OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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terça-feira, 25 de novembro de 2025

MOLÉSTIA DA ALMA

"Entrevistado: Tenho distúrbios de comportamento, mental e emocional. Há muitos meses, venho tomando ansiolíticos e antidepressivos, mas nada melhora meu estado íntimo. Vivo sentimentos contraditórios: excesso de alegria ou de tristeza, agitação ou apatia, ideias fixas ou dispersivas. Disseram-me que estou obsediado. Sofro constantes crises de medo e de desconfiança sem motivo algum. Considero-me um ser humano bom; nunca fiz mal a ninguém. Por que sofro esse assédio impiedoso? Que fazer para livrar-me da agressão dessas entidades infelizes?

Sugestões para o entrevistador:

Sei que a fogueira da aflição queima junto a seu peito e você sente estranha aura ao redor de sua mente.

Enquanto você não assumir a responsabilidade por tudo o que lhe está acontecendo, não encontrará a verdadeira cura para sua alma. Não se deve criar um mundo de explicações falsas, culpando os espíritos pela infelicidade e desarmonia vivenciadas. Isso é distorcer o real sentido dos acontecimentos. Você não pode culpar os outros por suas emoções e sensações, sob pena de nada aprender sobre si mesmo. Aceitar a total responsabilidade por sua vida é a forma mais fácil de resolver dificuldades íntimas, mas certamente é uma tarefa que não se realiza da noite para o dia. A autorresponsabilidade e o significado verdadeiro das coisas submetem-se mutuamente; são itens existenciais inseparáveis.

Obsessão é moléstia da alma. Quando você compreender a simultaneidade que existe entre as influências espirituais negativas e seus atos e pensamentos íntimos, mais rapidamente dissolverá o elo existente entre eles. A lei da compensação se perpetua até que o homem tenha resolvido suas ações equivocadas e se engajado no legítimo fluxo das leis universais. Para cada conduta ou atitude errada a natureza solicita uma contra-ação que a equilibre.

Na vida estamos tecendo uma malha existencial. A cada nova situação se interligam os fios que começamos a utilizar nas experiências anteriores. Não podemos simplesmente anular o passado, mas podemos reformulá-lo e redirecioná-lo para a luz.

O percurso de um novo dia é, inevitavelmente, influenciado pelas experiências e ações dos dias precedentes.

A aflição para você tem sabor de eternidade, mas, em breve, ela poderá desaparecer. Basta procurar nos princípios espíritas os apontamentos lógicos e a exata orientação de que necessita para se libertar do desequilíbrio mental/emocional - causa principal de sua obsessão.

As reuniões mediúnicas auxiliarão em muito a higienizar e restaurar a atmosfera fluídica de sua aura, contaminada por energias deletérias ali armazenadas. Provavelmente, serão afastadas as entidades que atuam em seu dia-a-dia; mas se você não modificar seu modo de pensar e agir, abandonando suas limitações, elas ou outras companhias desagradáveis poderão retornar.

Sua mente guarda, zelosamente, fatos, informações, ideias e conceitos. Sua memória é o registro fiel de tudo quanto ocorreu com você através dos tempos, tanto no corpo físico como fora dele. Você cria a própria realidade com sua mente.

Na verdade, você 'veste' as emoções e os pensamentos dos espíritos e coopera na assimilação das sensações aflitivas lançadas sobre seu corpo astral. Você é um canal de expressão, e em sua intimidade, estão todas as matrizes de seus desarranjos. Suas emoções são semelhantes às fases da lua: ora 'crescente', ora 'minguante'.

Não se esqueça também de que você é o único responsável pelas forças negativas que sugam suas energias e tentam dominar sua casa mental. Não existe fatalidade em sua vida, apenas atração e repulsão, conforme sua afinidade.

Na esfera física como na espiritual só se percebe e age em um espaço delimitado, quer dizer, cada pessoa atua segundo seu grau de consciência ou em consonância à sua faixa vibratória.

Na esquina da vida, você é um pedinte que suplica a esmola da paz. Mas, lembre-se de que é igualmente uma usina de forças, recebendo, doando e assimilando o magnetismo de outros seres, encarnados ou não. Os espíritos desequilibrados que estão a seu redor apenas exploram suas fraquezas. Buscam pontos vulneráveis, envolvendo-o negativamente em seu baixo padrão vibracional. Portanto, ninguém tem o poder de transtornar sua mente, a não ser que você ceda diante da perturbação.

