OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


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domingo, 16 de março de 2014

DO IRREAL AO REAL - O BEBÊ

"O bebê é um símbolo de um universo recém-nascido; seu primeiro alento é como o alento de Deus soprando sobre a face das águas, e, seu primeiro choro, a música da voz de Deus, o som da Palavra Criadora. O primeiro alento e o primeiro choro do bebê são as mensagens divinas que ele traz de Deus ao homem, a coisa mais celestial sobre a face da Terra e, de todas, a mais próxima do Divino. O bebê vem do passado e passa pelo ventre materno em sua caminhada para o futuro. Ao nascer, o passado brilha todo em seu redor, como a glória do sol poente; o futuro ele tem em suas mãos. Passado, presente e futuro formam a trindade de sua Chama Divina.

O bebê nasce com o intuito de unir passado, presente e futuro. O objetivo de toda vida humana é conhecer passado, presente e futuro como uma unidade; tudo deve ser subordinado ao cumprimento deste destino.

Até o nascimento o bebê está nas mãos de Deus, que tudo arranjou para o cumprimento daquele destino. Ao nascer a criança é liberada das mãos de Deus e entregue nas mãos do homem; o homem deve conduzi-la de volta a Deus. A razão para esta peregrinação, o motivo deste aprisionamento voluntário na carne é que ela possa aprender a maneira de vir de Deus e, através dos mundos materiais, voltar para Deus."

(Geoffrey Hodson - Sede Perfeitos - Canadian Theosophical Association)


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

LEI DIVINA

"A Lei nada mais é senão a vontade do Divino, e o Divino deseja a sua felicidade. A Lei apenas constitui a expressão do perfeito e somente na perfeição pode-se encontrar alegria e paz. Embora as rodas continuem girando de forma imutável, o próprio coração do Universo é amor. Alguns de nós obtivemos vislumbres desta unidade, vimos que o amor e a justiça são um e que a injustiça e a crueldade são idênticas. Portanto, olhando para o Universo,  às vezes descobrimos que, em virtude de a Lei ser imutável, ela nos eleva ao invés de nos destruir.

Ralph Waldo Emerson ensinou a mesma lição. Em um de seus maravilhosos ensaios, ensinou a grande verdade de que a Natureza apenas se afigura cruel quando a ela nos opomos: ela é seu auxiliar mais forte quando você a ela se une. Pois toda Lei que o aniquila quando você a ela se opõe eleva-o quando você a ela se une. Toda a força que está contra você, enquanto você não acompanha a Lei, estará do seu lado quando você tornar-se uno com ela. Emerson lhe diz para atrelar sua carruagem a uma estrela, porque, então, a carruagem mover-se-á com toda a força do planeta sobre você. Não será um destino maior sofrer até que aprendamos a Lei do que dela escapar e permanecer na ignorância, já que é a Lei que por fim nos trará o triunfo? A Natureza é conquistada pela obediência; o Divino é encontrado em uma unidade de justiça e amor."

(Annie Besant - A Vida Espiritual – Ed. Teosófica, 1991 - p. 112/113)

sábado, 21 de dezembro de 2013

O DESTINO DO HOMEM

"Quando dizemos ‘o destino do homem’, pensamos também no futuro do mundo em que vive e nos ocupamos não somente com o longínquo destino final, como também com o que podemos visualizar em um futuro relativamente dentro de nosso alcance. Do ponto de vista da Teosofia – que é uma sabedoria ampla baseada na verdade acessível ao homem, na sabedoria que existe na Natureza -, o que o homem vai ser depende do que é agora fundamentalmente nas raízes do seu ser e no caráter das forças coligadas com o problema de seu crescimento e desenvolvimento.

Esta é, portanto, a questão para qual devemos encontrar resposta satisfatória.

É o homem um animal mental, um ser passional redimido, ou condenado por um intelecto engenhoso, ou há nele algo superior à mente, com o qual há de associar-se à mente em toda questão racional; e se este é o caso, qual o caráter desse algo? (...)

A Teosofia ensina que o homem tem esse outro lado de sua natureza, que vemos na luz transcendente dos Grandes Instrutores espirituais do mundo tais como Cristo e Buda
.
Os Germes das qualidades deles estão, também, em nós. Portanto, o mandamento ‘Sede perfeitos como o Pai nos céus é perfeito’ não é irrealizável. Este ´Pai nos céus´ é a própria Mônada espiritual do homem terreno, que é a sua sombra; um raio ou uma parte perfeita da unidade e da totalidade do ser divino. Por causa dessa Mônada (palavra que subentende uma natureza unitária), ou chispa espiritual, o homem é interna e essencialmente semelhante a Deus. Sua mente não é senão o termo médio entre o Ser interno e a circunferência das condições materiais externas."

