OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quinta-feira, 18 de julho de 2013

O VERDADEIRO AMOR SE MANTÉM IMUTÁVEL

"A Árvore da Criação está pendurada, com suas raízes no Céu (bijam maam sarva bhuthaanaam), pois se não estivesse, secaria por carência de sustento.* Elka é chamada aswatha ou "árvore do cavalo". O cavalo (aswa) na tradição hindu é o símbolo da intranquilidade, agitação e inquietude. A árvore banyan**, que é aswatha, tremula em cada folha ao mais tênue sopro da aragem. O significado interno do grande rito o Sacrifício do Cavalo ou aswamedha*** é a destruição da mente voluntariosa (igual a um aswa ou cavalo). 

A mãe dá comida ao filhinho usando de diversas táticas, mas, passado o tempo, graças à força do hábito criado pelo exercício diário, ele passa a comer por si mesmo. Diariamente ocupe sua mente com Deus e conserve-O lá, mesmo que seja por um curto tempo; faça-o pela manhã e à noite. Deus é tão misericordioso que dará dez passos em sua direção se você tiver a iniciativa de dar um somente na direção d'Ele.

O verdadeiro Amor só pode ser por Deus, mas não um outro amor qualquer. Hoje se tornou comum ver crianças amando os pais somente tanto quanto estes lhe sejam vantajosos. Mas, uma vez que os pais tenham envelhecido e se aposentado do serviço, seus conselhos são ignorados. Similarmente, o amor entre esposo e esposa, com a passagem do tempo, empalidece. O verdadeiro amor é tal que se mantém imutável, e este é o Amor para Deus. Acredite em você mesmo. Então você terá fé em Deus."****

* É a árvore sagrada para os hindus (ficus religiosa). É a árvore eterna da vida, cujas raízes estão no céu, isto é, na Divina Essência, no Brahaman impessoal. É também sagrada para os budistas. Diz Krishna no Bhagavad Gita: "Falam da eterna Aswatha que tem raízes para cima e galhos para baixo, cujas folhas são os Vedas. Quem a conhece, conhece os Vedas" (15:1). Diz ainda Krishna: "entre as árvores Eu Sou a Aswatha". Cristo igualmente fala: "Eu Sou a videira verdadeira" (João 15:1).
** Banyan - uma espécie de ficus, típica da Índia.
*** Aswamedha - O "sacrifício do cavalo". Era um ritual dos tempos védicos, realizado nos festivais comunitários da primavera; uma propiciação a Varuna, o rei dos Céus do qual se esperava fertilidade. 
**** "O homem que não tem fé em si mesmo é ateu" (Swami Vivekananda).

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 75)


quinta-feira, 11 de julho de 2013

BUDDHA - A TERCEIRA VIGÍLIA

"(...) Estando a terra silenciosa, as legiões infernais fugiram,
Um ar macio soprando da lua que se punha,
Nosso Senhor atingiu Samma-sambuddh (a perfeita iluminação),
Ele viu, através da luz que brilha. Além do nosso horizonte mortal,
A linha de todas as suas vidas em todos os mundos, 
Recuada e mais recuada e mais recuada ainda.
Quinhentas e cinquenta vidas. Tal como alguém,
Descansando no topo da montanha,
Observa a senda por ele seguida, a profundidade dos precipícios e penhascos
Através de pântanos de um verde enganador,

Descendo até os vales onde trabalhou à exaustão;
Sobre picos atordoantes
Onde seus pés quase escorregaram;
Além da relva iluminada pela luz do sol,
A catarata, a caverna e a lagoa,
De volta àqueles baixios sombrios de onde saiu
Para alcançar o céu - assim Buddha contemplou
Os passos ascendentes da vida, há muito unidos,
Desde os níveis inferiores, onde a respiração é pesada, Até as inclinações superiores e além,
Sobre as quais as dez grandes Virtudes esperam para levar 
Aquele que escala em direção ao céu.