Quando você diz que é um ser humano bom, que nunca fez mal a ninguém, acredita estar vivendo um ato de injustiça. Porventura, já se perguntou: faço mal a mim mesmo? Será que respeito meus direitos pessoais? Considero minhas necessidades tão importantes quanto as dos outros?

Para você se livrar das agressões dessas entidades, procure encontrar a área de sua vida que está mais insegura e fragilizada. Reforce-a e inicie um trabalho interior.

Desfaça a necessidade de querer dos outros o que deve providenciar por si mesmo. Isso o aproximará da libertação. Pouco a pouco, aflição que lhe atormenta os sentidos se esvairá, e experimentará uma força nova que brotará do seu interior, equilibrando seus sentimentos descompensados."  Lourdes Catherine.

Extraído do livro 'Conviver e Melhorar", de Francisco do Espírito Santo Neto, pelos espíritos Batuíra e Lourdes Catherine, Boa Nova editora e distribuidora de livros espíritas, Catanduva/SP, 1999, p. 163/166.
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quinta-feira, 12 de junho de 2025

AUTOCURA

"É importante saber que, graças as novas pesquisas científicas, realizadas final do século XX, alguns neurocientistas desafiaram o paradigma de imutabilidade do cérebro, que esteve em vigor por muito tempo Eles declararam que os neurônios têm um impressionante poder de neuroplasticidade, e que seus circuitos podem ser alterados a cada dia

Essas descobertas levaram à compreensão científica do que afirmavam, há séculos, as filosofias espirituais: nossos pensamentos, afirmações e ações podem, literalmente, expandir ou contrair diferentes regiões do cérebro; mudar nosso DNA; mudar nossa forma de interagir com o mundo; modificar o mundo físico; e curar desequilíbrios físicos emocionais e mentais.

O livro Super cérebro (uma colaboração entre o médico endocrinologista e líder espiritual Deepak Chopra e o neurocientista e pesquisador de genética Rudolph Tanzi, da Universidade de Harvard) discorre sobre a plasticidade do cérebro, em contraponto à antiga crença de que o cérebro atinge seu ponto máximo de desenvolvimento na idade adulta. Essa crença tem sido desmistificada por pesquisas cientificas recentes, como explicam Chopra e Tanzi:

1. Os danos ao cérebro são reversíveis. O cérebro tem um poder de cura surpreendente.

2. A interação entre a estrutura física e a programação do cérebro e constante, e nossa capacidade de criar novos circuitos cerebrais permanece intacta do nascimento até a morte.

3. O cérebro pode se manter jovem e preservar a acuidade mental, pois suas células se renovam a cada dia e essa renovação pode ser estimulada por exercícios de memória e meditação, entre outros.

4. O cérebro contém células tronco que são capazes de desenvolver novas células cerebrais ao longo da vida.

As memórias genéticas que herdamos dos antepassados são armazenadas no cérebro reptiliano (irracional), e continuam gerando impulsos primitivos que nos causam mal, como o medo e a raiva. Mas, como o cérebro evolui constantemente, podemos dominar esses instintos através da liberdade de escolha, para promover reações positivas e felicidade, como nos mostra a psicologia positiva, um novo campo da ciência.

Assim, a minha cura, a sua cura, a cura da humanidade está em nossa intenção de mudar o nosso cérebro, em conexão com a luz do coração."

Jeanne Marie White, A Luz do Coração, O poder da cura, Ed. Teosófica, Brasília, DF, 2021, p. 108/109.
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terça-feira, 6 de maio de 2025

UM HOMEM FASCINANTE

"Muitos amam os feitos sobrenaturais de Jesus, exaltam seu poder divino, mas não conseguem enxergar a exuberância de sua humanidade. O homem Jesus era um especialista em captar os sentimentos mais ocultos escondidos nos gestos das pessoas, mesmo das que não o seguiam. Às vezes não conseguimos captar os sentimentos das pessoas mais íntimas, que dirá das distantes.

Os paradoxos que cercavam o mestre da vida nos deixam boquiabertos: por um lado dizia ser imortal, por outro apreciava ter amigos temporais; por um lado falava sobre a pureza dos oráculos de Deus, por outro estendia as mãos às pessoas eticamente falidas; por um lado era capaz de ressuscitar uma criança, por outro lado escondia seu poder pedindo aos pais dessa criança que lhe dessem de comer.