(N. Sri Ram - O destino do homem - TheoSophia, publicação da Sociedade Teosófica no Brasil, Ano 97, Julho/Agosto/Setembro de 2008 - p. 18)


terça-feira, 26 de novembro de 2013

BHAGAVAD GITA (1ª PARTE)

"O Bhagavad Gita é amplamente aceito como uma das grandes escrituras da humanidade. Ele contém um apelo universal. Trata da reorganização construtiva da vida, e explica como um homem deve cumprir seus afazeres e ao mesmo tempo compreender seu destino espiritual.

A mensagem principal do Bhagavad Gita é simples: uma pessoa deve cumprir suas obrigações. Se não, incorre em erro. A ação é a lei da vida; sem ação é impossível viver.

Krishna diz que, no caminho espiritual, não é preciso renunciar à ação; as ações executadas com dedicação e atitude adequada ajudam a conduzir a mente ao conhecimento.

Quando o trabalho é feito sem motivação egoísta, torna-se uma forma de adoração. O Bhagavad Gita enfatiza que o mesmo esforço deve ser feito no trabalho para si próprio ou para os outros, e que o esforço deve ser o mesmo, independente do trabalho.

O trabalho deve ser feito com amor. Todos os deveres são igualmente importantes; quando são cumpridos sem motivações egoístas, a ação torna-se uma expressão de amor. O trabalho dedicado remove todas as impurezas da mente. (...)"

(R. K. Langar - Bhagavad Gita - Revista Sophia, Ano 2, nº 5 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 43)


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

OS TRÊS DESTINOS

“Deus criou o homem à sua própria imagem, diz uma Escritura Hebraica, e as Trindades das grandes religiões são os símbolos dos três aspectos da consciência divina refletida na triplicidade do ser humano. O Primeiro Logos dos Teosofistas, o Mahadeva dos hindus, o Pai do Cristão, têm a vontade como característica predominante, e ela faz sentir o poder da soberania, a Lei pela qual o universo é construído. O Segundo Logos, Vishnu, o filho, é Sabedoria, poder que tudo sustenta e tudo permeia e pelo qual o universo é preservado. O Terceiro Logos, Brahman, o Espírito Santo, é o Agente, o poder criador, pelo qual o universo é levado à manifestação. Nada existe na consciência divina ou humana que não se encontre dentro de uma dessas formas de Autoexpressão.

Repetindo: a matéria tem três qualidades fundamentais, que correspondem, separadamente, a cada uma dessas formas de consciência. Sem elas, a matéria não poderia se manifestar, assim como a consciência não poderia se expressar. Ela tem inércia (tamas), o fundamento de tudo a estabilidade necessária à existência, a qualidade que corresponde à Vontade. Tem mobilidade (rajas), a capacidade de ser movida que corresponde à Atividade. Tem ritmo (sattva), o equalizador do movimento (sem o qual o movimento seria caótico, destrutivo), que corresponde à Cognição. O sistema Ioga, considerando tudo do ponto de vista da consciência, chama essa qualidade rítmica ‘cognoscibilidade’, que leva essa matéria a ser conhecida como Espírito.

Tudo isso está na nossa consciência, afetando o ambiente, e todo o ambiente afeta a nossa consciência, constrói o nosso mundo. A inter-relação entre a nossa consciência e o nosso ambiente é o nosso karma. Com essas três formas de consciência, tecemos nosso karma individual, a inter-relação universal entre o Eu superior e o Não eu superior, especializada por nós nessa inter-relação individual.” (...)

(Annie Besant - Os Mistérios do Karma e a sua superação - Ed. Pensamento, São Paulo, 2009 - p. 53/54)


domingo, 18 de agosto de 2013

O DESTINO DE UM PAÍS DEPENDERÁ DO CARÁTER DE SEU POVO

"O destino de um país dependerá do caráter de seu povo, e o caráter (de cada um) é elevado e purificado pelo sadhana, isto é, pelo árduo modo de regrar o comportamento e controlar o desejo. Deus é o guardião, e, como guardião, tem de prevenir e punir, para afastar o povo de perigosos hábitos. Se necessário, o guardião recorrerá também a infligir dor como curativo e corretivo. 

