OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

APARIGRAHA (1ª PARTE)

"É um preceito do yoga e significa 'não cobice'. A cobiça é fonte de ansiedade. Por sua vez se origina da insatisfação. Nasce da frustração e gera frustração.

Dela pode advir muitas atitudes mentais, destruidoras de saúde. Quem cobiça jamais chega a experienciar a doçura do contentamento, desde que está sempre em luta por mais e por melhor.

Se você amarrar sobre as costas de um jabuti um pedaço de pau tendo na ponta um pedaço de alface, teoricamente pelo menos, vai fazê-lo andar até fisicamente exaurir-se. Atraído pelo cheiro apetitoso, andará, sempre a perseguir o inatingível. É o símbolo da cobiça.

Cobiçando maior conta bancária e mais poder econômico, muitos comerciantes, industriais, homens de empresa cometem suicídio trabalhando demais, ou, explorando os outros, se perdem no emaranhado de valores que não passam pelos portões da morte. A cobiça dá origem à inveja, que é outra fonte geradora de desequilíbrios e crimes. Quanta desgraça tem sido gerada por políticos, não só na conquista do poder, mas também no exercício do poder! A história da humanidade está cheia de exemplos de povos que foram dizimados por alguns obsedados pelo poder.

A cobiça, quer pelos cifrões, quer pelo mando, quer pela notoriedade, tem feito imperar na terra a corrupção. Na luta pelo poder, seja econômico, seja político, o homem se destrói, perseguindo o que no final é tremenda decepção. 

A morte é certa e não respeita nem rico nem rei. (...)"

(Hermógenes - Yoga para Nervosos - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 2004 - p. 222/223)

quarta-feira, 23 de julho de 2014

DESAPEGANDO-SE DA INSEGURANÇA

"'Lembre-se', disse a voz, 'que vocês sempre são amados. Vocês são sempre protegidos e nunca estão sozinhos...Vocês serão sempre iluminados pela sabedoria e pelo amor...nunca serão esquecidos. Nunca serão desdenhados ou ignorados. Vocês não são os seus corpos, não são os seus cérebros, nem mesmo sua consciência. Vocês são espíritos. Tudo o que precisam fazer é despertar de novo para essa lembrança e recordar. O espírito não tem limites, nem os limites do corpo físico nem os do intelecto e da mente.'

Um de nossos maiores problemas é estarmos sempre preocupados com resultados. Essa preocupação cria uma ansiedade desnecessária, medo e infelicidade.

A ansiedade tem a ver com nosso desempenho. E se o nosso desempenho não for satisfatório? E se fracassarmos? O que os outros vão pensar? Vão nos julgar severamente e nos punir?

O medo aqui relaciona-se com deixar de realizar a meta ou o objetivo desejados. Se falharmos, não vamos conseguir o que queremos. Vamos nos tornar uns fracassados, uns perdedores. Seremos rejeitados. Odiaremos a nós mesmos. Ódio e medo são o oposto do amor.

Em vez de se preocupar com resultados específicos, preocupe-se em agir corretamente. Aja de maneira desprendida! Espere o melhor.

A esperança é uma coisa boa. A expectativa, não, porque, quando ela se apresenta, o desapontamento está sempre muito próximo.

(Brian Weiss - A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 1999 - p. 92/93)

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A MENTE É UM FENÔMENO SOCIAL (3ª PARTE)

"(...) Como eu disse antes, este conceito linear de uma vida única cria ansiedade. Por isso, quando você fica em silêncio, sozinho, fica preocupado. Uma coisa é certa para você: o tempo está sendo desperdiçado. Você não está fazendo nada, está apenas sentado. Por que você está desperdiçando sua vida? E este tempo não pode ser recuperado, porque no Ocidente se ensina que 'tempo é dinheiro'. Isto está absolutamente errado, porque a riqueza é criada pela escassez e o tempo não é escasso. Toda a economia depende da escassez: se alguma coisa é escassa, ela se torna valiosa. Mas o tempo não é escasso, está sempre presente. Não é possível esgotá-lo, então o tempo não pode ser econômico e, portanto, não pode representar riqueza.

Ainda assim, continuam ensinando que o tempo é uma riqueza que não deve ser desperdiçada, pois não voltará. Então, você não pode ficar sozinho, apenas sentado, durante três anos. Nem três meses, nem mesmo três dias, pois você terá desperdiçado esse tempo. E o que você está fazendo? Surge um segundo problema, porque no Ocidente ser não é muito valioso, mas fazer é valioso. Pergunta-se sempre 'o que você tem feito?', pois o tempo serve para fazer algo. Dizem, no Ocidente, que uma mente vazia é a morada do demônio. Você sabe disso e sua mente sabe disso. Então, ao sentar-se, sozinho, você fica amedrontado. Está perdendo tempo, não está fazendo nada, você fica se perguntando: 'O que você está fazendo aqui? Está apenas sentado? Desperdiçando o seu tempo?' Como se ser, e apenas ser, fosse um desperdício! Você precisa fazer algo para provar que usou seu tempo. A diferença na forma de pensar está aí.

