OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

AJA COM ENTUSIASMO E FÉ E O SUCESSO SERÁ SEU

"O mais direto método de sucesso espiritual é nishkama-karma, ou seja ação sem qualquer atenção ou apego aos frutos decorrentes. É ação como dever; ação como devotamento; ação como adoração. No entanto, a ação e seu fruto não são duas entidades distintas; o fruto é a ação mesma em seu estágio final, em seu clímax, em sua conclusão. A flor é o fruto. O fruto é a flor. Um é o início; o outro, o legítimo termo. A flor vira fruto. A ação torna-se consequência. O dever da gente é agir. Aja bem. Aja no temor de Deus. Aja dentro dos limites traçados pela moralidade. Aja com amor. Continue agindo. As consequências naturalmente sobrevêm, como o fruto sobrevém à flor. Ninguém precisa se preocupar ou exultar. Aja com entusiasmo e fé - o sucesso será seu. Foi assim que Arjuna¹ agiu. Nunca desanimou, uma vez que a Gita lhe fora ensinada. Ele soergueu os espíritos dos outros que estavam deprimidos. Engajou-se na batalha, tomando-a como sendo um yajna². No entanto, Karna, seu grande rival, tinha como boleeiro (do carro de guerra) uma pessoa de nome Salya. Enquanto o boleeiro de Arjuna (o próprio Senhor) o plenificou da mais alta sabedoria e da paz mais profunda, Salya encheu Karna de abatimento e dúvida. Salya significa dardo ou flecha. O boleeiro de Karna tornou-se-lhe um espinho no flanco, uma letal arma contra si mesmo. Assim, que você tenha o Senhor como condutor de seu carro (de sua vida). Só assim triunfará. Nunca aceite um Salya para seu guia e preceptor."

¹. Arjuna - o príncipe que é interlocutor de Krishna na Gita.
². Yajna - sacrifício a Deus; ação como oferenda. 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro, p. 63/64)


terça-feira, 3 de setembro de 2013

A PREPARAÇÃO PARA O CAMINHO: DESÂNIMO

"Nunca, nunca devemos ficar deprimidos. No começo não compreendemos como é grande o objetivo, como é longo o caminho, como é escuro no princípio. 'Lentamente a estrada serpenteia para cima através dos anos. Na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na prosperidade ou no revés, o esforço deve continuar. Ao cair a pessoa ergue-se e gradualmente adquire coragem, fé, a vontade de ter sucesso e a capacidade de amar... Inicialmente isso nos acarretará esforço, sacrifício e sofrimento, como qualquer disciplina destinada ao treinamento da mente, dos órgãos ou dos músculos. Mais tarde nos trará algo de inestimável valor, uma alegria peculiar e indefinível, que se deve sentir para compreender. Somente naqueles que lhe serviram fielmente toda a vida o espírito continua a elevar-se até o fim. (Alexis Carrel).

Santa Teresa de Lisieux tomou, por ocasião de sua primeira comunhão, uma resolução, que respeitou por toda a sua vida: 'Nunca me permitirei desanimar'. O desespero é outro lado do egoísmo, nosso inimigo no Caminho. 'Que ele erga o eu pelo Eu, e não permita que o eu seja deprimido. Na verdade o Eu é o amigo do eu, e também seu inimigo'. (O Bhagavad Gita).

O motivo certo e a cura da depressão são resumidos por um Instrutor, com estas palavras: 'Você deve viver para os outros e com eles, não para você ou com você mesmo'. (Um Adepto a W. Q. Judge).

Antes que você possa aproximar-se do primeiro portal, deve aprender a separar seu corpo de sua mente, a dissipar a sombra e viver no eterno. Para isto cumpre viver e respirar em tudo, como tudo que você percebe respira em você; cumpre sentir-se em todas as coisas e todas as coisas no Eu... Há muitos instrutores; a Alma-Mestra é uma, Alaya, a Alma Universal. Viva nesse Mestre como seu raio em você. Viva em seus semelhantes como eles vivem na Alma Universal... 'Sintonizou você seu coração e mente com a grande mente e coração de toda a humanidade? O coração daquele que entrar na corrente deve assim vibrar em respostas a todo suspiro e pensamento de todos os que vivem e respiram'. (A Voz do Silêncio)."

(Clara M. Codd - A Técnica da Vida Espiritual - Bibioteca Upasika - p. 12/13)


quinta-feira, 25 de julho de 2013

A PERSEVERANÇA E O DESAPEGO (PARTE FINAL)

"(...) O Gênesis traz a mesma lição, embora com palavras diferentes: 'Instável como a água tu não vencerás.' A impaciência é um obstáculo no caminho. Queremos resultados rápidos para os esforços espirituais. Como a galinha, reviramos os ovos e os destruímos. Como um jardineiro impaciente, cavamos as raízes das plantas, para termos certeza de que elas se aprofundaram.