Limite, controle, regule, estabeleça fronteiras e fronteiras - tal é o caminho do sucesso. Se o povo se permite afrouxar pensamentos, palavras e ações, calamidade será a consequência. Sastras (escrituras sagradas) significa aquilo que 'estabelece limites'. O interessante na arte de viver é criado por tais regras. Imagine um jogo de futebol sem regras: a bola nunca estará fora; não haverá falta nem escanteio, nem mão (hand) nem nada pelo que você possa decidir quem joga certo ou errado, quem perde ou ganha. O jogo perderá todo seu sabor; será um pandemônio, uma luta livre. Normas de conduta devem ser observadas por políticos, legisladores, sanyasins (renunciantes), que lideram comunidades e são cabeças de monastérios, escolas etc., por serem eles exemplos e guias, maiores são suas responsabilidades."

(Sathya Sai Baba - Sadhana O Caminho Interior - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 157)


domingo, 23 de junho de 2013

CARMA E DESTINO (3ª PARTE)

" (...) Com efeito, há casos individuais de vitória sobre o Destino. Um senhor entendido nas leis do mentalismo e da astrologia verificou, pelo horóscopo de sua senhora, que em determinada data devia ela sofrer acidente de automóvel de consequências gravíssimas, talvez mortais.

Como se sabe: "Astra inclinant, non necessitant". (Os astros inclinam, não obrigam). Pois bem, desde esse dia, ele começou a mentalizar que sua senhora não sofreria tal acidente. Quando se aproximou a data fatídica, procurou evitar que ela saísse à rua. Mas o Destino, ou seja, o Carma, sempre se fez sentir. Na época prefixada, houve necessidade de ela sair à rua e foi atropelada. O acidente, porém, foi mínimo, causando-lhe apenas leves escoriações.

Esta história pode ter diversas interpretações: coincidência, acaso, falsa interpretação da leitura astrológica, a qual significaria acidente leve e não grave, conforme foi interpretado. Mas não se irá julgar por um caso isolado, pois os cultores da astrologia conhecem muitos análogos. 

A muitas pessoas se afigura inexplicável a morte de fetos, de recém-nascidos, de crianças em tenra idade. Isso acontece por motivo de dívidas cármicas da criança e dos pais. Estes pagarão, pelo sofrimento físico e moral, a perda de um filho que nesta encarnação desejaram, mas que em outra, por exemplo, foi criança aceita por obrigação, não desejada e maltratada. O recém-nascido e o feto que morrem, sofrem pelo esforço que toda encarnação exige e causam dor aos pais. Estão todos saldando dívidas cármicas.

Outras vezes a pessoa nasce para morrer após uma existência mais ou menos curta e vai reencarnar-se na mesma família. Isto se dá para certos ajustamentos cármicos de indivíduo para indivíduo e porque o nascimento obedece a certas leis e tem que se dar em ocasiões determinadas, conforme a conjunção astrológica. 

A morte intervém no mecanismo cármico, como fator da mais alta importância. Mas nem sempre deve ela ser considerada indesejável, pois pode marcar o início de vida ainda mais fecundada na prática do bem, nos planos superiores."

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 213/214)


sábado, 22 de junho de 2013

CARMA E DESTINO (2ª PARTE)

" (...) Tudo o que somos é, pois, consequência de nosso passado e seremos aquilo que prepararmos no presente. 

Indivíduos que nascem com defeitos físicos, praticaram atos de crueldade para com seus semelhantes em outras encarnações. Certos tumores malignos, que sobrevêm em idades mais avançadas, são resultantes de magia negra, que foi muito praticada na Atlântida. O indivíduo que hoje é quase um santo, já foi mau e perseguidor em existências muito longínquas e só depois de muitas encarnações vai saldar dívidas cármicas. Quantos justos condenados, porque todas as aparências confirmam um crime ou um ato doloso que não praticaram?

Em passadas encarnações, o justo de hoje praticou crimes, lesou a seus semelhantes, tendo passado toda a existência impune e feliz. Agora recebe o troco. Há também carma adquirido por instituições, agrupamentos humanos, nações, e também o carma em conjunto de toda a Humanidade. Asim, há ocasiões de grande sofrimento coletivo, como a atual, que significam esgotamento cármico. A humanidade purificada e mais evoluída irá encontrar muito melhores condições de vida daqui a algumas centenas de anos.

Mesmo que o carma não seja certeza, para nós, procuremos viver de acordo com os elevados princípios espiritualistas. Só quem pratica o bem pode avaliar as satisfações morais que ele proporciona, embora poucas sejam as compensações materiais. Se ao praticarmos o bem, tivermos algumas desilusões, ponhamo-las na conta das grandes experiências e persistamos . 