Muitos têm dinheiro e fama, mas são pessoas comuns por dentro. Jesus, embora famosíssimo, era comum por fora e especial por dentro. Vivemos a paranoia da fama nas sociedades modernas. Os jovens sonham em ser atores, atrizes, esportistas, cantores, famosos. Contudo, as pessoas não conhecem as sequelas emocionais que a fama mal trabalhada pode causar.

A fama conspira muito mais contra o prazer de viver do que o anonimato. A grande maioria das pessoas famosas é mais infeliz e ansiosa do que quando era desconhecida. Elas frequentemente perdem a singeleza da vida e se aprisionam numa bolha de solidão, ainda que rodeadas por uma multidão. A paranoia da fama é doentia. Procure ser especial por dentro, deixe que os aplausos venham naturalmente, mas não viva em função deles."

Augusto Cury, O Mestre do Amor, Ed. Academia de Inteligência, São Paulo, SP, 2002, p. 59/60. 
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terça-feira, 29 de abril de 2025

VÍCIOS E PAIXÕES (PARTE FINAL)

"(...). Os vícios, por sua vez, são os devastadores efeitos das paixões, que se enraízam em forma de hábitos de qualidade inferior, responsáveis pelos desastres morais e emocionais que trucidam as criaturas imprevidentes que se lhes vinculam sem qualquer esforço para a sua libertação.

Apresentam-se disfarçados ou desvelados, de forma que se impregnam em a natureza humana, transformando-se em verdadeiros verdugos portadores de inclemência e perversidade.

De início, asfixiam nas suas malhas estreitas e apertadas aqueles que se lhes concedem predominância no comportamento.

Aturdem, enfermam, enfraquecem, desarticulam a vontade e terminam por infelicitar sem qualquer compaixão o seu próprio mantenedor.

Depois, espraiam-se, contaminando outros desavisados que se deixam enganar com as suas falsas promessas de alegria e de bem-estar, de euforia e de poder, que logo se convertem em decepção e fuga para novos tentames em escala ascendente e volumosa até a consumpção da sua vítima.

Concomitantemente os viciados perturbam a ordem social, por desejarem impor-se ou para manterem as suas necessidades mórbidas, tornando-se sicários de outras vidas ou sendo por si mesmos vitimados.

Com essa imperfeição moral, que resulta da falta de esforço para libertar-se dos estágios primários pelos quais transitou, o Espírito que se deixa vencer pelos vícios permanece em atraso no curso da evolução, tornando-se elemento pernicioso para a sociedade, que passa a vê-lo como inimigo do progresso, credor de penas que se lhe devem impor, a fim de serem evitados danos aos demais membros, tanto quanto a si mesmo.

Os vícios são cruéis mecanismos emocionais a que o ser se adapta, permitindo-se-lhes a vigência e soberania nas paisagens das emoções.

Infelizmente, na sociedade contemporânea, muito esclarecida em torno das conquistas tecnológicas e científicas, as paixões perniciosas e os vícios destrutivos recebem muita consideração, quando os indivíduos são açodados para conseguirem os seus propósitos, às vezes ignóbeis, ou para saírem-se bem nas reuniões de negócios ou de recreios, apelando para os alcoólicos, tabaco, o sexo e outras drogas aditivas.

Longe está o homem de ser social, somente porque se permite o uso e o abuso dos vícios em voga em cada época, ou das paixões animalizantes que os fazem sobressair, conquistando o enganoso brilho da mídia também alucinada em algumas áreas da atual comunicação de massa...

O ser humano marcha para a saúde plena, e as paixões que nele remanescem devem ser encaminhadas para os ideais de crescimento interior e de realização externa, ampliando os horizontes de felicidade do planeta.

Da mesma forma, os vícios deverão ser transformados em hábitos saudáveis ou em peregrinas belezas que deles emergem, lucilando como estrelas no zimbório da noite escura. 

Cada época da sociedade sempre se tem caracterizado pelos seus vícios e virtudes, desgraças ou grandezas que foram vivenciados.

Inegável que antes da queda de todas as civilizações do passado, que começou no apogeu da sua glória e do seu poder, quando os valores morais cederam lugar aos vícios e os ideais de engrandecimento foram substituídos pelas paixões devoradoras, fizeram-se vítimas da insânia os seus governantes e o povo em geral.

As paixões, dessa forma, podem ser alavancas direcionadas para o desenvolvimento cultural, emocional, social e espiritual da Humanidade, assim como os vícios mórbidos e devastadores deverão ser convertidos em sentimentos de autocompaixão, de amor e de caridade para com todas as demais criaturas.