Em Aos Pés do Mestre, Krishnamurti lembra a importância da objetividade em nossa conduta: 'Nenhuma tentação, nenhum prazer mundano, nenhuma afeição mundana deverá jamais te pôr de lado. Pois tu mesmo deves tornar-te um com o caminho.' Krishnamurti também aconselhou: 'Mantém-te vivo, consciente, e não deixes que nada sufoque a chama. Não deixes um simples pensamento sequer escapar sem observares de onde veio, seus motivos e significação. Mantém-te acordado.'

O ditado 'pedra que rola não cria limo' também pode ser interpretado de maneira completamente diferente, num outro contexto. O limo numa pedra pode ser um estorvo. Ele faz a pedra parecer musgosa e suja, pois uma pedra limpa, clara e brilhante é mais agradável ao olhar.  

A pedra fica cheio de limo quando permanece apegada a um lugar. O mesmo se aplica a nós. Quando permitimos que o apego a pessoas, coisas e sensações prevaleça, a mente fica contaminada pelo limo dos pensamentos e das memórias, que passam a governar nossa vida. As percepções se turvam, tornam-se estreitas e limitadas. Em A Voz do Silêncio, Blavatsky recomenda: 'Luta com teus pensamentos impuros antes que eles ganhem poder sobre ti, (...) pois se lhes deres folga e eles crescerem e tomarem raiz, o sobrepujarão a ti e te matarão.' Nessa interpretação, rolar tem um sentido de desapego. 'Os sábios não se demoram nos jardins das delícias dos sentidos', como afirmou Krishnamurti. 

Uma pessoa bem estabelecida no caminho da santidade é chamada parivrajaka (andarilho), no saber religioso hindu. Os budistas também o chamam de sotapanna, 'aquele que entrou na corrente'. Uma pedrinha no leito do rio vai rolando na rápida corrente, não cria limo e gradualmente se torna mais lisa, limpa e menor, até que finalmente se funde à areia indiferenciada e brilhante."

(Surendra Narayan - Revista Sophia nº 7 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 13)


quarta-feira, 24 de julho de 2013

A PERSEVERANÇA E O DESAPEGO (1ª PARTE)

"'Pedra que rola não cria limo' é um velho ditado que ouvimos desde criança. Quer dizer que uma pessoa inquieta, que está sempre mudando, não prospera nem vence na vida. 

É comum usá-lo para alertar os jovens contra a troca de curso - de artes para ciências ou mesmo de física para biologia. Se alguém está interessado em esportes, é alertado contra mudar de voleibol para basquete e em seguida para futebol. Se alguém troca de carreira com muito frequência - de direito para jornalismo e depois gerente de restaurante - a analogia de pedra que rola também vem a calhar.  

A moral desse ditado, porém, tem implicações muito mais amplas. No caminho espiritual alguém pode se sentir tentado a mudar de jnana yoga para mantra yoga e depois para hatha yoga; assim, progride pouco. Ou pode viajar por todos os continentes, numa busca sem fim por sábios e gurus, sem conseguir proveito algum. Do mesmo modo, a pessoa que busca a verdade pode se distrair com o transcorrer da vida. Ela pode dar ouvidos a ilusões, permanecer estagnada ou até andar para trás. Foi por isso que Buda, em um dos últimos sermões a seus discípulos, disse: 'Buscai aquilo que é permanente e exercitai vossa salvação com diligência.'

Sem diligência, ou seja, sem constante esforço e atenção, não se pode crescer na compreensão correta; pedra que rola não cria limo. 'Um caminho com muitas paradas não permite chegar rápido ao final da linha', como um dos Mahatmas avisou a Sinnet, em suas cartas. (Cartas dos Mahatmas para A. P. Sinnett, Ed. Teosófica.)

No livro Footprints of Gautama Budha, Marie Byle conta uma interessante história. Um monge estava tendo problemas com seu progresso espiritual; frequentemente voltava 'à vida superficial da Terra, embora ainda estivesse usando o manto amarelo'. Desanimado, procurou Buda, que logo compreendeu a causa do problema e apontou para uma galinha numa moita. Havia dez ovos no ninho, mas nenhum pintinho. A galinha andava de lá para cá, em vez de chocar os ovos. Mesmo quando chocava, revirava-os com os pés, esperando que rachassem e alguns biquinhos aparecessem. Porém, não tinha sucesso.