Procuremos observar os fatos que se passam conosco e com os outros. Conseguiremos, indiretamente, nos certificar de que as leis espirituais são realidade. Diz um ditado popular: "Ninguém morre antes ou depois da hora." Isto é bem certo para a grande maioria dos indivíduos. Há casos de salvamentos milagrosos, inexplicáveis, em afundamentos de navios, em desastres de avião etc. Há também ocasiões em que, visivelmente, intervêm forças ou pessoas sobrenaturais, para salvar indivíduos de morte certa.

Afirmam os Iniciados que se pode vencer o Destino, ou seja, modificar as condições cármicas. Há prognósticos de morte por acidente, antevisão do momento da morte, que se confirmam. Por que? Porque as pessoas avisadas nada fizeram, ou nada puderam fazer, por ignorância ou por falta de vontade, para se contraporem ao Destino. (...)"

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 211/213)


sexta-feira, 21 de junho de 2013

CARMA E DESTINO (1ª PARTE)

"Ao virmos ao mundo, trazemos as consequências do que fizemos em existências passadas. A família em que nascemos, as nossas características físicas, intelectuais e morais são resultantes diretas de ações pregressas.

Um elemental constrói o nosso corpo físico com o material cedido pelos pais, de acordo com o molde etérico pré-formado. Assim é determinado o nosso Carma físico, para a encarnação que se inicia. As ações de vidas passadas nos planos mais elevados, também se fazem representar na vida presente. Elas constituem uma forma pensamento no plano mental, a qual nos influencia diretamente e age sobre nós nas ocasiões devidas. O mecanismo de sua ação é o mesmo das formas pensamentos habituais. Quando pensamos, por exemplo, em alguma pessoa, o nosso pensamento cria uma forma astro mental que vai planar sobre a pessoa focalizada. Esta será ou não influenciada pela forma pensamento, de conformidade com a correspondência vibratória. Se o pensamento for de bondade e a pessoa não tiver qualidades vibratórias correspondentes, a forma ficará planando sem atuação. Desta maneira as formas pensamento agirão de conformidade com a sintonia de vibrações. 

Ora, a forma pensamento cármica está em perfeita articulação com o ser a que corresponde e descarregará sobre ele vibrações geradoras de sofrimentos físicos ou morais, ou poderá envolvê-lo por uma aura de bem-estar e alegria. Influenciado diretamente por esta forma pensamento, o indivíduo é encaminhado a diversas situações, até a última que porá fim à sua existência. Mas ele pode subtrair-se às influências maléficas dessa forma pensamento. Há grande elasticidade nos mecanismos cármicos, desde que o indivíduo tenha desenvolvido o seu saber e a sua vontade. Só o ignorante viverá ao sabor das circunstâncias e será, de fato, escravo do Destino.

O livre-arbítrio, embora relativo, existe. Quanto menos ignorantes formos e quanto melhor soubermos pôr em ação a nossa vontade, mas livres seremos. Há indivíduos cujo grau de evolução lhes permite ver todo o passado e o futuro, em consciência vigílica. Devido ao conhecimento que têm poderão modificar o futuro, anular por meio de ações contrárias, no sentido do bem, o mal que fizeram em vidas passadas e que lhes iria acarretar algumas consequência dolorosa na existência atual.

O homem comum também vê o seu passado, tem antevisão do futuro e torna as suas decisões a respeito, porém antes de nascer. Frequentemente escolhe as condições da próxima encarnação e procura se revestir de coragem para suportar os sofrimentos que anteviu e a provação cármica que aceitou. Por isso mesmo, há pessoas boas e puras, que sofrem muito. Este sofrimento foi por elas escolhido, a fim de esgotar mais rapidamente o carma. Mas como só praticam o bem, não semearão sofrimentos futuros e assim estarão preparando um destino feliz. (...)"

(Alberto Lyra - O Ensino dos Mahatmas - IBRASA, São Paulo - p. 210/211)


quinta-feira, 2 de maio de 2013

A LIBERTAÇÃO DA MENTE

"O Senhor Buda, certa vez, disse: "O benefício da vida santa, ó monges, não está em ganhos, favores e honras; nem na observância das leis morais; nem na obtenção da concentração; nem no conhecimento e na visão; mas apenas nisto, ó monges: na firme e inabalável libertação da mente. Esse é o objetivo da vida santa. É sua essência. É sua meta."

Que quer dizer "inabalável libertação da mente"? Significa que a mente está sempre livre da compulsão de hábitos, emoções e apegos; e é governada apenas pela sabedoria, pelo amor e pela abnegação. Significa que o ego já não o controla; que você, a alma, agindo por meio da mente, é o dono de seu destino. A expressão da atitude correta em todas as condições e situações é evidência desse autodomínio. A atitude correta é o caminho para Deus. Sem ela, nunca se pode conhecer Deus. Ela é o próprio alicerce da vida espiritual. Precisamos nos esforçar constantemente no sentido da atitude correta, ou nenhuma dose de discurso a respeito de Deus, nenhuma quantidade de leitura das escrituras, nenhuma soma de anos aos pés de um guru é de qualquer proveito.  