Na antiguidade, sobretudo no Oriente, ser era o bastante. Não havia necessidade de provar mais nada. Ninguém iria perguntar: 'O que você tem feito?' O seu ser já era suficiente e era aceito como tal. Caso você fosse uma pessoa silenciosa, cheia de paz, de contentamento, estava tudo bem. Por isso, no Oriente, jamais foi pedido aos sannyasins que trabalhassem. E sempre pensamos que os sannyasins, aqueles que deixaram de lado todo o trabalho, eram melhores do que aqueles que estavam ocupados trabalhando.

Isso jamais ocorreria no Ocidente. Se você não estiver trabalhando, é um vagabundo, um mendigo. Os hippies são um fenômeno recente, mas, de certa forma, o Oriente sempre teve uma mentalidade hippie. Criamos os maiores hippies do mundo! Buda e Maavira, sem qualquer ocupação, sentados, meditando, aproveitando seu ser, apenas extraíndo contentamento de seu jeito de ser, sem fazer nada. Mas nós os respeitávamos: eram os seres supremos, os mais elevados. Buda era um pedinte, mas até os reis ajoelhavam-se aos seus pés. (...)"

(Osho - Aprendendo a silenciar a mente - Ed. Sextante, Rio de Janeiro, 2002 - p. 77/78)
www.esextante.com.br


domingo, 10 de novembro de 2013

FIRMEZA NA FÉ E NA DEVOÇÃO

"Naturalmente, você pode dominar a doença e retardar a morte, como também evitar agitação e ansiedade, mediante tomar os remédios receitados e observar o regime aconselhado. Cante a glória do Senhor¹ quando aflito por sofrimento ou perturbação, pois é quando mais necessitado d'Ele você está. É quando estamos com febre que temos que ingerir os tabletes em intervalos menores ou em doses maiores. Os Pandavas² conheciam este segredo para o sucesso. Clamavam ao Senhor quando as circunstâncias conspiravam contra eles. Comumente os mortais começam se lamentando: 'Oh! Todo puja (adoração) foi inútil; todo culto que sinceramente ofereci, com todo empenho de meu coração, foi perdido.' Outros riem cinicamente diante do infortúnio dos devotos, e os arrastam para o deserto da descrença. Não dê ouvidos a tais homens maus. Firme suas raízes na fé. Nutra-as com arrependimento e oração. Somente aqueles que estão engajados no culto e na adoração, tendo somente a intenção de impressionar os outros, os abandonarão na hora em que a sorte mudar. Os demais aceitarão, com a equanimidade dos santos, o que quer que lhes venha. Para estes, a fortuna e o infortúnio, o bem e o mal não são mais que o verso e o reverso da medalha da Divina Graça.

A verdadeira marca de um Sai bhakta (devoto de Baba) é esta firmeza. Ele não se desvia deste caminho, seja por cinismo seja pela sedução da pompa luxuriosa. Ele põe em prática os ensinamentos espirituais e conhece o imensurável ganho que eles propiciam."

¹ Usando salmos, jaculatórias, dando-Lhe louvores.
² Pandavas - na epopéia, Mahabharata, os membros de uma mesma família travam uma guerra: os Kurus ou Kauravas constituíam as hostes do mal, da perversidade, da injustiça, do abominável; os Pandavas, seus primos, defendiam a Verdade e a Retidão. A batalha decisiva foi em Kurukshetra, na qual os Pandavas, sob a chefia de Arjuna, derrotaram os diabólicos Kurus.O príncipe Arjuna foi instruído por Krishna no campo de batalha. O diálogo deles - Krishna e Arjuna - é a Canção do Divino (Bhagavad Gita). (Ver VI:73; VIII:20; X:18.) 

(Sathya Sai Baba - O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, 1989 - p. 209)


terça-feira, 29 de outubro de 2013

A PROXIMIDADE DO MUNDO CEGA O HOMEM

"Se você fechar um olho e segurar uma moeda muito próxima do outro olho, não conseguirá ver o mundo além: ficará ofuscado por causa desse pequeno objeto. Se afastar a moeda do olho aberto, verá como é vasto o mundo. O mesmo acontece com Deus. Quando você está estreitamente identificado com o mundo, fica cego e não consegue vê-Lo. Subjugado por ansiedade, preocupação, medo, insegurança e incerteza, de modo algum você consegue imaginar que Deus exista.