Buda disse: 'Aquela galinha queria muito os filhotes, mas ela não os deixou nascer porque não chocou os ovos. O monge que tanto deseja a libertação dos desejos e o alcance da imortalidade não chegará à sua meta cobiçando-a. As coisas não vêm pelo desejo. Devemos deixá-las acontecer'. (...)"

(Surendra Narayan Revista Sophia nº 7 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 12/13)


segunda-feira, 15 de julho de 2013

RENÚNCIA - A CHAVE MESTRA

"Existem na humanidade duas classes de almas: aquelas que se entregaram e aquelas que não o fizeram. O teste ácido é “Você renunciou?” A grande maioria das pessoas neste estágio ainda está no estado de acentuação da individualidade. Poucas disseram (simbolicamente) para o Mais Alto de Seus ministros, “Eu me entrego a Ti. Sou Teu. Minha vontade é a Tua vontade. Minha vida é Tua vida. Não peço mais nada para mim. Dou tudo o que tenho e sou para Ti.” Por isso, no Getsêmani, Jesus disse, “... não a minha vontade, mas a Tua, seja feita”. No entanto, esse Evangelho ainda é para poucos. Pois ele é o coração da vida oculta. Somente depois da entrega à Grande Lei, a Grande Vida passa a cuidar inteiramente de você e então você estará “salvo para sempre”. A espontaneidade torna-se então a característica da vida, “dar” a religião, “absoluta consciência de ausência de eu” a única aspiração. “Desapegue-se!” 

A pessoa deve estar pronta para o assentimento, mesmo ao que parece ser injustiças, inclinar-se a todos os superiores em total humildade. A renúncia é a chave mestra. “Bem-aventurados os mansos, pois eles herdarão a terra”. Depois da entrega, tudo está aberto." 

(Luz do Santuário - O Diário Oculto de Geoffrey Hodson - Compilado por Sandra Hodson e traduzido por Raul Branco - p. 65/66)


domingo, 7 de julho de 2013

APRENDA A SE DESCONECTAR

"Para adquirir alguma coisa no universo físico, você tem que renunciar ao apego a ela. Isso não quer dizer que você desiste da intenção mas não do desejo; você desiste do apego ao resultado. Fazer isso é algo muito poderoso. No momento em que renuncia ao apego, ao resultado, combinando ao mesmo tempo intenção e desapego, você terá aquilo que deseja.

Qualquer coisa que você deseje pode ser adquirida por meio do desapego, porque o desapego está baseado na crença incondicional no poder de seu verdadeiro ser. O apego, por outro lado, baseia-se no medo e na insegurança, e a necessidade de segurança baseia-se no desconhecimento do verdadeiro ser.

A fonte de riqueza, de abundância ou de qualquer coisa no mundo físico é o ser; é a consciência que sabe como suprir cada necessidade. Tudo mais é símbolo: automóveis, casas, dinheiro, roupa, aviões. Os símbolos são transitórios: eles vêm e vão. Procurar símbolos é como tomar uma certa direção no mapa em vez de fazê-lo no território. Isso cria ansiedade, termina fazendo você se sentir vazio, oco por dentro, porque você troca o ser pelos símbolos do ser.

O apego, na verdade, vem da pobreza de consciência, porque nós nos apegamos sempre a símbolos. Desapego é sinônimo de riqueza de consciência, porque com desapego existe liberdade para criar. Somente com envolvimento desapegado pode-se ter alegria. Por conseguinte, os símbolos de riqueza são criados espontaneamente e sem esforço. A verdadeira riqueza de consciência é a habilidade para ter qualquer coisa que se queira, com o mínimo de esforço.

Para basear-se firmemente nessa experiência você precisa ter fundações profundas na sabedoria da incerteza. Nessa incerteza você encontrará liberdade para criar o que quer que seja. Quando entender o desapego, você não se sentirá compelido a forçar soluções. Ao forçar soluções de problemas você apenas cria novos problemas; porém, quando volta a atenção para a incerteza, quando testemunha a incerteza, quando espera cheio de expectativa que a solução surja do caos e da confusão, então o que surge é algo fabuloso e excitante. 

Esse profundo estado de alerta, sua prontidão no presente, no campo da incerteza, junta-se à sua meta e à sua intenção e permite apreender cada situação, problema ou desafio como uma oportunidade. Uma vez adquirida essa percepção, você se abrirá a toda uma gama de possibilidades e descobrirá o mistério, a maravilha, a excitação e a aventura de estar vivo."