O Buddha viu, também,
Como a nova vida colhe o que a antiga vida semeou;
Como, onde a marcha da vida é interrompida, aí ela recomeça;
Retendo o proveito adquirido e respondendo pela perda anterior;
E como em cada vida o bem produz mais bem,
O mal cria novo mal; a Morte apenas calculando
Débito e crédito, após o que a conta
Em méritos ou deméritos fica estampada
Por um aritmética infalível - a soma dos méritos e deméritos
Imprime-se, por si mesma,
Exata e justa, sobre alguma vida que está para surgir,
Na qual estão acumulados e levados em conta
As ações e pensamentos passados,
Esforços e triunfos, memórias e marcas de vidas prévias. (...)"

(Edwin Arnold - A Luz da Ásia - Ed. Teosófica, Brasília - p. 109/110)


segunda-feira, 1 de julho de 2013

BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA JUSTIÇA, PORQUE DELES É O REINO DOS CÉUS

"A bem-aventurança de Deus visitará as almas que suportam com equanimidade, por fazerem o que é correto, a tortura da crítica injusta dos falsos amigos, e também dos inimigos, e que permanecem livres da influência dos maus costumes ou hábitos prejudiciais da sociedade. Um devoto íntegro não se curvará diante da pressão social para que beba, somente por estar numa reunião em que são servidos coquetéis, mesmo quando os demais zombem dele por não compartilhar de seu gosto. A retidão moral traz a zombaria de curto prazo mas o regozijo a longo prazo, pois a persistência no autocontrole produz bem-aventurança e perfeição. Um eterno reino de alegria celestial, a ser desfrutado nesta vida e além dela, é o que recebem aqueles que vivem e morrem conduzindo-se de acordo com o que é justo. 

Pessoas mundanas que preferem as indulgências sensoriais ao contato com Deus são os verdadeiros tolos, porque ao ignorarem o que é correto - e portanto bom para elas - têm de colher as consequências. O devoto íntegro procura aquilo que é benéfico para ele no mais elevado sentido. Aquele que abandona os costumes levianos do mundo e suporta de bom grado o menosprezo que os amigos sem visão expressam por seu idealismo demonstra que está apto para a infindável bem-aventurança de Deus.

O versículo acima também oferece encorajamento àqueles que são perseguidos e torturados por tentações sensoriais e maus hábitos quando decidem aderir a princípios morais e práticas espirituais. Eles são, na verdade, virtuosos, seguindo o caminho correto do autocontrole e da meditação, que a seu tempo sobrepujará as tentações, conquistando para o vitorioso o reino da eterna alegria. 

Não importa quão poderosas sejam as tentações, ou quão fortes os maus hábitos, é possível resistir a eles com o poder de autocontrole guiado pela sabedoria e mantendo a convicção de que, seja qual for o prazer prometido pela tentação, ela sempre acabará por trazer-nos sofrimento. As pessoas sem determinação tornam-se inevitavelmente hipócritas, justificando seu mau comportamento enquanto sucumbem às armadilhas da tentação. O mel de Deus, embora encerrado em mistério, é o que a alma verdadeiramente anseia. Aqueles que meditam com firme paciência e perseverança rompem o selo do mistério e sorvem profundamente o néctar celestial da imortalidade. 

O céu é aquele estado de alegria transcendental e onipresente em que tristeza alguma jamais ousa penetrar. (...) O reino da Consciência Cósmica pertence ao Rei da Bem-aventurança Celestial e às almas elevadas que Nele imergem. Daí se dizer que devotos que unem seu ego a Deus, tornando-se unos com o Rei do Universo: "Deles é o reino dos céus"."

(Paramahansa Yogananda - A Yoga de Jesus - Self-Realization Fellowship - p. 93/94)


quinta-feira, 6 de junho de 2013

SOMBRA E LUZ (1ª PARTE - II)

" (...) Além da necessidade de modéstia, enfatiza-se a importância, o poder e a glória de cada ser humano individual: "O homem é a medida de todas as coisas". Diz um Upanishad: "Isso sou eu dentro do coração, maior do que a Terra, maior do que a atmosfera, maior do que o céu, maior do que esses mundos."

