termos de simpatia, ternura e anseio, a dinâmica que nos manterá unidos a outra pessoa será invariavelmente o respeito mútuo. Se desejarmos conviver bem afetivamente, deveremos nos empenhar na aquisição da sabedoria interior, que é sempre uma tarefa pessoal.

Para atingirmos a plenitude do amor, é necessário nos libertarmos das crises de onipotência, pois somente admitindo nossa vulnerabilidade é que criaremos uma situação favorável para o êxito no amor.

O amor nos põe à disposição o mais frutífero e abençoado dos terrenos para o crescimento interior. Esse 'solo fecundo', quando fertilizado pelo afeto real, nos faz abrir mão da ilusão de possuir toda a verdade, eliminando, em consequência, nossas síndromes de inflexibilidade."

Texto extraído do livro "Os prazeres da alma', de Francisco do Espírito Santo Neto, pelo espírito Hammed, Boa Nova, ed. e dist. de livros espíritas, Catanduva, SP, 2003, p. 185/187.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2025

RELIGIÃO É QUESTÃO DE FUNDAMENTOS

"Religião é questão de fundamentos. Se nossa motivação fundamental é a procura da Bem aventurança ou felicidade, se não há um só ato, um só momento de nossa vida que não esteja definitivamente determinado por esse motivo final, não deveríamos considerar que esse anseio é a mais profunda e arraigada motivação da natureza humana? E o que pode ser a religião se ela não se encontra entrelaçada de alguma maneira com o anseio mais profundamente arraigado da natureza humana? Se há de ter algum valor existencial, a religião precisa estar alicerçada em algum instinto ou anelo vital. Esse é um postulado a priori sobre o qual se baseia o conceito de religião exposto neste livro.

Alguém poderia argumentar que, ao lado do anseio pela felicidade, existem muitos outros instintos humanos (o instinto gregário, o instinto de autoconservação, etc.). Por que não deveríamos interpretar a religião também à luz desses outros instintos? A resposta é que esses instintos ou são expressões secundárias do instinto de buscar a felicidade ou já estão indissoluvelmente ligados a ele para afetar de maneira substancial nossa interpretação da religião.

Voltemos mais uma vez ao argumento anterior: aquilo que é universal e mais necessário ao homem é religião para ele. Se não for assim, o que então pode ser? Naturalmente, o que é apenas acidental e variável não pode ser. Se procuramos fazer do dinheiro a única coisa da vida que requeira nossa atenção, o dinheiro então se converte em nossa religião - 'nosso deus é o dólar'. Seja qual for a motivação predominante de nossa existência, essa é a nossa religião.

Deixemos de lado aqui as interpretações ortodoxas, porquanto são os princípios em que se baseiam nossas ações e não nosso credo intelectual dogmático ou nossa observância de cerimônias que determinam qual é a nossa religião, sem a necessidade de a anunciarmos pessoalmente. Não precisamos esperar que o teólogo ou o sacerdote nos revelem o nome da seita ou da religião a que pertencemos - nossos princípios e ações têm milhões de línguas para proclama-la a nós mesmos e aos outros.

A parte importante disso é que por trás das coisas que cultuamos com exclusividade cega está sempre um motivo fundamental. Quer dizer, se fazemos do dinheiro, do trabalho ou da obtenção das coisas da vida, necessárias ou supérfluas, o motivo e o fim último de nossa existência, ainda assim, por trás de nossas ações permanece um motivo mais profundo: procuramos tais coisas para banir a dor e obter a felicidade. Esse motivo fundamental é a verdadeira religião da humanidade; outros motivos secundários formam as pseudorreligiões. Por não ser a religião concebida de maneira universal, ela é relegada às nuvens ou considerada por muitos como uma diversão elegante para senhoras, idosos e fracos."



quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

A RELIGIÃO NOS 'LIGA' ÀS LEIS BENEVOLENTES

"A palavra 'religião' deriva do latim religare: ligar. O que liga? Quem é ligado? E por quê? Afastando qualquer explicação ortodoxa, é lógico que 'nós' é que somos ligados. O que nos liga? Nenhuma corrente ou algema, é claro. Pode-se dizer que a religião nos liga apenas por suas regras, leis ou preceitos. E por quê? Para nos fazer escravos? Para nos privar de nosso direito inato a liberdade de pensar e agir? Isso não é razoável. Assim como a religião precisa ter um motivo suficiente, também seu motivo para 'ligar-nos' precisa ser bom. Qual é esse motivo? A única resposta racional que podemos dar é que a religião nos liga por meio de regras, leis e preceitos para não degenerarmos, para não cairmos no sofrimento seja ele físico, mental ou espiritual.

O sofrimento físico e mental já o conhecemos. Mas o que é o sofrimento espiritual? É ignorar o Espírito. O sofrimento espiritual está sempre presente em toda criatura limitada, embora muitas vezes sem ser notado, enquanto a dor física e mental vai e vem. Que outro motivo da palavra 'ligar', senão o acima mencionado, podemos atribuir à religião que não seja ilógico ou repulsivo? Obviamente, os outros motivos, se existem, precisam estar subordinados ao acima exposto.

Não é a definição de religião dada no início consistente com o motivo acima mencionado da palavra 'ligar', o significado fundamental da religião? Dissemos que a religião consiste, em parte, na erradicação definitiva da dor, da infelicidade e do sofrimento. Bem, a religião não pode consistir meramente em suprimir alguma coisa, como a dor, mas precisa consistir também na aquisição de algo mais. Não pode ser puramente negativa, mas precisa ser também positiva. Como poderemos nos livrar permanentemente da dor sem aderir a seu oposto, a Bem-aventurança? Embora a Bem-aventurança não seja exatamente o oposto da dor, é de qualquer modo um estado de consciência positivo, no qual podemos nos refugiar afim de evitar a dor. É claro que não podemos ficar para sempre suspensos na atmosfera de um sentimento neutro, que não seja dor ou seu oposto. Repito que a religião consiste não apenas em evitar o sofrimento e a infelicidade, mas também em alcançar a Bem-aventurança ou Deus (...).

Examinando, então, o motivo do significado fundamental da religião (ligar) chegamos à mesma definição de religião que havíamos alcançado antes, ao analisar a motivação das ações humanas."

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