(Deepak Chopra - Revista Sophia nº 36 - Ed. Teosófica, Brasília - p. 39)


sexta-feira, 5 de julho de 2013

EMBARQUE NO TREM DA SABEDORIA QUE ELE O LEVARÁ AO SEU DESTINO

"Muitas pessoas pensam em Deus somente quando dominadas pela aflição. É bom que façam assim. É melhor que procurar ajuda naqueles que também são suscetíveis de se afligirem. Mas é infinitamente melhor pensar em Deus, tanto no sofrimento quanto na alegria, tanto na paz quanto na contenda; durante o tempo todo. A prova da chuva é a umidade do solo; a prova do bhaktha é a paz (santhi) que ele tem, aquela que o protege contra as arremetidas tanto da vitória como da derrota, tanto da fama como da desonra, tanto no lucro como da perda.

Bhakthi equivale ao Ganges; vairagya (desapego) ao rio Yamuna; jnana (sabedoria), o rio Saraswathi, neste triveni* espiritual. 

Jnanam (sabedoria) é o trem expresso. Embarque nele. Isto é bastante, pois levará você diretamente ao destino. Bhakthi (devoção) é o vagão cargueiro, e pode ser desligado de um trem e ligado em outro, mas se você nele permanecer, não precisa de preocupar; deixe-se ficar em seu lugar; ele está programado para o levar ao destino. Karma (ação) é o trem comum. Se nele embarcar, terá de desembarcar, descer e subir em cada conexão, carregando sua bagagem, e assim, terá de fazer uma boa dose de trabalho até onde queira chegar.

Bhakthi por si só é bastante, mesmo para a aquisição da sabedoria (jnana). Bhakthi conduz a samadrishti (visão equânime), e destrói o egoísmo. Jnana igualmente o faz. Uma vez, Narada** se ofereceu para ir ensinar às Gopis (iletradas pastorinhas devotas de Krishna) os princípios da Filosofia ou, conforme ele mesmo denominou, vijnanabodha. Krisha concordou. Elas porém lhe disseram: "Não estamos interessadas em seu ensino, em seu discurso. Nós vemos Krishna em todo lugar e em todas as coisas, e assim, não temos ahamkara***. Achamos que isto nos basta." Narada achou que elas estavam certas, e se foi, desconcertado."

* Triveni - ponto de confluência dos três rios sagrados: Ganges, Yamuna e Sarawathi.
** Narada - o grande devoto de Vishnu.
*** Ahamkara - egoísmo, aquilo que nos faz pensar "eu sou fulano". 

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 52/53)


terça-feira, 28 de maio de 2013

TANTRA YOGA - MÃO DIREITA E MÃO ESQUERDA (5ª PARTE - I)

"Há dois caminhos gerais oferecidos pelo tantrismo: (a) o nivritti marga ou "caminho da renúncia, da abnegação, do desapego, da submissão a Deus, da humildade, disciplina, castidade, oração, canto devocional, amor sublimado (prema)..." próprio dos tipos virabhaya e divabhaya; (b) o pravritti marga ou "caminho da autoafirmação, da permissividade, do egoísmo selvagem, da magia sexual..." apropriado ao tipo animalesco, pasubhava. Os que transitam pelo primeiro caminho podem ser chamados também de dakshinacharis, e os do segundo caminho, vamacharis. Em seu Glossário Teosófico, H. P. Blavatsky define dois termos:
(a) Tantra - Literalmente, "regra ou ritual". Certos trabalhos místicos e mágicos, cuja peculiaridade principal é a adoração ao potencial feminino, personificado na Saktidevi ou Durga (Kali, esposa de Shiva) que é a energia especial ligada aos ritos sexuais e poderes mágicos - a pior forma de magia negra ou feitiçaria.

(b) Tântricas - Cerimônias ligadas à adoração acima citada. Sakti tendo uma dupla natureza, branca e negra, boa e má, os saktas (adoradores) são divididos (também) em duas classes: os dakshinacharis e os vamacharis, respectivamente; os saktas da mão direita e os da mão esquerda, isto é, magos "brancos" e os "negros". A adoração feita pelos últimos é a mais licenciosa e imoral.
Declarações tão graves, feitas por uma venerável autoridade em assuntos espirituais, a fundadora da Sociedade Teosófica, reclamam esclarecimentos maiores. O assunto é polêmico e exige que autoridades no assunto falem também:
Sem dúvida o Tantra é um tema delicado por conta de suas intensas e extensas ramificações eróticas. Deve ser visto de dois níveis: (a) o literal (mukya); e (b) o da interpretação metafórica de sua doutrina (gauna). A primeira visão é vamachara ou da "mão esquerda", a segunda, dakshinachara ou da "mão direita". (Stutley, Mararet and James, in a Dictionary of Hinduisna. Bombay: Allied Publishers Private Limited)
O tantrismo vamashina é aquele que inspirou a denúncia de Blavatsky. Prescreve rituais eróticos exacerbados e outras formas de licenciosidade como é o caso do preceito dos "cinco Ms", que parececonsagrar a permissividade, tão ao gosto dos indivíduos mais materialistas e sensuais, aqueles que o Tantra classifica como pasubhava (tipo animal).