Implícita na atitude correta está a humildade. Você não pode conhecer Deus sem primeiro admitir que é o menos importante a Seus olhos. Isso não quer dizer que deva sair por aí anunciando e se lamentando que você é insignificante. Não. Humildade significa que, não importa o que alguém lhe diga ou faça, você se mantém sempre o mesmo. Quando uma rosa é esmagada na mão, ela continua a desprender sua fragrância. Quando as pessoas o esmagam em suas mãos críticas, em suas mãos de palavras afiadas e ásperas, a atitude correta é continuar dando, em troca, doçura, palavras gentis, ações gentis e - acima de tudo - pensamentos gentis. Sem pensamentos bondosos não se pode, sinceramente, expressar bondade em palavras ou ações. 

O problema com a maioria das pessoas é que, quando elas ficam com raiva ou aborrecidas, não querem escutar a razão, não querem compreender. Quando uma pessoa está cegamente convencida de que está certa, nenhuma explicação, nenhuma razão ela aceitará. Só sabe que seu próprio desejo foi contrariado, e isso é tudo que lhe importa. "Fica vermelha de raiva", por assim dizer. Esse é o momento para se adotar a atitude correta."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 84/85)


segunda-feira, 25 de março de 2013

NOSSO DESTINO DIVINO

"O homem tem um destino divino a cumprir, mas são poucos os que conhecem a finalidade de sua existência e, menos ainda, os que sinceramente procuram alcançar esse objetivo. Passa-se a vida comum cuidando das carências do corpo, cumprindo as responsabilidades impostas pelas necessidades do momento. Dessa maneira, o homem médio vive o morre sem saber de onde veio, por que está aqui e para onde vai.

As grandes escrituras do mundo afirmam que o homem é a mais inspirada criação do Divino; que ele, de fato, é feito à imagem de seu Criador. Será a imagem de Deus um corpo de carne, propenso a doença e impotente contra a morte? Uma inteligência coberta por maya e sujeita a estados inconstantes de humor e emoções? Isso não pode ser a imagem do Grande Poder que concebeu e mantém as complexidades cósmicas do Universo! Onde está, pois, a imagem divina pela qual se supõe o homem seja feito?

O homem é um ser tríplice. Ele tem um corpo, mas não é esse corpo que reclama, sofre e morre. Ele tem uma mente, mas não é essa mente que é desvirtuada pelas artimanhas da ilusão cósmica. Sua natureza real é o atman imortal, a alma que habita, de forma invisível, o templo da carne mortal. Esse atman é a imagem de Deus dentro do homem - a imagem completamente perfeita, cujas qualidades divinas são amor, sabedoria, onipotência e alegria eterna. 

Cego é o filho de Deus que permite a profanação dessa imagem divina dentro de si, turvando-a com as imperfeições da consciência material a ponto de ela não poder mais ser reconhecida. Ao fazer assim, o homem vive contra sua verdadeira natureza. Eis por que ele nunca está totalmente satisfeito, por que sempre existe algum anseio, bem no fundo, que o lança primeiro para um caminho, depois para outro, procurando a incógnita quantidade sempre evasiva.

O "algo mais" que o homem procura é Deus: o Ser Divino que palpita logo atrás das batidas do coração; o Amor que se filtra através de todas as formas de amor pela família, amigos e ser amado; a Alegria que atende todas as chamas de felicidade; a Sabedoria onisciente que está sentada logo atrás dos pensamentos da pequena mente humana. Mais próximo do que o mais próximo está o Poder Divino que deu a vida ao homem e pode trazer sentido e realização à sua existência."

(Sri Daya Mata - Só o Amor - Self-Realization Fellowship - p. 24/25)


domingo, 10 de março de 2013

LEI DO KARMA - OS TRÊS KARMAS (2ª PARTE)

"Chama-se Karma Yoga a forma sábia de viver e agir que pode nos libertar da samsara (a roda das re-encarnações). Antes de explicar como funciona tal Yoga, é conveniente compreender como funciona o próprio karma.

Usemos uma analogia. Imagine que você tem um depósito de sementes. Cada uma com seu potencial germinativo. As que estão no paiol, ainda nada produzem, embora programadas e capacitadas estejam para produzir. Algumas, já plantadas, deixaram de ser sementes; produziram plantas que estão vivendo e crescendo. Você tem também algumas sementes na mão, decidindo se as plantará ou não. Assim é também com o karma.

