OBJETIVOS DO BLOGUE

Olá, bem-vindo ao blog "Chaves para a Sabedoria". A página objetiva compartilhar mensagens que venham a auxiliar o ser humano na sua caminhada espiritual. Os escritos contém informações que visam fornecer elementos para expandir o conhecimento individual, mostrando a visão de mestres e sábios, cada um com a sua verdade e experiência. Salientando que a busca pela verdade é feita mediante experiências próprias, servindo as publicações para reflexões e como norte e inspiração na busca da Bem-aventurança. O blog será atualizado com postagens de textos extraídos de obras sobre o tema proposto. Não defendemos nenhuma religião em especial, mas, sim, a religiosidade e a evolução do homem pela espiritualidade. A página é de todos, naveguem a vontade. Paz, luz, amor e sabedoria.

Osmar Lima de Amorim


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

COMO CONTROLAR A MENTE? (PARTE FINAL)

"(...) A perspectiva pessoal é como uma chaga na mente, uma fonte de irritação. A experiência mostra que se aprendermos a ser impessoais (ou melhor, não-pessoais, porque a palavra impessoal sugere falta de sentimento, enquanto os bons sentimentos caracterizam a mente não-pessoal), descobrimos que há muito menos agitação mental. Então, há também menos necessidade de pensar em controlar a mente, porque as agitações são criadas pelas reações pessoais.

Um outro aspecto do problema aparece quando observamos a nós mesmos sem querer ser ou fazer algo. Isso resulta no abandono das trivialidades e da superficialidade. No contexto profissional uma pessoa precisa trabalhar cuidadosamente e lidar com detalhes. Mas existem incontáveis atividades superficiais da mente que não têm propósito, e que seguem em frente mecanicamente. (...)

A mente se aquieta quando seu foco de atenção passa do pessoal para o impessoal, do trivial e superficial para o real e significativo. O estado de quietude torna-se natural quando pensamos na natureza universal das experiências – dor, alegria, luta,  etc. – porque o foco muda.

H. P. Blavatsky aconselhava os estudantes de questões espirituais a reviverem constantemente as verdades universais. Como o foco muda, o interesse também muda.”

(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28


O VOO DO PÁSSARO (1ª PARTE)

"Existe uma história em tudo, e tudo numa história. Era uma vez um pequeno pássaro. Todo dia ele se sentava no poleiro de sua gaiola. Ele gostava de se olhar no espelho. Estava satisfeito com o que lhe era dado para comer. Às vezes cantava, e às vezes tentava voar. Isso é o que ele conhecia da vida. Ele via que existia algo mais fora de sua gaiola, mas era um mundo desconhecido. Via outros pássaros voando do lado de fora, mas aquilo não era ele, não era o seu mundo.

Então, um dia, deixaram a porta da gaiola aberta. Ele não pensou em atravessar. Sentia-se seguro com o que conhecia. Às vezes olhava pelo vão da porta, mas não compreendia o que via. Certo dia um pássaro parou e perguntou: 'Por que você não voa para fora da gaiola?' Ele respondeu: 'Sou feliz aqui. Sinto-me seguro.' O outro pássaro disse: "Mas não é da sua natureza ficar numa gaiola. Você é um pássaro. A verdadeira natureza de um pássaro é voar livremente.'

O pequeno pássaro, então, começou a ver as coisas com outros olhos. Passou a observar os outros voando livres do lado de fora. Ouviu a música que eles cantavam. Olhou através do vão da porta, depois olhou para a gaiola que conhecia tão bem. E questionou: 'Será que isso é tudo que existe? Será isso o que estou destinado a ser?'

Ele ficou insatisfeito. Continuou olhando para fora em busca de respostas, e então pensou a respeito de sua verdadeira natureza. Talvez fosse isso o que ele estava destinado a fazer - voar livremente. Perguntava-se: 'O que é liberdade? O que significa?' Movia-se até o vão da porta, às vezes sentava-se ali, olhava e ouvia. Começou a sentir o que pareceria ser livre, e já não estava feliz em sua gaiola. Havia sentido o frescor do lado de fora e visto o que não conseguia ver antes. Assim, dirigia-se para o vão da porta, olhava e ouvia com frequência cada vez maior. Logo parou de notar o que havia em sua gaiola, e então parou de pensar na gaiola. (...)"