Esses aspectos que nos reduzem à total insignificância e que ao mesmo tempo proclamam nossa grandeza não são contraditórios entre si. Referem-se a dois lados - à sombra em nossa veste e à luz interior que ainda deve brilhar. Somos nós que bloqueamos a luz e depois reclamamos da escuridão. Várias escrituras fazem referência a isso. A Bíblia diz que "a luz brilha nas trevas e as trevas não a compreendem". O Vedanta compara isso ao eclipse solar ou ao sol oculto por trás das nuvens. Nós, na Terra, vemos as trevas ou a sombra, mas na verdade o sol continua a brilhar com o mesmo esplendor de sempre. 

O caminho espiritual leva da sombra para a luz. Nós o trilhamos mudando o centro de nossa consciência de uma mente que é separativa, possessiva e dominada pelo desejo e a paixão, para uma que é compassiva, pacífica, intuitiva e que pensa e sente em termos de uma vida maior. Neste sentido, a humildade não é a morte dos sentidos e da mente, mas sua iluminação, o que leva a um crescente refinamento das percepções - uma mudança da vida egoica e da dualidade para a unidade consciente. Isso pode ser visto como uma mudança do movimento centrípeto para o centrífugo. Começa com a indiferença aos desejos e anseios dos corpos, mas não negligência esses corpos. Cresce pela dissolução da estreita esfera de nossos pensamentos limitantes, autoprotetores e que se autoprojetam.

Se uma folha cai num pequeno córrego ou num rio, num lugar sagrado ou numa rua, que efeito benéfico ou maléfico isso causa à árvore? O que se aplica à árvore e às suas folhas deve começar a ser aplicado ao elogio e à recriminação, aos chutes e às carícias que recebemos em nossa vida diária. Rumi, o famoso poeta e místico sufi do século III, escreveu: "As lamparinas são diferentes, mas a luz é a mesma; ela vem do além. Porém, se continuas olhando para a lamparina, estás perdido, pois então surge a aparência de número e pluralidade. Fixa teu olhar na luz, e serás retirado do dualismo inerente ao corpo finito. (...)"

(Surendra Narayan - Revista Sophia - Ed. Teosófica, Brasília - p. 32/33)
www.revistasophia.com.br


segunda-feira, 6 de maio de 2013

QUESTÃO DE HERANÇA, CUIDADO COM A COBIÇA

"Contraste doloroso! Jesus fala do desapego dos bens materiais, da futilidade das riquezas da terra, e do valor imenso dos tesouros celestes - e esse homem, envolvido em um litígio com seu irmão por causa de uma herança, algum pedaço de terra ou uma casa, só pensa em conquistar os bens caducos da vida presente. Durante todo o sermão de Jesus, não pensara em outra coisa. Depois de lhe falharem os recursos judiciários, lembrou-se de apelar para o grande prestígio do profeta de Nazaré, no intuito de satisfazer a sua cobiça. Nada lhe importavam as verdades do reino de Deus; só o interessava o reino da terra; o seu Messias era o dinheiro, o seu Salvador era aquele que o ajudava a agarrar uns bons punhados de metal sonante!...
Replicou-lhe Jesus:
- Homem! Quem me constituiu juiz ou partidor sobre vós?
Sabia Jesus que aquele grito representava a mentalidade de muitos dos seus ouvintes, mais afeiçoados aos bens da terra do que aos tesouros do céu. Por isso acrescentou:
-Cuidado e cautela com toda a cobiça! Ainda que alguém viva na abundância, não é da sua fortuna que depende a vida.
Depois desse exórdio, desenvolve o Mestre, em uma luminosa parábola, a ideia central da sua exortação, dizendo:
- Um homem possuía um campo que lhe produzira fruto abundante. Ao que ele se pôs a pensar consigo mesmo: "Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos... Isto é que farei! Vou demolir os meus celeiros e construí-los maiores, para abrigar toda a colheita e os meus bens. Então direi à minha alma: Agora sim, minha alma, tens em depósito grande quantidade de bens para muitos anos! Descansa, come, bebe, regala-te!"
Deus, porém, lhe disse:
- Insensato! Ainda esta noite te hão de tirar a vida! E as coisas, que amontoaste, de quem serão?
Depois, olhando em derredor, acrescentou, com insistência:
- Assim acontece àquele que acumula tesouros para si, mas não é rico aos olhos de Deus.
Que terá pensado aquele homem que vinha pleitear questões de herança junto ao Mestre de Nazaré?..."