A "doutrina dos Ms" determina como forma de cultuar a Shakti não as preces, meditações, purificações, renúncias, disciplinas, mas exatamente o oposto, isto é, a gratificação com: madya (vinho); mamsa (carne); matsya (peixe); mudra (cereais ressecados); maithuna (fornicação). Observe que as palavras têm o m por inicial. São os cinco Ms.

Ora, isto pode ser visto como a antítese do que as religiões em geral propõem com ascese. Soa como um convite para "chegar a Deus pelo caminho que o diabo gosta". Como explicar tão flagrante contradição? Procuremos juntos a resposta. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 125/126)


segunda-feira, 6 de maio de 2013

QUESTÃO DE HERANÇA, CUIDADO COM A COBIÇA

"Contraste doloroso! Jesus fala do desapego dos bens materiais, da futilidade das riquezas da terra, e do valor imenso dos tesouros celestes - e esse homem, envolvido em um litígio com seu irmão por causa de uma herança, algum pedaço de terra ou uma casa, só pensa em conquistar os bens caducos da vida presente. Durante todo o sermão de Jesus, não pensara em outra coisa. Depois de lhe falharem os recursos judiciários, lembrou-se de apelar para o grande prestígio do profeta de Nazaré, no intuito de satisfazer a sua cobiça. Nada lhe importavam as verdades do reino de Deus; só o interessava o reino da terra; o seu Messias era o dinheiro, o seu Salvador era aquele que o ajudava a agarrar uns bons punhados de metal sonante!...
Replicou-lhe Jesus:
- Homem! Quem me constituiu juiz ou partidor sobre vós?
Sabia Jesus que aquele grito representava a mentalidade de muitos dos seus ouvintes, mais afeiçoados aos bens da terra do que aos tesouros do céu. Por isso acrescentou:
-Cuidado e cautela com toda a cobiça! Ainda que alguém viva na abundância, não é da sua fortuna que depende a vida.
Depois desse exórdio, desenvolve o Mestre, em uma luminosa parábola, a ideia central da sua exortação, dizendo:
- Um homem possuía um campo que lhe produzira fruto abundante. Ao que ele se pôs a pensar consigo mesmo: "Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos... Isto é que farei! Vou demolir os meus celeiros e construí-los maiores, para abrigar toda a colheita e os meus bens. Então direi à minha alma: Agora sim, minha alma, tens em depósito grande quantidade de bens para muitos anos! Descansa, come, bebe, regala-te!"
Deus, porém, lhe disse:
- Insensato! Ainda esta noite te hão de tirar a vida! E as coisas, que amontoaste, de quem serão?
Depois, olhando em derredor, acrescentou, com insistência:
- Assim acontece àquele que acumula tesouros para si, mas não é rico aos olhos de Deus.
Que terá pensado aquele homem que vinha pleitear questões de herança junto ao Mestre de Nazaré?..."

(Huberto Rohden - Jesus Nazareno - Ed. Martin Claret, São Paulo - p. 260)


domingo, 5 de maio de 2013

DEUS RESIDE NO CORAÇÃO DE TODOS OS SERES

"Os antigos abriram uma Estrada Real para o cultivo do Espírito, para o atingimento da Verdade, tendo aquela como instrumento. 

Por que vagar em detritos espinhentos e lamacentas vielas? Pratiquem o sadhana (disciplina espiritual), que inclui a repetição de um mantra (japam) e meditação (dhyanam), conforme são recomendados. Sobre isso, aprendam tudo que ensinam os Pundits (pessoas altamente instruídas) e aprendam de outros que tenham a experiência. Pratiquem Puja (ritual de adoração), usando flores; e façam japam, usando rosário (malas) etc. Mas tudo isso é válido somente até vocês estarem prontas para realizações mais elevadas. Devem ofertar a planta, não as flores que esta produz, isto gratifica a planta, não vocês. O Senhor quer que vocês ofereçam o lótus que floresce no lago do coração, o fruto que amadurece na árvore de sua existência terrena, não o lótus e o fruto que se podem comprar no mercado! É possível que indaguem: "Onde podemos encontrar o Senhor?" Ele deu seu endereço no versículo 16 do capítulo 18 da Bhagavad Gita: "Oh, Arjuna, o Senhor reside no coração de todos os seres." Agora, depois de informados sobre isso, como poderão desmerecer qualquer ser vivo, ou como podem manifestar ódio ou se divertirem ridicularizando algum deles? Cada indivíduo é preenchido com a Divina Presença. Amor, honra, amizade é o que cada um merece de vocês. Devem dar tudo isso plenamente.