As sementes em depósito, aguardando a hora de germinar, têm o nome samcita karma. São como o karma que, ao longo de muitas vidas, foi se acumulando. O conteúdo do "depósito kármico" (karmashaya) de um indivíduo, só parcial e muito imprecisamente, pode ser presumido mediante a análise de seu caráter, temperamento, predisposição, inclinações, fraquezas, capacidades, conduta... finalmente, de seu psiquismo. Tal como a semente que só germina se encontrar solo fértil, umidade e temperatura apropriada, nosso karma acumulado (samcita), funcionando como uma programação, só virá a frutificar, manifestando-se, atualizando-se, quando vierem a ocorrer condições ambientais favoráveis. 

O prarabdha karma, também chamado "karma maduro", aquele que está sendo "colhido", é comparado às sementes que germinaram e produziram plantas. O prarabdha é aquilo que determina e condiciona nossa vida atual: tipo físico, faculdades mentais, doenças, boas ou más condições biológicas, psicológicas, sociais etc. Esta fase do karma é o que se costuma chamar "destino". É a inexorabilidade do determinismo, do fatalismo, do "está escrito".

As sementes em sua mão terão o destino que você escolher - se as plantará ou não - representam o vartamana (ou agami) karma. Neste fase predomina o livre arbítrio. 

Como se vê, a doutrina do karma harmoniza duas teses que dividem os filósofos - o determinismo e o livre arbítrio. Há liberdade na hora de semear e determinismo na hora de colher. Em suma, não há um, mas três karmas:

(a) Samcita - o acumulado ou potencial ou programado, isto é aquilo que virá a acontecer. Sobre ele, por meio de processos, técnicas e métodos de Yoga, podemos agir para neutralizar seu poder germinativo ("fritar as sementes", na linguagem de Patanjali). Seria como evitar ou mudar o que estaria para acontecer.
(b) Prarabdha - aquele que está se cumprindo, também chamado "karma maduro", o qual já não se pode evitar, corrigir, mudar. Só nos é possível padecê-lo ou desfrutá-lo com equanimidade e sabedoria. E isto também é Yoga.
(c) Vartamana (ou agami) - sobre o qual temos plena administração, por ser aquilo que estamos fazendo no presente. Nosso livre arbítrio delibera e faz opções: praticar ou não a ação; conduzi-la numa direção ou noutra. Você tem domínio sobre a ação (karma) que agora está praticando. Pode optar por contrair dívidas ou ganhar créditos. Plantará frutas ou urtigas.

Imagine um arqueiro que tem uma seta no arco retesado, tem mais algumas na aljava às costas e há uma que acabou de disparar, voando para o alvo. As setas da aljava representam o samcita; a sete no arco, o agami; finalmente, a seta atirada, o prarabdha. Parece que assim não restam dúvidas. Não é?

A sábia gerência sobre as ações (karma) é o que se denomina Karma Yoga, produtora de melhor colheira no futuro. O que, no entanto, é infinitamente mais sábio e importante é utilizar da Lei do Karma para libertar-nos dos domínios da morte ("renascimentos compulsórios"), para alcançarmos a Vida Una e Única. A Karma Yoga não existe para assegurar compensações no futuro nascimento, conforme se tem pensado no Ocidente. Existe para nos ajudar a escapar de novos nascimentos, para nos libertar de samsara. (...)"

(José Hermógenes - Iniciação ao Yoga - Ed. Nova Era, Rio de Janeiro - p. 72/73)


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

KARMA E DESTINO

"Aqueles que acreditam em Karma têm de acreditar em Destino, o qual, do nascimento à morte, cada homem tece, um fio após outro, em torno de si mesmo, tal como a aranha tece uma teia. Esse Destino é guiado, ou pela voz celeste do invisível Protótipo externo a nós, ou por nosso astral pessoal, o homem intrínseco, que é, porém, muito frequentemente a essência do mal na entidade corporificada chamada homem. Ambos conduzem o homem externo, mas um deles deve prevalecer; e desde o início do invisível conflito, a dura e implacável Lei de Compensação surge e assume o controle, seguindo fielmente as flutuações da luta. Quando o último fio é tecido e o homem está aparentemente envolto na rede por ele mesmo criada, ele então se percebe inteiramente sob o império desse Destino que ele mesmo criou, o qual, então, ou fixa-o como a concha inerte contra a rocha inamovível, ou transporta-o como uma pena no redemoinho criado por suas próprias ações - e isso é KARMA."