(Huberto Rohden - Jesus Nazareno - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 260)


quarta-feira, 1 de maio de 2013

O CÉU E O INFERNO

"O céu e o inferno não são geográficos, eles são psicológicos, eles são a sua psicologia. E esta não é uma pergunta a ser decidida no dia do juízo final. A mente humana é tão esperta para evitar, para escapar. Os cristãos, os maometanos e os judeus criaram o conceito do dia do juízo final, quando todos serão julgados, você será retirado do seu túmulo e será julgado. Aqueles que seguiram Jesus, que foram bons, que se comportaram, irão para o céu; os que se portaram mal, que não seguiram Jesus, que não foram à igreja, deverão ser lançados no inferno. E esse inferno será eterno.  

O inferno (...). É eterno não tem fim. Isto parece ser uma injustiça, completamente injusto; qualquer que seja o pecado que tenha cometido, nenhuma pena eterna pode ser justa. Se, como dizem os hindus, você cometeu milhões de pecados em milhões de vidas, pode parecer lógico enviar uma pessoa ao inferno pela eternidade. Mas os cristãos acreditam somente numa vida, uma vida de setenta anos. Como você pode cometer tantos pecados para merecer o inferno eterno? Se você pecar continuamente, a cada momento, durante setenta anos, mesmo assim, até mesmo nesse caso o inferno eterno não parece justo. Todo o conjunto parece ser vingativo. Então Deus não o está lançando ao inferno por causa de seus pecados, mas só porque você foi desobediente, só porque foi rebelde, porque não o escutou. (...)

A mente humana criou um último dia de julgamento. Por quê? Para que esperar pelo último dia do juízo? A mente sempre adia, empurra as coisas para a frente; o problema não está aqui e agora, é assunto do último dia do juízo. Veremos. O problema não é urgente, nós veremos o que acontece. Há modo e meios... No último instante você pode seguir Jesus, no último instante pode render-se e dizer a Deus: "Eu era um pecador". Confesse e seja perdoado. E Deus é compaixão infinita, Deus é amor; ele vai perdoá-lo.

Os cristãos desenvolveram uma técnica de confissão. Você comete pecado? Vá ao padre e confesse. Confessando, você é perdoado. Se você confessa honestamente, está pronto para pecar novamente; o pecado do passado é perdoado. Uma vez que você conhece o truque, a chave, que você pode cometer um pecado e pode ser perdoado, quem vai lhe impedir de pecar mais? Assim, as mesmas pessoas continuam indo ao padre todos os domingos e se confessam. (...) 

O juízo final e a confissão são truques da mente. Céu e inferno não estão no final, eles estão aqui e agora. A cada momento que a porta se abre; a cada momento você vai oscilar entre o inferno e o céu. É uma pergunta de um instante para outro, é urgente; num único instante você pode ir do inferno ao céu, do céu ao inferno. Céu e inferno não são muito distantes, eles são vizinhos; só uma pequena cerca os divide. Você pode saltar aquela cerca até mesmo sem um portão. Você continua a saltar de um para o outro. Pela manhã você pode estar no céu; antes da noite você pode estar no inferno. É só uma atitude, é só um estado da sua mente, é só como você está se sentindo. Muitas vezes, numa única vida você pode visitar o inferno, e muitas vezes você pode visitar o céu. Num só dia também..."

(Osho - Um pássaro em voo - Conversas sobre o Zen - Ed. Planeta, São Paulo - p. 76/78)


quarta-feira, 6 de março de 2013

ENCONTRE EM SEU INTERIOR O REINO DA FELICIDADE CELESTIAL PERPÉTUA


"Focalize sua atenção no interior. Você sentirá um novo poder, uma nova paz no corpo, na mente e no espírito.

Você tem o privilégio e a escolha de construir seu próprio céu aqui mesmo. Você tem todos os meios de fazer isso.

Por meio da meditação iogue científica, construa seu palácio de paz sobre a rocha dos séculos – a paz interior de Deus, que é indestrutível.