Assim agindo-se, a transição do planeta para melhor será feita com mais facilidade, porque os seus habitantes terão optado por conduta mais condizente com a harmonia que vige no Cosmo e a plenitude que lhe está destinada."

Texto extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 159/161.
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quinta-feira, 20 de março de 2025

PAIXÃO E AMOR (1ª PARTE)

"(...). '907. Será substancialmente mau o principio originário das paixões, embora esteja na natureza?

"Não; a paixão está no excesso de que se acresceu a vontade, visto que o princípio que lhe dá origem foi posto no homem para o bem, tanto que as paixões podem levá-lo à realização de grandes coisas. O abuso que delas se faz é que causa o mal.'


O desenvolvimento da afetividade decorre do amadurecimento psicológico do ser que cresce, a esforço moral, ampliando a capacidade de entendimento emocional e cultural. Nem sempre, porém, resulta da aquisição de cultura, mas sim da perfeita harmonia entre sentir e saber, de modo que se possam evitar os distúrbios que, não raro, surgem durante o processo de evolução.

A afetividade é de incomparável necessidade para a afirmação dos sentimentos e da consciência humana, em razão da constituição espiritual, emocional e psíquica de que todos são constituídos.

Quando irrompem as emoções em catadupas, ante o encontro com outra pessoa, que produz impacto de alta expressão, que se transforma em desejo, esse não é um real sentimento de amor, mas sim de paixão. A paixão, invariavelmente, é um fenômeno de transferência psicológica, mediante o qual o indivíduo se deslumbra por si mesmo, refletido naquele que o atrai e lhe provoca encantamento. A sua porção feminina, quando se trata de um homem, ou masculina, quando seja mulher, expressa nos conteúdos psicológicos anima e animus, é projetada para o outro, que passa a habitar uma galeria mitológica, tornando-se um alguém irreal que necessita ser conquistado. 

Todo o empenho é desenvolvido para consegui-lo, e os estímulos orgânicos se tornam poderosos em face da atração magnética de ordem sexual que é experienciada, atuando de maneira a levar o apaixonado a triunfar sobre a sua presa que, adorada, sintetiza todas as ambições e necessidades do conquistador. É semelhante às ocorrências do mesmo gênero no panteão mitológico dos deuses. O ser humano, no entanto, não é deus algum, mas ser com sensibilidade e sentimentos comuns...

No começo o relacionamento é intenso, a admiração é constante, porque a imagem projetada inspira todo esse encantamento e interesse.

À medida, porém, que a convivência demitiza o sobrenatural da afetividade desequilibrada, a realidade assume o inevitável papel de controle das emoções, e o despertamento traz o desencanto e a amargura que passam a conviver com os parceiros, quando não o desentendimento, a agressividade, a violência, o crime...

Normalmente, após o estabelecimento de qualquer fenômeno de paixão afetiva, surgem o acordar da consciência e o conflito de comportamento, que levam a sofrimentos que poderiam ser evitados, caso se houvesse agido com equidade e maturidade psicológica.   

Esse tipo de arrebatamento que conduz ao imaginoso, à fantasia, ao mítico, atribuindo virtudes e belezas a outrem, que os não possui, de um para outro momento, é como o fogo fátuo, de efêmera duração, sendo efeito da combustão de gases que evolam dos cemitérios e pântanos, que brilham e logo desaparecem...

Nessa projeção de belezas com promessas de felicidade perene, em breve tempo sucumbem as aspirações cultivadas e logo surgem os conflitos perturbadores, que também são reflexos da personalidade atribulada e insatisfeita, que busca prazeres sexuais e outros, distante das emoções enriquecedoras e de alto significado.

Esse tipo de busca - a do sexo sob impulsos de desordenadas aspirações do prazer - não satisfaz, deixando sempre um sentimento de culpa, quando não se dá também o de frustração, que envilece e amargura.

Raramente se transforma em motivo de aprimoramento moral, porque o indivíduo se escraviza e se entrega, perdendo a sua realidade, quando se prolonga por algum tempo mais esse tipo de chama abrasadora.

As consequências são sempre infelizes. A história da literatura oferece exemplos muito significativos que merecem reflexão.(...)." 

Texto extraído do livro "Lições para a Felicidade", de Divaldo Franco/Joanna de Ângelis, Livraria Espírita Alvorada Editora, Salvador/BA, 2003, p. 151/153.
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