A Graça do Senhor não é alcançada por apenas uma porçãozinha de pretenso vairagya (desapego) ou somente um grão de viveka (discernimento). Adquiram o saber, e ajam. Apercebam-se e experienciem. Tal é o caminho árduo. Rendam-se à Sua Vontade."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 38/39) 


segunda-feira, 1 de abril de 2013

O PROPÓSITO DA EXISTÊNCIA HUMANA É CONTEMPLAR DEUS

"A submissão (a Deus) somente pode ser eficaz após o perfeito desapego aos prazeres dos sentidos, acompanhado pela discriminação entre o real e o irreal. As noções de "eu" e do "meu" são nódoas que devem ser removidas por um rigoroso sadhana, sendo namasmarana a parte mais importante porque, quando você pronuncia o nome do Senhor, em Sua Majestade, em Sua Graça, em Sua Potência, em Sua Onipresença, tudo isso se fixa na consciência, e as capacidades e virtudes pessoas se eclipsam no divino. Assim, muito facilmente a humildade cresce e a submissão se torna possível. O propósito da existência humana é contemplar Deus e imergir em Sua Glória. Todas as demais glórias são fúteis. Os Vedas proclamam isso como sendo a meta final do homem. Os Upanishads ensinam o caminho. A Gita o ilumina. Os Santos e os Sábios anunciam sua magnitude. Os Avatares vêm quando as pessoas se extraviam e se perdem no deserto, nos caminhos."

(Sathya Sai Baba - Sadhana o Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 26/27)


sexta-feira, 29 de março de 2013

COMO ALMAS, SOMOS TODOS IGUAIS

"Existe um outro meio de evitar o orgulho: compreenda que somos todos iguais diante de Deus; aos olhos Dele, ninguém é maior ou menor. Quando a morte chega, uma pessoa é separada de todas as suas conquistas materiais. Onde, pois, está sua importância? O Senhor não está interessado se ela é um grande cientista, ou um grande orador, ou um grande escritor, ou se alcançou estatura de acordo com os padrões do mundo. Tais façanhas não nos garantem qualquer conhecimento espiritual significativo. A realização espiritual é a única conquista que tem valor permanente, que não será levada ou subtraída pela morte. Os princípios espirituais são um grande nivelador do ego humano!

Uma das qualidades que eu tão profundamente respeitava em nosso guru, Paramahansa Yogananda, era que ele tratava a todos como alma. Ele não punha ninguém em posição mais alta ou mais baixa de acordo com suas habilidades ou condição social na vida. Ele não podia ser subornado pelo poder ou posição de ninguém. Seu único padrão era: "Você ama a Deus e quer encontrá-Lo?" Isso era tudo o que lhe importava. Jesus deu esse exemplo. Seus discípulos não eram homens de grande saber e realizações mundanas. Os doze apóstolos que receberam a responsabilidade de disseminar uma mensagem que já dura dois mil anos, vieram dos meios sociais mais humildes; alguns eram simples pescadores. Isso mostra que não é o que o homem conquistou no mundo que conta, mas o que ele conquista em sua luta para conhecer Deus, em seu esforço para estar em sintonia com Deus.

Por fim, mas não menos importante, a pessoa deve fazer tudo com toda a sua inteligência e habilidade, tendo-o feito, não deve, porém, se apegar aos resultados de seus trabalhos. Isso é o que o Gita ensina. Quando a pessoa conseguir aprender a executar todos os deveres com grande entusiasmo, mantendo contudo uma atitude de desapego em relação aos resultados, encontrará enorme liberdade mental."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 129/130)


terça-feira, 19 de março de 2013

JNANA YOGA - OS DOIS PÁSSAROS (6ª PARTE)

"Uma alegoria nos Uppanishads - a dos "Dois Pássaros" - ajuda-nos a compreender esta cosmovisão vedantina, que fundamenta a Jnana Yoga. Vejamo-la na descrição de Swamiji Sivananda:

Há dois pássaros na mesma árvore. Um, num dos galhos mais altos, o outro, mais abaixo. O primeiro se encontra perfeitamente sereno, silente, majestoso para todo sempre. É totalmente bem aventurado. O outro, nos ramos inferiores, come umas vezes frutos doces, outras, amargos. Por vezes, dança alegre. Por vezes, se sente miserável. Rejubila-se agora e depois chora. Às vezes prova uma fruta extremamente amarga e é presa de desgosto. Olha para o alto e contempla o outro, o pássaro maravilhoso de áurea plumagem, sempre venturoso. Deseja fazer-se igual a ele, mas logo se esquece, e novamente volta a comer frutas doces e amargas. Novamente come uma daquelas mais amargas e volta a sentir-se miserável. Volta então a desejar tornar-se igual ao pássaro lá do alto. Gradualmente, vai deixando de comer as frutas e se tornando sereno e feliz como o outro. O pássaro mais alto é Deus ou Brahman. O de baixo é jiva ou alma individual que está comendo os frutos de seus karmas (as consequências agradáveis e desagradáveis de suas prévias ações), isto é, prazer e dor, atingindo altos e baixos na batalha da vida. Sobe, para depois cair novamente, na medida em que os sentidos o puxam para baixo. Gradualmente consegue desenvolver vairagya (despaixão) e viveka (discriminação), e, voltando-se para Deus, pratica meditação, para, finalmente, atingir a autorrealização (conhecimento de si mesmo) e só então desfruta a eterna bem aventurança de Brahman. (In All About Hinduism, p. 178)

Em verdade não são dois pássaros diferentes, mas um só. O de baixo, no entanto, presa da ilusão, desconhece que ele e o outro são o mesmo. Se conseguir aguaçar seu discernimento ao mesmo tempo desapegar-se das frutas, poderá vencer o permanente estresse resultante do incessante jogo dos opostos - alegrias e tristezas, prazeres e pesares. O ignorante pássaro de baixo é ahamkara, nosso falso ego pessoal, sempre entretido com frutas amargas e doces, ora chorando, ora sorrindo. Goza e sofre por não se ter dado conta de sua substancial unidade-identidade com o venturoso e sobranceiro pássaro de cima, que ele inveja. Sua libertação resultará, por um lado, da desidentificação com o irreal e simultânea identificação com o Real, e, por outro, depende de desapegar-se das frutas amargas ou doces. Este é mais uma forma de explicar Jnana Yoga. Sem viveka (discernimento) e vairagya (desapego), o cativeiro e a infelicidade continuam. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 108/109)


segunda-feira, 4 de março de 2013

EM DEUS NOSSAS ASPIRAÇÕES ESPIRITUAIS SE REALIZAM


"Deus não é uma pessoa, como nós somos em nossa estreiteza. Nosso ser, consciência, sentimentos, volição têm apenas um vestígio de semelhança com o Ser (Existência), Consciência e Bem aventurança de Deus. Ele é pessoa no sentido transcendental. Nosso ser, consciência e sentimento são limitados e empíricos; os de Deus são ilimitados e transcendentais. Ele tem um aspecto impessoal e absoluto, mas não devemos pensar que Ele esteja fora do alcance de todas as experiências – inclusive de nossa experiência interior.

Deus pode ser percebido por todas as pessoas no estado de tranquilidade. É na consciência de Bem aventurança que nós O experimentamos. Não pode haver qualquer outra prova direta da Sua existência. É Nele, como Bem aventurança que nossas esperanças e aspirações espirituais se realizam – nossa devoção e amor encontram Nele o seu propósito.

Não se exige a concepção de um ser pessoal, que vem a ser apenas uma ampliação de nós mesmos. Deus pode ser ou tornar-Se qualquer coisa: pessoal, impessoal, todo misericordioso, onipotente e assim por diante. Mas não temos que nos preocupar com esses qualificativos. A concepção de Deus como Bem aventurança atende precisamente aos nossos objetivos, esperanças, aspirações e à nossa perfeição. (...)

Na Bem aventurança, transcendemos as alegrias e mágoas do mundo, mas não transcendemos a necessidade de cumprir nossos legítimos deveres no mundo.

O homem de Autorrealização sabe que Deus é o Autor de todas as ações, todo poder de agir flui Dele para nós. Quem está centrado no Eu espiritual sente-se como o desapaixonado observador de todas as ações, esteja ele vendo, ouvindo, tocando, cheirando, saboreando ou passando por várias outras experiências no mundo. Imersos na Bem aventurança, tais homens vivem sua vida de acordo com a vontade de Deus.

Quando se cultiva o desapego, o estreito egoísmo desaparece. Sentimos que estamos representando os papéis que nos foram atribuídos no palco do mundo, sem sermos afetados intimamente pelas alegrias e mágoas, amores e ódios que a encenação envolve."