Encontre em seu interior o reino da felicidade celestial perpétua, e reinará o céu no território do silêncio, ou no barulho e na atividade das cidades, ou onde quer que você possa estar.

Quando você tiver paz em todos os movimentos de seu corpo, quando tiver paz em seu pensamento e em sua força de vontade, quando tiver paz no amor e quanto tiver paz e Deus em suas ambições, lembre-se: você terá ligado sua vida a Deus."

(Paramahansa Yogananda – Paz Interior – Self-Realization Fellowship - p. 18/19)


domingo, 3 de março de 2013

DEUS E RELIGIÃO

"Durante anos demais, por incontáveis séculos e milênios, Deus e a religião têm sido mal compreendidos, distorcidos e manipulados conscientemente pela humanidade. O nome de Deus, talvez o símbolo definitivo da paz, do amor e da compaixão, foi usado para evocar inúmeras guerras, homicídios e genocídios. Mesmo hoje em dia, quando o século vinte e um começa a se revelar, guerras “santas” infestam nosso planeta. Como uma guerra pode ser “santa”? Isto é uma contradição de termos, um enorme pecado mal encoberto, superficialmente disfarçado por uma racionalização manipuladora. Como se Deus fosse tolerar a matança de pessoas inocentes.

Deus é paz, Deus é amor. Nós nos esquecemos de que, já que fomos criados à Sua divina imagem, Deus está dentro de nossos corações e nós também somos criaturas de paz, seres de amor e divindade. (...)

Somente abrindo mão de nossos medos, enxergando as pessoas de outras religiões como nossos iguais, como almas iguais na estrada para o Céu, podemos amar de verdade, num sentido incondicional. Somos todos iguais, estamos todos remando no mesmo barco. (...) A alma não tem raça nem religião. Conhece apenas o amor e a compaixão. Quando soubermos que somos todos iguais, que existem apenas diferenças superficiais e sem importância entre nós, mas nenhuma diferença realmente fundamental, então poderemos nos unir e ajudar a todos que encontrarmos pelo caminho, sejam eles parecidos conosco ou não."

(Brian Weiss –  A Divina Sabedoria dos Mestres - Ed. Sextante, Rio de Janeiro - p. 205/206)


sábado, 5 de janeiro de 2013

NA SUA FORÇA DE VONTADE RESIDE A IMAGEM DE DEUS


“Força de vontade significa liberdade. Força de vontade significa o Céu. Se não permitir que as atrações do mundo enfraqueçam sua vontade, alcançará a meta divina. Muitos de vocês, porém, permitiram que a vontade fosse minada por maus hábitos – entregando-se a eles todos os dias – fumando, bebendo, falando com aspereza. Pensam que não podem evitá-los. Mas tempo houve em que não sabiam o que era fumar, embriagar-se ou ficar com raiva. Desistiram de ser livres ao adquirir esses hábitos. Precisam continuar escravos? Como poderão encontrar Deus se não libertarem a força de vontade, eliminando os hábitos mundanos e usando a vontade livre para meditar?

Aconteça o que acontecer com o seu corpo, medite. Nunca vá dormir, à noite, sem comungar com Deus. O corpo dirá que você trabalhou muito e precisa de descanso, porém quanto mais você ignorar as exigências do corpo e concentrar-se no Senhor, tanto mais sua vontade arderá com viva alegria, como uma esfera de fogo. Então você saberá que não é o corpo. Na força de vontade reside a imagem de Deus. Essa imagem foi profanada, porque você fez da mente uma escrava. Quando parti da Índia para a América, meu guru disse: “Esqueça que nasceu entre hindus e não adote todos os costumes dos americanos. (...) Seja quem você realmente é, um filho de Deus.” Seguindo seu sábio conselho, conservei livre a minha vontade. Se o mundo inteiro se levantasse contra mim e eu soubesse que estava certo e os outros, errados, não mudaria minha forma de pensar.”