É apenas quando se afasta a ‘moeda’ deste mundo que você vê a vastidão de Deus dentro e fora da criação. Só então você contempla o mundo em sua verdadeira perspectiva. Você tem de manter o que é mais importante – Deus – diretamente em sua linha de visão. Quando Ele é o primeiro, tudo o mais entrará no foco adequado.

Por isso Cristo disse: ‘Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas’ Paramahansaji enfatizou essa mensagem a todos, muitas vezes. Cada ser humano sente no coração a necessidade de algo. Necessitamos de Deus; necessitamos nos agarrar em alguma coisa imutável que nos dará força para enfrentar os problemas pessoais, os testes e as experiências que atraímos para nós. Nunca culpe ninguém pelo que lhe acontece. Culpe a si mesmo; mas não se castigue, pois isso é errado. E nunca tenha pena de si próprio. Lembre-se sempre disto: você é filho de Deus, e a meditação é o meio pelo qual você pode compreender que pertence a Ele.

Meditação é a afirmação constante do que somos. Quando sentamos para meditar, estamos afirmando: ‘Sou a alma, unida a Deus’. (...) Como acontece com tudo, quanto mais praticar a meditação e nela se tornar mais versado, tanto mais se beneficiará dela; mais você lembrará e expressará sua herança divina. A importância e o valor da meditação estão em sua sagrada promessa dessa percepção final da natureza de sua alma.

Não basta ir à igreja; não é suficiente ouvir os maravilhosos sermões dados nos templos da Self-Realization Fellowship. Os sermões são bons; é importante ouvi-los. Se puder, você deve assistir regularmente aos serviços. Todavia, precisa haver, além disso, a prática diária da presença de Deus, a comunhão diária com Ele na meditação profunda e a apresentação diária de seus problemas a Ele."

(Sri Daya Mata – Só o Amor – Self-Realization Fellowship – p. 20/22)


terça-feira, 26 de março de 2013

PERMITA QUE O ESPLENDOR DA DIVINDADE DOMINE O SEU ÍNTIMO

"O homem está vaidoso por estar voando tão alto no céu e mesmo desembarcando na lua, mas é incapaz de viver em paz consigo mesmo e com seu vizinho. Sua vida terrena é repleta de medo e ansiedade, mas sem acanhamento se proclama o zênite da criação! Não sabe como abafar o fogo que dentro dele arde, mas sabe como arrasar cidades inteiras com o fogo produzido por suas bombas.

Swa-raj quer dizer pleno domínio sobre os sentidos, sobre a mente e sobre o intelecto, mediante o reconhecimento do Atma. Tal como o termômetro indica o calor do corpo, seu falar e sua conduta indicam seu equipamento mental e suas atitudes, e revelam quão alta é a febre de mundanismo que afeta você. A atitude deve ser sátvica, isto é, isenta de paixões e emoções, tais como ódio e orgulho. Fale na paz, promovendo a paz dos outros. De que se servem repetir mantras (japa) e meditar (dhyana) quando o falar e a conduta nem mesmo são humanos? Como pode alguém esperar aproximar-se do divino acoplamento quando ainda se avilta na lama da bestialidade? 

Posses objetivas e subjetivos desejos são obstáculos no caminhar para a realização. Que a brisa da santidade sopre como quiser, e que as sombras da ignorância cega não profanem a vida, a vida que é uma ponte sobre o mar da impermanência. Passe sobre ela, mas não construa nela uma casa. Erga a bandeira de Prasanthi (a Grande Paz) sobre o templo que é seu coração. Subjugue os seis inimigos que destroem a felicidade natural do homem. Ascenda ao estado yógico, no qual as agitações estão detidas, permitindo o Esplendor da Divindade, no íntimo, isto é, no Atma, resplandecer abarcando tudo o tempo todo."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 224/225)


domingo, 18 de novembro de 2012

DESAPEGO


“Os conquistadores que se empenham em serem senhores do mundo pela força e pelas armas jamais herdam outra coisa além de ansiedades, aborrecimentos e dores de cabeça. Os avarentos que acumulam riquezas enormes, não fazem mais do que acorrentarem-se ao ouro – jamais o possuem realmente. Mas o homem que abandona o sentimento de apego prova as vantagens que os bens proporcionam, sem a angústia que a posse acarreta.”

(Swami Prabhavananda – O Sermão da Montanha segundo o Vedanta - 25)

sábado, 17 de novembro de 2012

DESAPEGO


“Desliga-te de todos os meus

Esquece-te de quem pensas que és. 

Silencia tuas ansiedades.

Perdoa quem te ofendeu.

Não chores pelo que perdeste.

Bem, agora senta-te quieto onde ninguém te chame. Deixa-te ficar assim.

Vê teu interior.

Nada esperes. Nada aspires. Nada planejes. Esquece o tempo, o lugar, o corpo... Desliga-te de todas tuas âncoras, principalmente do eu...

É assim que a Paz toma conta da gente.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - 46)