(Helen Steven - Revista Sophia, ano 11, nº 45 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 05/06)


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

COMO CONTROLAR A MENTE? (2ª PARTE)

"(...) Uma das características da pessoa evoluída é que ela não é egoísta. A mente, ao contrário, é muito pessoal e está vinculada ao desejo, como rapidamente descobrimos quando observamos com cuidado as nossas reações em relação a pessoas e acontecimentos. À medida que a mente se torna mais aguçada, fica mais crítica em relação a como os outros pensam e agem. Aliás, ela tem uma enorme satisfação em encontrar algo que possa criticar ou condenar. Em um nível subconsciente, isso fortifica o ego e o seu senso de superioridade. Pode ser por isso que falar e pensar criticamente é tão comum.

Certamente é bom ser crítico, no bom sentido; isso é sinal de viveka, a faculdade do discernimento, está evoluindo, e de que o certo é visto como certo e o errado como errado. Porém, esse tipo de observação deve estar livre do elemento pessoal. O verdadeiro discernimento não produz reações que distorcem os relacionamentos. A atitude não-pessoal, ao contrário, leva a sentimentos gentis e à compreensão das lutas travadas pelos outros.

Outro exemplo é a nossa resposta a um problema de saúde, uma experiência que pode ensinar muito sobre a impessoalidade. O corpo é algo útil e deve ser cuidado, mas não devemos lhe dar importância como algo que possuímos. (…) Mas, por enquanto, o corpo é uma boa ferramenta com a qual podemos atuar no plano físico. (...)"


(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28
www.revistasophia.com.br


APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS TEOSÓFICOS

"Compare as vidas não apenas das massas, mas também daquelas que são chamadas classes média e alta, com o que elas deveriam ser sob condições mais saudáveis e nobres, onde a justiça, a benevolência e o amor fossem supremos, ao invés do egoísmo, indiferença e brutalidade que hoje parecem reinar de maneira absoluta. Todas as coisas boas e más na humanidade têm suas raízes no caráter humano, e esse caráter é e tem sido condicionado pela cadeia interminável de causa e efeito. Mas esse condicionamento aplica-se ao futuro da mesma forma que ao presente e ao passado. O egoísmo, a indiferença e a brutalidade nunca poderiam ser o estado normal da raça – acreditar nisso seria perder as esperanças na humanidade – e isso nenhum teósofo pode fazer. O progresso somente pode ser alcançado pelo desenvolvimento das qualidades mais nobres. Ora, a verdadeira evolução nos ensina que, alterando o ambiente do organismo, podemos melhorar e alterar o organismo; e no sentido mais estrito isso é verdade em relação ao homem. Todo o teósofo, portanto, está comprometido a dar o melhor de si para ajudar, por todos os meios possíveis, todo esforço social sábio e bem direcionado que tenha como objetivo o melhoramento da condição dos pobres. Tais esforços devem ser feitos tendo em vista a emancipação social definitiva, assim como o desenvolvimento do senso do dever naqueles que agora, com tanta frequência, o negligenciam em quase todos os aspectos da vida."


(H. P. Blavatsky - A Chave para a Teosofia - Ed. Teosófica, Brasília, 1991 - p. 205)



terça-feira, 22 de outubro de 2013

COMO CONTROLAR A MENTE? (1ª PARTE)

" ‘Como controlar a minha mente?’ Todos os que se interessam pela vida espiritual já fizeram essa pergunta. A atividade constante da mente é enfadonha; ela não dá espaço para percepções mais profundas que surgem em momentos de calma. Só uma mente pacífica espelha a essência da vida, como as águas de um lago, que precisam estar calmas e claras para refletir o céu.

São muitos os buscadores que tentam meditar. Eles se esforçam para trazer a mente de volta de suas perambulações, mas ela é rebelde e sempre escapa. Isso é desanimador e traz o sentimento de que a única opção é desistir. Embora os instrutores aconselhem perseverança para subordinar a mente recalcitrante, há um ponto além do qual a pessoa sente que não consegue levar a batalha adiante. 

Portanto, vale a pena considerar seriamente se, com uma abordagem diferente, a mente pode se tornar menos excitável e mais sossegada. Krishnamurti disse: ‘Dê liberdade à mente para ela morrer.’ Mas, quando lhe damos liberdade, a experiência mostra que ela não morre; continua com uma energia frenética. Será que a estamos incessantemente alimentando com material que mantém vivo o seu frenezi? Nesse caso, descobrir qual é o combustível que inflama a mente e a mantém em atividade. (...)"

(Radha Buernier - Como manter a mente em paz - Revista Sophia nº 12 - Pub. da Ed. Teosófica, Brasília - p. 28)