(Paramahansa Yogananda - A Eterna Busca do Homem – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 422)


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

SUGESTÕES PRÁTICAS PARA A VIDA DIÁRIA - IV

"Não vivas nem no presente nem no futuro, mas sim no eterno. A gigantesca erva daninha (do mal) lá não pode florescer, a própria atmosfera do pensamento eterno apaga esta mancha da existência. A pureza do coração é uma condição necessária para o atingimento do "Conhecimento do Espírito". Há dois meios principais pelos quais essa purificação pode ser atingida. Em primeiro lugar, afasta persistentemente todo mau pensamento; e em seguindo, mantém a mente tranquila sob quaisquer condições, nunca te agitando ou te irritando por qualquer coisa. Descobrir-se-á, assim, que estes dois meios de purificação são melhor estimulados pela devoção e pela caridade. Não devemos nos manter ociosos, sem tentar fazer alguma coisa para progredir, só porque não nos sentimos puros. Que todos tenham aspirações, e que trabalhem com o devido empenho; no entanto, devem trabalhar no reto caminho, cujo primeiro passo é purificar o coração. 

A mente precisa de purificação sempre que sentir ira ou que uma mentira seja contada, ou as faltas de terceiros sejam desnecessariamente reveladas; sempre que algo seja dito ou feito com o propósito de bajulação, ou que alguém seja enganado pela insinceridade de uma palavra ou ação.

Aqueles que aspiram pela salvação devem evitar a luxúria, a ira e a cobiça, e devem cultivar uma corajosa obediência às Escrituras, estudar Filosofia Espiritual, e cultivar a perseverança na sua realização prática.

Aquele que se deixa levar por motivos egoístas não pode entrar num Céu onde os motivos pessoais não existem. Aquele que não se preocupa com o Céu, mas que se sente contente onde encontra, já está no Céu, enquanto que o descontente irá clamar pelo Céu em vão. Não ter desejos pessoais é estar livre e feliz, e a palavra "Céu" não pode significar outra coisa a não ser um estado no qual a liberdade e a felicidade existam. O homem que pratica ações benéficas motivado por uma expectativa de recompensa não fica feliz a não ser que a recompensa seja obtida, e uma vez obtida essa recompensa, a sua felicidade cessa. Não pode haver descanso e felicidade permanentes enquanto houver algum trabalho a ser feito, e que não tenha sido realizado, sendo que o cumprimento do dever traz sua própria recompensa.

Aquele que se considere mais santo que os outros, aquele que tenha qualquer orgulho por estar isento de vícios ou insensatez, aquele que se crê sábio, ou de qualquer maneira superior ao seu próximo, está incapacitado para o discipulado. Um homem tem que se tornar como que uma criancinha antes de poder entrar no Reino dos Céus. A virtude e sabedoria são coisas sublimes, mas se elas criarem orgulho e uma consciência de separatividade em relação ao restante da Humanidade, então serão apenas as serpentes do eu reaparecendo de uma forma mais sutil. O sacrifício ou a entrega do coração do homem e suas emoções é a primeira das regras; envolve "o atingimento de um equilíbrio que não pode ser perturbado pelas emoções pessoais." Põe, sem demora, tuas boas intenções em prática, nunca permitindo que nem sequer uma delas permaneça apenas como uma intenção. Nosso único rumo verdadeiro é deixar que o motivo para a ação esteja na ação em si mesma, jamais na sua recompensa; não ser incitado à ação pela expectativa do resultado, e, nem tão pouco ceder à propensão à inércia.

Através da o coração é purificado das paixões e da insensatez; daí surge o domínio do corpo, e, por último, a subjugação dos sentidos. 

As características do sábio iluminado são, em primeiro lugar, que ele está liberto de todos os desejos, e sabe que somente o verdadeiro Ego ou Supremo Espírito é bem-aventurança, e que tudo o mais é dor. Em segundo, que ele está livre de apego ou repulsão com relação a qualquer coisa que lhe aconteça, e que agem sem intenção. Finalmente, vem a subjugação dos sentidos, que é inútil, e frequentemente prejudicial, dando origem à hipocrisia e ao orgulho espiritual, quando destituída do segundo, e que por sua vez não tem muita utilidade quando destituída do primeiro. 