(H.P. Blavatsky - Momentos de Sabedoria - Ed. Teosófica, Brasília - p. 183/184)


domingo, 30 de dezembro de 2012

A PERSPECTIVA DE SABEDORIA QUE CONDUZ À PAZ INTERIOR


“A vida, sua substância e seu propósito são um enigma difícil, mas não insolúvel. Com o progresso de nossa reflexão, estamos diariamente resolvendo alguns desses segredos. Os instrumentos desta era moderna, calculados minuciosa e cientificamente, são certamente notáveis. As descobertas da ciência física, que proliferam, merecem crédito, dando-nos uma visão mais clara dos modos pelos quais a vida pode ser aperfeiçoada. Mas, a despeito de todos os nossos instrumentos, estratégias e invenções, parece que ainda somos joguetes nas mãos do destino e que temos um longo caminho pela frente antes de podermos ficar independentes da dominação da natureza.

É certo que permanecer o tempo todo à mercê da natureza não é liberdade. Nossas mentes entusiásticas são rudemente tomadas por um senso de desamparo quando somos vítimas de enchentes, tornados ou terremotos, ou quando, aparentemente sem motivo ou explicação, as doenças ou acidentes arrancam de nós os entes queridos. Nessa hora percebemos que, na verdade, não conquistamos tanto assim. Apesar de todos os nossos esforços para tornar a vida o que queremos que ela seja, sempre haverá certas condições introduzidas neste planeta – infinitas e guiadas por uma Inteligência desconhecida, e que operam sem nossa iniciativa – que fogem ao nosso controle. Na melhor das hipóteses, só podemos agir e fazer alguns aperfeiçoamentos. Semeamos o trigo e fazemos a farinha, mas quem fez a semente original? Comemos o pão feito da farinha de trigo, mas quem tornou possível que o digeríssemos e assimilássemos?

Em todos os setores da vida parece haver, a despeito de sermos nós os instrumentos, uma inevitável dependência de Deus, sem a qual não podemos viver. Com todas as nossas certezas, ainda temos de suportar uma existência incerta. Não sabemos quando o coração vai falhar. Disso advém a necessidade de uma destemida confiança em nosso verdadeiro Eu imortal e na Divindade Suprema, a cuja imagem esse Eu foi feito – uma fé que funciona sem egoísmo, sem ansiedade nem limitações, e que trabalha árdua e alegremente.

Entregue-se de maneira absoluta e destemida a esse Poder Superior. Não importa que hoje você tome a resolução de ser livre e confiante e que, amanhã, apanhe um resfriado e se sinta muito mal. Não esmoreça! Ordene à sua consciência que permaneça inalterável na fé. O Eu não pode ser contaminado pela doença.

Não se comporte como um mortal bajulador. Você é um filho de Deus!

Você foi feito à imagem Dele. Você não pode ser ferido ou penetrado por pedras, nem petardos, nem metralhadoras, nem bombas atômicas. Lembre-se: o melhor abrigo é o silêncio da alma. E se você puder desenvolver esse silêncio, nada no mundo poderá tocá-lo. (...) Você pode permanecer inabalado em meio à colisão de mundos que se destroem.

Ponha seu coração em Deus. Quanto mais você buscar Nele a paz, mas essa paz destruirá suas preocupações e sofrimentos.”

(Paramahansa Yogananda – Paz interior – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 109/113)


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

A META DA AUTORREALIZAÇÃO


“O devoto que se dirige para a Autorrealização deve ter um corpo sadio, sentidos bem comportados, treinados pelo autocontrole, fortes rédeas mentais para contê-los e uma aguda inteligência discernidora para guiá-los. Então, a carruagem do corpo pode atravessar o caminho estreito e direto da ação correta para seu destino. (...)

O homem mundano num corpo vulnerável, com parco discernimento e frágeis faculdades mentais, e que desse modo permite que seus fortes impulsos, descontrolados, andem à vontade, sem direção, pela áspera estrada da vida, certamente enfrentará um destino catastrófico de fracassos materiais e saúde arruinada. (...)

O devoto sabe que o objetivo mais importante da vida é alcançar a meta da Autorrealização: conhecer, por meio da meditação, a verdadeira natureza da alma e sua unidade com o Espírito perenemente bem-aventurado. Para que não seja acossado pelas quedas nas valas do sofrimento físico, mental e espiritual, ele aprende também a desenvolver a inteligência discernidora, faculdades mentais de percepção limpas e harmoniosas, para que todos eles possam servir à alma.”