(Paramahansa Yogananda – A Ciência da Religião – Self-Realization Fellowship - p. 50/52)


sexta-feira, 1 de março de 2013

O DESEJO É A RAIZ DA INFELICIDADE


"Jamais devemos esquecer nossa meta. Devemos construir uma cerca em torno de nossas carências. Não devemos continuar a aumentá-las cada vez mais, pois isso finalmente trará infelicidade. Não digo, entretanto, que não devemos satisfazer necessidades básicas, que surgem de nossa relação com o mundo inteiro, ou tornarmo-nos sonhadores e idealistas ociosos, ignorando nosso próprio papel essencial na promoção do progresso humano.

Em suma: a dor resulta do desejo e também, indiretamente, do prazer, o qual se apresenta como um fogo-fátuo, atraindo as pessoas para o pântano das carências, que as tornam cada vez mais infelizes.

Vemos, assim, que o desejo é a raiz de toda infelicidade e surge do sentido de identificação do Eu com o corpo e a mente. Portanto, o que devemos fazer é eliminar o apego, banindo o sentido de identificação. Simplesmente romper o laço do apego e da identificação. Devemos representar nossos papéis no palco do mundo conforme assinalado pelo Grande Diretor, com toda a nossa mente, intelecto e corpo, porém mantendo-nos interiormente tão invulneráveis ou imperturbados pela consciência do prazer e da dor como fazem os atores no palco."

(Paramahansa Yogananda – A Ciência da Religião – Self-Realization Fellowship - p. 32/33)


sábado, 9 de fevereiro de 2013

AUSÊNCIA DE DESEJOS - PARTE I

"(§22) Há muitas pessoas para quem a Qualificação de Ausência de Desejos (Desapego, Desprendimento, Abnegação) é difícil, pois elas sentem que elas são os seus próprios desejos (apegos) - que se os seus desejos (apegos) peculiares, suas simpatias e antipatias, lhes forem tirados, não lhes restará mais individualidade alguma. Essas, porém, são somente aquelas que ainda não viram o Mestre; pois na luz de Sua santa Presença todo o desejo sucumbe, exceto o de ser semelhante a Ele. No entanto, antes mesmo de teres a felicidade de encontrá-lo face a face, podes alcançar a ausência de desejos (desapego), se quiseres. O Discernimento já te mostrou que as coisas que a maioria dos homens deseja, tais como riqueza e poder, não são coisas merecedoras de aquisição; quando isto é realmente sentido, e não meramente dito, todo o desejo (apego) por elas cessa.

(§23) Tudo isso é simples; é necessário somente que compreendas. Há, porém, algumas pessoas que renunciam à busca de objetivos terrenos somente com o intuito de alcançar o céu, ou para atingir a libertação pessoal dos renascimentos; neste erro não deves cair. Se esqueceste completamente de ti mesmo, não podes ficar pensando quando será a tua libertação, ou que tipo de céu deverás ter. Lembra-te que todo desejo egoísta prende, por mais elevado que possa ser seu objetivo, e enquanto  não te desprenderes dele, não estarás completamente livre para te dedicares à obra do Mestre.

(§24) Quando todos os desejos pessoais tiverem desaparecido, poderá ainda restar um desejo de ver o resultado do teu trabalho. Se auxiliares alguém, quererás ver quanto o ajudaste; talvez até queiras que ele o veja também, e que te seja grato. Mas isto ainda é desejo, e também falta de confiança. Quando vertes tua energia para auxiliar, tem de haver um resultado, quer possas vê-lo, quer não; se conheces a Lei sabes que deve ser assim. Portanto, deves agir certo por amor ao certo, não pela esperança de recompensa; deves trabalhar por amor ao trabalho, não pela esperança de ver o resultado; deves entregar-te ao serviço do mundo porque o amas e não podes deixar de entregar-te a ele. (...)"

(Krishnamurt - Aos Pés do Mestre - Ed. Teosófica, Brasília)
www.editorateosofica.com.br/loja


sábado, 17 de novembro de 2012

CANÇÃO UNIVERSAL


“Cantar a Canção Universal exige muito, o que o ser vulgar não decide nem tem tido força para fazer.

Palavras como equanimidade soam bem, mas nada ou pouco significam para o homem incapaz de reduzir o ritmo com que procura adquirir as coisas do mundo.

Ecumenismo é também muito sonoro. Mas, quais os que realmente transcendem os fossos a separar credos, doutrinas, partidos, times, pigmentação, ideologias, paróquias, cercas, muros...?

Desapego, para você e para mim, para a imensa maioria é árduo, parecendo mesmo impraticável.

Renúncia, quem a ela está disposto?

Devoção a Deus, no serviço a nosso irmão, é outra coisa praticamente estranha, inexistente.

Como estamos desafinados para a Canção Universal.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 24/25)