Aquele que não pratica o altruísmo, aquele que não está preparado para dividir sua última porção com alguém mais pobre ou mais fraco do que ele, aquele que negligencia em ajudar seu próximo, qualquer que seja sua raça, nação, ou credo, quando e onde quer que encontre sofrimento, e que faz ouvidos moucos ao clamor da miséria humana; aquele que ouve uma pessoa inocente ser caluniada, e que não toma a sua defesa como defenderia a si mesmo, não é um teósofo."

(Helena Blavatsky - Ocultismo Prático - Ed. Teosófica, Brasília - p. 46/57)


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A ÚLTIMA VESTE

“- Pronto, São Pedro. Já larguei tudo. Deixei moedas. Rasguei títulos. Esqueci fama e lauréis. Já não tenho amizades, inimizades, partidos, crenças, credores, devedores, preocupações, ocupações, empresas, empregados, apegos, amantes, saudades, lucros, luxos, diplomas, ansiedades... Estou só. Sem nada. Por favor, deixa-me entrar!


- Volta, filho – respondeu o santo. – Ainda vestes a última túnica, que te era útil enquanto na terra, mas agora dela não precisas... Enquanto a vestires... Vai. Atira-a longe de ti. Quando estiveres nu, volta: Livra-te primeiro da última veste... teu eu.

Tempos depois, novo diálogo.

- Bem filho, agora que renunciaste ao eu, a porta do Céu está aberta. O Céu é teu.

- Agora?! Para quê... meu bom santo?!”

(Hermógenes – Mergulho na paz – Ed. Nova Era, Rio de Janeiro – p. 151)


quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CÉU





“O céu é um reino onde só entram os que querem entrar. Inútil é pretender forçar alguém a ir lá.”


(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 50)







NO QUE AINDA SOU, SE ENCONTRA, COMO PROMESSA, AQUILO QUE VIREI A SER


“Não sou céu.

Sou daqui mesmo. Não do além.

Não sou estrela.

Luz também não sou.

Não passo de humilde pirilampo, que a noite, com seu negrume, realça.

Sou um simples inseto arremedando estrela.

Não desejo que alguém se iluda.

Estou apenas brincando de acender.

Estrela, um dia, serei.

Quando, não sei.

Só sei que, no que ainda sou, se encontra, como promessa, aquilo que virei a ser.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – 203/204)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

IGNORÂNCIA




“Um verme humilde para um colega arrogante e vaidoso:

- Não discutas com a águia sobre coisas do céu. Nós mal entendemos o que se passa aqui onde estamos.”

(Hermógenes – Mergulho na paz - 155)

sábado, 17 de novembro de 2012

SERES ANGÉLICOS


“Nenhum corpo humano subiu ao céu, cuja essência etérea não abriga formas materiais, mas todas as almas podem e irão ingressar nos reinos superiores quando, por meio da morte ou da transcendência espiritual, venham a desfazer-se da consciência material, reconhecendo-se como seres angélicos em trajes de pensamentos e de luz.

Todos somos feitos à imagem de Deus, seres de consciência imortal encobertos por um manto de diáfana luz celeste – uma herança oculta sob a matéria grosseira do corpo. Podemos reconhecer essa herança somente pela meditação. Não há outra maneira – não será por meio da leitura de livros, nem do estudo filosófico, mas pela devoção, pela oração incessante e pela meditação científica que eleva a consciência a Deus.”

(Paramahansa Yogananda – A Yoga de Jesus – p. 62)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

EU SOU HORIZONTE



“Quando vejo longe um horizonte bonito, cheio de paz e distâncias, tenho ímpetos de correr para lá. Sinto o desejo de tocar o céu com a mão.

Como sei que, quando lá chegar, um novo horizonte, adiante, fascinante, vai-me atrair, e, assim, jamais eu pararia de perseguir fugidios horizontes sedutores, decido ficar onde estou e contentar-me. Aí dou-me conta de que onde estou está um horizonte, com o céu ao meu alcance.


Para chegar ao céu não é preciso andar doidamente, insatisfeito, perseguindo horizontes a fugir.

Contente onde estou e com o que sou, consigo ver que sou horizonte, e então a Paz me consome.”

(Hermógenes – Mergulho na Paz – p. 42)