(Paramahansa Yogananda – A Yoga do Bhagavad Gita – Ed. Self-Realization Fellowship – p. 20)


terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O DESTINO E O LIVRE-ARBÍTRIO

“O destino e o livre-arbítrio sempre existiram. O destino é o resultado de ações passadas e diz respeito ao corpo. Deixe o corpo agir como lhe aprouver. Por que ficar preocupado com isso? Por que prestar atenção nele? O livre-arbítrio e o destino durarão enquanto o corpo durar. Mas a Sabedoria (Jñana) transcende a ambos. O Eu Real está além do conhecimento e da ignorância. O que quer que aconteça, é resultado de nossas ações passadas, da Vontade Divina e de outros fatores.

Só há duas maneiras de conquistar o destino ou ficar independente dele. Uma é investigar para quem existe esse destino e descobrir que só o ego é aprisionado pelo destino e não o Ser, e que o ego não existe. A outra é extinguir o ego através da entrega completa a Deus, compreendendo a nossa própria impotência e dizendo o tempo todo, “Não eu, mas Vós, ó Senhor”, assim renunciando todo sentimento de “eu” e “meu”, e deixando que Deus faça o que lhe aprouver com você. Uma anulação completa do ego é necessária para a conquista do destino, seja através da autoinvestigação, seja pela senda da devoção (bhakti mãrga).

Tudo está predeterminado. Mas o homem é sempre livre para não se identificar com o corpo e não ser afetado pelos prazeres ou dores decorrentes das atividades do corpo.

Apenas aqueles que não têm conhecimento da Fonte de onde surge o destino e o livre-arbítrio discutem qual dos dois prevalece. Aquele que realizou o Eu Real, que é a Fonte tanto do destino quanto do livre-arbítrio, deixou tais disputas para trás e já não tem nada mais a ver com eles.

Sucesso e fracasso são consequências do prãrabdha karma (destino) e não da força de vontade ou da falta dela. Devemos tentar obter equilíbrio mental em quaisquer circunstâncias. Isto é força de vontade.”

(Vida e Ensinamentos de Sri Ramana Maharshi - Ed. Teosófica, Brasília-DF - p. 75/76)


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

DIZ-ME O QUE PEDES A DEUS, E EU TE DIREI QUEM ÉS


“Diz-me o que pedes a Deus, e eu te direi quem és:

Se pedes – dá-me, Senhor, a vitória sobre meu concorrente – és egoísta, um imaturo, e ainda sofrerás muitas frustrações.

Se pedes – dá-me, Senhor, uma saúde melhor para poder criar meus filhos – és pessoa responsável, e terás a ajuda de Deus.

Se pedes – dá-me, Senhor, tua graça para que eu aprenda a amar-Te acima de tudo – és um devoto bendito e o Amor será teu Nirvana.

Se pedes – dá-me energia e lucidez, Senhor, para melhor servir-Te na pessoa de meu próximo – és um servo de Deus e talvez chegue a encontrá-Lo até mesmo nas chagas de um teu irmão leproso ou no olhar último de um moribundo.

Se pedes – Senhor, dá-me Tua Divina Luz para que possa eu te ver em tudo e em todos – és um sábio em plena busca, e terás a Paz na “Verdade que liberta”, que é teu destino.

Se tu nada pedes e, em meditação, ficas em silêncio, és santo. Tens a sabedoria de ver prece no silêncio. Tu sabes que Deus fala quando tu não falas. Tua passividade e entrega permitem que “seja feita Sua Vontade”. Tu, assim, omitindo-se, humildando-te, recolhendo-te, doando-te, O realizas.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – p. 69/70)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

CONFIANÇA


“Folhinha amarela, anônima, sem grandeza, levada pela aragem do meio-dia, dançou no ar e, suavemente, acabou por acamar-se nas águas do riacho. Mansamente, a boiar, deixou-se ir para longe, cada vez mais longe, sumindo, distante... Virou pontinho amarelo, lá longe, inteiramente confiante no destino do rio.

Quando poderei ficar assim?

Quando ficarei tão leve como a folhinha morta a sobrenadar na superfície das coisas e ser arrastado, inteiramente confiante, totalmente entregue, ao fluir de Deus?!”

(Hermógenes – Mergulho na paz - 216)

domingo, 18 de novembro de 2012

A TRAVESSIA


“Gozava com o ritmo úmido dos remos a mergulhar, com as escamas de luz que a lua beliscava na água, com o sopro fresco e quase imaterial de aragem da noite, com o negro e infinito céu estrelado, com a solidão sedante.

Mas, nem por um instante, nem por um suspiro, desejou prolongar aquele embevecimento.

Ele sabia o que queria. Tinha um destino. Queria a outra margem.

Nela, para sempre sumiria, total e eternamente.”

(Hermógenes – Mergulho na paz – 150/151)